PRODUÇÃO DE D(-) ÁCIDO LÁTICO POR FERMENTAÇÃO EM BATELADAS ALIMENTADAS POR Sporolactobacillus nakayamae Beitel, S. M.1; Contiero, J.1*. 1 Departamento de Bioquímica e Microbiologia, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São Paulo, Brasil. *e-mail: [email protected] O ácido lático tem sido alvo de ampla investigação, devido ao seu vasto campo de aplicação biotecnológica. Sua aplicação ocorre desde a indústria de alimentos até a de química fina, e cujo potencial vem crescendo com estudos na área médica, bem como na área ambiental como a de plástico biodegradável. Neste estudo, inicialmente foi realizada uma fermentação em batelada, para conhecimento da cinética fermentativa. Tais dados foram utilizados para o planejamento das bateladas alimentadas. Foram estudados quatro tipos de bateladas alimentadas sendo elas: batelada alimentada por pulso, por multi-pulso, por fluxo contínuo e exponencial. As fermentações foram conduzidas em fermentador Multifors 2 em vasos com capacidade de 500 ml, com volume inicial de 300 mL, 35 ºC,125 RPM e 20% de volume de inóculo. O pH foi mantido em 6.0 por adição automática de NaOH 10N. Amostras foram coletadas periodicamente para quantificação dos valores de D(-) ácido lático e sacarose. O meio de alimentação para as bateladas alimentadas foi composto de 730 g/L de sacarose e 1% de extrato de levedura. A concentração celular foi determinada por densidade ótica, no comprimento de onda de 600 nm e convertido em concentração celular (g massa seca/litro de meio fermentado). As alíquotas coletadas foram centrifugadas à 7000x g por 10 minutos, e o sobrenadante foi utilizado para quantificação do ácido lático e açúcares por cromatografia líquida de alto desempenho. Verificou-se que o nível mais elevado de produção (126,64 g/L) foi atingido quando conduzida fermentação alimentada por um único pulso, neste mesmo processo é observado maior concentração de biomassa (11,67 g/L). A fermentação em batelada alimentada por 2 pulsos apresentou o segundo maior nível de produção de ácido lático (122,64 g/L). Quando aplicados três pulsos na batelada alimentada, observa-se um valor satisfatório de produtividade (2,33 g/L.h), porém a sacarose residual é elevada (46,94 g/L). Os métodos de batelada alimentada em fluxo contínuo e exponencial apresentaram respostas similares, com produção de aproximadamente 120 g/L de ácido lático em 54 horas, porém o valor de açúcar residual é elevado (30,49 g/L e 40,55 g/L respectivamente). Pode-se concluir que o processo de fermentação em batelada alimentada por um pulso foi eficiente para produção de ácido lático por Sporolactobacillus nakayamae. Palavras-chaves: Sporolactobacillus nakayamae, fermentação, batelada alimentada, ácido lático. Suporte financeiro: FAPESP, CNPq, Braskem Àrea de conhecimento: Microbiologia Industrial/Biotecnológica