TUTORIAL – 6R Data: Aluno (a): Série: 3ª Ensino Médio Turma: Equipe de História História REVOLUÇÃO FRANCESA E ERA NAPOLEÔNICA Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -1- NANDA/JUNHO/2014 - 627 Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -2- NANDA/JUNHO/2014 - 627 Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -3- NANDA/JUNHO/2014 - 627 Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -4- NANDA/JUNHO/2014 - 627 Exercícios: Fraternidade, os valores da Razão e do Iluminismo – os valores que construíram a civilização moderna (...) – são mais necessários do que nunca, na medida em que o irracionalismo, a religião fundamentalista, o obscurantismo e a barbárie estão, mais uma vez, avançando sobre nós. É, portanto, uma boa coisa que, no ano de seu bicentenário (1989), tenhamos a ocasião de pensar novamente sobre os acontecimentos históricos que há dois séculos transformaram o mundo. Para melhor. (Hobsbawm, Eric. Ecos da Marselhesa: Dois séculos reveem a Revolução Francesa. São Paulo: Companhia da Letras, 1996. p. 127. In: Marques, Adhemar. Pelos caminhos da história. Ensino médio. Curitiba: Positivo, 2006. p. 254.) 1. Na visão do autor do texto, um dos mais conceituados historiadores de nosso tempo, a “Revolução Francesa ainda está viva”. Acerca do pensamento de Hobsbawm e os acontecimentos que permeiam o cotidiano atual, é correto afirmar que a) é possível estabelecer relações de semelhança entre os atores sociais, que protagonizaram a revolução burguesa em questão, e os embates, que ainda permanecem presentes em nossa sociedade. b) a presença de sinais de conflito, tais como o “irracionalismo” e o “obscurantismo”, citados pelo historiador, comprova a total ineficácia do processo revolucionário empreendido em 1789. c) percebe-se, nos dias atuais, que os entraves feudais, os quais foram os grandes causadores da Revolução Francesa, permanecem como uma constante na realidade de toda a Europa Ocidental. d) como ainda existem, na atualidade, as mesmas classes sociais do período moderno, palco da Revolução Francesa, a história permanece a mesma, sem alterações que possam ser consideradas válidas. 2. Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse: tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça em suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos costumes! Nossos senhores colherão o que semearam. Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado. O texto é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da Revolução Francesa de 1789. O autor a) discorda dos propósitos revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e costumes políticos. b) apoia incondicionalmente as ações dos revolucionários por acreditar que não havia outra maneira de transformar o país. c) defende a criação de um poder judiciário, que atue junto ao rei. d) caracteriza a violência revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes existentes na França. e) aceita os meios de tortura empregados pelos revolucionários e os considera uma novidade na história francesa. 3. Restauração é o nome do regime estabelecido na França durante quinze anos, de 1815 a 1830, mas essa denominação convém a toda a Europa. Ela é múltipla e se aplica a todos os aspectos da vida social e política. (René Rémond, O século XIX: introdução à história do nosso tempo) Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -5- NANDA/JUNHO/2014 - 627 Reconhece-se a Restauração no processo que a) restituiu o poder aos monarcas europeus alinhados a Napoleão Bonaparte, provocando a generalização da contrarrevolução na América colonial, que havia sido varrida pelas independências nacionais. b) alçou a Inglaterra à condição da nação mais poderosa do mundo, com capacidade de reverter a proibição do tráfico de escravos africanos para a América e de defender a recolonização de espaços coloniais espanhóis americanos. c) restabeleceu as bases do sistema colonial na América e na Ásia, com a recriação de companhias de comércio marcadas pela rigidez metropolitana, além da prática do “mar fechado” e do porto único. d) permitiu a volta das antigas dinastias ao poder, que o haviam perdido com as guerras napoleônicas, e que criou a Santa Aliança, nascida com o intuito de reprimir movimentos revolucionários. e) ampliou os direitos trabalhistas em toda a Europa, condição que provocou as revoluções de 1820 e 1830, eventos fundamentais para a retomada dos valores políticos anteriores à Revolução Francesa. 4. Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) viveu no contexto da Revolução Francesa. Sobre as suas óperas, "A Flauta Mágica" e "As Bodas de Fígaro," considere as seguintes afirmativas: I - "A Flauta Mágica" é considerada um hino franco-maçônico do ideário revolucionário. II - "As Bodas de Fígaro" representam uma crítica social aos tradicionais direitos da aristocracia. III - "A Flauta Mágica", encomendada pela Igreja Católica, estimulava a submissão e disciplina das classes baixas. IV - "As Bodas de Fígaro" era uma ironia aos costumes das classes populares, submissas à burguesia. São corretas apenas a) I e II b) III e IV c) II e III d) I e IV 5. Um dos filósofos iluministas que exerceram uma enorme influência entre as camadas populares na França, como também nos movimentos mais radicais durante a Revolução Francesa, foi: a) René Descartes, que escreveu o livro clássico O Discurso do Método, em que apontava a forma como o povo deveria se comportar face às elites dirigentes num momento revolucionário. b) John Locke, por ter sido um dos inspiradores do empirismo, e defensor que todos quando nascemos somos como uma tábula rasa e as influências da sociedade é que nos molda. c) Erasmo de Rotterdam, que escreveu uma obra clássica denominada "O Elogio da Loucura", na qual satiriza os costumes da época, o que veio a influenciar enormemente as revoluções burguesas do século XIX. d) Jean-Jacques Rousseau, que de certa forma tornou-se uma exceção entre os iluministas, pela crítica à burguesia e à propriedade privada, escrevendo livros clássicos como "Contrato Social" e "Discurso sobre a origem da Desigualdade". e) Thomas Morus, que escreveu a Utopia, uma obra em que retrata a vida em uma ilha imaginária, cujos habitantes consideram estupidez não procurar o prazer por todos os meios possíveis. Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -6- NANDA/JUNHO/2014 - 627 6. A Revolução Francesa é um marco na história da humanidade por ter produzido rupturas com o Antigo Regime. Qual das alternativas apresenta as mais importantes? a) O assassinato do médico Marat, editor do jornal Amigo do Povo, por Charlotte Corday, provocou a radicalização entre os jacobinos. b) A participação das mulheres na queda da Bastilha e o surgimento do grupo radical dos Girondinos. c) O fim da servidão e dos privilégios feudais, a declaração dos direitos do homem e do cidadão, o confisco dos bens do clero, a reforma do Exército e da Justiça. d) O fim da escravidão, a declaração dos direitos do homem, o código de Napoleão com reforma judiciária que confiscou as terras da aristocracia. e) A secularização do clero, a República Jacobina, o comitê de Salvação Pública que condenou à morte os próprios líderes da Revolução. 7. A chamada "Era Napoleônica" (1799-1814) foi uma época marcada por grandes conflitos bélicos na Europa. Sobre esse momento e suas repercussões na história do continente americano, assinale a alternativa INCORRETA. a) A necessidade financeira decorrente dos custos militares levou Napoleão Bonaparte a vender territórios coloniais franceses na América do Norte. Nesse contexto, o vasto território da Louisiana foi incorporado aos EUA. b) O envolvimento da França em conflitos bélicos contra quase toda Europa favoreceu a perda de colônias francesas na América. A independência do Haiti e a ocupação da Guiana Francesa pelos portugueses são exemplos disso. c) Durante o apogeu do Império Napoleônico, a Espanha tornou-se politicamente dependente da França. Essa situação favoreceu anseios autonomistas na América espanhola e levou a Inglaterra a apoiar movimentos de independência. d) Com o "bloqueio continental", a Inglaterra teve seus interesses comerciais na América seriamente prejudicados. Nesse contexto, os britânicos invadiram a Argentina em 1806 e a controlaram até 1815, quando o Congresso de Viena decretou sua independência. 8. Verdun constituiu-se na mais sangrenta batalha da guerra. A liderança do general Henri Philippe Pétain, a tenacidade da infantaria francesa e as fortificações bem construídas de concreto e aço permitiram à França resistir com firmeza. A guerra não era mais uma aventura romântica. Um jovem soldado francês, pouco antes de morrer, expressou o espírito de desilusão que acometera os sobreviventes da guerra de trincheira: "A humanidade é louca para fazer o que está fazendo. Que massacre! Que cenas de horror e carnificina. Não consigo encontrar palavras para traduzir minhas impressões. O inferno não pode ser tão terrível. Os homens estão loucos!" A França e a Alemanha sofreram mais de um milhão de baixas nessa batalha. Marvin Perry. "Civilização Ocidental" A batalha mencionada no texto ocorreu: a) Nas Guerras Napoleônicas. b) Na Guerra Franco-Prussiana de 1870. c) Na Primeira Guerra Mundial. d) Na Guerra da Criméia. e) Na Segunda Guerra Mundial. Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -7- NANDA/JUNHO/2014 - 627 9. As Revoluções Inglesas do século XVII e a Revolução Francesa são, muitas vezes, comparadas. Sobre tal comparação, pode-se dizer que a) é pertinente, pois são exemplos de processos que resultaram em derrota do absolutismo monárquico; no entanto, há muitas diferenças entre elas, como a importante presença de questões religiosas no caso inglês e o expansionismo militar francês após o fim da revolução. b) é equivocada, pois, na Inglaterra, houve vitória do projeto republicano e, na França, da proposta monárquica; no entanto foram ambas iniciadas pela ação militar das tropas napoleônicas que invadiram a Inglaterra, rompendo o tradicional domínio britânico dos mares. c) é pertinente, pois são exemplos de revolução social proletária de inspiração marxista; no entanto os projetos populares radicais foram derrotados na Inglaterra (os "niveladores", por exemplo) e vitoriosos na França (Os "sans-culottes"). d) é equivocada, pois, na Inglaterra, as revoluções tiveram caráter exclusivamente religioso, e, na França, representaram a vitória definitiva da proposta republicana anti-clerical; no entanto ambas foram movimentos anti-absolutistas. e) é pertinente, pois são exemplos de revoluções burguesas; no entanto, na Inglaterra, as lutas foram realizadas e controladas exclusivamente pela burguesia, e, na França, contaram com grande participação de camponeses e de operários. 10. A reconstrução da Europa, após as guerras napoleônicas, foi direcionada pelo Congresso de Viena. É incorreto afirmar que ele estabeleceu a: a) criação de um pacto militar internacional (Santa Alianç para intervir onde houvesse manifestações revolucionárias; b) devolução dos territórios conquistados pela França, desde a Revolução; c) desobrigação de pagamento de indenização pelos franceses por terem ocupado territórios de outros países; d) restauração da monarquia dos Bourbon na França; e) autonomia da Itália e da Alemanha, divididas e submetidas à hegemonia húngara. Gabarito 1. A 2. D 3. D 4. A 5. D 6. C 7. D 8. B 9. A 10. E Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -8- NANDA/JUNHO/2014 - 627