5 UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS ANTI

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Interbio v.7 n.2 2013 - ISSN 1981-3775
UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO
ESTEROIDAIS EM HOSPITAL DE URGÊNCIA E TRAUMA, DOURADOS-MS
USE OF NSAIDs DRUGS IN A EMERGENCY AND TRAUMA HOSPITAL,
DOURADOS-MS
ALBERTI, Izabela Ramalho1; ARAÚJO, Luciano Sampaio², DUARTE, Letícia Castellan²
Resumo
A inflamação provoca edema e dor, e o uso dos anti-inflamatórios ajudam a melhorar essas reações devido ao
efeito analgésico dos ácidos orgânicos. A finalidade deste trabalho foi descrever a utilização de antiinflamatórios não esteroidais em um Hospital de Urgência e Trauma, e verificar quais os setores que fazem mais
uso dos medicamentos pertencentes a está classe farmacológica. Foi realizado um estudo descritivo. Buscou-se
descrever, analisar e verificar a frequência de medicamentos anti-inflamatórios fornecidos pela Farmácia
Hospitalar. Além de pesquisar quais os anti-inflamatórios existentes no Hospital e qual deles possui mais
incidência. Os dados foram obtidos através do levantamento de dados do sistema de controle de estoque do
Hospital, dos meses de janeiro a junho de 2012. Verificou-se que o anti-inflamatório não esteróide mais utilizado
foi o Tenoxican Injetável 20mg, com 73%. Sendo a maior incidência no Pronto Socorro Adulto com 47,75%.
Conclui-se que anti-inflamatório não esteroidal mais utilizado nesta Unidade Hospitalar é o Tenoxicam, pois
apresenta uma melhoria rápida, sendo um tratamento seguro e bem suportado, obtendo reações benéficas para os
pacientes e poucas reações adversas.
Palavras-chave: hospital, anti-inflamatórios, medicamentos, farmácia, tenoxicam
Abstract
Inflammation causes swelling and pain, and using ant-inflammatory drugs help to improve these reactions due
the effect of analgesic of organic acids. The purpose of this study was to describe the usage of NSAIDs in a
Emergency Hospital and Trauma, and observe which sectors make more use of the drugs that belong to this
pharmacological class. A descriptive study was done seeking to describe, analyze and verify with what
frequency the Hospital Pharmacy provides ant-inflammatory drugs, also researched what Ant-inflammatory
drugs the hospital caries and which one has more efficiency. These information were obtained by doing research
on the data of the hospital inventory from January to June of 2012.The results show that the Tenoxican injectable
20mg, was the most widely used, 73%, with its most application on adult Emergency department, using it in
47,75% of the patients. So, the most common NSAID used on this Hospital unit was the TENOXCAN, because
its fast effectiveness, it is a safe and reliable drug, giving benefits to its patients with a few side effects.
Keywords: hospital, ant-inflammatory, drugs, pharmacy, tenoxcan
1
Discente do curso de Farmácia do Centro Universitário da Grande Dourados, Dourados / MS.
[email protected]
2
Docente do curso de Farmácia do Centro Universitário da Grande Dourados, Dourados / MS.
[email protected]
ALBERTI, Izabela Ramalho; ARAÚJO, Luciano Sampaio, DUARTE, Letícia Castellan
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Introdução
A inflamação provoca edema e dor, e
o uso de anti-inflamatórios ajuda a melhorar
essas reações devido ao efeito analgésico
dos ácidos orgânicos (HILÁRIO et al.,
2006).
Anti-inflamatório é o agente que
reduz ou previne componentes da reação
anti-inflamatória no ponto de vista clínico.
Além de essas drogas serem eficazes,
podem causar efeitos colaterais intensos no
paciente (ZANINI, 1994).
O organismo reage contra agentes
invasores com reações inflamatórias.
Qualquer estímulo capaz de iniciar um
processo inflamatório no organismo, tanto
da natureza química, quanto da natureza
física ou mecânica, desencadeará, de forma
leve ou aguda, a ativação dos mediadores
químicos que desencadeiam eventos
vasculares ou celulares (LAMANO, 2008).
O processo de inflamação aguda
diferencia pela curta duração e apresentam
os sinais básicos de inflamação, quais
sejam: a dor, calor, rubor e tumor, além da
perda da função. Dependendo da intensidade
e da extensão da resposta inflamatória,
podem ocorrer alterações sistêmicas: febre,
aumento de pulsação, aumento do
metabolismo orgânico e da degradação
proteica, aumento do sono, diminuição do
apetite e neutrofilia. Se nessa fase os agentes
de defesa conseguir eliminar o agente
agressor, a lesão será pequena, e a cura de
maneira completa sem deixar sequelas
(LAMANO, 2008).
Já no processo de inflamação
crônica, significa a presença de microorganismos que realizam parasitismo
intracelular
(fungos,
vírus, algumas
bactérias) que geralmente são de baixa
toxicidade, porém de difícil eliminação. Esta
fase pode prosseguir por meses ou anos e os
anticorpos específicos produzidos contra o
agente agressor persistem por longo tempo
no organismo. A perseverança da
inflamação
crônica
pode
acarretar
problemas a capacidade funcional dos
tecidos e órgãos e a cura demorada se fazem
com a formação de tecido fibroso cicatricial.
É nesta fase que ocorre a proliferação de
vasos
sanguíneos
e
fibroblastos,
caracterizando o processo de cura
(LAMANO, 2008).
Os fármacos anti-inflamatórios são
divididos em dois grupos: os esteróides e os
não-esteróides. Este trabalho será sobre os
anti-inflamatórios não-esteróides, que são
conhecidos como AINEs e podem ser
classificados como: derivados do ácido
salicílico, derivados da dicetopirazolidina,
derivados do indol, derivados do ácido
antranílico, derivados da benzotiazina,
derivados da sulfonanilida e outros
(GOODMAN; GILMAN, 2003).
A dor leve e moderada pode ser
tratada com os fármacos anti-inflamatórios
não esteróides conhecidos como AINES,
exemplo dessas dores são a cefaléia, dores
articulares e dores musculares. Já a dor
intensa como queimaduras, pós-operatórias,
fraturas ósseas, câncer, artrite são tratadas
com fármacos derivados de morfinas
(SILVA, 2006).
O uso de substâncias químicas para
melhorar a dor e a inflamação é um costume
muito antigo na história dos medicamentos.
O salicilato de sódio foi o primeiro
medicamento a ser usado no tratamento da
febre reumática, depois disso veio à
produção
do
ácido
acetilsalicílico
(MONTEIRO et al., 2008).
Nos
anos
seguintes
foram
desenvolvidos inúmeros anti-inflamatórios
não-esteroidais (AINEs), inibidores seletivos, com o objetivo de aumentar a aceitação
dessas medicações pelos pacientes, reduzir a
toxicidade principalmente gastrintestinal, e
aumentando o efeito de anti-inflamatório
(RANG et al., 2001).
É importante saber sobre os tipos de
anti-inflamatórios, pois os AINES são
considerados um grupo de diferentes
agentes químicos, que se diferenciam pelas
atividades antipirética, analgésica e antiinflamatória. Esse grupo atua no organismo
inibindo as enzimas ciclooxigenases (COX)
que catalisam o primeiro estágio da
biossíntese de prostanóides. Com essas
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ações ocorre a redução da síntese de
prostaglandinas, além de efeitos benéficos e
reações adversas. Após observar pacientes
que fazem uso desses agentes químicos
notou-se que o tratamento contínuo com
inibidores específicos da COX-2 aumenta os
riscos de infarto do miocárdio e derrame.
Além disso, tratamentos contínuo com
AINES tradicionais e não-específicos
também causam problemas. Depois dessas
conclusões, é explicado e solicitado ao
paciente que faça uso de doses de menor
eficácia por um período curto de tempo
(HOWLAND; MYCEK, 2007).
Segundo Rang et al. (2004), a
principal ação dos AINE, consiste em inibir
a atividade de metabolização do ácido
araquidônico da COX.
Os
AINES
COX-2
seletivos
apresentam um canal de substrato maior e
mais flexível que o COX-1, além de um
maior espaço disponível no sítio onde se
ligam os inibidores. As maiorias dos AINES
inibem tanto a COX-1 quanto a COX-2, mas
existem
fármacos
como
etodolaco,
meloxicam e nimesulida que apresentam
seletividade maior ao COX-2 e esses
inibidores da COX-2 apresentam menor
risco de problemas gastrointestinais e não
exercem efeito nas plaquetas. Porém, devese ter um cuidado maior em relação a
problemas de insuficiência renal e aumento
nos casos de hipertensão. Nesses casos, os
pacientes que fazem uso contínuo desses
medicamentos, o inibidor da COX-2 é uma
opção razoável, ou seja, possui menos
reações adversas (HOWLAND; MYCEK,
2007).
O uso irracional dos antiinflamatórios pode causar vários problemas
e muitos destes podem ser minimizados com
a atenção farmacêutica e o uso racional dos
mesmos.
O aumento crescente do consumo de
medicamentos, lançamentos de novos
fármacos pela indústria farmacêutica, além
da polimedicação estão levando a um
aumento de reações adversas a essas drogas.
E os AINES fazem parte deste consumo,
sendo o segundo responsável pelas reações
cutâneas
adversas
aos
fármacos
(VARALDA; MOTTA, 2009).
As reações adversas mais comuns
são problemas gastrointestinais, que podem
variar de dispepsia a sangramentos de
estômago e duodeno, associação com óxido
nítrico. Problemas cardiovasculares. Renais
onde podem induzir insuficiência renal
aguda de duas maneiras: hemodinamicamente mediada ou por nefrite intersticial.
Hepáticos que ocorre às elevações de
transaminases. Pulmonares, reações que
podem ocorrer incluem: broncoespasmo (em
indivíduos sensíveis a aspirina) e infiltrados
pulmonares. Hematológico, que incluem
meningite asséptica, psicose e disfunção
cognitiva e alguns problemas de pele já
foram constatados com o uso inadequado
dos AINES (MONTEIRO et al.,2008).
O aumento crescente do consumo de
medicamentos, lançamentos de novos
fármacos pela indústria farmacêutica, além
da polimedicação estão levando a um
aumento de reações adversas a essas drogas.
E os AINES fazem parte deste consumo,
sendo o segundo responsável pelas reações
cutâneas adversas aos fármacos.
Independentemente do tamanho e
complexidade, todo hospital possui sua
farmácia como unidade técnico administrativo que visa atender os pacientes no
âmbito de medicamentos, além de executar
atividades para promover o uso racional de
medicamentos. Como os medicamentos
representam um alto orçamento no hospital,
a farmácia precisa de uma estrutura
organizacional bem elaborada para que
sejam executadas suas funções de maneira
correta sem trazer problemas para os
pacientes, são elas: assegurar produtos
farmacêuticos de boa qualidade na
quantidade adequada, com segurança quanto
à eficácia e com a ausência de efeitos
colaterais
ou
reações
adversas
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1994).
É na farmácia hospitalar que se
executa a Assistência Farmacêutica, onde
podemos definir como os procedimentos
necessários à promoção, prevenção e
recuperação da saúde através dos produtos
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farmacêuticos. É uma unidade ligada à
direção do hospital e ao serviço médico, e
não deve ser considerado um local de
responsabilidade da administração e
armazenamento de materiais e patrimônios
(DANTAS, 2011).
A lei nº 5.991, de 17 dezembro de
1973 estabelece que a dispensação de
medicamentos na farmácia seja de
responsabilidade do profissional farmacêutico (BRASIL, 1973), além disso,
também é atividade dele dar atenção
farmacêutica ao seu paciente, pois é através
desta atenção que o farmacêutico repassa
todas as informações sobre o medicamento.
Os benefícios em realizar essa
pesquisa são a população que frequenta está
Instituição Hospitalar, pois os resultados dos
dados coletados e a incidência do uso desses
medicamentos serão divulgados aos médicos, funcionários e pacientes. E através
dessas informações, contribuir para o uso
racional de medicamentos, minimizando
problemas de saúde causados por medicamentos.
Diante do exposto, o objetivo desta
pesquisa é descrever a utilização de
medicamentos
anti-inflamatórios
não
esteroidais em um Hospital de Urgência e
Trauma, Dourados – MS.
Material e Métodos
Foi feito um estudo descritivo. Este
tipo de estudo busca descrever, analisar e
verificar as frequências de medicamentos
anti-inflamatórios não esteroidais (AINES)
através de dados fornecidos pela Farmácia
Hospitalar (BARUFFI, 2004). Não houve
envolvimento com pessoas, pois foram
verificados apenas os tipos de AINES
existentes no hospital e qual o medicamento
que tem mais saída na Farmácia Hospitalar
do Hospital de Urgência e Trauma do
Município de Dourados-MS. A obtenção de
dados deste trabalho foi através de
levantamento de dados no sistema do
hospital.
A pesquisa foi feita no Hospital de
Urgência e Trauma da Cidade de Dourados-
MS, está Unidade foi escolhida, por
abranger os pacientes de toda a região da
Grande Dourados através do Sistema Único
de Saúde (SUS). Além de possuir um grande
número de médicos, possuindo também
diversas especialidades, como: Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia de Cabeça e
Pescoço, Cirurgia Geral, Clínica, Médica
Ginecologia, Obstetrícia, Nefrologia, Neurologia, Odontologia (Periodontia), Ortopedia
e Traumatologia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Pneumologia, Radiologia e Diagnóstico por Imagem.
Devido à mudança do sistema de
informática do hospital, foram utilizados
para pesquisa os dados armazenados no
sistema de controle de estoques do hospital
no período de janeiro a junho de 2012, ou
seja, dados do primeiro semestre de 2012.
Os dados foram coletados através do
acesso ao programa de controle de estoques
do hospital e feito um levantamento dos
AINES consumidos no hospital, e como o
sistema ainda está em fase de implantação,
não há informações sobre o uso dos antiinflamatórios esteroidais (AIES) no período
de estudo. Foi verificada a quantidade total
dispensada de cada anti-inflamatório no
hospital e também a quantidade dispensada
por unidade do setor, sendo elas: internação,
pronto socorro adulto, pronto socorro
infantil, clínica médica e ortopedia.
Os dados foram transferidos para
tabelas do Microsoft Excel para posterior
avaliação e análise.
Resultados e Discussão
Atualmente existem mais de 50
AINES no mercado. Estão entre os mais
utilizados por crianças e adultos, por serem
considerados medicamentos seguros, pelo
fato de haver fácil acesso e não necessitar de
receita médica para adquirir o medicamento
(BRICKS, 1998).
Podem ser classificados quanto a
capacidade de inibição das enzimas
ciclooxigenases (COX)1 e 2, da seguinte
forma:
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Quadro 1 - Espectro de inibição dos anti-inflamatórios.
Efeitos
Drogas
Inibição
Piroxicam, Indometacina, Diclofenaco, Naproxeno, Ibuprofeno,
predominante COX- Cetoprofeno, Flubiprofeno, Ácido Mefenâmico, Ácido flufenâmico,
1 e COX-2
Ácido
clofenâmico,
Ácido
tioprofênico,
Fenilbutazona,
Oxifenobutazona, Sulindaco, Tolmetina, Ketorolaco, Etodolaco,
Diflunisal
Pequena inibição da Acetaminofen
COX-1 e COX-2
Inibição relativa da Nimesulida, Meloxicam
COX-2
Inibição seletiva da Celecoxib, Rofecoxib
COX-2
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (BECKER, 2003)
Mesmo existindo um grande número
de AINES no mercado, os disponíveis no
Sistema, que está em fase de implantação
nessa Unidade Hospitalar são:
Quadro 2 - AINES em fase de implantação
na Unidade Hospitalar.
Medicamento
Diclofenaco Potássico
Diclofenaco Sódico
Diclofenaco Sódico
Nimesulida
Tenoxican
Forma Farmacêutica
Gotas 10 ml
Cápsula 50mg
Injetável 75mg
Comprimido 100mg
Injetável 20mg
O diclofenaco é um AINE, com
atividade analgésica, anti-inflamatória e
antipirética. Quimicamente, é um derivado
do ácido fenilacético. Na prática clínica, é
recomendado para processos inflamatórios
ou não, como artrite reumatóide, osteoartrose, espondilite anquilosante, cólica
renal, cirurgias menores, trauma e
dismenorréia. É um potente inibidor da
atividade da ciclooxigenase, ou seja,
provoca intensa redução da formação de
prostaglandina, prostaciclina e tromboxano,
todos mediadores da resposta inflamatória.
(GARCIA FILHO et al, 2006).
A diferença entre o Diclofenaco
Sódico e Diclofenaco Potássico está no
tempo de absorção, pois na estrutura
química o Diclofenaco pode estar ligado a
um íon sódio ou a um íon potássico.
Em relação à nimesulida, é um AINE
que possui bom perfil de atividade, elevado
índice terapêutico e uma segurança relativa
(STEENBERGER et al.,1998). Faz parte da
classe das sulfonamidas, por possuir um
radical sulfonamida no lugar do radical
carboxila, o que faz apresentar características anti-inflamatórias. É a presença deste
grupamento sulfonamida nos inibidores da
COX-2 que faz com que ocorra a
seletividade do fármaco (FAMAEY et
al.,1996).
É um fármaco considerado tolerável
tanto para pacientes adultos e idosos, quanto
para
pacientes
pediátricos
(STEENBERGER et al., 1998).
Para Strauss (2008), a nimesulida
também possui atividade antioxidante,
sendo capaz de promover ação neuroprotetora em lesões cerebrais.
Dentre os medicamentos fornecidos
pela Unidade o resultado obtido nesta
análise de dados apresentou o AINE
Tenoxican Injetável 20mg como medicamento mais utilizado nesta Unidade
Hospitalar. É um fármaco não esteroidal do
grupo dos oxicans que apresenta propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, antitérmicas e também inibidoras da agregação
plaquetária. É prescrito para tratar sintomas
de doenças com componentes inflamatórios,
degenerativos, e dolorosos, principalmente
do sistema musculoesquelético. É um
medicamento bem tolerado nas doses
recomendadas. Sua absorção oral e
intramuscular é rápida e completa, obtendo
100% de biodisponibilidade e as reações
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adversas foram leves e transitórias,
desaparecendo até o término do tratamento.
As reações adversas mais comuns são:
gastrintestinais, como dor de estômago,
náuseas e azia, sintomas de pele, como
urticária, pruridos e manchas avermelhadas,
e do sistema nervoso central, vertigens e
tonteiras. É contraindicado para menores de
18 anos, pessoas que tenham hipersensibilidade ao tenoxicam e/ou aos demais
componentes da formulação ou que estejam
tomando outros anti-inflamatórios não
esteróides que tenham induzido sintomas de
asma, rinite e urticária ou que possuam
doenças graves do trato gastrintestinal
superior, incluindo gastrite, úlcera duodenal
e gástrica. Pode ser encontrado nas formas
farmacêuticas: comprimidos, supositórios,
granulado solúvel e pó liofilizado para
injetável (CARDOSO et al., 2006).
Os anti-inflamatórios não hormonais
(AINES) são utilizados para o controle da
dor no período pós-operatório, porque não
resultam em sedação ou em depressão
respiratória.
O tenoxicam é da classe dos antiinflamatórios não hormonais do grupo
oxicam, inibidor não seletivo da ciclooxigenase e com uma meia vida longa.
Além de ser muito utilizado na prática
clínica. O tenoxicam age inibindo a síntese
de prostaglandinas e eicosanóides, que são
fundamentais na resposta inflamatória
(WATANABE; WATANABE, 2012).
De acordo com os dados coletados
segue abaixo no gráfico 01 a incidência na
utilização desses medicamentos durante o
período pesquisado.
Figura 01 - Quantidade de Anti-inflamatórios Dispensados.
O pronto socorro adulto foi o setor
que faz mais uso desses medicamentos. Por
ser uma unidade de saúde que atende
pessoas de toda a região, com ou sem risco
de morte e que necessitam de atendimento
imediato. Tanto a equipe médica, quanto os
instrumentos e medicamentos considerados
essenciais, devem estar preparados para
atendimento a qualquer momento (OHARA,
2009).
E para facilitar o trabalho da equipe
médica existe a classificação e a categoria
dos pacientes (ALWARD, 1983). Nesta
Unidade ocorre por meio de triagem,
chamada de Triagem de Manchester, isto é,
um sistema de classificação, no qual permite
a visualização da necessidade de
atendimento para este paciente (MOREIRA,
2010).
Após a triagem, o paciente é
classificado pela cor, e entra na fila de
espera de acordo com sua situação, sendo
vermelho para situação emergente, laranja
para situação muito urgente, amarelo para
situação urgente, verde para situação pouco
urgente e azul para situação não urgente.
Devido à grande busca dos serviços
do Pronto Socorro, várias pessoas chegam a
perder suas vidas precocemente. Mas
independente da estrutura oferecida, seja
adequada e equipada ou não, os atendimentos são feitos no Pronto Socorro.
Por isso, a população exige uma
melhora dos serviços hospitalares de
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emergência, para que seja eficiente, havendo
atendimento a todos e aumentando as
chances de viver dessas pessoas (ROSA et
al., 2011).
É no Pronto Socorro que faz mais
uso dos anti-inflamatórios, pois a dor
moderada e intensa são os casos mais
comuns que chegam ao setor de emergência,
sendo consequência de lesões como fraturas,
contusões, entorses, amputação-traumática e
laceração, o que sugere situações
potencialmente muito dolorosas (CALIL;
PIMENTA, 2009).
Na figura 02 apresenta quais são os
setores que mais utilizam os antiinflamatórios.
Figura 02 - Setores que fazem uso de Antiinflamatórios
Mesmo sabendo que o Pronto
Socorro deve ser procurado somente para o
tratamento de dor aguda, é comum os
pacientes procurarem atendimento para
todos os tipos de dores. E os AINES são os
fármacos mais receitados no Pronto Socorro,
porém, na maioria dos casos não há o
tratamento
efetivo
da
dor
(MARUBAYASHI et al, 2009).
De acordo com Mastroianni et al
(2009), grande parte das reações adversas a
medicamentos
ocorrem
devido
a
automedicação e consequentemente as
pessoas vão em busca de atendimento no
pronto-socorro.
Os AINES fazem parte de uma
classe de medicamentos mais prescritos em
todo o mundo para tratamento de dor e
inflamações, além de estar na lista dos
medicamentos de fácil acesso para
automedicação. Esses fármacos possuem
uma janela terapêutica pequena, ou seja, a
sua administração em doses maiores do que
o recomendado, não proporciona analgesia
suplementar e sim o aumento de efeitos
colaterais (SAKATA; ISSY, 2008).
Conclusão
Após este estudo, conclui-se que o
anti-inflamatório não esteroidal mais
utilizado nesta Unidade Hospitalar é o
Tenoxicam, pois apresenta uma melhoria
rápida, sendo um tratamento seguro e bem
suportado, obtendo reações benéficas para
os pacientes e poucas reações adversas. Os
AINES são vastamente usados, sendo o
segundo responsável pelas reações adversas.
Devido a um aumento crescente no consumo
de medicamentos ocorre um aumento da
incidência de reações adversas às drogas. E
por este e outros motivos os farmacêuticos
são fundamentais para garantir o uso
racional e seguro dos medicamentos, alertar
quanto aos erros de medicação e como
preveni-los. Além trazer contribuições
significativas à equipe que atua em farmácia
hospitalar, adiante de um simples papel de
dispensador de medicamentos.
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