Autores: Guillermo Giucci, David Le Breton, Manuel Antônio de

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Autores: Guillermo Giucci, David Le Breton, Manuel Antônio de Castro, Rodrigo Petrônio,
Maria Conceição Monteiro, Eric Felinto, Lucia de La Rocque, Anunciata Sawada, Claudia
Kamel Davi Pinho, Rodrigo Ventura, Ana Lía López Brizolara, Jeffrey Schnapp, Pincho
Casanova
Eros opera aqui, na esfera da criação, da transcendência, do desejo. O inventor abdica do
seu status de criatura e alme - ja o divino, um devir-Deus. Eros torna-se mensageiro de uma
longa tradição do plano misterioso e obscuro do ‘criar’, da necessidade de desvendar os
mistérios da vida e do corpo”. “A comunicação global e a mediação eletrônica interpelam a
dialética presen - ça-ausência, o efeito em nós da ausên - cia do outro. A presença material
e fática do corpo parece desmanchar-se frente a potência da comunicação virtual ins tantânea; sem dúvida a sua dimensão erógena essencialmente dependente do outro não
cessa em sua demanda. Se cria assim um cenário com peculiares ‘angústias de época’”. “A
relação entre as ciências huma - nas e nossos conceitos de humano e de humanidade
transformam-se em uma figura da tautologia: definem o humano apoiando-se quase
sempre no antropogema que define os limites formais da mesma ciência que se diz humana
à medida mesma que estuda o humano formalmente definido em seus pressupostos”. “O
universo não é nada além de um furtivo arranjo de partículas elementa - res. Uma figura de
transição em direção ao caos. Que terminará por engoli-lo. A raça humana desaparecerá.
Outras ra - ças surgirão e desaparecerão por sua vez. Os céus serão glaciais e vazios,
atravessados pela débil luz de estrelas semimortas”. Guillermo Giucci, David Le Breton,
Manuel Antônio de Castro, Rodrigo Petrônio, Maria Conceição Monteiro, Eric Felinto, Lucia
de La Rocque, Anunciata Sawada ,Claudia Kamel, Davi Pinho, Rodrigo Ventura, Ana Lía
López Brizolara, Jeffrey Schnapp Pincho Casanova.
capa Eros, tecnologia e transumanismo
“Quem pretende por termo aos enge - nhos humanos? Quem pretenderá as - segurar que
já se viu e já se sabe tudo o que há no mundo para ser sentido e sabido?” “O cérebro e a
mente são uma mesma máquina, com a diferença de que o software (a ‘mente’) carece de
confia - bilidade e que o hardware (o ‘cérebro’) é precário, visto que ele é encarnado e não
fabricado cientificamente. O com - putador não tem esse inconveniente. Há uma
continuidade lógica entre a redu - ção do humano ao cérebro, e este últi - mo a um material
de péssima qualidade em relação à potência das tecnologias da informação. Nesse
contexto, de uma transformação do humano em sistema cibernético, o indivíduo não é
mais o se - nhor da obra de sua existência, mas o efeito de retroações em relação aos in contáveis sistemas de informação que o circundam e que regem o seu interior”. “Eros é a
realização do propósito da na - tureza humana: preservar e multiplicar a vida. Pensar Eros
em relação à civi - lização tecnológica é perceber que, ao longo dos tempos, o ser humano
procu - rou a superação do próprio corpo. Com os avanços tecnológicos, o ser humano, no
papel do inventor, almeja a ambição maior: criar a si próprio, um impulso ne - cessário. Tal
feitura, de um inventor sá - bio, o levaria a atingir o fim providencial da natureza. A presença
de Eros nes - se agenciamento revela, ainda que de forma ilusória, o desejo do inventor de
expandir a vida, sonhar a imortalidade.
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