Lista de Exercícios de Cálculo 3 Sexta Semana Parte A 1. (i) Encontre o gradiente das funções abaixo; (ii) Determine o gradiente no ponto P dado; (iii) Determine a taxa de variação da função no ponto P na direção do vetor u. 1 √ ( 3i − j) 2 p √ 1 f (x, y) = ln x2 + y 2 , P (−1, 2) e u = (2i + 5j) 3 √ x 1 √ f (x, y) = 2 , P (−2, 0) e u = ( 2i − 2j) 2 x +y 2 2 1 2 g(x, y, z) = xe2yz , P (3, 0, 2) e u = i − j + k 3 3 3 √ 2 3 6 g(x, y, z) = x + yz, P (1, 3, 1) e u = i + j + k 7 7 7 (a) f (x, y) = 1 − x2 + y 2 , P (1, 1) e u = (b) (c) (d) (e) 2. Calcule a equação do plano tangente e as equações da reta normal à superfície nos pontos indicados (a) x2 + y 2 + z 2 = 17; (b) x = 12y; 2 (c) xy = 1; (2, −2, 3) (6, 3, 3) (1, 1, 1) (d) x − z = 4 arctan(yz); (e) yz = ln(x + z); (1 + π, 1, 1) (0, 0, 1) 3. Determine se os vetores abaixo correspondem ao gradiente de uma função. Caso afirmativo, determine esta função. (a) 4xi − 3yj (b) (yex + x) i + (xey − y) j (c) (2xy − y sin x) i + x2 + cos x j (d) 2xy + y 2 + 1 i + (x2 + 2xy + x)j 4. Encontre os pontos críticos e classifique-os usando o teste da segunda derivada para as funções dadas. (a) f (x, y) = x3 y + 12x2 − 8y (2, −4) sela (b) f (x, y) = (1 + xy)(x + y) (−1, 1) (1, −1) selas 1 1 (c) f (x, y) = xy + + (1, 1) mínimo x y 2 2 (d) f (x, y) = (x2 + y 2 )ey −x (±1, 0) selas (0, 0) mínimo 1 (e) f (x, y) = 2 (0,0) máximo x + y2 − 1 1 Parte B 1. Mostre as propriedades do gradiente considerando u e v como funções diferenciáveis. (a) ∇(αu + βv) = α∇u + β∇v, onde α e β são constantes arbitrárias; (b) ∇(uv) = u∇v + v∇u; u v∇u − v∇u = ; (c) ∇ v v2 (d) ∇un = nun−1 ∇u; 2. Suponha que f seja uma função diferenciável de uma variável e que r = ∇f (r) = f 0 (r) p x2 + y 2 + z 2 . Mostre que xi + yj + zk r 3. Duas superfícies são chamadas de ortogonais em um ponto de interseção se as suas retas normais são perpendiculares neste ponto. Mostre que superfícies com equações F (x, y, z) = 0 e G(x, y, z) = 0 são ortogonais no ponto P , em que ∇F 6= 0 e ∇G 6= 0 se, e somente se, Fx Gx + Fy Gy + Fz Gz = 0 no ponto P . 4. Mostre que as esferas abaixo são tangentes no ponto (a, 0, 0). x2 + y 2 + z 2 = a2 ; (x − b)2 + y 2 + z 2 = (b − a)2 . Faça um esboço das duas esferas definidas anteriormente. 5. Prove que toda reta normal a uma esfera passa pelo centro da esfera. 6. Mostre que a superfície x2 − 2yz + y 3 = 4 é perpendicular à qualquer superfície na família x2 + 1 = (2 − 4a)y 2 + az 2 no ponto de interseção (1, −1, 2). 7. Os três alelos A, B e O determinam os quatro tipos sanguíneos conhecidos A (AA ou AO), B (BB ou BO), O (OO) e AB. A lei de Hardy-Weinberg afirma que a proporção de indivíduos em uma população que carrega dois tipos diferentes de alelos é dada por P (p, q, r) = 2pq + 2pr + 2rq, em que p, q e r são as proporções de A, B ou O na população. Considerando que p+q+r =1 mostre que o máximo da função P é 2/3. 8. Seja a temperatura de um disco circular de raio 1 dada por T = y − 2x2 − y 2 . (a) Encontre o maior valor de T dentro do disco. (b) Encontre o maior valor de T na borda do disco. Parte C 1. O potencial de Yukawa descreve aproximadamente a interação da força forte dentre dois prótons no núcleo atômico e é dado pela fórmula A V (r) = − e−αr , r p onde r = x2 + y 2 + z 2 . (a) Calcule a força induzida por este potencial utilizando a fórmula F = −∇V . (b) Qual é o módulo desta força? 2 2. Considere a função F dada por n X 2 F (m, b) = (yi − mxi − b)2 = ky − Mck , i=1 em que y = (y1 , y2 , · · · , yn )T é um vetor constante, M= x1 x2 .. . 1 1 .. . xn 1 é uma matriz constante e c = (m, b)T um vetor com as variáveis do problema. Encontre os valores das constantes m e b que correspondem a um ponto crítico desta função. Verifique que este ponto crítico corresponde a um ponto de mínimo utilizando a desigualdade de Hölder 1 n n X !2 |xi | 2 ≤ kxk . i=1 Além disso, determine sob quais condições o lado esquerdo pode ser igual ao lado direito na desigualdade. Este problema é conhecido como regressão linear ou mínimos quadrados. 3. Considere a função 1 λ2 2 2 kAx − f k + kΓx − gk . 2 2 A solução ótima desta função surge em diversos problemas da engenharia. Neste tipo de problema, os vetores f e g são constantes e conhecidos, assim como o número real λ2 . A matriz A representa um filtro e a matriz Γ é uma matriz de regularização, normalmente atuando como um filtro de derivadas. Considerando a b α β x1 f1 g1 A= , Γ= , x= , f= e g= c d θ ω x2 f2 g2 J(x) = mostre que a solução ótima, que corresponde ao mínimo de J, é x = (AT A + λ2 ΓT Γ)−1 (AT f + λ2 ΓT g). Esse problema é conhecido como regularização de Tikhonov generalizada. 3 Resumo do Conteúdo • Vetor Gradiente: o vetor gradiente de uma função z = f (x, y) em um ponto (a, b) é o vetor definido e denotado por ∇f (a, b) = fx (a, b)i + fy (a, b)j. – Características: ∗ o vetor gradiente é perpendicular as curvas de nível da função f ; ∗ partindo do ponto (a, b) no domínio da função, tem-se que a função cresce mais rapidamente na direção do vetor ∇f (a, b); ∗ de forma equivalente, partindo do ponto (a, b), tem-se que a função decresce mais rapidamente na direção do vetor −∇f (a, b); ∗ em uma direção u que é perpendicular a ∇f (a, b) 6= 0, a função z = f (x, y) tem crescimento nulo, ou seja, é uma direção tangente a curva de nível de f ; – Consulte o caderno/livro para demais casos!!! • Derivada Direcional: diferentemente das derivadas parciais fx e fy que fornecem a variação da função z = f (x, y) nas direções canônicas i e j, a derivada direcional fornece a variação da função em qualquer direção u = u1 i + u2 j, com |u| = 1, a partir do ponto p = (a, b). A derivada direcional é definida como f (p + su) − f (p) ∂f (a, b) = lim = ∇f (a, b) · u = fx (a, b) u1 + fy (a, b) u2 ; s→0 ∂u s • Plano Tangente: o plano tangente à uma superfície z = ƒ(x, y) no ponto p = (a, b, f (a, b)) é o plano que é normal a ∇G, com G(x, y, z) = f (x, y) − z, em p. Sendo r = (x, y, z), o plano tangente é dado por ∂f ∂f ∇G · (r − p) = (a, b), (a, b), −1 · (x − a, y − b, z − f (a, b)) ∂x ∂y = fx (a, b)(x − a) + fy (a, b)(y − b) + (−1)(z − f (a, b)) = 0; – Consulte o caderno/livro para demais casos!!! • Pontos Críticos: um ponto (a, b) pertencente ao domínio de uma função z = f (x, y) é dito um ponto crítico se fx (a, b) = fy (a, b) = 0, ou seja, se ∇f (a, b) = 0. • Teste da Segunda Derivada: é necessário para testar se um ponto crítico (a, b) é um ponto de máximo, ponto de mínimo ou ponto de sela para a função z = f (x, y). O teste da segunda derivada é baseado no 2 , conhecido como Hessiano da função f . número H = fxx fyy − fxy – Ponto de máximo em (a, b): se fxx (a, b) < 0 e H > 0 em (a, b); – Ponto de mínimo em (a, b): se fxx (a, b) > 0 e H > 0 em (a, b); – Ponto de sela em (a, b): se H < 0 em (a, b); – Inconclusivo: se H = 0 em (a, b); 4 Gabarito Parte A 1. Respostas √ ∂f = −( 3 + 1); ∂u √ xi + yj 1 ∂f 1 = 2 ; (ii) ∇f (−1, 2) = 5); (−i + 2j); (iii) = (−2 + 2 x + y2 5 ∂u 15 √ (−x2 + y 2 )i − 2xyj 1 2 ∂f = ; (ii) ∇f (−2, 0) = − i; (iii) =− ; 2 2 2 (x + y ) 4 ∂u 8 ∂g 22 = e2yz i + 2xze2yz j + 2xye2yz k; (ii) ∇g(3, 0, 2) = i + 12j; (iii) =− ; ∂u 3 √ √ √ √ i + zj + yk 6 6 6 ∂g 11 6 = √ ; (ii) ∇g(1, 3, 1) = i+ j+ k; (iii) = ; 2 x + yz 12 12 4 ∂u 84 (a) (i) ∇f = −2xi + 2yj; (ii) ∇f (1, 1) = −2i + 2j; (iii) (b) (i) ∇f (c) (i) ∇f (d) (i) ∇g (e) (i) ∇g 2. Respostas (a) 4(x − 2) − 4(y + 2) + 6(z − 3) = 0 e r(t) = (1 + 2t)(2, −2, 3); (b) 12(x − 6) − 12(y − 3) = 0 e r(t) = (6, 3, 3) + t(12, −12, 0); (c) (x − 1) + (y − 1) = 0 e r(t) = (1, 1, 1) + t(1, 1, 0); (d) (x − 1 − π) − 2(y − 1) − 3(z − 1) = 0 e r(t) = (1 + π, 1, 1) + t(1, −2, −3); (e) −x + y − (z − 1) = 0 e r(t) = (0, 0, 1) + t(−1, 1, −1); 3. Respostas 3 (a) f (x, y) = 2x2 − y 2 + c; 2 (b) Não (c) f (x, y) = x2 y + y cos x + c; (d) Não 4. Respostas (a) (2, −4) sela (b) (−1, 1) e (1, −1) selas (c) (1, 1) mínimo (d) (±1, 0) selas e (0, 0) mínimo (e) (0, 0) máximo Parte B 1. Basta utilizar as propriedades da derivada 2. Basta utilizar a regra da cadeia 3. As retas normais serem perpendiculares é equivalente a ∇F · ∇G = 0 4. As esferas são tangentes se seus planos tangentes são idênticos no ponto dado. 5. Dada uma esfera (x − a)2 + (y − b)2 + (z − c)2 = r2 , seu vetor normal no ponto (x0 , y0 , z0 ) é dado por n = 2(x0 , y0 , z0 ) − 2(a, b, c). A reta normal é dada por r(t) = (1 + 2t)(x0 , y0 , z0 ) − 2t(a, b, c) e em t = −1/2 tem-se que r(−1/2) = (a, b, c), o centro da esfera. 5 6. Determine os vetores normais as superfícies nos pontos dados e verifique que a condição da questão 3 é satisfeita. 7. Faça r = 1 − p − q, substitua na função P (p, q, r), encontre os pontos críticos e classifique-os. 8. (a) 1/4; (b) 0 Parte C 2. (Forma não tradicional de solução) Considere x = (x1 , · · · , xm ) um vetor m × 1 e f (x) uma função escalar, isto é, f : D ⊂ Rm → R, definimos a derivada de f com relação ao vetor x como ∂f ∂f ∂f = , ···, (gradiente da f ). ∂x ∂x1 ∂xm Agora perceba que 2 F (c) = ky − Mck = (y − Mc)T (y − Mc) = yT y − yT Mc − cT MT y + cT MT Mc. Cada uma das parcelas yT y, yT Mc, cT MT y, cT MT Mc ∈ R, desta forma podemos calcular a derivada de cada uma das parcelas com relação ao vetor c, e neste caso teremos (verifiquem!!!) ∂F ∂c T = −(yT M) − MT y + 2cT MT M = −2MT y + 2MT Mc. Portanto, o ponto crítico é c = (MT M)−1 MT y. A segunda derivada (Hessiano) com relação a variável c é dada por ∂2F = 2MT M. ∂c2 Para saber se o ponto é de mínimo precisamos verificar o determinante do Hessiano, que neste caso será H = X xi 2 −n X x2i < 0, pela desigualdade de Hölder. Logo c encontrado é um ponto de mínimo. 6