VIGILANCIA_EPIDEMIOLOGICA

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1. VIGILÂNCIA SANITÁRIA OU VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Os dois termos acima são empregados para designar basicamente o mesmo conjunto de
atividades, podendo, desta forma, serem considerados sinônimos (o termo vigilância
epidemiológica é de uso mais comum na atualidade). De forma sintética, e segundo o Código
Sanitário para Animais Terrestres, significa a realização de investigações contínuas sobre uma
determinada população com objetivo de detectar o aparecimento de uma doença para efeitos
de controle sanitário. Quando estão envolvidos programas permanentes destinados a detectar
mudanças de prevalência de uma doença em uma determinada população e no meio ambiente
desta última, denominamos seguimento epidemiológico contínuo (por exemplo, colheita
de amostras para avaliação de atividade viral para febre aftosa dentro das atividades de
comprovação da manutenção da condição sanitária). A proposta de alteração do Código
Sanitário para os Animais Terrestres, prevista para maio do presente ano, considera a inclusão
das seguintes definições para os termos vigilância e seguimento:
“Vigilância: designa as investigações a que é submetida uma população ou uma subpopulação
determinada para detectar a presença de um agente patógeno ou de uma doença; a freqüência e
o tipo de vigilância serão determinados pela epidemiologia do agente patógeno ou da doença,
assim como pelos resultados que se desejam obter.”
“Seguimento: designa as investigações a que é submetida de maneira permanente uma
população ou uma subpopulação determinada e seu entorno para detectar possíveis mudanças
na prevalência de uma doença ou as características de um agente patógeno”.
No contexto relacionado com as atividades da OIE, a finalidade da vigilância epidemiológica
pode ser demonstrar a ausência de doença ou de infecção ou estabelecer a ocorrência e
distribuição de uma doença ou infecção, incluída a detecção precoce de doenças exóticas ou
emergentes quando estas aparecem. O tipo de vigilância aplicada depende dos resultados
desejados ou necessários; por exemplo, apoiar as solicitações para obtenção de
reconhecimento da condição sanitária de livre de doença/infecção ou tomar decisões
relacionadas com as estratégias de luta contra uma determinada doença (controle ou
erradicação?).
Outro termo de grande emprego na área da defesa sanitária animal é monitoramento (ou
monitorização), que diferentes autores definem como processo contínuo e dinâmico de
levantamento de dados sobre saúde e doença e seus determinantes em uma dada população
animal sobre um período de tempo definido. Neste contexto, o termo vigilância epidemiológica
é empregado para identificar o processo de avaliação entre fenômenos patológicos e não
patológicos, referindo-se a uma parte específica do monitoramento, onde a informação obtida é
utilizada e medidas são tomadas quando determinados valores limites sobre o status de uma
doença são ultrapassados, constituindo-se uma das partes dos programas de controle das
doenças. Um sistema de monitoramento e vigilância, portanto, deve representar uma
ferramenta para a tomada de decisão e não uma meta em si mesmo. Um sistema de
monitoramento e vigilância deve permitir o atendimento de questões básicas como:
 prematura, rápida e segura identificação dos primeiros casos de uma doença altamente
contagiosa,
 desenvolvimento ou modulação de doenças endêmicas, tendências de ocorrência de
doenças em uma dada população, região e período de tempo,
 avaliação dos programas de controle das doenças,
 determinação do status de saúde do rebanho com respeito aos requerimentos para o
comércio internacional ou avaliação econômica de perdas causadas pelas doenças e
 certificação da saúde do rebanho como livre de doenças e infecções.
Na América do Sul é empregada, também, a terminologia “sistemas de atenção e vigilância
sanitária animal” pressupondo a existência de dois sistemas distintos: um de atenção e outro de
vigilância. No caso do Brasil, essa expressão encontra-se principalmente na Portaria da
Secretaria de Defesa Agropecuária no 50, de 23/05/96, que estabelece o processo de avaliação
qualitativa de risco para a febre aftosa. Esses dois sistemas, na realidade, são complementares
entre si, e muitas vezes se confundem, sendo que só se concebe a existência de um bom
sistema de vigilância sanitária (ou epidemiológica) a partir da existência de um estruturado
sistema de atenção veterinária. De forma didática e resumida, pode-se dizer que o sistema de
atenção veterinária representa a estrutura ou o arcabouço necessário para a execução e prática
do processo de vigilância epidemiológica. Nesse arcabouço estão englobados os aspectos físicos
(isto é, escritórios, veículos, meios de comunicação, material de consumo, laboratório, entre
outros), os relacionados a recursos humanos (quantidade, qualidade e distribuição) e os
associados aos campos político e jurídico (decisão e vontade política e existência de
instrumentos legais compatíveis e coerentes com os objetivos perseguidos). Por sua vez, o
sistema de vigilância sanitária, como destacado anteriormente, envolve o seguinte conjunto de
atividades: a) obtenção e registro de dados; b) consolidação e análise dos dados colhidos; c)
tomadas de decisão (ações) e d) divulgação da informação sobre a enfermidade e dos
resultados das medidas aplicadas (retroalimentação).
A implantação de um adequado sistema de vigilância epidemiológica representa um grande
desafio para o país. O DDA/MAPA vem trabalhando para o estabelecimento de bases e padrões
para constituição de um sistema de informação que dê qualidade, confiabilidade e agilidade às
atividades de vigilância. A efetividade das medidas de vigilância depende, fundamentalmente,
da qualidade e da consistência dos sistemas de atenção veterinária e da sensibilidade,
oportunidade e qualidade dos sistemas de vigilância epidemiológica. Dentre as características
consideradas para avaliar a efetividade dos sistemas de atenção veterinária estão:

acessibilidade: que é a relação entre a estrutura de atenção (oferta de serviços) e as
características demográfico-produtivas e epidemiológicas da população animal e as
condições econômicas e sócio-culturais dos proprietários ou detentores das unidades
produtivas,

cobertura (ou capilaridade): referente ao processo de atenção e ao grau de utilização dos
serviços sanitários e avaliação dos programas,

qualidade: entendida como o grau em que os sistemas de atenção veterinária cumprem
com os resultados esperados,

participação social: que se expressa, através da intensidade com que os atores sociais se
incorporam ao sistema, a extensão deste processo (novos atores) e sua sustentabilidade,
indicadas pela tendência crescente e pela eficácia relacionada com a conquista de
resultados positivos.
Por sua vez, as características que devem possuir um adequado sistema de vigilância
epidemiológica para a prevenção de doenças são:

habilidade para detectar eventos de sanidade animal (sensibilidade)

disposição do pessoal e da comunidade para participar do sistema (aceitabilidade)

consistência da informação em relação ao momento de usá-la (oportunidade)

aplicações dadas à informação no processo de controle/prevenção de uma enfermidade
(utilidade)
O Centro Pan-americano de Febre Aftosa – PANAFTOSA, apresenta as seguintes definições para
sensibilidade, especificidade e oportunidade, relacionados aos sistemas nacionais de vigilância:

sensibilidade: capacidade de um sistema de vigilância para detectar um alto percentual de
eventos de campo que apresentam sinais clínicos ou evidências epidemiológicas
compatíveis com a sintomatologia clínica ou característica epidemiológica das doenças alvo
da vigilância,

especificidade: capacidade de um sistema de vigilância, mediante a realização de uma
investigação, em apresentar um diagnóstico definitivo para um alto percentual de eventos
de campo compatíveis com as doenças alvo da vigilância, e

oportunidade: capacidade de um sistema de vigilância de apresentar dados e informações a
tempo de garantir a rapidez de aplicação das ações sanitárias como resposta à situação
epidemiológica identificada.
Em complemento, segundo o PANAFTOSA, a sensibilidade relaciona-se com a notificação por
parte da comunidade e com a capacidade do sistema em detectar episódios de determinada
doença (mecanismo passivo + ativo para detecção de eventos sanitários). A especificidade, por
sua vez, representa a capacidade do sistema em esclarecer os eventos sanitários detectados
que apresentam sinais clínicos compatíveis com as doenças sob vigilância. Esses fatores
dependem da atenção veterinária imediata, de profissionais capacitados, do seguimento clínico
e epidemiológico, da colheita de amostras, da capacidade laboratorial para identificar o agente
causal, entre outras.
Dos últimos livros sobre epidemiologia humana publicados no Brasil * é útil, a título de
conhecimento, extrair o seguinte texto:
O interesse em acompanhar a ocorrência de doenças em comunidades com o sentido de
prevenir sua disseminação existe desde épocas remotas. Entretanto, da necessidade de
controlar enfermidades até a concepção atual de vigilância epidemiológica – informação
para ação – um longo caminho foi percorrido.
Neste processo, a vigilância epidemiológica, refletindo a complexidade das mudanças no
comportamento das doenças, da interação do homem com o meio ambiente e da
mobilidade de populações humanas, passou por modificações de conceitos e de estratégias
de ação, sem perder de vista o objetivo principal: coletar dados para o desencadeamento
de ações de prevenção e controle.
...consolida-se internacionalmente, na segunda metade do século XX, o conceito adotado
oficialmente no Brasil: “um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção
ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e
controle das doenças ou agravos”
As atividades de vigilância possibilitam o reconhecimento e a análise do processo saúdedoença, sendo fundamentais para o planejamento, o desencadeamento e avaliação dos
impactos das medidas destinadas a interromper a ocorrência de agravos. As informações
geradas e interpretadas, de modo contínuo, permitem identificar o comportamento
epidemiológico das doenças fornecendo o arcabouço científico para subsidiar a tomada de
decisões.
As atividades de vigilância epidemiológica se organizam de modo a garantir o cumprimento
de suas principais funções e envolvem a coleta, o processamento, a análise e a
interpretação dos dados; a recomendação, a promoção e a avaliação da eficácia e da
efetividade das medidas de controle; e a divulgação das informações obtidas.
O texto acima, com pequenas adequações, pode ser perfeitamente adaptado às atividades de
defesa sanitária animal. Na área da saúde animal adotamos, de forma mais livre, questões
referentes, por exemplo, à erradicação e à análise de risco e regionalização (zonificação) que
para a área da saúde pública representam questões de maior complexidade operacional. De
qualquer forma, o objetivo maior em apresentar o texto e os conceitos envolvidos é para
destacar a importância do trabalho nas unidades locais. Como mencionado, o trabalho
desenvolvido no âmbito dessas unidades é que representa a sensibilidade de nosso sistema de
vigilância epidemiológica. Portanto, os profissionais que atuam nas unidades locais têm que
compreender a dimensão e a responsabilidade representadas pelas atividades desenvolvidas.
Os relatórios elaborados, muitas vezes de forma corrida e “tomando tempo” do trabalho de
campo, representam muito mais do que mera burocracia. Significam o conteúdo de todo o
trabalho e a base de orientação para o processo de tomada de decisão. A informação repassada
por um profissional do serviço oficial e a assinatura deste em documentos oficiais apresentam
enorme respeitabilidade e credibilidade nacional e internacional. Portanto, estes atos devem
estar respaldados por um intenso processo de ética, atenção e conferência para que a
credibilidade existente seja mantida.
*
Epidemiologia/editor Roberto A. Medronho... [et al.]. – São Paulo: Editora Atheneu, 2002.
Para cada doença ou grupo de doenças, existem aspectos específicos sobre o processo de
vigilância epidemiológica. Assim, temos, por exemplo: sistema de vigilância para doenças de
sintomatologia nervosa (raiva dos herbívoros, EEB); para o grupo de doenças hemorrágicas dos
suínos (dentro do Programa Nacional de Erradicação da PSC); e para as doenças vesiculares
(Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa). Os diferentes sistemas de vigilância
epidemiológica serão apresentados e discutidos em documentos específicos, sendo que, neste
momento, com objetivo apenas de conhecimento inicial, na seqüência serão apresentados e
discutidos alguns termos de uso mais freqüente no país relacionados ao tema.
Vigilância epidemiológica passiva e ativa
O sistema de vigilância passiva envolve o conjunto de ações relacionadas com o processo de
notificação de suspeitas de ocorrência de doenças (por parte dos criadores e seus vizinhos,
comerciantes e transportadores de gado, comerciantes de produtos veterinários no meio rural,
veterinários da iniciativa privada e de outras instituições, etc.) e o atendimento pelo serviço
oficial com colheita e remessa de material para análise laboratorial. Ou seja, são situações em
que não há programação ou planejamento de uma ação específica em busca de comprovar a
ocorrência ou ausência de um determinado evento sanitário. O conjunto de atendimentos, pelo
serviço veterinário oficial, de notificações apresentadas pela comunidade representa um dos
principais indicadores para avaliação da sensibilidade do sistema de vigilância implantado. A
ausência ou o reduzido número de notificações em um período longo de tempo gera, em uma
primeira análise, dúvidas quanto à capacidade sensitiva do sistema de vigilância envolvido.
Quanto à vigilância ativa, corresponde ao conjunto de procedimentos relacionados com a busca
da doença clínica ou da infecção, geralmente através do uso de métodos de amostragem. Como
exemplos de ações ativas de vigilância pode-se considerar: monitoramento de fazendas
(definição de propriedades de risco e realização de visitas periódicas), inspeção em locais de
concentração de animais; inspeção do trânsito de animais através de equipes volantes;
inquéritos soroepidemiológicos, seguimento epidemiológico contínuo e inspeção em matadouros
(levantamento sobre a ocorrência de sinais patológicos). Neste caso, o serviço veterinário oficial
se antecipa e sai em busca de dados e indícios com objetivo de monitorar a ocorrência de
determinada doença/infecção.
Prevenção primária, secundária e terciária
São expressões que buscam agrupar atividades específicas de vigilância epidemiológica de
acordo com sua utilização e finalidade em dado momento. Com o mesmo significado, muitas
vezes são empregadas as expressões primeira, segunda e terceira barreiras ou vigilância
primária, secundária ou terciária. Mais recentemente tem-se empregado também os termos
pré-fronteira, fronteira e pós-fronteira para agrupar o conjunto de atividades de vigilância
epidemiológica. De forma resumida, vigilância primária representa as ações desenvolvidas com
o objetivo de impedir o ingresso de determinado agente em determina área (exemplo,
fiscalizações em áreas de fronteira, postos fixos e equipes volantes de fiscalização, normas de
controle do trânsito, análise de risco, vacinação e ações de educação sanitária); vigilância
secundária envolve as atividades relacionadas com a identificação e eliminação do agente caso
o mesmo tenha vencido a primeira barreira (exemplo, atendimento a notificações suspeitas de
ocorrência de doenças e capacidade de diagnóstico laboratorial); e vigilância terciária, o
conjunto de ações voltadas a recuperar a condição sanitária anterior ao ingresso do agente
(emergência sanitária, inquéritos soroepidemiológicos, entre outras). Dependendo da situação e
dos objetivos envolvidos, algumas ações podem participar ao mesmo tempo de mais de um dos
três tipos de vigilância em questão, por exemplo, o caso de atividades de educação sanitária,
de vacinação e de inquéritos sorológicos.
Sistema de informação
No contexto do sistema de vigilância epidemiológica, o sistema de informação representa,
basicamente, a rede de comunicação para fluxo contínuo de dados sobre ocorrência de
doenças, notificadas de acordo com freqüências preestabelecidas. A estrutura do sistema de
comunicação empregada no Brasil foi apresentada na Parte 1 do presente documento, tendo a
base representada pelas unidades locais de atenção veterinária e a ponta pelo DDA/SDA/MAPA,
que tem a responsabilidade de transmitir as informações colhidas às instituições e países com
os quais mantém relacionamentos. Os principais sistemas de informação dos quais o Brasil
participa são representados pelo Sistema de Informações Sanitárias da OIE e pelo
Sistema Continental de Informação e Vigilância Epidemiológica das Américas
coordenado pelo Centro Pan-americano de Febre Aftosa – PANAFTOSA. Ambos os sistemas
encontram-se em pleno processo de adequação e modificação o que torna difícil a tarefa de
descreve-los neste momento. De qualquer forma, mesmo correndo o risco de mudanças
expressivas dos sistemas, na seqüência serão apresentadas informações básicas, destacando-se
as principais propostas de adequação.
O sistema da OIE refere-se à compilação semanal de mensagens de urgência e de seguimento
sanitário transmitidos pelos países membros para comunicar à comunidade internacional
acontecimentos epidemiológicos excepcionais ocorridos em seus países. Os informes semanais
são difundidos e atualizados na página Web da OIE todas às sextas-feiras. Além das
informações semanais os países também encaminham à OIE informes mensais e anuais. Todas
as informações sanitárias dos países membros são mantidas em banco de dados da OIE
denominado Handistatus II, que pode ser acessado na página Web da OIE. O atual sistema de
informações da OIE agrupa as doenças dos animais em duas listas específicas (ver quadro
abaixo):

Lista A: doenças transmissíveis que apresentam grande poder de difusão e especial
gravidade, que podem estender-se além das fronteiras nacionais, com conseqüências
socioeconômicas ou sanitárias graves e cuja incidência no comércio internacional de
animais e produtos de origem animal é muito importante.

Lista B: doenças transmissíveis consideradas importantes do ponto de vista
socioeconômico ou sanitário a nível nacional e cujas repercussões para o comércio
internacional de animas e produtos de origem animal são consideráveis.
Além das Listas A e B da OIE, é mantida pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura
e Alimentação - FAO, a denominada Lista C, com doenças consideradas como de importância
para a produção animal mundial e para medicina veterinária em particular. Como exemplo de
doenças desta Lista destacam-se: carbúnculo sintomático, toxoplasmose, listeriose, botulismo,
tétano, actinomicose, salmonelose intestinal, coccidiose, fasciolose hepática, diarréia bovina a
vírus, foot-rot, enterotoxemia, sarna ovina, erisipela suína, salmonelose aviária e leucose
aviária, entre outras.
Lista A da OIE

Dermatose nodular contagiosa (nunca registrada no Brasil)

Doença de Newcastle (última ocorrência em abril de 2001, Goiás)

Doença vesicular dos suínos (nunca registrada no Brasil)

Estomatite vesicular (ocorrência esporádica em algumas partes do Brasil)

Febre aftosa
o Virus SAT1, SAT2, SAT3 e ASIA – nunca registrados no Continente Americano
o Vírus C – última ocorrência no Brasil em 1995 (RO em março e MT e TO em maio)

Ocorrência em setembro de 2004 (Carreiro da Várzea – AM)
o Vírus O – última ocorrência no Brasil em outubro de 2000 (Paraíba)

Ocorrência em junho de 2004 (Monte Alegre – PA)
o Vírus A – última ocorrência no Brasil em junho de 2001 (Roraima)
o Último diagnóstico clínico – agosto de 2001 (Maranhão)

Febre do Valle do Rift (nunca registrada no Brasil)

Influenza aviaria altamente patógena (nunca registrada no Brasil)

Língua azul (último isolamento do agente em março de 2002, Paraná)

Peripneumonia contagiosa bovina (nunca registrada no Brasil)

Peste bovina (introduzida no Brasil e erradicada em 1921)

Peste dos pequenos ruminantes (nunca registrada no Brasil)

Peste eqüina (nunca registrada no Brasil)

Peste suína africana (introduzida no Brasil em 1978 e erradicada em 1981)

Peste suína clássica (última ocorrência em setembro de 2001, Paraíba)


Ocorrência em julho de 2004, Ceará
Varíola ovina e varíola caprina (nunca registrada no Brasil)
Lista B da OIE (em espanhol)
Enfermedades comunes a varias especies
 Carbunco bacteridiano
 Cowdriosis
 Enfermedad de Aujeszky
 Equinococosis/hidatidosis
 Fiebre Q
 Leptospirosis
 Miasis por Chrysomya bezziana
 Miasis por Cochliomyia hominivorax
 Paratuberculosis
 Rabia
 Triquinelosis
Enfermedades de los bovinos
 Anaplasmosis bovina
 Babesiosis bovina
 Brucelosis bovina
 Campilobacteriosis genital bovina
 Cisticercosis bovina
 Dermatofilosis
 Encefalopatía espongiforme bovina
 Fiebre catarral maligna
 Leucosis bovina enzoótica
 Rinotraqueítis infecciosa bovina/vulvovaginitis
pustular infecciosa
 Septicemia hemorrágica
Enfermedades des los ovinos y caprinos
 Teileriosis
 Aborto enzoótico de las ovejas (clamidiosis
 Tricomonosis
ovina)
 Tripanosomosis (transmitida por tsetsé)
 Adenomatosis pulmonar ovina
 Tuberculosis bovina
 Agalaxia contagiosa
Enfermedades de los équidos
 Artritis/encefalitis caprina
 Anemia infecciosa equina
 Brucelosis caprina y ovina (no debida a B. ovis)
 Arteritis viral equina
 Enfermedad de Nairobi
 Durina
 Epididimitis ovina (Brucella ovis)
 Encefalitis japonesa
 Maedi-visna
 Encefalomielitis equina del Este o del Oeste
 Pleuroneumonía contagiosa caprina
 Encefalomielitis equina venezolana
 Prurigo lumbar
 Gripe equina
 Salmonelosis (S. abortusovis)
 Linfangitis epizoótica
 Metritis contagiosa equina
Enfermedades de los suidos
 Muermo
 Brucelosis porcina
 Piroplasmosis equina
 Cisticercosis porcina
 Rinoneumonía equina
 Encefalomielitis por enterovirus
 Sarna equina
 Gastroenteritis transmisible
 Surra (Trypanosoma evansi)
 Rinitis atrófica del cerdo
 Viruela equina
 Síndrome disgenésico y respiratorio porcino
Enfermedades de las aves
 Bronquitis infecciosa aviar
Enfermedades de los lagomorfos
 Bursitis infecciosa (Enfermedad de Gumboro)
 Enfermedad hemorrágica del conejo
 Clamidiosis aviar
 Mixomatosis
 Cólera aviar
 Tularemia
 Enfermedad de Marek
Enfermedades de los peces
 Enteritis viral del pato
 Herpesvirosis del salmón masou
 Hepatitis viral del pato
 Necrosis hematopoyética epizoótica
 Laringotraqueítis infecciosa aviar
 Necrosis hematopoyética infecciosa
 Micoplasmosis aviar (M. gallisepticum)
 Septicemia hemorrágica viral
 Pulorosis
 Viremia primaveral de la carpa
 Tifosis aviar
Enfermedades de crustáceos
 Tuberculosis aviar
 Enfermedad de la cabeza amarilla
 Viruela aviar
Enfermedades de los abejas
 Enfermedad de las manchas blancas
 Acariosis de las abejas
 Síndrome de Taura
 Loque americana
Enfermedades de los moluscos
 Loque europea
 Bonamiosis (Bonamia ostreae, B. exitiosus,
 Nosemosis de las abejas
Mikrocytos roughleyi)
 Varroosis
 Enfermedad de MSX (Haplosporidium nelsoni)
 Marteiliosis (Marteilia refringens, M. sydneyi) Otras enfermedades de la Lista B
 Microcitosis (Mikrocytos mackini)
 Leishmaniosis
 Perkinsosis (Perkinsus marinus, P.
olseni/atlanticus)
A principal proposta de alteração do atual sistema de informação da OIE é o agrupamento das
Lista A e B em uma única lista de doenças de notificação obrigatória. Isso representa uma
alteração bastante significativa e complexa, apresentando o seguinte cronograma de
implantação:

maio de 2004: o Comitê Internacional debaterá e adotará os novos critérios de inclusão das
doenças na lista única, ainda que a lista atual, que combina as Listas A e B, mantenha-se
sem alterações,

janeiro de 2005: supressão definitiva das Listas A e B, e implementação do novo sistema de
notificação, e

maio de 2005: o Comitê Internacional debaterá e adotará a nova lista de doenças da OIE
aplicando os critérios aprovados em maio de 2004.
No quadro abaixo estão apresentados os critérios propostos a serem empregados para incluir
uma determinada doença na lista única da OIE:
Critérios básicos
Parâmetros
(sempre considerando “o pior dos
casos)
(na ocorrência de uma resposta positiva, o critério é
considerado)
Tem demonstrado a presença de uma propagação internacional
em três ou mais ocasiões? OU
Propagação internacional
Há mais de três países com populações de animais susceptíveis
livres da doença ou em fase de serem declarados livres dela (com
base no Código Terrestre, especialmente o Artigo 3.8.1)? OU
Os informes anuais da OIE indicam que um número importante
de países com populações susceptíveis tem declarado a ausência
da doença durante vários anos seguidos?
Propagação significativa em
populações imunologicamente
desprotegidas
É significativa a mortalidade da doença em um país ou
compartimento?
E/OU
É significativa a morbidade da doença em um país ou
compartimento?
Está demonstrada a transmissão ao ser humano? (salvo em
circunstâncias artificiais)
Potencial zoonótico
E
A infecção humana leva à conseqüências graves? (falecimento ou
doença prolongada)
Doenças emergentes (agente
patógeno que se acaba de identificar
ou agente patógeno conhecido mas
com um comportamento diferente)
Observa-se uma propagação rápida com morbidade ou
mortalidade e/ou características zoonóticas aparentes?
Além das doenças da Lista A, a ocorrência de qualquer outra doença nunca antes
registrada no Estado ou no país é de notificação obrigatória e deve ser motivo de
comunicação imediata.
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