AULA 6 ECONOMIA DOS TRANSPORTES: Precificação dos serviços de transporte PROF. DR. ADMIR ANTONIO BETARELLI JUNIOR Departamento de Economia - UFJF Introdução Determinação de preços para a prestação de serviços. Estratégias ótimas de preço que permitem obter objetivos específicos: MAX as economias do sistema: Setor privado: Lucros (π) Setor público: Bem-estar (SW) Para qualificar lucros e bem-estar, é preciso entender a demanda e custos. Política de preços do setor público Max o bem-estar social líquido. O que é bem-estar? Total do benefício social - Total do custo social Ou: SW Ep Ec PROFIT CS TR TC CS MAX SW : d ( PM .Y ) d (TC) d (CS ) dP dP P Y MC Y P MC 0 dY dY dY dY dY Benefício marginal (BM) = Custo marginal (MC) P=MC Garante a inexistência de subsídio ou desperdícios do serviço. Política de preços do setor público Política de preços do setor público Conflitos potenciais entre os objetivos da política: Porto : doutrina europeia versus doutrina anglo-saxão Transporte local : pessoas de baixa renda versus excessivo congestionamento Política de preços do setor privado Depende do poder de mercado. E consumo é afetado pela estrutura de mercado. mercado altamente competitivo, o mercado define os preços. mercado monopolista, a prestadora dita sob a lei de demanda. caso intermediário, os vários atores, envolvidos em disputas dentro de “jogos” uns com os outros, buscam o máximo de benefício. Interação da Oferta e da Demanda Objetivo: MAX lucros. Mercado competitivo: tomadores de preços; P=MC; lucro normal (LP) e livre entrada das firmas. Monopolístico: liberdade para definir preço e quantidade.; sobrelucros ; e P>MC e AM; Regulação governamental. Ocultas certas peculiaridades em alguns mercados de transporte. Interação da Oferta e da Demanda Exemplo: mercado não regulamentado de táxi urbano. Divergência: clientes e táxis cruzando em certos lugares => excesso de corridas oferecidas. Interação da Oferta e da Demanda Tarifa real: definida acima de P1, mas abaixo de P2, e, portanto, não há preço único de táxi. Ganho de sobrelucro pelos operadores de táxi: poder de monopólio apreciado. Razões por que as autoridades na maioria das grandes cidades controlem os níveis de tarifas. Modelo de monopólio: modificações Modelo básico de monopólio também sobre certas ocasiões necessita de modificação. Δ método ∆ de produção (transporte de mercadorias). padrão de consumo (modos de passageiros). Δ concorrência que significaria duplicação de serviços. O governo pode institucionalizar um monopólio, mas por meio do controle de preços e de outros aspectos comerciais de suas operações que impeçam a exploração de clientes. Modelo de monopólio: modificações Regulação das atividades de monopólio, mesmo quando a intervenção governamental é mínima. Conferências marítimas: empresas combinam entre si para monopolizar as operações dos principais portos. MAX : valor presente das receitas ao invés lucros (momento). Objetivo: evitar sobrelucros de curto prazo que incentivarão a competição mediante a entrada de novas empresas no mercado. Modelo de monopólio: modificações Preço de custo marginal: receitas e lucros MAX lucros e posição de defesa (MAX receitas). Baumol (1962): MAX receitas versus MAX lucros. Preço de custo marginal: bemestar P: método de alocação de recursos que MAX o bemestar social, em vez do bem-estar do próprio ofertante. Exemplo: Transporte ferroviário monopolista. Preço de custo marginal: bemestar MAX bem-estar social: P=MC. Ao preço de custo marginal (PMC), serviços de transporte são fornecidos até o ponto em que MB=MC. P>MC: capacidade de exercer algum grau de poder de monopólio. O preço cobrado forçará alguns potenciais consumidores a abrir mão do consumo, apesar de sua disposição a pagar acima do preço do monopolista. Preço de custo marginal: SRMC e LRMC Conceito longo vago de MC, deve-se: prazo (LRMC) versus curto prazo (SRMC) Curto prazo é quando há uma capacidade fixa, que só pode ser modificada no longo prazo. Se P=SRMC, não leva em conta o capital e outros itens de custos fixos. Nessa lógica, menor será o SRMC e P. Tal observação pode ser equivocada, porque se existe capacidade fixa, um prêmio seria adicionado ao SRMC para conter a demanda excessiva. Preço de custo marginal: SRMC e LRMC Conceito longo vago de MC, deve-se: prazo (LRMC) versus curto prazo (SRMC) Curto prazo é quando há uma capacidade fixa, que só pode ser modificada no longo prazo. Se P=SRMC, não leva em conta o capital e outros itens de custos fixos. Nessa lógica, menor será o SRMC e P. Tal observação pode ser equivocada, porque se existe capacidade fixa, um prêmio seria adicionado ao SRMC para conter a demanda excessiva. Modelo de monopólio: modificações Ex: ferroviário de passageiros: um markup para P1*. A escala ótima de serviço será a oferta de capacidade Q2, onde o preço cobrado para os viajantes é equiparado a LRMC (e a retomada da curva SRMC2). Problemas com o PMC: distorções nos outros setores da economia Se os insumos, ou bens complementares ou substitutos de um produto não tem o preço de MC, então o produto não deve ser fixado o preço em MC também. “Primeiro-melhor”: “Segundo-melhor”: todos os preços são PMC. adota-se quando substitutos ou complementares não seguem PMC. Precificação “segundo-melhor” Somente ônibus e transporte ferroviário na economia. Ônibus: poder de monopólio se P>PMC SePBUS > MCBus, a posição atingível na FPP será o ponto B, se PRail = MCRail. Nesse ponto, a curva de utilidade é inferior, i.e., U2. Questão: ferroviário desviaria do PMC e e adotaria uma "segundo melhor" estratégia de preços, que pode melhorar o total de bem-estar social? Precificação “segundo-melhor” Lipsey e Lancaster (1957), diz que a ferrovia deveria adotar tarifas na mesma proporção dos desvios no transporte de ônibus. É possível atingir o nível de bemestar social, U1. PRail MCRail PBus MCBus MCRail MCBus Assegura que os dois modos de transporte sejam compatíveis em termos de atratividade relativa. Precificação “segundo-melhor” Problemas: muitos preços na economia. Se todos os preços, exceto PRail e PBUS >PMC, logo transporte será caro. Se o inverso, favorecem os setores intensivo de transporte. Chave de análise: elasticidade-cruzada. PMC preços pode não ser ótimo se substitutos e complementos não são cobrados ao custo marginal Precificação “segundo-melhor” Pi MCi ji eQ j |Pi Q j eQi |Pi Qi P j MC j i= o bem ou o serviço para ser precificado; j= bens ou serviços substitutos/complementares. Se j tem um P<MC, então se j é substituto de i, seria precificado também abaixo de MC. eQ j |Pi 0 , então i j é complementar de i, eQ |P 0 , então i seria precificado acima de MC. Se j i Preços diferenciados, discriminação de preços e gestão de rendimento precificação “segundo melhor” => formas de discriminação de preços: ≠ usuários pagam ≠ preços, parcialmente relacionados aos custos.(MC são cobertos) A Gestão de rendimento: capacidade limitada sendo disponível no último minuto requer preços mais elevados para racionalizar entre aqueles que procuram tardiamente lugar ou assento. Os custos fixos precisam ser recuperados, o que exige um preço de custo médio, subsídios, ou algo chamado gestão de rendimento. Preços diferenciados, discriminação de preços e gestão de rendimento de preços: ≠ usuários pagam ≠ preços, parcialmente relacionados aos custos.(MC são cobertos) Discriminação Gestão de rendimento: capacidade limitada sendo disponível no último minuto requer preços mais elevados para racionalizar entre aqueles que procuram tardiamente lugar ou assento. Os custos fixos precisam ser recuperados, o que exige um preço de custo médio, subsídios, ou algo chamado gestão de rendimento. Preços diferenciados, discriminação de preços e gestão de rendimento de preços de 1º grau (ou perfeita): ΔP com base em cada disposição do usuário. Discriminação Preços diferenciados, discriminação de preços e gestão de rendimento de preços de 2º grau: ∆ preço com base na quantidade vendida. No transporte, por ou o número de viagens ou a duração da viagem. Discriminação Preços diferenciados, discriminação de preços e gestão de rendimento de preços de 3º grau: ∆preço com base no segmento do mercado ou grupo de consumidores. Os grupos diferentes de consumidores são identificados pelas diferentes elasticidades-preço de demanda. Discriminação Max p1 (q1 )q1 p2 (q2 )q2 CT (q1 q2 ) 1 1 MR1 MR2 MC p1 (q1 ) 1 p 2 (q 2 ) 1 MC e1 e2 p1 (q1 ) MC1 p 2 (q 2 ) MC2 e1 e2 p1 (q1 ) p 2 (q 2 ) MR1 MR2 p1 (q1 ) 1 (1 / e2 ) p 2 (q 2 ) 1 (1 / e1 ) Preços diferenciados, discriminação de preços e gestão de rendimento Se e1=2; e2=4 p1 (q1 ) 1 (1 / 4) 3 / 4 1,5 p2 (q2 ) 1 (1 / 2) 1 / 2 Discriminação de preços com custos decrescentes Se a discriminação de 1º fosse adota: os custos seriam recuperados e geraria um lucro de PMC ao setor Discriminação de preços com custos decrescentes Se o monopolista MAX π: MR=MC => sobrelucros. Se adotasse PMC => ótimo social e perda financeira (AC>P). Breakeven alcançado se PAC => QMC-QAC demandantes fora, dispostos a pagar os custos adicionais (MC) que geram. Conclusão: perda financeira em virtude da política de preços e não da incapacidade do serviços de ser financeiramente viável. discriminar (1º grau): ↑ TR, ↑ ᴫ, e Max bem-estar, porém somente para o prestador. Se Discriminação de preços com custos decrescentes Não se aplica a discriminação de 1º grau. Nenhum P faria AR> AC. Impossível de recuperar os custos, mesmo P de monopólio. Podem existir razões para manter o serviço operando: subsídios se for um “ bem de mérito”. Discriminação de preços com custos decrescentes Em resumo: Se + os subsídios devem ser evitados se o PAC é inapropriado, = a discriminação de preço pode ser usada para financiar o serviço. Deve-se cobrar “o que o usuário arcará”, se P cobrir MC. Discriminação de preços com custos decrescentes Limitações da discriminação de 1º: Os custos administrativos da operação do sistema podem ser elevados (similar o caso da figura anterior). Falta de conhecimento das curvas de demanda. Pode ser socialmente indesejável cobrar “ o que o usuário vai suportar” por causa das consequências distributivas . Passageiros mais pobres, com menor elasticidades pode sofrer com os preços mais elevados e por serem incapazes de usar modos alternativos de transporte. Discriminação de preços com custos decrescentes Diferenciação por consumidor/produto Discriminação é comum na política de preço de transporte, intensificada com o aperfeiçoamento de sistema de informação. Primeira Exclusão Limite classe x classe econômica. de descontos tarifários nos picos de demanda. de descontos para estudantes e idosos; Redução de viagens de primeira classe nos finais de semana, quando lazer é significativo e as viagens de negócios são quase insignificantes. Diferenciação por consumidor/produto Outro exemplo: cartéis nas conferências e alianças marítimas: curva de demanda em forma-S Receitas médias Diferenciação por consumidor/produto Voos de distintas qualidades, com preços distintos. Diferenciação por consumidor/produto Isto ignora a possibilidade de que os demandantes possam mudar para serviços de qualidade inferior. Se os demandantes não mudarem, logo: Excedente potencial consumidores. maior que o excedente efetivo dos Gestão de rendimento É a capacidade de gestão de gerar receitas adicionais acima dos custos de uma atividade predefinida (e.g., um voo ou navegação programada), quando há uma necessidade de racionar a capacidade. A companhia aérea vai elevar as tarifas a fim de racionar os lugares para aqueles que estão dispostos a pagar mais. Não é estritamente o mesmo que a discriminação de preços : o prestador de serviço não está tentando obter todos os Ec, mas sim tentando recuperar os custos e permitindo o acesso ao serviço para aqueles que ganham mais a partir de um serviço. Tomada de decisão sequencial. Gestão de rendimento Gestão de rendimento SEPARAÇÃO: Gestão de rendimento: é uma técnica de alocação de recursos. Discriminação de preços: é uma técnica de maximização de receitas. Separação Contudo, é difícil na prática. é possível obter algumas acepções sobre o grau em que os preços podem variar de um determinado serviço. Gestão de rendimento Diferenciação por extensão de curso Ferrovias: Ligação diferenças entre curto curso e longo curso. férrea entre três cidades A, B e C, em que B está no meio. Há também o transporte fluvial (preço de custo marginal) disponível entre A e C, oferecendo um serviço idêntico ao ferroviário, mas não saindo da cidade B. Custo fixo: Custo variável: C AC C AB C BC V AC V AB VBC Diferenciação por extensão de curso WAVAB, XDVBC e RACEFVAC: receitas apreciadas pela ferrovia sobre diferentes trajetos (links). Diferenciação por extensão de curso Se RAC < posição mais alta de DAB ou DBC, então existe discriminação curto versus longo curso. Ou seja, produtos idênticos com demanda idêntica para transportes programados por milha seriam cobrados mais para o trajeto de curto curso do que de longo curso. Sem discriminação de curto versus longo curso: deixaria de capturar parte do Ec no curto prazo. O incentivo da ferrovia para investir seria distorcido e alguma linha economicamente desejável não estaria operando. O poder de compensação (oposição) A extensão reação o da diferenciação de preço depende: dos consumidores diante do preço. Poder dos clientes. grau de competição no mercado. Galbraith (1952) argumenta que as empresas de grande escala nos mercados oligopolisticos ou monopolísticos frequentemente tem muito menos flexibilidade que a teoria convencional postula de explorar o seu poder por causa da existência de poder de monopólio dentro de uma “cadeia de valor”. O poder de compensação (oposição) uma ilustração simples : vários tipos de poderes de compensação que podem afetar as decisões de preço de uma empresa envolve ideias como o poder de compensação, regulação, o medo de inquietação pública sobre os preços excessivos (portanto, chamado de “voz”), a contestabilidade e assim por diante. O poder de compensação (oposição) O poder de compensação (oposição) Existem monopólios ou oligopólios bilaterais em vários pontos da cadeia. Monopólio bilateral: existe um único comprador e vendedor no mercado. o grau em que o resultado se aproxima dos resultados competitivos ou de monopólio depende da força e aptidões estratégicas das várias partes envolvidas. Um indicador da extensão do poder de compensação é, e.g., a capacidade de um aeroporto de discriminar preços entre companhias aéreas. O poder de compensação (oposição) um aeroporto, maximizador de lucro, que está servindo ambos: o grupo dos operadores de baixo custo e o grupo dos operadores de custos tradicionais. O poder de compensação (oposição) As taxas de pouso são um parte maior dos custos da empresa de baixo custo versus legalmente tradicional. Relativamente mais sensível (elasticidade maior). Por isso, o aeroporto cobra taxas separadas para cada grupo. MCM=MRM, cobrar isso sobre os mercados separadamente. A repartição de faixas de voos é ótima entre tais grupos. Os tipos genéricos, considerando que as companhias aéreas têm poder de mercado, foram explorados pela primeira vez por Francis Edgeworth (1881) no século XIX. O poder de compensação (oposição) Um comprador de monopsônio (i.e., uma grande companhia aérea) negociando os encargos das faixas de pouso com um aeroporto de monopólio Se o aeroporto monopolista é MAX ᴫ, logo MR=MR (companhia) (Aeroporto monopolista) Com concorrência (companhia) (Aeroporto monopolista) O poder de compensação (oposição) Para maximizar a sua receita, a companhia vai comprar faixas até o ponto em que o custo marginal de uma faixa é igualado à receita marginal que irá gerar (i.e., Y2 faixas). A situação em que há monopólio bilateral geralmente deixa o resultado indeterminado com um preço de mercado em algum lugar entre P1 e P2. vai depender das habilidades de negociação das duas partes e que será uma função das suas atuações no jogo. Clientes: não serão beneficiados partir de uma situação de monopólio bilateral na cadeia de valor O poder de compensação (oposição) Trabalhos empíricos tentam determinar se o poder de compensação tem quaisquer impactos significativos sobre a estrutura-conduta-desempenho do mercado, procurando as ligações entre: os lucros dos fornecedores, ou markups; as concentrações de fornecedores; poder de compensação dos clientes. O poder de compensação (oposição) O grau em que os aeroportos podem segmentar suas faixas entre mercados diferentes, no entanto, depende da extensão em que as companhias aéreas são capazes de diluir a receita a ser recolhida pelo aeroporto – essencialmente, a sua capacidade para prevenir as taxas diferenciais. Muitos aeroportos são usados por um pequeno número de companhias aéreas e, em alguns casos, até mesmo grandes aeroportos dependem de uma única operadora por 80% ou mais do seu negócio. A discriminação de preços de 3º parece ser ilusório, no entanto, por causa dos regimes regulatórios que obrigam os aeroportos a definir tarifas com base em princípios de contabilidade estreita. O problema do pico A demanda por alguns serviços apresenta picos em determinados momentos. Tráfego no horário de rush. cerca de 6 a 10 horas da manhã e de 16:00 a 19:00 horas tráfego de férias durante os meses de verão e mais feriados, demanda de fim de semana e dias de semana. navegações aquaviárias estão sujeitas aos movimentos cíclicos da demanda quando a economia mundial se move entre booms e recessões. O problema do pico Dificuldade: determinar um padrão de preços que assegure a melhor utilização da infraestrutura: guia para uma futura política de investimento e recuperação dos custos. Preocupação: problemas decorrentes de variações sistemáticas na demanda, período curto no qual ajustes de capital não são feitos para assegurar um P=MCLP. O problema do pico O problema é essencialmente de indivisibilidade na dimensão do tempo da oferta em relação à demanda e é, portanto, uma forma particular de problema de produção conjunta. Transportes não podem ser armazenados para reconciliar as alterações sistemáticas na demanda. Reconciliação pode ser só efetivamente alcançada através de ajustes de preços devido à escassez ou abundância no mercado. O problema do pico Para a precificação de pico de carga existe um problema espacial/direcional. Trata-se da questão derivar as taxas apropriadas para as duas direções (ida e volta) – situação encontrada na prestação de transporte rodoviário não programado. Basicamente, há uma alta demanda por um serviço em uma direção (curso para frente, ou front-haul), mas mais baixa para um serviço de retorno (back-haul); Ou seja, a demanda é unidirecional na natureza enquanto que a oferta consiste (composta) de viagens de ida e volta. O problema do pico : Steiner (1957) 2 períodos de igual duração (6 horas cada), D1 fora de pico; e D2 no pico de demanda. Curvas de demanda independentes. Solução ótima: Pico: P=LRMC= B + b O custo total é recuperado pelos usuários D2 mesmo se não houvesse a demanda D1. Fora Pico Pic o Fora de Pico: SRMC= b. Deve ser permitida a compra pelos usuários de D1, desde que eles paguem os custos O problema do pico : Steiner (1957) Complicação: pode existir a inversão dos picos de demandas (shifting peak). O MC seria só cobrado para o pico de demanda sobre a capacidade (D2). O custo da capacidade q20 remuneraria uma capacidade menor do que as q10 unidades de capacidade necessárias. Solução: soma vertical das parcelas positivas D1 e D2 (efetiva demanda total por capacidade) Solução: q0=q1=q2, maiores O problema do pico [( P1 a) ( P2 a)] B depende da soma das diferenças entre os preços e os custos operacionais da capacidade por período em relação ao custo da prestação de nova capacidade de todo o ciclo O problema do pico a tarifa fora de pico já ultrapassa SRMC e a capacidade é totalmente utilizada dia e noite, com preços distintos que refletem diferentes forças de demanda. A análise pode ser estendida para qualquer número de subperíodos, que pode ter uma duração desigual. Na prática, a situação é um pouco mais complicada, pois os passageiros não são rigidamente confinados a um ou outro período, mas pode mudar de viagens entre os mesmos (períodos), se as tarifas diferenciais são cobradas. Ou seja, a Figura contém a suposição implícita de que D1 e D2 são independentes. Subsídios de transporte, objetivos operacionais e preços Os subsídios => complicador ao problema de preços: pois são pagtos dos serviços de transporte por não usuários. Se um governo fornece subsídios para um serviço: pode ser conjuntamente a demanda do governo e de outros clientes. É difícil conceber preços e objetivos operacionais que assegure o gerenciamento da utilização de tais subsídios. monopólio x bem-estar: descompasso entre os custos, preços e a produção Critério, caso: a queda do preço => aumento de demanda maior que a perda de receita do governo; e aumento de oferta é maior que a perda financeira do governo. Instabilidade de mercado, oferta subotima e núcleo vazio Os custos não podem ser recuperados através de um preço único marginal. sobrelucro Único monopolísta Entrada de outro operador Dois operadores: P2< AC. Perda financeira. Portanto, deve-se ter algum markup para sustentar os dois operadores. As companhias aéreas e outros mercados desregulamentados modernos se dedicam, em grande parte, na discriminação de preços de 2º e 3º grau de tal modo que cobram preços diferentes para tentar extrair o máximo de receita possível. Instabilidade de mercado, oferta subotima e núcleo vazio Problema: itinerário fixo em um mercado competitivo, as várias companhias aéreas definem horários de decolagem para cada destino ou ao mesmo tempo. Intensa concorrência para preencher lugares e as forças de tarifas para níveis que não permitem que todos os custos sejam recuperados. Vale a pena preencher um assento oferecido com qualquer pessoa disposta a pagar ao custo marginal. Quando os custos totais não são recuperados: uma companhia aérea vai retirar um serviço, ou sair do negócio ("problema de núcleo vazio”) Instabilidade de mercado, oferta subotima e núcleo vazio Há várias condições que um mercado pode não ser sustentável. grandes custos fixos, grandes flutuações na demanda. Alguns fornecedores desfrutam de um grau de proteção institucional ou financeira. (e.g. utilidades públicas) Instabilidade de mercado, oferta subotima e núcleo vazio A falta de um núcleo pode ter dois resultados, dependendo das reações dos jogadores no mercado. Se os fornecedores de transporte pensam que podem vencer os concorrentes no mercado, em seguida, haverá instabilidade na entrada/saída de fornecedores no mercado. Se os potenciais fornecedores são mais racionais e percebem que sua entrada no mercado irá resultar em excesso de capacidade e uma incapacidade de recuperar os custos totais, então os mesmos não entrarão. O resultado é que haverá uma capacidade baixa e subótima fornecida.