doença - Webnode

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FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E
LETRAS DE ALEGRE
COLEGIADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DISCIPLINA: HIGIENE E SAÚDE HUMANA
PROFESSORA: PAULA ALVAREZ CABANÊZ
ALEGRE-ES
2014
DOENÇA
 É um processo nocivo de causas variáveis, que, ao
se instalar no organismo, produz manifestações
chamadas de sinais e sintomas, as quais em
conjunto o caracterizam.
 As
doenças se caracterizam
particularidades na população.

também
por
Umas são mais comuns em certas regiões ou em certas épocas
ou mesmo de hábitos da população.
Sinais e Sintomas
 Sinal -
Manifestação objetiva da doença pode ser
percebido por outra pessoa, geralmente um médico.
Ex.: Tosse, vômitos, diarreia.
 Sintoma - Manifestação subjetiva
da doença, é sentido pelo doente e
será conhecido se o paciente se
queixar.
Ex.: a náusea que antecede o vômito.
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
 São aquelas que “passam” de um indivíduo para o
outro, não importando o modo pelo qual isso
acontece.
 Tem como agente causal
um ser vivo, o macroparasito
(visto a olho nu) ou microparasito
(visto com auxílio de microscópio).
O PROCESSO DE TRANSMISSÃO
(PROCESSO EPIDÊMICO)
 Transmissão é a passagem de um agente de doença
de um indivíduo para o outro.
 Envolve quatro elementos básicos:
Pode ser um vírus, uma bactéria, um
AGENTE CAUSAL
protozoário, um ácaro, um verme.
O elemento a partir
qual se
Cadado
espécie
doadquire
agente ocausal apresenta
FONTE
agenteparticularidades
da
doença.de tudo
queopodem
influir
Conjunto
que cerca
umna
É todo elemento onde o agente
causal se
transmissão.
indivíduo.
AMBIENTE
multiplica
ou
se aloja.
Indivíduo
que
corre o risco
de contrair oe
Onde
acontece
o processo
de transmissão
É possível admitir
várioscausal
tipos
fontes,
agente
de
uma
determinada
fonte.
dependendo
da
doença
pode
ter
maior
ou
SUSCETÍVEL
animadas (pessoas,
animais
vegetais)
ou
As
crianças
numa sala
deprocesso.
aula onde há
menor
influência
nesse
inanimadas
(solo,
água).
alguém
caxumba
(fonte),
por exemplo,
Por
ex.:
ocom
bacilo
tetânico
pode ficar
vários
mesesem
no solo.
são os “suscetível”
relação a essa fonte.
MODOS DE TRANSMISSÃO
Transmissão direta
O agente causal passa da
fonte para o suscetível sem
o auxílio de um veículo
intermediário.
Ex: transmissão durante um beijo, durante uma
relação sexual ou na mordida de um animal.
MODOS DE TRANSMISSÃO
Transmissão indireta
 É aquela em que o agente passa da fonte para o
suscetível através de um veículo intermediário;
Ex: água, alimentos, insetos.
CONTÁGIO
 contagiu = con: com / tangere: tocar
Contágio = com toque, através do ato de tocar
 Forma de transmissão que exige proximidade
(espacial ou temporal) entre a fonte e o suscetível.
CONTÁGIO

Nem toda doença transmissível é contagiosa.
 Doença contagiosa é o tipo de doença
transmissível que passa por contágio.
 Ex.: a gripe e o sarampo são doenças transmissíveis
contagiosa, pois transmitem por contágio;
Já o tétano é uma doença transmissível, mas não é
contagioso, mesmo que alguém se aproxime do doente, não
pegará a doença.
Tipos de Contágio
 Contágio imediato ou direto: Ocorre através do
contato íntimo, entre a fonte e o suscetível.
 Ex.: relação sexual
Tipos de Contágio
 Contágio mediato ou indireto: não é necessário o
contato íntimo entre a fonte e o suscetível.
Tempo de transmissão limitado, agentes de doença
sobrevivem no ambiente por pouco tempo.
Ex.: Feito através de copos, talheres, chupetas, etc.
O DOENTE
 A identificação do doente é o primeiro passo para
evitar que essa fonte dissemine a doença.
 Fazer diagnósticos não cabe ao professor ou ao
biólogo, e sim o reconhecimento de sinais que
permitam a suspeita de doença transmissível.
 A transmissão a partir do doente não ocorre apenas
quando o indivíduo apresenta sinais de uma
doença.
O DOENTE
 O doente, do ponto de vista das
características e da fase da doença,
pode ser:
 Doente
típico;
 Doente
atípico, ou,
 Doente
prodrômico.
O DOENTE
Doente típico
 Apresenta o quadro característico da doença;
 Não oferece ao médico dificuldades de diagnóstico;
 A fonte que mais libera o agente da doença, é
também o que mais pode ser controlada.
 Ex.: doente típico do sarampo, é uma pessoa com febre, lacrimejamento,
garganta inflamada, tosse, pontos avermelhados na pele e sinal de
Koplik.
O DOENTE
Doente atípico
 Apresenta sinais e sintomas;
 Não compõe o quadro característico da doença;
 Dificulta o diagnóstico e muitas vezes retardando a
tomada de medidas profiláticas.
O DOENTE
Doente Prodrômico
 Aparecem os primeiros sinais (pródromos) da
doença;
 Porém ainda insuficientes para caracterizá-la;
 Nessa fase, dependendo da doença, pode haver
elevada liberação do agente causal;
 A identificação de um doente prodrômico pode
evitar a instalação de um surto da doença.
Portadores Sãos
 Todos os indivíduo que não apresentam sinais de uma
doença, não estão doente;
 Embora possuam o agente causal, podendo,
transmiti-lo, recebem o nome de portadores sãos ou
sadios;
 Ex.: Uma cozinheira norte americana durante 37 anos disseminou a
febre tifóide (Bastos, 1976).
Em 8 anos foi a fonte de sete epidemias, com mais de duzentas
pessoas atingidas “Typhoid Mary.”
Tipos de Portadores Sãos

Portador passivo - Aquele que não desenvolveu a
doença e nem irá desenvolvê-la;
 Portador ativo - Não desenvolveu a doença mas está
liberando o agente.

 Indivíduo que está se recuperando, ou já se
recuperou, mas continua liberando o agente da
doença.
Portador Passivo
 Portador permanente- Alberga um agente de doença
por longo tempo.
Ex.: Há pessoas que liberam a Salmonella typhi durante vários
anos.
 Portador temporário -Alberga um agente de doença
por um curto período de tempo.
Ex.: Há que contraem o vírus da poliomielite e não adoecem,
mas chegam a libera-lo, embora por um curto tempo.
Portador Ativo
 Portador precoce - Não tem nenhum sinal ou
sintoma, pois está no período de incubação, mas já
libera o agente da doença.
 Ex.: coqueluche , na rubéola e na AIDS
 Portador convalescente - No período de
recuperação, ou durante algum tempo, continua
liberando o agente da doença.
 Ex.: escarlatina.
Portador Ativo
 Portador Crônico - Decorrido um tempo
prolongado após a doença, continua liberando o
agente causal.
 Ex.: da febre tifóide.
O agente causal
 Apresenta algumas características que influem na
transmissão ou instalação da doença;
 Essas características se manifestam em graus
diferentes, de acordo com a espécie do agente causal;
 As principais são: infectividade, patogenicidade,
virulência, imunogenicidade e viabilidade.
Infectividade
 Capacidade de penetrar em um organismo
reproduzindo-se ou desenvolvendo-se;
 A infectividade de um agente pode ser avaliada pela
freqüência com que a infecção incide na população.
Ex:O vírus da gripe tem infectividade alta.
Patogenicidade
 Capacidade do agente para produzir alterações em
um organismo;
 Pode ser avaliada pelo número de indivíduos que,
entre, os infectados apresentam sintomas, isto é
ficam doentes;
 Ex:O toxoplasma tem alta infectividade (1/3 da população mundial o
possui)mas baixa patogenicidade (são poucos os casos da doença em
proporção ao número de infectados).
Virulência
 Não deve ser confundido com patogenicidade;
 Capacidade do agente para causar alterações graves
em um organismo;
 Pode ser avaliada pelo número de óbitos ou de
seqüelas entre os que apresentam a doença.
 Ex: A raiva, é altamente virulento, há óbito em 100%dos
casos. O vírus da poliomielite, que pode deixar paralítica a
criança
Imunogenicidade
 Capacidade do agente de induzir um organismo a dar
uma resposta protetora contra o próprio agente
(resposta imune);
 O vírus do sarampo tem elevada imunogenicidade, raramente se
contrai sarampo uma segunda vez. A gripe, tem imunogenicidade
menor
Viabilidade
 Capacidade do agente para sobreviver fora do
hospedeiro.
 A forma esporulada do bacilo tetânico tem alta viabilidade
sobrevive vários meses no ambiente.
 O gonococo tem baixa viabilidade, perdendo seu poder de infecção
em pouquíssimo tempo quando está fora do organismo.
Considerações sobre o ambiente
 Ambiente é tudo o que cerca um ser vivo;
 O homem, cria componentes sócio-econômicos que
podem atuar na transmissão das doenças;
 Os fatores ambientais que atuam no processo de
transmissão podem ser agrupados em:
 Fatores físicos, Biológicos e sócio-econômicos.
Fatores Físicos
 Os fatores físicos atuam de forma variada;
 Temperatura, umidade, enchentes, água parada;
 Temperaturas altas - Reprodução de bactérias,
 Umidade alta - Sobrevivência de bactérias, fungos e insetos.
 Enchentes -Febre tifóide e a leptospirose
 Águas paradas -malária, febre amarela,dengue
Fatores Biológicos
 Muitos artrópodes são vetores de doença;
 Ex: o inseto barbeiro, os carrapatos vermes que
infestam o homem, como o porco, o boi
Fatores sócio-econômicos
 Os fatores sócio-econômicos criam as condições
favoráveis para a transmissão e instalação de doenças;
 A desnutrição,
 Falta de saneamento básico
 Falta de hábito de higiene;
 Vida em habitações precárias,
Indicadores do nível de saúde
 A avaliação do nível de saúde de um país é feita
através de dados que refletem:
 as condições de saneamento básico, de assistência a
saúde e de bem estar das pessoas.
A OMS sugere 3 categorias de indicadores
 Indicadores que refletem o estado de saúde das
populações (coeficiente de mortalidade geral, coeficiente de
mortalidade infantil, esperança de vida ao nascer e outros);
 Indicadores que refletem as condições ambientais
(rede de esgoto, água tratada)
;
 Indicadores que refletem os serviços de saúde
prestados à população (números de leitos e números de
médicos em relação ao número de habitantes, etc)
A OMS considera que um país conquistou marcos
rumo a saúde quando
A política de “saúde para todos “ foi objeto da mais
alta aprovação oficial;


Foram criados ou reforçados mecanismos que
permitam a participação da população na aplicação
das estratégias de saúde (participação de associações de
diferentes profissionais, de agricultores e de sindicatos);

Pelo menos 5% do produto nacional bruto são
destinados a saúde
A OMS considera que um país conquistou marcos
rumo a saúde quando
Uma porcentagem razoável das despesas
nacionais de saúde destina-se ao atendimento a
saúde a nível local ( atendimento geral a comunidade em

centros de saúde e postos de saúde, e não em grandes hospitais);

Os recursos são distribuídos eqüitativamente Para
os diferentes grupos populacionais e para áreas
urbana e rural;

Há estratégias bem definidas de “saúde para
todos” e destinação clara de recursos com o apoio
constante dos países ricos;
A OMS considera que um país conquistou marcos
rumo a saúde quando
 Os cuidados primários de saúde estão a disposição do
conjunto da população (água tratada, vacinação,
assistência materno-infantil);
 O estado nutricional das crianças é satisfatório;( 90% dos
recém-nascidos com peso igual ou superior a 2,5 quilos e 90% das
crianças com peso corporal correspondente aos valores de referência da
OMS.)
A OMS considera que um país conquistou marcos
rumo a saúde quando
 A taxa de mortalidade infantil para todos os subgrupos
da sociedade é inferior a 50 por 1000 nascidos vivos;
 A esperança de vida ao nascer é superior a 60 anos;
 A taxa de alfabetização dos adultos (homens e
mulheres) é superior a 70%.
 O produto Nacional Bruto por habitante é superior a
500 dólares.
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