COMISSÃO EUROPEIA Comunicado de imprensa Bruxelas, 12 de junho de 2014 Ferramenta informática financiada pela UE para ajudar os doentes com traumatismos cerebrais Vídeo em Euronews – Programa Futuris com testemunhos de doentes (also in French, German, Greek, Hungarian, Italian, Portuguese and Spanish) Os traumatismos cerebrais afetam anualmente 1,6 milhões de pessoas na UE. Verifica-se que 70 000 não sobrevivem e outros 100 000 ficam com uma deficiência permanente. Um projeto financiado pela UE — com parceiros da Finlândia, França, Lituânia e Reino Unido — está a coligir dados de centenas de doentes que sofreram traumatismos cerebrais e a utilizá-los para criar uma aplicação informática que permitirá melhorar o diagnóstico e a previsão do resultado dos tratamentos. Verifica-se uma lesão cerebral traumática (Traumatic brain injury - TBI) quando um trauma súbito provoca danos no cérebro. É a causa mais frequente de incapacidade permanente em pessoas com menos de 40 anos de idade e a incidência de TBI tem vindo a aumentar nos últimos anos, na Europa e em todo o mundo. Um tratamento correto nas horas cruciais que se seguem ao acidente pode fazer toda a diferença. Mas o diagnóstico pode revelar-se muito difícil dada a complexidade do cérebro e a natureza específica de cada lesão. Os investigadores do projeto TBICARE @TBIcare estão a desenvolver uma ferramenta que combina várias bases de dados e a simulação de sistemas. Esta ferramenta permitirá aos médicos introduzir dados de testes realizados no serviço de urgência e prever qual será o tratamento mais eficaz para cada doente. IP/14/671 O Dr. Mark van Gils, coordenador científico do projeto TBICARE, explica que, no âmbito do projeto, «quando os doentes entram no serviço de urgência são-lhes feitos testes de parâmetros muito diferentes. Por exemplo, a equipa médica examina o nível de consciência e reatividade do doente e a quantidade de oxigénio no seu sangue. Além disso, explora também o potencial de testes mais sofisticados — fazendo, por exemplo, testes de proteínas na circulação, que indicam os diferentes tipos de danos no tecido cerebral do doente, e utilizando técnicas de imagiologia para detetar hemorragias internas. Queremos ver quais são os testes que constituem os melhores indicadores de prognóstico relativamente a cada doente.» A Vice-Presidente da Comissão Europeia @NeelieKroesEU, responsável pela Agenda Digital, declarou: «Muito me orgulha que a UE esteja a ajudar os investigadores a desenvolver ferramentas digitais que podem salvar vidas. Este projeto demonstra também o poder dos dados para a resolução de problemas concretos». O projeto TBICARE beneficiou de 3 milhões de euros de financiamento da UE. O projeto faz parte de uma ação mais vasta — a Iniciativa Modelação da Fisiologia Humana (Virtual Physiological Human) — que visa a utilização de tecnologias da informação e das comunicações para ajudar os clínicos a diagnosticar e tratar as doenças de forma mais eficaz. As ferramentas informáticas coligem com os dados e os conhecimentos existentes, mas fragmentados, sobre o corpo humano e podem ser utilizadas para a modelação dos resultados. Leia a história do projeto TBICARE (também em francês, alemão, italiano, polaco e espanhol). Contactos Correio eletrónico: @RyanHeathEU [email protected] 2 Tel: +32.229.57361 Twitter: