RESUMO

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RESUMO
Os progressos científicos no âmbito da medicina têm contribuído para a descoberta de
novas formas de prevenção e controlo das doenças. Este facto aliado à melhoria das
condições de vida das populações nas sociedades ocidentais promove um aumento
das doenças sem perspectiva de regressão e mesmo o prolongamento do fim de vida
em doenças terminais. As pessoas com doença incurável e em fase terminal, vivenciam
uma multiplicidade de sintomas físicos, psicológicos e emocionais que as torna
incapazes de enfrentar a doença sem auxilio especializado, fazendo emergir a
necessidade de uma série de cuidados que tenha como objectivo preservar a
dignidade da pessoa doente e proporcionar-lhe o máximo de qualidade de vida na fase
terminal. Os cuidados paliativos promovem um modelo holístico que comporta a
dimensão física, psicológica, social, económica e espiritual nos cuidados ao doente em
fim de vida, consideram a pessoa doente na sua integralidade, e têm como principais
objectivos o alívio do sofrimento, a promoção de bem-estar e qualidade de vida ao
doente e à sua família. O confronto com uma doença terminal provoca um grande
sofrimento no doente e na sua família, alterando as dinâmicas familiares e causando
sintomas de angústia e stress, assim tanto o doente como a sua família apresentam
uma grande fragilidade emocional que requer competências específicas e adequadas,
por parte dos profissionais que exercem funções nos serviços de cuidados paliativos.
Portanto, os profissionais de saúde devem possuir competências essenciais para o
exercício adequado das suas funções em cuidados paliativos. A formação profissional
de base aliada à formação complementar ao longo da vida é considerada fundamental;
o estabelecimento de uma relação interpessoal humanizada; a utilização de uma
comunicação verbal e não verbal eficaz e adequada a cada contexto; o conhecimento
prático do trabalho em equipa multidisciplinar; características pessoais intrínsecas que
facilitem o contacto humanizado, sincero e interessado pelos doentes em fim de vida.
Todas estas competências deverão ter por base princípios éticos fundamentais ao
exercício da prática clínica em cuidados paliativos, nomeadamente a verdade sobre a
condição do doente, o respeito à autonomia da pessoa, e o processo de tomada de
decisão.
Palavras-Chave: cuidados paliativos; fragilidade emocional; competências
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