WORLD FEDERATION OF NEUROSURGICAL SOCIETIES POST GRADUATE COURSE XI CONGRESSO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE NEUROCIRURGIA 2005 – CAMPOS DO JORDÃO tenham sido documentados na literatura médica. Nós apresentamos o exemplo de um outro paciente caucasiano com o mielopatia torácica devido à ossificação do ligamento amarelo. Nos casos desta doença, os segmentos torácicos inferiores são mais comumente afetados. Os pacientes sintomáticos, geralmente, desenvolvem distúrbios da marcha, com síndrome de compressão medular. A neuropatia intercostal pode estar presente, porém não é comum. A tomografia computadorizada ou as imagens por ressonância magnética são utilizadas para o diagnóstico. O tratamento de escolha é cirúrgico, geralmente através da laminectomia descompressiva, embora a laminoplastia e, recentemente, a laminectomia parcial com foraminotomia também sejam sugeridos. Conclusão: A ossificação do ligamento amarelo na coluna torácica deve ser considerada no diagnóstico diferencial das causas de mielopatia torácica, mesmo nos pacientes não japoneses. AEE em 17,62 ± 6,85 min e SE em 31,88 ± 7,21 min. Os animais do grupo 3 (lesão) desenvolveram AEE em 7,87 ± 4,46 min e SE em 10,81 ± 6,25 min (valores próximos aos controles). Conclusão: A semelhança dos resultados das estimulações uni e bilaterais e a ineficácia da lesão sugerem que os núcleos subtalâmicos não são alvos específicos para o tratamento da epilepsia. A eficiência da estimulação poderia justificar-se não pela especificidade, mas pela sensibilidade ubíqua do sistema nervoso a diferentes elementos sincronizadores. Reporte del primer caso de neurocitoma central en Costa Rica Objetivo: A estimulação da medula espinhal (EME) tem sido considerada eficaz no tratamento da dor neuropática crônica. O presente estudo tem como objetivo avaliar os resultados em longo prazo da EME, em pacientes portadores de ciatalgia neuropática crônica, considerando suas indicações, os mecanismos de ação e as complicações. Métodos: Foram estudados 308 pacientes portadores de ciatalgia neuropática crônica rebelde ao tratamento clínico submetidos à EME, no Serviço de Neurocirurgia do Centro Hospitalar Regional e Universitário de Lille, França, entre 1985 e 2001. O tempo médio de seguimento foi de 7,8 anos. Resultados: A maioria dos pacientes (95%) apresentou um alívio da dor ciática. Em 49%, o resultado foi considerado excelente (alívio completo da dor), em 28% bom (alívio superior a 70%), em 18,4% moderado (alívio entre 25% e 70%) e ruim em 4,6% (sem melhora da dor), de acordo com escala visual analógica. Não foram observadas complicações graves. Conclusões: A EME é um método útil no tratamento da ciatalgia crônica de origem neuropática, com bons resultados em longo prazo, em pacientes resistentes a outras modalidades terapêuticas. Trata-se de terapia não-destrutiva, ajustável e reversível. Escoe K, Contreras C, Palavicini V, Badilla J Servicio de Neurocirugía e Servicio de Anatomía Patológica do Hospital San Juan de Dios (Costa Rica) Presentamos el primer caso de neurocitoma central, en un adulto joven, operado en nuestro país con resección parcial debido a la extensión del tumor. Se manejó con tratamiento de radioterapia complementaria. Se realiza una revisión de la literatura pertinente. Estimulação e lesão dos núcleos subtalâmicos para controle de crises epilépticas induzidas por pilocarpina em ratos Ewerton FIS, Ballester G, Fonoff ET, Teixeira MJ Laboratório de Neurocirurgia Funcional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Objetivo: Avaliar os efeitos eletrencefalográficos e motores da estimulação elétrica bilateral e unilateral dos núcleos subtalâmicos (NST) e da lesão bilateral do mesmo no modelo de epilepsia por pilocarpina. Métodos: Ratos Wistar machos adultos pesando cerca de 300 g, oriundos do Biotério Central da FMUSP, receberam implante bilateral de eletrodos no córtex frontoparietal, área CA3 do hipocampo e NST (grupos controle e 1), o mesmo mas apenas à esquerda no NST (grupo 2) e o mesmo mas com lesão bilateral do NST (grupo 3). Todos os animais foram submetidos a registro eletroscilográfico e avaliação das respostas motoras, logo após administração intraperitoneal de pilocarpina (320 mg/kg) e metilescopolamina (1 mg/kg). No grupo 1, foi feita estimulação bilateral dos núcleos subtalâmicos (freqüência = 100Hz, pulso = 100 µs, corrente = 800 µA). No grupo controle, tudo foi semelhante, exceto pelo estimulador permanecer desligado. No grupo 2, a mesma estimulação foi aplicada somente à esquerda. Os animais submetidos à lesão eletrolítica não foram estimulados. Resultados: Os animais do grupo controle desenvolveram atividade elétrica epileptiforme (AEE) em 7,21 ± 4 min e status epileticus (SE) em 14,7 ± 6,8 min. Os animais do grupo 1 (bilateral) desenvolveram AEE em 16,96 ± 7,72 min e 80% acabaram por entrar em SE em 32,95 ± 7,58. Os animais do grupo 2 (unilateral) desenvolveram J Bras Neurocirurg 16(3)93-143, 2005 Estimulação da medula espinhal para o tratamento da dor neuropática crônica Fagundes-Pereyra WJ, Dantas S, Veys B, Buisset N, Blond S Serviço de Neurocirurgia e Centro de Avaliação e Tratamento da Dor do Centro Hospitalar Regional e Universitário (CHRU) de Lille (França) Paracoccidioidomicose no sistema nervoso central– análise de 13 casos com pesquisa do antígeno gp43 por imunofluorescência Fagundes-Pereyra WJ, Carvalho GTC, Sousa AA, Góes AM, Silva FCL Santa Casa de Belo Horizonte e Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM) é uma infecção granulomatosa sistêmica, causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis, prevalente na América Latina, particularmente no Brasil. Acomete o sistema nervoso central (SNC) em 10% dos casos. Métodos: Foram estudados 13 pacientes com paracoccidioidomicose no SNC, entre 1991 e 2001, com ênfase para os aspectos clínicos, neuroradiológicos e imunológicos. O antígeno gp43 do P. brasiliensis foi pesquisado por imunofluorescência indireta, em materiais obtidos por biópsia cerebral, contendo o fungo. Anticorpos antianti-P. brasiliensis foram pesquisados, no soro, plasma e no líquor, por ensaios de Elisa e Western Blot. Resultados: Onze pacientes eram do sexo masculino (84,6%) e dois do sexo feminino (15,4%), com idade entre 30 e 71 anos (M = 47,1 ± 11,6 Me = 46). Os sintomas mais freqüentes foram déficits motores (53,8%), alterações cognitivas (53,8%), 113