EAP XI Encontro de Educação em Química da Bahia (EDUQUI) Contextualização para a aprendizagem de Química: teor de sal em alimentos industrializados e exposição didática dos resultados. 1,2 3 Nathalie Azevedo Turiel* (FM e PG), Randilla Regis Cordeiro dos Santos (ID) e Ademir de Jesus 3 Silva Júnior (PQ). *[email protected] ¹Secretaria de Educação do Estado do Pará. Rod. Augusto Montenegro, S/N – Icoaraci, Belém – PA, 66.820-000. ²Universidade Federal do Pará. Rua Augusto Corrêa, 1 – Guamá, Belém - PA, 66075-110. ³Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Rodovia BR 415, Km 03, S/N,Itapetinga – BA, 45700-000 Palavras-Chave: contextualização, teor de sal, alimentos. Introdução A contextualização e a interdisciplinaridade no conhecimento químico estabelecem inter-relações entre os vários ramos da ciência, tornando-se eixos 2 centrais no ensino de química . Remetendo assim, a abordagem de temas e conteúdos e relacioná-los ao cotidiano do aluno, a fim de uma aprendizagem 3 significativa . Nessa abordagem encontra-se o tema alimentos, sendo motivador e responsável por atender às 4 necessidades orgânicas do indivíduo . O preparo de um alimento seguro depende de muitos cuidados, e o primeiro passo é uma compra consciente. Conhecer os componentes químicos presentes nos alimentos é importante para o conhecimento do 1 individuo . Neste trabalho, os alunos calcularam o teor de sal em alimentos industrializados e expuseram os resultados de maneira didática no evento Pacto pela Educação, a fim de provocar uma reflexão sobre o consumo de sal, ou seja, contextualizando o Ensino de Química. Resultados e Discussão As aulas foram realizadas no laboratório da Escola Estadual Paulino de Brito (Belém–PA), com duas turmas do 1º ano do Ensino Médio. Os alunos calcularam o teor de sal a partir do teor de sódio contido na informação nutricional dos seguintes alimentos: shoyo, maionese, salgadinhos (de duas marcas diferentes), caldo de carne, pó para preparo de sopa, extrato de tomate, azeitonas, sardinha em lata, bolacha tipo água e sal e macarrão instantâneo. As quantidades de sal calculadas foram expostas conforme as figuras 1 e 2. Figuras 1 e 2 : Exposição didática dos resultados do teor de sal calculados para alguns alimentos industrializados. Propositalmente, não havia nenhuma indicação numérica do teor de sal na exposição. Os resultados de aprendizagem foram surpreendentes, pois percebeu-se nos comentários dos alunos e visitantes da exposição o interesse pelo tema. Essa metodologia proporcionou reflexão sobre o consumo de sal na ingestão de determinados alimentos, de maneira que o processo de ensinoaprendizagem transcendeu aos conteúdos e remeteu a formação para a cidadania, na qual os conhecimentos aprendidos serviram para as suas próprias vidas. Além disso, neste trabalho houve também interdisciplinaridade com Biologia, pois a professora abordou a associação entre o consumo de sal e a hipertensão arterial. Assim, a efetivação da aprendizagem ocorreu significativamente, pois os conteúdos de Química e Biologia de forma interdisciplinar foram contextualizados, e abordados de maneira útil, didática e interessante para os alunos. Conclusão A contextualização e a interdisciplinaridade foram estratégias para o processo de ensinoaprendizagem de Química e Biologia. A metodologia deste trabalho proporcionou aos alunos uma reflexão sobre o elevado consumo de sal em alimentos industrializados e seus malefícios, contribuindo para a cidadania dos alunos. Agradecimentos À SEDUC-PA, à direção da Escola Estadual Paulino de Brito (Belém-PA), à professora de Biologia Socorro Melo e aos alunos. ___________________ 1. ANVISA. 2013. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/288865804745965 e9e2ade3fbc4c6735/guia_didatico.pdf?MOD=AJPERES>. Acessso em: 29/07/20113 2. COSTA, T. P.; SILVA, A. D. L; SILVA, E. A.; WATANABE, L. A. O papel da contextualização e da interdiciplinaridade no ensino de Química. 9° SIMPEQ, 2011. 3. LIMA, J. F. L.; PINA, M. S. L.; BARBOSA, R. M. N.; JÓFILI, Z. M. S. A contextualização no ensino de cinética quimica. Rev. Química Nova, N° 11, pg. 26-29, 2000. 4. NEVES, A. P.; GUIMARÃES, P. I. C.; MERÇON, F. Interpretação de rótulos de alimentos no Ensino de Química. Rev. Química Nova, N° 1, Pg. 34-38, 2009.