Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed Prótese de Quadril Metal-Metal de Recapeamento (Resurfacing) 1 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed I - Data: 26/05/2009 II - Especialidade(s) envolvida(s): Ortopedia III - Códigos envolvidos (CBHPM 2004): • 30724058 – Artroplastia (Qualquer Técnica ou Versão) • 30724082 – Artroplastia parcial do quadril (Tipo Thompson ou qualquer técnica) IV - Responsáveis Técnicos: Enfª Tania Conte**, Dr. Luiz H. P. Furlan*, Dr. Marlus V. de Morais**, Dr. Alexandre Pagnoncelli*, Dr Carlos Augusto Cardim de Oliveira*, Dra Claudia Regina de O. Cantanheda*, Dra. Izabel Cristina Alves Mendonça*, Dr. Jurimar Alonso*, Dra. Silvana Márcia Bruschi Kelles*, Dr. Valfredo de Mota Menezes*. E-mail para contato: [email protected] Declaração de potenciais de conflitos de Interesses Os membros da Câmara Nacional de Medicina Baseada em Evidências declaram que não mantêm nenhum vínculo empregatício, comercial ou empresarial, ou ainda qualquer outro interesse financeiro com a indústria farmacêutica ou de insumos para área médica. Todos os membros da Câmara Nacional de Medicina Baseada em Evidências trabalham para o Sistema Unimed. *Membro da CTNMBE ** Membro da Câmara Estadual de MBE 2 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed Sumário Resumo .............................................................................................................. 4 1. Questão Clínica ...................................................................................... 6 2. Introdução ............................................................................................... 6 2.1. Aspectos epidemiológicos ........................................................................... 6 2.2. Descrição da tecnologia .............................................................................. 7 3. Metodologia .......................................................................................... 11 3.1. Bases de dados pesquisadas: Pubmed, Up to Date, Cochrane, Centre for Reviews and Dissemination (CRD), Lilacs, NICE, CADTH. ................................. 11 3.2. Palavras-chave ou Descritores (DeCS) utilizados: (resurfacing [All Fields] OR "metal on metal") AND hip. ............................................................................ 11 3.3. Desenhos dos estudos procurados: revisões sistemáticas, avaliações econômicas, avaliações de tecnologia, ensaios clínicos randomizados; .............. 11 3.4. População envolvida: pacientes com indicação de artroplastia do quadril. 11 3.5. Intervenção: técnica de preservação da cabeça do fêmur (resurfacing). ... 11 3.6. Comparação: técnica convencional (total) ou tratamento conservador (osteotomia, artroscopia, artrodese e ressecção da cabeça do fêmur). ............... 11 3.7. Desfechos: qualidade de vida, complicações, reoperações, mortalidade. . 11 3.8. Período da pesquisa: 1960 a janeiro de 2009. .......................................... 11 4. Resultados ............................................................................................ 13 4.1. Estudos selecionados: .............................................................................. 13 4.2. Comentários.............................................................................................. 21 5. Conclusão e recomendações .............................................................. 24 5.1. Conclusão ................................................................................................. 24 5.2. Recomendação da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências (CTNMBE): ........................................................................................ 25 6. Referências Bibliográficas: ................................................................. 27 3 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed Resumo Introdução - A artroplastia total de quadril vem sendo realizada desde 1960 e pode aliviar a dor, restaurar funções, e melhorar a qualidade de vida1. Estima-se que mais de 150.000 artroplastias totais de quadril são realizadas por ano nos Estados Unidos2 e aproximadamente 500.000 no Reino Unido7. Cerca de 15% das cirurgias anuais do Reino Unido são revisões. Muitas condições podem afetar estas estruturas e levar à sua deterioração, causando deformidade, dor e perda da função. A causa mais comum é a osteoartrite1. No procedimento da artroplastia as superfícies articulares são substituídas por materiais sintéticos que aliviam a dor, melhoram a função e a dinâmica da articulação1. Em geral, mais de 90% das artroplastias têm êxito, livres de dor e sem complicação de 10 a 15 anos após a cirurgia. O procedimento de artroplastia do quadril com prótese metal-metal de recapeamento (resurfacing) consiste na remoção da superfície da cabeça do fêmur e substituição por um recobrimento femoral metálico (cimentado ou não), que irá se articular com um componente acetabular também metálico (cimentado ou não). As próteses metal-metal de recapeamento (resurfacing) são relativamente novas e receberam aprovação para comercialização nos EUA a partir de 2006 com monitoramento pós-comercialização em estudos controlados multicêntricos. No Brasil, a prótese conseguiu Registro na ANVISA para sua comercialização em dezembro de 2004, sem nenhum monitoramento. Objetivos – verificar se a utilização da prótese de quadril metal-metal de recapeamento (resurfacing) é superior às próteses totais de quadril (outros tipos) em relação ao adiamento da necessidade de revisão, complicações ou qualidade de vida, e se sua utilização é custo-efetiva. Métodos – Revisão da literatura nas bases de dados: Pubmed; Cochrane Database of Systematic Reviews; MDconsult; Sites das Agências de ATS membros da INAHTA, UptoDate e CRD. Resultados – Para pacientes com menos de 65 anos a prótese resurfacing se mostrou mais cara que a prótese total de quadril (PTQ), com menores ou os mesmos benefícios. Para pacientes com mais de 65 anos, a 4 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed PTQ mostrou-se superior à prótese de recapeamento (resurfacing). Na análise de sensibilidade, a resurfacing seria mais custo-efetiva que a PTQ, caso as taxas de revisão da resurfacing fossem 80-88% menores que as taxas de revisão das PTQ’s. No entanto, a reprodução na prática clínica desses resultados depende diretamente da curva de aprendizado do cirurgião e mais estudos de longo prazo são necessários para confirmar a manutenção das baixas taxas de revisão dessas próteses além dos três anos observados. (Nível de Evidência IIb). Os estudos comparados publicados após 2005 mostraram taxas de revisão maiores para as próteses de recapeamento que as taxas das próteses totais de quadril metal-polietileno11 e cerâmica-cerâmica13, chegando a ser tão mais altas em um dos estudos que houve interrupção da seleção de pacientes11. (Nível de Evidência IIb). Não foram encontradas diferenças entre os grupos, em relação a outros desfechos clínicos como avaliação funcional 11,16,17 , qualidade de vida17 e satisfação do paciente em relação ao retorno as atividade esportivas16. (Nível de Evidência IIb). Não foram encontradas diferenças entre os grupos em relação a outros desfechos fisiológicos como conservação de osso do acetábulo e estabilidade do componente acetabular12 e restauração do offset femoral16. (Nível de Evidência IIb). No Reino Unido o NICE7 recomenda as próteses resurfacing apenas para pacientes com indicação cirúrgica (doença avançada) com expectativa de vida maior que a previsão de revisão de PTQ’s, em torno de 10 anos, levando sempre em consideração o nível de atividade do paciente e ciente de que os estudos que mostraram algum custo-benefício foram em pacientes com menos de 65 anos. Os pacientes devem ser informados da falta de conhecimento da segurança e eficácia desses dispositivos a médio e longo prazo, em comparação a PTQ, e a ponderação entre os riscos e benefícios deve ser feita em conjunto com o paciente. Havendo a escolha do implante pelo médico e paciente, este é obrigatoriamente incluído num programa de monitoramento da tecnologia e a cirurgia só pode ser realizada por cirurgiões especificamente treinados para essa técnica. 5 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed Recomendação – Não foram encontradas evidências de benefícios da utilização de próteses metal-metal de recapeamento (resurfacing) em comparação com as próteses totais de quadril (outros tipos) para pacientes submetidos a cirurgias de artroplastia de quadril, em termos de adiamento da necessidade de revisão, complicações ou qualidade de vida. São necessários mais estudos clínicos de boa qualidade metodológica para demonstrar os benefícios desta tecnologia a médio e longo prazo e assim apoiar a decisão de incorporação pelo Sistema Unimed. Não é possível afirmar se a utilização destas próteses é custo-efetiva em nosso meio. 1. Questão Clínica A utilização da prótese de quadril metal-metal de recapeamento (resurfacing) é superior às próteses totais de quadril (outros tipos) em relação ao adiamento da necessidade de revisão, complicações ou qualidade de vida? Sua utilização é custo-efetiva? 2. Introdução 2.1. Aspectos epidemiológicos A artroplastia total de quadril vem sendo realizada desde 1960 e é atualmente um dos mais bem sucedidos procedimentos ortopédicos realizados para os pacientes com dor nesta articulação por uma variedade de condições. A cirurgia pode aliviar a dor, restaurar funções, e melhorar a qualidade de vida1. Estima-se que mais de 150.000 artroplastias totais de quadril são realizadas por ano nos Estados Unidos2 e aproximadamente 500.000 no Reino Unido7. Cerca de 15% das cirurgias anuais do Reino Unido são revisões. A articulação do quadril é formada pela cabeça femoral e pelo acetábulo. Muitas condições podem afetar estas estruturas e levar à sua deterioração, 6 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed causando deformidade, dor e perda da função. A causa mais comum é a osteoartrite, mas também pode ocorrer por artrite inflamatória, displasia, ostecondrites infantis (doença de Perthes, epífisiólise, etc), trauma, neoplasias e osteonecrose1. No procedimento da artroplastia as superfícies articulares são substituídas por materiais sintéticos que aliviam a dor, melhoram a função e a dinâmica da articulação1. A artroplastia deve ser adiada o quanto for possível. Os seus resultados podem variar na dependência do implante utilizado, técnica cirúrgica, o tipo de fixação, biocompatibilidade dos materiais, idade, e uma série de outros fatores. Pode ser realizada desde crianças à idosos acima de 80 anos de idade. Após a cirurgia, atividades de impacto, trabalho pesado e esportes de alta intensidade devem ser evitados, com o objetivo de prolongar a vida útil da prótese e reduzir a necessidade de substituição 1,3,4. Em geral, mais de 90% das artroplastias têm êxito, ficando os pacientes livres de dor e de complicações pelo período de dez a 15 anos após a cirurgia. Alguns pacientes continuam com os seus implantes originais mesmo após 25 anos de uso 5. O tratamento conservador deve preceder a artroplastia e em geral inclui medidas como redução de peso, fisioterapia, uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), acetaminofeno, glucosamina e sulfato de condroitina e / ou a utilização de um dispositivo auxiliar (muleta). Dependendo da etiologia da deterioração da articulação outras opções de tratamento cirúrgico podem ser consideradas tais como: osteotomia, artroscopia, artrodese e ressecção da cabeça do fêmur. Dados de outros países7 sugerem que a osteoartrite moderada a severa é responsável por 75% das indicações de Prótese Total de Quadril (PTQ), enquanto a artrite reumatóide representa 6% destas indicações. 2.2. Descrição da tecnologia O procedimento de artroplastia do quadril com prótese metal-metal de recapeamento (resurfacing) consiste na remoção da superfície da cabeça do 7 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed fêmur e substituição por um recobrimento femoral metálico (cimentado ou não), que irá se articular com um componente acetabular também metálico (cimentado ou não). Fonte: Manual do Produto na ANVISA – RMS 10370370072, validade 09/07/2012. Fonte: Folder do produto marca ICON. Atualmente não possui RMS na ANVISA. 8 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed Esta técnica visa a preservação do colo femoral e do estoque ósseo com o objetivo de manter a biomecânica semelhante à do quadril original. Outra vantagem proposta para esta técnica está relacionada ao fato da sua natureza conservadora que evita a intrusão de uma haste no canal medular deixando o canal femoral virgem para uma futura artroplastia total de quadril, conforme ilustrado na figura abaixo 6. Fonte: Manual do Produto na ANVISA – RMS 10370370072, validade 09/07/2012. No mercado nacional, estão registradas as seguintes próteses metalmetal de recapeamento (resurfacing): Marca - modelo Depuy – ASR Wright – Conserve Biomet – Recap resurfacing heads Corim RMS 80145901079 80102510167 10370370072 Validade 24/03/2013 30/01/2011 09/07/2012 10390550004 16/12/2009 Este tipo de prótese poderia oferecer maiores níveis de atividades pósoperatórias com menor risco que as próteses totais de quadril com hastes femorais, tendo indicação propícia para pessoas que praticassem esportes ou que possuíssem atividades físicas intensas no trabalho6. Em relação às superfícies de contato das próteses de quadril, as mais comumente implantadas são de metal (cabeça femoral) com polietileno de alta densidade (componente acetabular). Devido a preocupações com desgaste e liberação de partículas geradas por atritos (debris), superfícies alternativas de 9 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed contato foram desenvolvidas: cerâmica-polietileno, cerâmica-cerâmica e metalmetal. Apesar dos resultados em curto prazo parecerem promissores, resultados em longo prazo para estas superfícies alternativas ainda não estão disponíveis e preocupações em relação ao risco de fraturas ou a falhas da cerâmica (nas próteses cerâmica-cerâmica) e à liberação de íons metálicos (nas próteses metal-metal) precisam ainda ser melhor avaliados, em comparação com as próteses metal-polietileno6. As duas principais causas de falha nas próteses totais de quadril convencionais são o afrouxamento dos componentes causado por osteólise induzida pelo alto peso molecular do polietileno e a luxação da cabeça femoral do componente acetabular. Por ter maior superfície de rolamento entre os componentes metálicos do acetábulo e cabeça femoral e não possuírem polietileno, as próteses metal-metal de recapeamento (resurfacing) estariam menos propensas a estes problemas6. O grande potencial de complicação das próteses de recapeamento é a necrose avascular da cabeça femoral. Outras complicações que podem ocorrer após a cirurgia incluem afrouxamento dos componentes femoral e/ou acetabular e formação de osso ectópico 6. Em contraste com as próteses totais de quadril, os pacientes com prótese metal-metal de recapeamento (resurfacing) têm um risco adicional de desenvolvimento de fratura do colo do fêmur causada pela criação de fendas no colo durante a remoção da cabeça femoral 6. Quando isso acontece, é necessária uma redefinição da cabeça femoral e a cirurgia pode durar mais tempo que uma artroplastia total do quadril convencional. Como resultado, pode haver um maior risco potencial de complicações relacionadas à hemostasia e às infecções6. Está descrito na literatura um aumento da presença de íons metálicos séricos em até cinco vezes no primeiro ano nos portadores de artroplastia tipo metal-metal, quando comparados com a população normal. Porém, não há evidencias clinicas de efeitos deletérios decorrentes deste fato19. As próteses metal-metal de recapeamento (resurfacing) são relativamente novas. As do fabricante Smith Nephew receberam aprovação 10 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed para comercialização nos EUA pelo FDA em 200614 e as do fabricante Corin, em 200715. Ambas foram monitoradas após a comercialização em estudos controlados multicêntricos. No Brasil, a prótese da fabricante Corin conseguiu Registro na ANVISA para sua comercialização em dezembro de 2004. Entretanto, o produto não está liberado para utilização nos casos de: infecção (suspeita ou confirmada) da articulação, imaturidade esquelética, baixo estoque ósseo para suportar o implante (osteopenia severa, história familiar de osteoporose ou osteopenia, osteonecrose ou necrose avascular com comprometimento de >50% da cabeça femoral, múltiplos cistos na cabeça femoral (>1cm), insuficiência vascular, atrofia muscular, doença neuromuscular severa), mulheres em idade fértil (pelo desconhecimento dos efeitos dos íons metálicos sobre o feto), insuficiência renal moderada ou severa, pacientes imunodeprimidos (soropositivos ou em uso de altas doses de corticóides), pacientes obesos, e sensibilidade conhecida ou suspeita a metal. 3. Metodologia 3.1. Bases de dados pesquisadas: Pubmed, Up to Date, Cochrane, Centre for Reviews and Dissemination (CRD), Lilacs, NICE, CADTH. 3.2. Palavras-chave ou Descritores (DeCS) utilizados: (resurfacing [All Fields] OR "metal on metal") AND hip. 3.3. Desenhos dos estudos procurados: revisões sistemáticas, avaliações econômicas, avaliações de tecnologia, ensaios clínicos randomizados; 3.4. População envolvida: pacientes com indicação de artroplastia do quadril. 3.5. Intervenção: técnica de preservação da cabeça do fêmur (resurfacing). 3.6. Comparação: técnica convencional (total) ou tratamento conservador (osteotomia, artroscopia, artrodese e ressecção da cabeça do fêmur). 3.7. Desfechos: qualidade de vida, complicações, reoperações, mortalidade. 3.8. Período da pesquisa: 1960 a janeiro de 2009. 11 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed O grau de recomendação tem como objetivos dar transparência às informações, estimular a busca de evidência científica de maior força e auxiliar a avaliação crítica do leitor, o responsável na tomada de decisão junto ao paciente. Nível de Evidência Científica por Tipo de Estudo - “Oxford Centre for Evidence-based Medicine” - última atualização maio de 200121 Grau de Nível de Tratamento/ Recomendação Evidência Prevenção – Etiologia 1A Diagnóstico Revisão Sistemática (com Revisão Sistemática (com homogeneidade) homogeneidade) de Estudos Diagnósticos nível 1 Critério de Ensaios Clínicos Controlados e Diagnóstico de estudos nível 1B, em Randomizados diferentes centros clínicos Ensaio Clínico Controlado e Coorte validada, com bom padrão de Randomizado com Intervalo de referência Critério Diagnóstico testado em um Confiança Estreito Resultados Terapêuticos do tipo “tudo ou único centro clínico Sensibilidade e Especificidade próximas de nada” 100% A 1B 1C Revisão Sistemática (com 2A Revisão Sistemática (com homogeneidade) homogeneidade) de estudos diagnósticos de nível > 2 de Estudos de Coorte Estudo de Coorte (incluindo Ensaio 2B Clínico Randomizado de Menor Qualidade) B Coorte Exploratória com bom padrão de Referência Critério Diagnóstico derivado ou validado em amostras fragmentadas ou banco de dados Observação de Resultados Terapêuticos 2C (outcomes research) Estudo Ecológico Revisão Sistemática (com 3A Revisão Sistemática (com homogeneidade) homogeneidade) de estudos diagnósticos de nível > 3B de Estudos Caso-Controle Seleção não consecutiva de casos, ou 3B Estudo Caso-Controle padrão de referência aplicado de forma pouco consistente C 4 D 5 Relato de Casos (incluindo Coorte ou Estudo caso-controle; ou padrão de referência Caso-Controle de menor qualidade) pobre ou não independente Opinião desprovida de avaliação crítica ou baseada em matérias básicas (estudo fisiológico ou estudo com animais) 12 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed 4. Resultados 4.1. Estudos selecionados: Estudo Vale et al 6 2002 ** Wright, 2001; Corin Group,2001; Midland, 2001; Wagner M & Wagner H., 1996; Schmalzried TP et al 1996; Amstutz HC. 2000. Tipo de Estudo e População Revisão sistemática da literatura com análise de efetividade e custoefetividade. Um total de 28 estudos foi incluído: 1 ECR sobre PTQ, 19 estudos observacionais (4 sobre PMMR, 1 sobre PTQ, 12 sobre osteotomia, 1 sobre artrodese, 1 sobre tratamento expectante (conservador)), 3 revisões sistemáticas sobre PTQ. 5 submissões da indústria ao NICE sobre PMMR e 1 banco de dados hospitalar. ** Desfechos/ Seguimento Efetividade e a custo-efetividade entre: PMMR; PTQ; Osteotomia; Artrodese; Tratamento expectante; Resultados Taxas de Revisão ou Cirurgia: PMMR: 0 a 14% em 3 anos; Tratamento expectante: 30% em 3 anos; PTQ: 10% ou menos em 10 anos; Osteotomia: 2,9 a 29% em 10 a 17 anos; Artroscopia: ligeiramente superiores às taxas da PMMR Artrodese: não foram localizados dados. Dor PMMR: 91% livres de dor em 4 anos. Menos dor que os pacientes com tratamento expectante. PTQ: 84% livres de dor em 11 anos; Artrodese: 22% livres de dor em 8 anos; Artroscopia: < 22% livres de dor (não cita o tempo) Osteotomia: dados indisponíveis Custo O custo da PMMR para pacientes com menos de 65 anos foi estimado em 5.515 libras* (R$ 18.494,00); Para PTQ em 4195 libras (R$14.067,51); Para revisão de PTQ em 6027 libras (R$20.210,94); Artroscopia 951 libras (R$3.189,08); Osteotomia 2731 libras (R$9.158,13) Tratamento expectante 642 libras/ano (R$2.152,88). Custo-benefício Para pacientes com < 65 anos A análise de custo-benefício foi realizada em um cenário econômico comparando a PMMR com a PTQ e o tratamento expectante, considerando as taxa de revisão e um seguimento de 20 anos. A PMMR se mostrou mais cara que a PTQ, com menores ou os mesmos benefícios da PTQ; A PMMR mostrou-se mais custo-efetiva que o tratamento expectante, com 13 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed maiores ou os mesmos benefícios. Para pacientes com > 65 anos A PTQ mostrou-se superior a PMMR Qualidade do Estudo/ Nível de Evidência Nível de Evidência IIb. Revisão sistemática de moderada qualidade metodológica. Descreve adequadamente a busca e seleção de artigos. Contudo, como nenhum estudo comparando a PMMR com as outras intervenções foi encontrado, as comparações foram feitas de forma indireta baseadas em estudos de séries de casos, que está sujeita a vieses de seleção e aferição. A análise econômica foi realizada considerando o cenário econômico do Reino Unido no ano 2000 contabilizando custos diretos e indiretos (próteses, diárias, honorários, medicamentos de uso contínuo, etc). A análise de custo-benefício utilizou QUALY’s (anos de vida ajustado por qualidade) e o modelo de Markov. 7 NICE 2005 Diretriz elaborada A PMMR está recomendada em na agência de pacientes com indicação cirúrgica Avaliação de (doença avançada) com expectativa de tecnologias no vida maior que a previsão de revisão de PTQ’s (10 ANOS), levando sempre em Reino Unido consideração o nível de atividade do paciente e ciente de que os estudos que mostraram algum custo-benefício foram em pacientes com <65 anos; O paciente mais velho incluído nos estudos tinha 51 anos. Havendo a indicação PMMR, o paciente deverá ser incluído num programa de monitoramento da tecnologia. Somente poderá ser realizada a colocação de PMMR por cirurgiões especificamente treinados por essa técnica. Os pacientes devem ser informados da falta de conhecimento da segurança e eficácia desses dispositivos a médio e longo prazo, em comparação a PTQ e a ponderação entre os riscos e benefícios deve ser feita em conjunto com o paciente. Qualidade do Estudo/ Nível de Evidência Nível de Evidência IIC. Nenhum ECR foi encontrado para fundamentar essa diretriz. Foi baseada em estudos 6 observacionais e na análise econômica de Valle et al McKenzie L Taxa de Taxa anual de revisão (ou cirurgia) Análise de Custoet al 2003 8 mortalidade; estimada entre jovens e/ou idosos utilidade Taxa de revisão da comparando: ativos prótese. PMMR; PTQ: 1,36%; Qualidade de Vida Artigos PTQ; PMMR: 1,52% Custo-utilidade. incluídos Tratamento Tratamento Expectante: 8,33% específicos expectante. sobre A taxa de mortalidade foi de 1% para PMMR: ambas as tecnologias nas duas faixas Modelos Corin econômicos etárias Group,2001; analisaram 14 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed Midland, 2001; Wagner M & Wagner H., 1996; Schmalzried TP et al 1996; Mc Minn D. et al 1996. pacientes de 45 a 50 anos e 65-70 anos. As estimativas foram realizadas para 20 anos após a cirurgia. O contexto econômico utilizado foi o do Reino Unido no ano 2000. Escore de Qualidade de Vida PMMR: 0,964 PTQ: 0,964 Tratamento Expectante: 0,503 Razão de Custo-utilidade incremental Na coorte de pessoas jovens, a PMMR foi comparada com a observação (tratamento expectante) seguida de PTQ. A PMMR foi mais efetiva e menos onerosa que o tratamento expectante. Entretanto, quando a PMMR foi comparada com a PTQ mostrou-se mais cara e menos efetiva que a PTQ. Na coorte de idosos ativos, a PMMR foi compara da com a PTQ e também se mostrou mais onerosa e menos efetiva do que a PTQ. Qualidade do Estudo/ Nível de Evidência Nível de Evidência IIC. 6 Utilizou os mesmos critérios e modelo de análise de Vale et al . Baseou-se em estudos observacionais, pois nenhum ECR foi encontrado. Avaliação econômica utilizou o cenário do Reino Unido. Custo-efetividade A análise revelou que, em uma Bozick et al Análise de custo9 2006 efetividade das Qualidade de Vida população de pacientes com 50 anos próteses (QALY) de idade, a utilização de próteses alternativas (metal/ alternativas (metal/metal ou metal, resurfacing, No modelo de cerâmica/cerâmica) com um custo cerâmica/cerâmica) Markov utilizado incremental adicional de US$ 2.000 foram seria mais custo-efetiva ao longo da em relação às consideradas as vida do indivíduo se associada a uma próteses convencionais de cirurgias primárias redução nas taxas de falha da prótese e a probabilidade de pelo menos 18,7% em 20 anos, em quadril. de 3 revisões, comparação com prótese convencional. morte pelas cirurgias e morte O mesmo implante na mesma por outras causas. população teria de resultar em uma redução nas taxas Valor de referência de falha da prótese de 3,8% em 20 US$ anos, a fim de ser 50.000,00/QALY considerado eficaz em termos de custoutilidade (< US $ 50.000 por QALY). Em uma população de pacientes com idade > 63 anos, o mesmo implante estaria associado a maiores custos que o tratamento convencional, independentemente da suposta redução na taxas de revisão, pois teriam de resultar em uma redução de falha da prótese de 11,3% em 20 anos, para ser considerada eficaz. Qualquer alternativa que representasse um custo incremental de US$ 2000 em uma população de >70 anos teria de estar associada a pelo menos 15 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed uma redução de 45,5% em 20 anos nas taxas de revisão, a fim de ser considerada rentável. Em uma população de pacientes com idade >75 anos, nenhuma alternativa foi considerada custo-efetiva independente do custo ou redução da taxa de revisão. A utilização de próteses alternativas com um custo incremental de US$ 500 dólares sobre a convencional pode representar uma redução de custos ao longo da vida, em uma população de pacientes com >50 anos, mesmo que fosse associado a uma modesta redução nas taxas de revisão (> 4,6%). Essa alternativa poderia ser custo-efetiva se a redução gradual da probabilidade de revisão, em 20 anos fosse de, pelo menos, 1,1%. A análise de sensibilidade multivariada mostrou que, conforme o custo incremental de uma alternativa aumenta, o limite de idade para que esta opção seja custo-efetiva diminui. Uma maior redução das taxas de revisão em 20 anos em comparação com próteses convencionais é necessária para justificar os custos incrementais das próteses alternativas. Qualidade do Estudo/ Nível de Evidência Nível de Evidência: IIIA Não descreve com clareza o método de busca dos artigos primários que embasaram esta análise, nem os critérios de inclusão ou bases de dados pesquisadas, Não descreve o tratamento estatístico dado aos estudos primários. Foram incluídos custos diretos relacionados às próteses. A análise econômica utilizou o cenário econômico dos Estados Unidos (em dólares), não declarou o ano de referência dos custos. As simulações do cenário econômico utilizaram uma população hipotética de homens de 50 anos de idade. Os dados de efetividade utilizados foram os da revisão 6 de Valle . A inclusão de série de casos e de comparações indiretas compromete as inferências dos resultados de efetividade e de custo e sua reprodutibilidade em outros cenários. O ponto de referência utilizado nos EUA é de US$ 50.000 por ano de vida ganho com qualidade (QALY). Considerando a importante diferença de investimentos em saúde daquele país para o Brasil, não é possível extrapolar essa relação de custo utilidade para a nossa realidade econômica. Wyness L et Revisão Taxas de Revisão Taxas de Revisão ou de cirurgia 10 PMMR: 0% a 14% em 5 anos; Dor al 2004 Sistemática Custo Efetividade Tratamento conservador: 32% em 3 Inclui estudos anos e 48% em 8 anos; PTQ: 10% ou menos em 10 anos publicados até 2001. Pacientes livres de dor: PMMR: 90.9% em 4 anos Não encontrou nenhum estudo Tratamento conservador: ligeiro comparado. aumento PTQ: 84,1% em 11 anos 16 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed Artigos incluídos específicos sobre PMMR: Amstutz HC, 2000; McMinn et al 1996; Wagner M & Wagner H., 1996; Schmalzried TP et al 1996; Como a efetividade da PMMR não é clara, sua custo-efetividade é incerta. Parece ser custo-efetiva num período de 10 anos em relação ao tratamento expectante. Estudos não publicados incluídos Corin Group 2001; Midland Medical 2001; Oswestry Outcome Centre 2002 Wright 2001. Qualidade do Estudo/ Nível de Evidência Nível de Evidência: IIb 6 Não foi realizada análise de custo efetividade, estes dados foram citados da revisão de Valle. Taxa de revisão da O recrutamento de pacientes foi Howie et al ECR de pacientes 11 interrompido após o 2° ano, pela alta prótese 2005 com 55 anos ou incidência da falha precoce da menos, submetidos Hipótese: enquanto PMMR. a artroplastia do quadril. Recrutados no grupo da PTQ entre 1993 e 1995. houvesse uma taxa Não houve nenhuma morte. de 80% de revisão femoral, no grupo Grupo 1: prótese Os pacientes incluídos foram seguidos da PMMR haveria total de quadril por 8-10 anos (média 8,5 anos). 50% de revisão. (PTQ) metal8 das 11 PMMR (73%) precisaram ser polietileno de alta Seguimento: densidade revisadas e os pacientes foram 3 e 6 meses; 1 e 2 submetidos à PTQ. cimentada em anos; e após a ambos os lados (n 7 das 8 revisões ocorreram em 5 anos. cada 2-3 anos. = 13) Falhas: 2 fraturas de colo femoral (53 anos, 45 anos); Grupo 2: Pacientes Não houve nenhuma perda de 1 soltura do componente femoral; submetidos à pacientes no artroplastia com 5 soltura do componente acetabular; seguimento PMMR (marca No grupo da PTQ apenas 2 pacientes CORIN) com prótese de cromo(15%) foram submetidos à revisão do cobalto cimentada componente acetabular por soltura. Não em ambos os lados houve soltura do componente femoral. (n = 11) Relatado pelos autores que não foram Critérios de encontradas diferenças entre os grupos exclusão: no que se refere à amplitude do pacientes com movimento. osteoporose severa, infecção ativa, em tratamento com corticóides, doença óssea ou sistêmica 17 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed associada a mau prognóstico pósoperatório, ou com baixa expectativa de vida. Qualidade do Estudo/ Nível de Evidência Nível de Evidência: IIb Randomização adequada, cálculo da amostra para obter poder estatístico exigia 47 pacientes por grupo. O estudo foi interrompido precocemente pelo alto índice de soltura do componente acetabular. Não apresentou os valores de p, apenas relata não ter encontrado significância na comparação da amplitude. Estudo apoiado pelo Hospital Royal Adelaide e pelo fabricante Corin Baxter. Conservação do Não foram encontradas diferenças entre Vendittoli at ECR de pacientes 12 osso do acetábulo os grupos em relação à: al 2006 submetidos a medidas através Média do tamanho do componente artroplastia do do tamanho dos acetabular (p= 0.770) quadril com componentes Média do tamanho do componente objetivo de acetabulares. acetabular entre os três cirurgiões (p= comparar a 0.89) conservação do acetábulo após a O tamanho do componente acetabular PTQ versus a foi significativamente maior em homens PMMR de ambos os grupos (p<0.0001) e foi correlacionado com o índice de massa Grupo 1: PTQ corporal que era maior no grupo da metal-polietileno PMMR (p= 0.016). (n=103). Marca Zimmer - componente Rachaduras no colo femoral ocorreram femoral em titânio em nove (9%) das PMMR, contudo sem não-cimentado + fraturas do colo. cabeça femoral metálica Fissuras acetabulares ocorreram em 2 - componente casos durante a impactação do acetabular metálico componente. não-cimentado (parafusado, às Estabilidade intra-operatória do vezes) + polietileno componente acetabular. + cromo cobalto; PMMR: 95% excelente, 4,9% boa; PTQ: 87,3%, 12,7% boa. p = 0,21 Grupo 2: PMMR (n=107). Marca Parafusos p/ fixação do acetábulo Zimmer, modelo foram utilizados em 5% das PTQ’s Duron. - Componente Perdas femoral em cromoGrupo 1: 1 pacientes por baixa cobalto cimentado; qualidade óssea e anatômica do canal - componente femoral p/ utilização de prótese não acetabular em cimentada. cromo-cobalto e titânio, nãoGrupo 2: 5 conversões p/ PTQ. 1 por cimentado. necrose femoral, 1 por anatomia desfavorável, 2 por displasia severa do Critério de acetábulo não permitindo fixação do exclusão: componente sem parafusos e o último artrodese de por ter circunferência acetabular quadril, (70mm) maior que os tamanhos de insuficiência renal, próteses disponíveis (maior tamanho é alergia a metal 18 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed (suspeita ou 66mm), confirmada), osteopenia ou Estes pacientes foram excluídos da osteoporose de análise. quadril. Qualidade do Estudo/ Nível de Evidência Nível de Evidência: Ib ECR de pequena amostra. Os grupos eram semelhantes em relação aos fatores prognósticos (diagnóstico, idade, sexo, lado) com exceção do índice de massa corporal, apesar da randomização adequada. Foram avaliados apenas resultados (desfechos) substitutos. Não foram avaliadas as taxas de revisões ou complicações clinicas. Stulberg BN Estudo de não Melhora funcional CCS Escore em 24 meses 13 et al 2008 inferioridade em medido através do Coorte 1: 0.875 relação a PTQ CCS escore, que Coorte 2: 0.860 Diferença entre os grupos: -0,015 cerâmica-cerâmica, consiste em: através de - Escore de Harris p= -0.063 comparação de ≥ 80 pontos, n° de revisões estudos pré- evidência PTQ cerâmica-cerâmica: 5 (1.9%). 3 comercialização de radiográfica de produtos, utilizando sucesso do pacientes necessitaram revisão em < 2 coortes implante, anos; PMMR: 24 ( 7.1%). 16 pacientes prospectivas, - ausência de multicêntricas e complicações necessitaram revisão em < 2 anos; monitoradas relacionadas ao As revisões no grupo da PMMR (quaseimplante, ocorreram: experimento). - ausência de - soltura do componente femoral (11 revisão. pcts= 3.3%), Coorte 1: 266 - fratura de colo femoral (8 pcts = pacientes Seguimento: 2.4%), submetidos a PTQ 6 semanas, 6 - soltura do componente acetabular cerâmica-cerâmica meses, 1 ano, 2 (marca Stryker) anos e anualmente 4pcts = 1.2%) - deslocamento da prótese (1 pct = (1996-1998). Não a seguir. 0.3%). descreve se é Perdas em 2 anos cimentada ou não. Coorte 1: 7 perdas As revisões no grupo da PTQ cerâmicaCoorte 2: 337 (n= 256) cerâmica ocorreram: - soltura do componente femoral (1 pacientes Coorte 2: 28 pcts= 0.4%) submetidos a perdas (n= 292) - deslocamento da prótese (1 pct = PMMR (marca 0.4%). CORIM) (2001 a - fratura de fêmur PO (1 pct = 0.4%). 2003). Acetábulo - infecção (1 pct = 0.4%). não-cimentado, - dor (1 pct = 0.4%). componente femoral cimentado. Qualidade do Estudo/ Nível de Evidência Nível de Evidência: IIIb – quase experimento As populações das duas coortes eram similares em relação a gênero, peso, diagnóstico e escore de Harris. No entanto eram significativamente diferentes em relação à idade, sendo o grupo da PMMR mais jovem 50.1 vs 53.3 (p<0.01). Os autores consideraram que os resultados PMMR não seria inferior a PTQ cerâmica-cerâmica se o CCS escore do grupo da PMMR fosse até 8% (ou 0.08) pior que o grupo controle. Na análise do desfecho “n° de revisões” em 2 anos, o autor não cita qual foi o valor de p e, portanto a significância estatística da diferença entre os grupos. Os autores (e/ou seus familiares) declaram ter recebido benefícios das empresas Stryker e Corin de mais de US$ 10.000,00 em algum tempo. Lavigne et ECR de pacientes - Escore de O escore de atividade pré-operatório 16 al 2008 submetidos a Atividade não teve diferenças entre os grupos 19 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed artroplastia de 205 articulações. Acesso somente ao resumo Grupo 1: PTQ metal-metal Grupo 2: PMMR - Escore de avaliação funcional ( UCLA) - Índice de Osteoartrite (WOMAC) - Satisfação do paciente em relação ao retorno às atividades esportivas (através de escala visual VAS). (p=0.111). Após 1 ano de cirurgia o escore de atividade foi: Grupo 1: 12.4 Grupo 2: 17.9 (p=0.001). Após 1 ano de cirurgia o escore de osteoartrite (WOMAC) foi: Grupo 1: 9.8 (variou de 0-41, desvio padrão de 10.9) Grupo 2: 8.1 (variou de 0-73, desvio padrão de 13.1) (p=0.409). O escore de UCLA foi Grupo 1: 6.75 (variação 2-10, desvio padrão 1.71) Grupo 2: 7,17 (variação 210 – desvio padrão 1.90) (p=0.174). O nível de satisfação dos beneficiários com relação ao retorno às atividades esportivas. Grupo 1: 7.43 Grupo 2: 7.78 (p=0.313). Qualidade do Estudo/ Nível de Evidência Nível de Evidência: IIb Acesso somente ao resumo não sendo possível avaliar a qualidade metodológica do ECR. Não descreve o N exato de cada grupo, apenas relata que artroplastias unilaterais estavam distribuídas da seguinte maneira Grupo 1: 71 e Grupo 2: 81. ECR de 145 - Restauração do Em comparação contra-lateral, o offset Girard et al 17 pacientes offset femoral femoral: 2008 submetidos a - Melhora funcional Grupo 1: Aumentou 4.2 mm - Escore de Grupo 2: Diminuiu 2.8 mm (P<0.001). artroplastia (23-65 Acesso anos). osteoartrite; somente ao - Qualidade de Escore Funcional (PostelVida Merled'Aubigné score): resumo Grupo 1: (n=69) PTQ - Complicações Grupo 1: 17.07+/-0.4 Grupo 2: 17+/-0.35 (P=0.94). Grupo 2 (n=76) Os testes de salto e caminhada foram PMMR melhores no grupo da PMMR Não foram encontradas diferenças entre os grupos em relação à claudicação ou marcha em Tredlenburg. Escore de Osteoartrite (WOMAC score) Grupo 1: 11.7+/-11.4 Grupo 2: 9.2+/-15.1 (p=0.363). Qualidade de Vida (medido através do SF-36) Grupo 1: 101+/-1.25 Grupo 2: 100.7+/-1.14 (p=0.205). Luxação: Grupo 1: 3 casos Grupo 2: nenhum 20 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed Qualidade do Estudo/ Nível de Evidência Nível de Evidência: IIb Acesso somente ao resumo não sendo possível avaliar a qualidade metodológica do ECR. ECR: Ensaio clínico randomizado; PTQ: prótese total de quadril; PMMR: prótese metal-metal de recapeamento (resurfacing): PCTS: pacientes; PO: pós-operatório. **Referências completas dos estudos específicos sobre a resurfacing no final do trabalho. * Cotação da libra em 10/02/2009 = R$ 3,3534. 4.2. Comentários A revisão sistemática de Vale6 (NE IIb) que inclui artigos publicados até 2001 é um trabalho de boa qualidade metodológica, descreve adequadamente a busca e seleção de artigos. Contudo, como nenhum estudo comparando a resurfacing com as outras intervenções foi encontrado na época, as comparações foram feitas de forma indireta baseadas nas evidências encontradas (séries de casos). A análise econômica foi realizada considerando o cenário econômico do Reino Unido em 2000 contabilizando custos diretos e indiretos (próteses, diárias, honorários, medicamentos de uso contínuo, etc). Esta revisão e estes mesmos artigos embasaram as demais revisões sistemáticas e avaliações de custo-efetividade8,9,10 e a recomendação do NICE 7. Neste contexto, para pacientes com menos de 65 anos a prótese de recapeamento (resurfacing) se mostrou mais cara que a prótese total de quadril (PTQ), com menores ou com os mesmos benefícios. Para pacientes com mais de 65 anos, a PTQ mostrou-se superior à prótese de recapeamento (resurfacing). Na análise de sensibilidade, a resurfacing seria mais custo-efetiva que a PTQ caso as taxas de revisão da resurfacing fossem 80-88% menores que as taxas de revisão das PTQ’s. Esta análise de sensibilidade foi realizada utilizando diferentes técnicas e próteses resurfacing e o acompanhamento desses pacientes nos estudos foi de no máximo 3 anos. O próprio autor cita que o modelo econômico previsto na análise foi substancialmente restringido pela falta de dados sobre os principais parâmetros para os modelos econômicos. O mais grave problema foi a pouca informação disponível sobre as taxas de revisão das próteses resurfacing, e seus diferentes modelos. Há muito pouca evidência para sugerir ou não que os 21 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed resultados das diferentes próteses sejam semelhantes. Outra crítica dos autores foi à ausência de dados clínicos de pacientes submetidos a PTQ nas revisões da prótese resurfacing. A análise dos cenários, apesar de basear-se na escassa evidência disponível sobre as próteses resurfacing sugere que seria uma opção custoefetiva apenas para aqueles pacientes em tratamento expectante, considerando o impacto dos tratamentos na sua qualidade de vida. Também sugerem melhores resultados subseqüentes das PTQ’s posteriormente utilizadas nas revisões das próteses resurfacing; no entanto, a reprodução na prática clínica desses resultados depende diretamente da curva de aprendizado do cirurgião e merecem mais estudos de longo prazo confirmando a manutenção das baixas taxas de revisão dessas próteses além dos 3 anos observados. Embasado neste cenário do Reino Unido o NICE7 recomenda as próteses resurfacing apenas para pacientes com indicação cirúrgica (doença avançada) com expectativa de vida maior que a previsão de revisão de PTQ’s, em torno de 10 anos, levando sempre em consideração o nível de atividade do paciente e ciente de que os estudos que mostraram algum custo-benefício foram em pacientes com menos de 65 anos. Os pacientes devem ser informados da falta de conhecimento da segurança e eficácia desses dispositivos a médio e longo prazo, em comparação a PTQ e a ponderação entre os riscos e benefícios deve ser feita em conjunto com o paciente. Havendo a escolha do implante pelo médico e paciente, este deve ser obrigatoriamente incluído num programa de monitoramento da tecnologia e a cirurgia só pode ser realizada por cirurgiões especificamente treinados para essa técnica. Após 2005 foram publicados alguns ensaios clínicos randomizados11,12,16,17 e um quasi-experimento 13. Apenas dois ensaios clínicos avaliaram as taxas de revisão das próteses resurfacing e em ambos, esta taxa foi maior que as taxas das próteses totais de quadril metal-polietileno e cerâmica-cerâmica. 22 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed Howie 11 ECR interrompido pelo alto índice de falha da resurfacing 24 interrupção precoce PTQ metal-polietileno (Howmédica) cimentada vs Resurfacing (Corin) cimentada n° pacientes Implante PMMR Taxa de Revisão PTQ 73% em 5 anos 8 pacientes 15% em 5 anos 2 pacientes Stulberg 13 estudo de não inferioridade 603 PTQ cerâmica-cerâmica (Stryker) não descreve se é cimentada ou não vs Resurfacing Corin (c. femoral cimentado/ c. acetabular não cimentado) 7,1% em < 2 anos (24 pacientes) 1.9% em < 2 anos (5 pacientes) Outras observações a respeito desses estudos são: - no estudo de Howie11 a seleção de pacientes foi interrompida pela alta taxa de falha do implante. - No estudo de Stulberg13 os autores consideraram que a prótese resurfacing não seria inferior a PTQ cerâmica- cerâmica se o CCS escore do grupo da resurfacing fosse até 8% (ou 0.08) pior que o grupo da PTQ. O CCS escore pode ser considerado um desfecho composto, o que pode mascarar diferenças significativas em relação a desfechos específicos como taxa de revisão e melhora funcional, que são os dois pontos fortes prometidos pela nova tecnologia. Na análise dos desfechos separadamente os grupos não apresentaram diferenças significativas, em relação ao escore de Harris, ao n° de eventos adversos relacionados ao quadril (p=0.118), relacionados ao implante (p=0.56) e à mortes (p=1.0). No entanto os autores não descrevem o que seria exatamente “eventos adversos relacionados ao implante” citando por vezes fratura de colo femoral ou fratura femoral periprotética. Na análise do desfecho “n° de revisões” em 2 anos, o autor não cita qual foi o valor de p e, portanto a significância estatística da diferença entre os grupos. Além dessas observações que podem caracterizar viéses, os autores 23 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed e/ou seus familiares declaram ter recebido benefícios das empresas Stryker e Corin em algum tempo. Não foram encontradas diferenças entre os grupos em relação a outros desfechos clínicos como avaliação funcional11,16,17, qualidade de vida17 e satisfação do paciente em relação ao retorno as atividade esportivas16. Não foram encontradas diferenças entre os grupos em relação a outros desfechos fisiológicos como conservação de osso do acetábulo e estabilidade do componente acetabular12 e restauração do offset femoral (distância entre o centro de rotação da cabeça femoral e a linha que passa no eixo longitudinal do fêmur)16. 5. Conclusão e recomendações 5.1. Conclusão A análise de custo-efetividade6 considerando o contexto do Reino Unido em 2000, que utilizou comparações indiretas de séries de casos produzidas até 2001 demonstrou que a prótese metal-metal de recapeamento (resurfacing), para pacientes com menos de 65 anos se mostrou mais cara que a prótese total de quadril (PTQ), com menores ou os mesmos benefícios. Para pacientes com mais de 65 anos, a PTQ mostrou-se superior à prótese de recapeamento (resurfacing). Na análise de sensibilidade, a resurfacing seria mais custo-efetiva que a PTQ, caso as taxas de revisão da resurfacing fossem 80-88% menores que as taxas de revisão das PTQ’s. Também sugerem melhores resultados subseqüentes das PTQ’s posteriormente utilizadas nas revisões das próteses resurfacing, no entanto, a reprodução na prática clínica desses resultados depende diretamente da curva de aprendizado do cirurgião e merecem mais estudos de longo prazo confirmando a manutenção das baixas taxas de revisão dessas próteses além dos 3 anos observados. (Nível de Evidência IIb) Os estudos comparados publicados após 2005 mostraram taxas de revisão das próteses de recapeamento maiores que as taxas das próteses totais de quadril metal-polietileno11 e cerâmica-cerâmica13, chegando a ser tão 24 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed alarmante em um dos estudos que houve interrupção da seleção de pacientes11. (Nível de Evidência IIb) Não foram encontradas diferenças entre os grupos, em relação a outros desfechos clínicos como avaliação funcional11,16,17, qualidade de vida17 e satisfação do paciente em relação ao retorno às atividade esportivas16. (Nível de Evidência IIb) Não foram encontradas diferenças entre os grupos em relação a outros desfechos fisiológicos como conservação de osso do acetábulo e estabilidade do componente acetabular12 e restauração do offset femoral16. (Nível de Evidência IIb) No Reino Unido o NICE7 recomenda as próteses resurfacing apenas para pacientes com indicação cirúrgica (doença avançada) com expectativa de vida maior que a previsão de revisão de PTQ’s, em torno de 10 anos, levando sempre em consideração o nível de atividade do paciente e ciente de que os estudos que mostraram algum custo-benefício foram em pacientes com menos de 65 anos. Os pacientes devem ser informados da falta de conhecimento da segurança e eficácia desses dispositivos a médio e longo prazo, em comparação a PTQ, e a ponderação entre os riscos e benefícios deve ser feita em conjunto com o paciente. Havendo a escolha do implante pelo médico e paciente, este é obrigatoriamente incluído num programa de monitoramento da tecnologia e a cirurgia só pode ser realizada por cirurgiões especificamente treinados para essa técnica. 5.2. Recomendação da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências (CTNMBE): Não foram encontradas evidências de benefícios da utilização de próteses metal-metal de recapeamento (resurfacing) em comparação com as próteses totais de quadril (outros tipos) para pacientes submetidos a cirurgias de artroplastia de quadril, em termos de adiamento da necessidade de revisão, complicações ou qualidade de vida. São necessários mais estudos clínicos de boa qualidade metodológica para demonstrar os benefícios desta tecnologia a médio e longo prazo e assim apoiar a decisão de incorporação pelo Sistema 25 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed Unimed. Não é possível afirmar se a utilização destas próteses é custo-efetiva em nosso meio. 26 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed 6. Referências Bibliográficas: 1. 1. Erens GA, Thornhill TS, Furst DE, Romain PL. Total hip arthroplasty. Agosto, 2007. Up to Date. Disponível em http://www.uptodate.com/online/content/topic.do?topicKey=tx_rheum/13955&selectedT itle=1~68&source=search_result 2. Hall, MJ, Owings, MF. 2000 National Hospital Discharge Survey. Adv Data 2002; :1. 3. Crowther, JD, Lachiewicz, PF. 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Birmingham: Midland Medical Technologies; 2001. 4. Wagner M, Wagner H. Preliminary results of uncemented metal on metal stemmed and resurfacing hip arthroplasty. Clin Orthop 1996;329S:78–88S. 5. Schmalzried TP, Fowble VA, Ure KJ, Amstutz HC. Metal on metal surface replacement of the hip. Clin Orthop 1996;329S:106–14S. 28 Recomendações da Câmara Técnica Nacional de Medicina Baseada em Evidências do Sistema Unimed 6. Amstutz HC. Arthroplasty options for advanced osteonecrosis. Orthopedics 2000;23:927–8. Excluídos 1. Girard J, Lavigne M, Vendittoli PA, Roy AG. Biomechanical reconstruction of the hip: a randomised study comparing total hip resurfacing and total hip arthroplasty. J Bone Joint Surg Br. 2006 Jun;88(6):721-6. Estudo comparado, mas que não avaliou desfechos clínicos, apenas biomecânicos. 29