DINO - Divulgador de Notícias Seis pessoas morrem por dia no Brasil por crise de asma. Especialistas alertam para negligência no tratamento da asma grave² Está aberta Consulta Pública para incorporação no SUS de omalizumabe, único tratamento biológico para pacientes com asma alérgica grave 18/12/2015 15:42:20 No Brasil, 20 milhões de pacientes e aproximadamente 20% das crianças têm asma ¹,, doença inflamatória crônica dos brônquios, que apesar de não ter cura, tem tratamento e permite ao paciente uma melhor qualidade de vida¹. Ainda assim, seis pessoas morrem diariamente por causa da doença², que já é considerada a quarta maior causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde³, de uma doença crônica tratável, como hipertensão arterial ou diabetes³. A principal razão para este cenário, segundo o pneumologista pediátrico e professor da Faculdade de Medicina da PUC do Rio Grande do Sul, Dr. Paulo Pitrez, é que a asma ainda é uma doença negligenciada pelos pacientes, médicos e poder público, quando o assunto é informação e tratamento. “A asma tem uma prevalência alta no Brasil, mas ainda é esquecida e subtratada”, explica o médico. “Os números de hospitalizações e mortalidade da doença podem estar associados ao não entendimento dos pacientes sobre a asma e seus sintomas, além do subdiagnóstico da gravidade”. Pacientes com asma grave sofrem com crises, perdem aula ou trabalho, não conseguem fazer exercícios ou brincar (neste caso, as crianças), por vezes, necessitando de hospitalizações, chegando a procurar 15 vezes mais prontos-socorros, e sendo hospitalizados 20 vezes mais que os que sofrem com a doença em sua forma leve. Isso interfere substancialmente em sua qualidade de vida e aumenta o risco de morte para o paciente. “A sensação de falta de ar é uma das piores sensações para o ser humano e não é normal ter uma rotina de idas ao pronto socorro por causa de crises constantes. Este é um sinal de que a asma não está controlada e que este paciente precisa de ajuda”, aponta o Dr. Pitrez. Outra questão impactante é a diferenciação entre asma e asma grave. “Vários pacientes diagnosticados com asma possuem, na verdade, asma grave, e essa falta de conhecimento sobre a gravidade e controle da doença, tanto pelo paciente como muitas vezes pelo próprio médico, impacta diretamente na qualidade de vida e melhor tratamento preconizado. Os custos do impacto desta doença, não adequadamente assistida, para a sociedade brasileira, são imensos, tanto financeiros como para o desenvolvimento humano esta parcela da população”, finaliza o Dr. Pitrez. O Diário Oficial da União (DOU) publicou, no dia 18 de dezembro, a abertura da consulta pública nº38 para manifestação da sociedade civil a respeito da recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC) referente à incorporação no Sistema Único de Saúde do medicamento omalizumabe (Xolair®), único tratamento biológico para a asma alérgica grave no Brasil. O medicamento já é aprovado e reembolsado pelos sistemas públicos de países como Estados Unidos e União Europeia desde 2005. Omalizumabe promove a melhora dos sintomas e diminui as crises decorrentes da doença, permitindo que o paciente melhore sua qualidade vida. O medicamento reduz em (60,8%) o número de crises, o que diminui diretamente no número de visitas ao pronto-socorro (79,6%) e hospitalizações (67%). Além disso, há uma melhora significativa da função pulmonar e dos sintomas diurnos. As contribuições podem ser feitas pelo site oficial do órgão http://conitec.gov.br/index.php/consultaspublicas, até o dia 18 de janeiro. Sobre a Novartis A Novartis oferece soluções de saúde inovadoras que atendem às necessidades em constante mudança de pacientes e da população. Com sede na Basileia (Suíça), a Novartis oferece um diversificado portfólio de medicamentos inovadores, cuidados com os olhos e medicamentos genéricos. A Novartis é a única empresa global com posição de liderança em todas essas áreas. Em 2014, as operações do Grupo atingiram vendas líquidas de US$ 58 bilhões, enquanto cerca de US$ 9,9 bilhões foram investidos em pesquisa e desenvolvimento (US$ 9,6 bilhões excluindo encargos de depreciação e amortização). As empresas do Grupo Novartis empregam aproximadamente 120.000 colaboradores e estão presentes em mais de 180 países ao redor do mundo. Para mais informações www.novartis.com.br Disclaimer As informações contidas neste texto têm caráter informativo, não devendo ser usadas para incentivar a automedicação ou substituir as orientações médicas. O médico deve sempre ser consultado a fim de prescrever o tratamento adequado. Referências 1 Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisologia para o manejo de asma 2012. Disponível em: file:///C:/Users/barbara.toledo/Downloads/Suple_200_70_38_completo_versao_corrigida_04-0912.pdf 2 Elaine Damasceno et al.. Custos diretos e indiretos da asma: revisão de literature. Rev. bras. alerg. imunopatol, 2012. 3 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Ações Básicas. Estatísticas de saúde e mortalidade. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. 4. Mallol J, et al. Prevalence of asthma symptoms in Latin America: the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC). Pediatr Pulmonol. 2000 Dec;30(6):439-44. 5Jardim Jr. Pharmacological Economics And Asthma Treatment. J Bras Pneumol 2007; 3 3:Iv-Vi. 6 Ministério da Saúde Consultoria jurídica/ Advocacia Geral da União. Nota Tecnica nº39/2012. Disponivel em http://u.saude.gov.br/images/pdf/2014/setembro/17/Omalizumabe--atualizada-em-0212-2013-.pdf 7 Karla L Arruda, Elcio O. Vianna. Asma sim, mortes por asma não! Brazilian Journal of Allergy and Immunology, 2013;1(6)2.291-6 8 Ayres JG, Higgins B, Chilvers ER, Ayre G, Blogg M, Fox H. Efficacy and tolerability of antiimmunoglobulin E therapy with omalizumab in patients with poorly controlled (moderate-to-severe) allergic asthma. Allergy 2004;59:701-708. 9 Humbert M, Beasley R, Ayres J, et al. Benefits of omalizumab as add-on therapy in patients with severe persistent asthma who are inadequately controlled despite best available therapy (GINA 2002 step 4 treatment): INNOVATE. Allergy 2005;60:309-316. 10 Bousquet J et al. 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