UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL HABILITAÇÃO PUBLICIDADE E PROPAGANDA DISCIPLINA TEORIA DA PUBLICIDADE E PROPAGANDA PROF. NICOLAS CABALLERO LOIS 2005 MARKETING HISTÓRICO EVOLUÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA DOS POVOS FASES DA ECONOMIA NA SOCIEDADE 1º AUTO SUFICIÊNCIA PRIMITIVA 2º COMUNISMO PRIMITIVO (Reunião em tribos » Nada era de ninguém = dividia-se entre todos) PORÉM: Surge o conceito de ESPECIALIZAÇÃO (Atividade de pastoreiro devido a fixação nos lugares, etc) = Iniciam as TROCAS. Ocorre um desenvolvimento econômico (GRUPOS: caça, pesca, colheita, etc) SOTCK RIQUEZA (Em comparação aos outros) EXCEDENTE = Sistema de Trocas 3º MERCADOS LOCAIS = Trocas por outros produtos » Surgiram as cidades 1ª separação entre produção e vendas. 4º SURGIMENTO DA MOEDA = Aumentou as trocas e fluxos de negócios Aumentou a riqueza. 2 Assim: Antes » Riqueza: Poder de Estoque Depois » Poder de troca 5º CAPITALISMO PRIMITIVO = Não Subsistência mas sim Ganho * As pessoas que tinham dinheiro passam a comprar o trabalho de quem não tinha dinheiro. Surgiram: Proprietários do Capital Trabalhadores REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Tudo o que era produzido, era consumido. PORÉM: Com a produção em massa dos mais variados produtos e o aumento cada vez maior da concorrência, rapidamente o mercado tornou-se saturado. Assim, antes a ênfase dada a PRODUÇÃO deu lugar a ênfase nas necessidades do CONSUMIDOR. Surge desta forma a filosofia = MARKETING 3 DEFINIÇÕES São inúmeras as definições de marketing, mas nenhuma delas é totalmente consagrada. “A execução de atividades comerciais que dirigem o fluxo de mercadorias e serviços do produtor ao consumidor ou usuário.” (AMA) “O Marketing está voltado para a conquista e retenção de clientes.” (Teodore Levitt) “Execução de atividades de negócios que encaminham o fluxo de mercadorias e serviços partindo do produtor até o consumidor final”. (American Marketing Association) “Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros.” (Philip Kotler) “Marketing é uma orientação da administração, que visa proporcionar a satisfação do cliente e o bem-estar do consumidor a longo prazo, como forma de satisfazer aos objetivos e às responsabilidades da organização”. (Philip Kotler) “Marketing é o conjunto de atividades que, partindo do estudo constante do consumidor e das tendências do mercado, chega a definição e fabricação do produto ou serviço, à sua composição, distribuição e até utilização final, procurando compatibilizar os interesses do consumidor e da empresa”. (Associação Nacional LombardIa) Marketing é também uma palavra de muitos sentidos, porém sua tradução literal: Market = mercado (Gerúndio) Marketing = agindo no mercado 4 MARKETING AÇÃO NO MERCADO AS ORIENTAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES APÓS A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: A) ORIENTAÇÃO PARA A PRODUÇÃO: PRODUÇÃO EM SÉRIE. B) ORIENTAÇÃO PARA A FINANÇAS: MAXIMIZAR OS LUCROS. C) ORIENTAÇÃO PARA A VENDA: VOLUME DE VENDAS X LUCRO. Que venda para alguém que provavelmente nunca mais vai comprar: o pensamento era que sempre existirão compradores D) ORIENTAÇÃO PARA O MARKETING: ATENDER AS NECESSIDADES DO PÚBLICO-ALVO (CONSUMO). E) ORIENTAÇÃO PARA O MARKETING SOCIETAL: RESPONSABILIDADE SOCIAL (CONSUMO SOCIEDADE ÉTICA TÉCNICA) MARKETING-MIX O marketing-mix também chamado de composto de marketing, mix de marketing ou composto mercadológico, é o conjunto de instrumentos controláveis pelo gerente de marketing, através dos quais este pode obter melhor ajustamento entre a oferta que a sua empresa faz no mercado e a demanda existente. Marketing-mix é qualquer combinação das forças de marketing, adequadas à política específica para cada caso, para facilitar o alcance dos objetivos de marketing. Ou seja, é o emprego harmonioso e bem dosado das técnicas de marketing que desencadearão a compra, o alcance dos objetivos. O marketing-mix é composto por quatro subconjuntos de variáveis, que identificaremos como os 4 P’s (McCarthy em sua obra Marketing Básico). 5 4 P’s: - PRODUTO (características, qualidade, design, embalagem, etc) - PREÇO (preço básico, descontos, prazos de pagamento, etc) - PRAÇA (canais de distribuição, distribuição física, transporte, armazenagem) -PROMOÇÃO (venda pessoal, promoção de vendas, relações públicas, merchandising, publicidade, propaganda, telemarketing, marketing esportivo, marketing cultural, entre outros); Existem outros agrupamentos para as variáveis controláveis pelo homem de marketing, entre eles pode-se citar o Sistema de Marketing. SISTEMA DE MARKETING (Prof. Richers, 1983) - ANÁLISE: identificar as forças vigentes no mercado e suas interações com a empresa. Meios utilizados: pesquisa de mercado e sistema de informação de marketing. - ADAPTAÇÃO: processo de adaptação das linhas de produtos ou serviços da empresa ao meio identificado através da análise (design, embalagem, marca, preço, etc). - ATIVAÇÃO: elementos: distribuição, logística, venda pessoal e o composto de comunicação (promoção de vendas, merchandising, relações públicas, publicidade, propaganda, etc). - AVALIAÇÃO: é o controle dos resultados do esforço de marketing. 6 4 C’S - CUSTOS: dominação dos custos, como objetivo de mantê-los competitivos. - CONVENIÊNCIA: CONSUMIDOR: distribuição conhecimento mais profundo conveniente das para o consumidor.- necessidades e desejos dos consumidores. - COMUNICAÇÃO: utilização de uma comunicação integrada e inteligente. POSICIONAMENTO O termo posicionamento tem sido utilizado com vários enfoques distintos: posicionamento do produto, posicionamento de marca, posicionamento na mente do consumidor, posicionamento de vendas, etc. Definimos como posicionamento a imagem obtida pelo produto na mente do consumidor, como resultado de três dimensões: tipo de oferta que a empresa faz (produto ou serviço); a que grupo de consumidores no mercado (público-alvo); com relação às ofertas dos concorrentes (concorrência). O posicionamento do produto orienta as decisões mercadológicas. O posicionamento do produto comunica ao mercado: “QUEM VENDE? - O QUÊ? - A QUEM?” O QUE? (PRODUTO OU SERVIÇO) Definição da oferta da empresa ao mercado. Aspectos tangíveis e intangíveis do produto. A QUEM? (CONSUMIDOR - PÚBLICO-ALVO - TRAGET) Definição do grupo de consumidores a quem a empresa visará sua oferta, em termos demográficos e psicográficos. 7 QUEM? (EMPRESA) Coloca o produto da empresa na perspectiva da concorrência. Qualquer que seja a “forma” que a empresa assuma, esta imagem reflete-se na mente do consumidor. ESTRATÉGIAS DE POSICIONAMENTO1 - POSICIONAMENTO POR ATRIBUTO Ex: Samsung Vip: o menor celular 2 - POSICIONAMENTO POR BENEFÍCIO Ex: Leite Molico para manter a forma 3 - POSICIONAMENTO DEMOGRÁFICO Ex: Shampoo Johnson & Johnson para crianças 4 - POSICIONAMENTO POR PREÇO/QUALIDADE Ex: Insetisan: um pouco mais caro, mas muito melhor 5 - POSICIONAMENTO EM RELAÇÃO CLASSE DO PRODUTO Ex: Smart Club: não é cartão de crédito 6 - POSICIONAMENTO POR USUÁRIO DO PRODUTO Ex: Celular Fizz da Philips: “mais fino do que ele, só quem usa” 7 - POSICIONAMENTO EM RELAÇÃO A UM CONCORRENTE Ex: Locadora Avis: Somos o número 2, por isso procuramos fazer melhor 8 - POSICIONAMENTO POR ENDOSSO DE PERSONALIDADE Ex: Relógio Omega: “A escolha de Cindy Crawford” 9 - POSICIONAMENTO POR POR ENDOSSO DE ESPECIALISTA Ex: Creme dental Colgate: o mais recomendado pelos dentistas 10 - POSICIONAMENTO POR OCASIÃO DE USO Ex: Domingo é dia de bacalhau da Noruega 11 - POSICIONAMENTO POR POPULARIDADE Ex: Celular Nókia: “O mundo todo só fala nele” 12 - POSICIONAMENTO POR PAÍS DE ORIGEM Ex: Chocolate Suíço MARKETING 4 P’s PROMOÇÃO PUBLICIDADE E A PROPAGANDA 8 PROMOÇÃO COMUNICAÇÃO DE MARKETING INTEGRADA PLANO DE INTEGRADO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL Envolve a coordenação de vários elementos promocionais juntamente com outras atividades de marketing que implicam comunicação com os clientes da empresa. FATORES QUE DEVEM SER CONSIDERADOS PARA DESENVOLVER O COMPOSTO PROMOCIONAL NAS EMPRESAS Tipo de mercado para o serviço e/ou produto; Estágio de aptidão do comprador; Estágio do ciclo de vida do serviço e/ou produto; Classificação da empresa no mercado. A PROMOÇÃO 1 - VENDA PESSOAL É o esforço de vendas cujo contato é realizado diretamente junto ao público-alvo (corpo a corpo); Eficiência: vendedores altamente qualificados (treinamento, material de apoio, planejamento de vendas, etc) Ex: Natura, Avon, Coleções Enciclopédicas, etc. 2 - PROMOÇÃO DE VENDAS 9 Entre as técnicas de marketing, as promoções de vendas adquiriram grande importância. * PUBLICIDADE (ação lenta) PROMOÇÃO DE VENDAS (curto prazo). Incentivos a curto prazo para encorajar a experimentação ou compra de um produto. Entre as estratégias promocionais, a promoção de vendas adquiriram grande importância. CARACTERÍSTICAS: - Respostas rápidas; - Na maioria das vezes não perpetuam consumidores; - Consumidores fiéis tendem a ter barreiras a outras marcas em promoção; » Acelerar e desenvolver as vendas. Pode ser dividida em três fatores: - relação com os vendedores (ou representantes); - relação com revendedores; - relação com os consumidores. Objetivos mais específicos: a) Acelerar a venda para esgotar estoques ou impedir a “caminhada” do concorrente; b) Desenvolvimento temporário da venda para ocasiões determinadas (férias, por exemplo), para novas modalidades de consumo ou ocasiões de consumo; c) Reerguimento das vendas, para reformar o estoque que se escoa de forma irregular (busca continuidade das vendas); d) Atrativo de venda nova, para produtos novos. Torná-los conhecidos e vendêlos ao público; e) Aumento do potencial da revenda, por estímulos e animação; f) Aumento da eficácia da força de venda. 10 * Relação com a equipe de Vendas - Cursos e seminários de formação de vendedores; - Cursos de reciclagem; - Organização de concursos internos de venda; - Convenção de vendedores; - Organização de portifólio com linha do produto e argumento de vendas. * Relação com revendedores - Organizar seminários de adestramento de balconistas dos revendedores; - Preparar convenções de revendedores; - Cooperar com a organização e apresentação do ponto de venda (arranjo física, vitrines, etc); - Organizar concursos entre revendedores; - Criar ofertas especiais de duração limitada (ampliação do prazo de pagamento, descontos à vista, descontos, bonificação, etc); - Fornecimento de material explicativo (catálogos, folhetos, etc); * Relação com os consumidores - Distribuição de material no ponto de venda; - Brindes (agendas, chaveiros, bonés, canetas, etc); - Amostras (miniaturas para que o consumidor possa prová-lo ou testá-lo); - Prêmios (tampas marcadas, rótulos colecionados, etc); - Concursos (resolver um problema proposto); - Ofertas (redução do preço em um prazo determinado, pague dois leve três, artigo do dia, liquidações, pacote de produtos, etc); - Cuponagem (distribuição de cupões) - Demonstração no ponto de venda; - Feiras e exposições. 11 3 - RELAÇÕES PÚBLICAS Conjunto de atividades ou ações destinadas a provocar na opinião pública atitudes favoráveis à atividade da empresa. As Relações Públicas são um diálogo: informa ao público e dá a possibilidade deste expressar sua opinião. Uma variedade de programas preparados para promover e/ou proteger a imagem de uma empresa ou de seus produtos e/ou serviços. “Garantir espaço editorial, desvinculado do espaço pago, em todos os veículos que atingem os clientes atuais ou potenciais de uma empresa, com o propósito específico de ajudar o atingimento das metas de vendas”. DUNCAM, Tom (1985) O apelo das relações públicas está baseado na alta credibilidade, desprevenção (não é propaganda direta) e dramatização. O público de uma empresa pode ser: - o grande público; - públicos laterais; - fornecedores - intermediários; - clientes; - usuários; - pessoal; - formadores de opinião; - órgão governamentais, etc. FERRAMENTAS COMUNS Kits para a imprensa Apresentações ao vivo na imprensa Seminários Doações 12 Relações com a comunidade Eventos Lobbying, etc. Entre uma pesquisa realizada junto a 286 assinantes da Advertising Age que desempenham algum tipo de função relacionada a administração de marketing, em empresas norte-americanas, três-quartos relatou que suas respectivas empresas estavam fazendo uso de Relações Públicas. 4 - MERCHANDISING Existem duas definições: 1ª - É a operação de planejamento necessária para por um produto no mercado. É o planejamento promocional do produto antes de este ser colocado no mercado. Atividade que inclui a venda e promoção, destinada a fazer com que o produto esteja disponível, de forma atraente e destacada no ponto de venda. Conjunto de atividades realizadas dentro da loja relativas à exposição e apresentação do produto com vistas a produzir a compra. É a mercadoria CERTA, na quantidade CERTA, no momento CERTO, no lugar CERTO, pelo preço CERTO, com a apresentação CERTA. 2ª - O termo que designa, em mídia a veiculação de menções ou aparições de um produto, serviço ou marca, de forma não ostensiva e aparentemente casual, em um programa de TV ou rádio, filme cinematográfico, espetáculo teatral, telenovela, etc. (Dicionário Brasileiro de Mídia) - Telenovelas: Spa. Dr. Minuzi, Mkt social: dengue - Filme cinematográfico: Fedex - Programas de auditório: Ratinho, Faustão, Gugu, Show do Milhão, Xuxa 13 5 – MARKETING ESPORTIVO EMPRESARIAL: Propaganda institucional inserida na técnica comunicacional Relações Públicas. CLUBÍSTICO: Desenvolvimento do marketing-mix da organização esportiva. Desenvolvimento de estratégias de investimento no esporte: Mecenato Fornecedor oficial Apoio Co-patrocínio Patrocínio Parceria Co-gestão Gestão Ações em bolsa Testemonial Estratégias promocionais Licenciamento Franchising Espaços exibitécnicos Eventos esportivos Mídia Serviços ao torcedor 14 Existem outras inúmeras estratégias promocionais, porém devemos analisar as estratégias nas quais recaem as maiores verbas do composto promocional: a Publicidade e a Propaganda. 6 - A PUBLICIDADE Conjunto de atividades através das quais determinadas mensagens são transmitidas a um público-alvo, usando meios de comunicação de massa, pagos pelo anunciante, com o propósito explícito de informar, motivar e persuadir os membros do público-alvo a adotarem produtos, serviços ou idéias, sob o patrocínio de determinada organização. Possui fim essencialmente lucrativo, ou seja é comercial, paga pelo anunciante, é dirigida ao público-alvo, apelando para o conforto, prazer, status, etc. 7 - PROPAGANDA Propaga uma idéia. Determina-se, aleatoriamente, as agências como Agências de Propaganda e/ou Publicidade. Ideológica, não paga, dirigida ao indivíduo e apela para os sentimentos morais, cívicos, religiosos, políticos, etc. No Brasil, inúmeros autores invertem estes sentidos. Assim, no Brasil, usa-se Propaganda com sinônimo de Publicidade. Agências de Propaganda Agências de Publicidade OUTROS AUTORES 15 Propaganda: qualquer anúncio ou comunicação persuasiva veiculada nos meios de comunicação de massa durante determinado período e num determinado espaço, pagos ou doados por indivíduo, companhia ou organização. (CHURCHILL & PETER) Propaganda: qualquer forma paga de apresentação impessoal para promoção de idéias, bens ou serviços por um patrocinador identificado. (KOTLER & ARMSTRONG) OUTROS AUTORES Publicidade: atividades para promover uma empresa ou seus produtos, pela inserção de notícias gratuitas na mídia. (KOTLER & ARMSTRONG) Publicidade: qualquer forma gratuita de apresentação de idéias, bens e serviços (McCARTHY & PERREAULT) DECISÕES FUNDAMENTAIS NO PLANEJAMENTO PUBLICITÁRIO Quais os objetivos da propaganda? (missão) Quanto pode ser gasto? (moeda) Que mensagem deve ser divulgada? (mensagem) Quais veículos devem ser utilizados? (mídia) Como os resultados devem ser avaliados? (mensuração) PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE PROPAGANDA Estabelecimento dos objetivos de propaganda e a audiência-alvo. Definição do tipo de propaganda. Definição da mensagem publicitária. Seleção das mídias. Determinação do orçamento. Avaliação da eficácia da propaganda. 1. ESTABELECENDO OS OBJETIVOS DE PROPAGANDA E AUDIÊNCIAALVO 16 Considerar o mercado-alvo (aspectos sócio-demográficos e psicográficos) Basear as decisões no contexto do marketing da organização. Objetivos da Propaganda: informar, persuadir e lembrar INFORMAR Comunicar ao mercado sobre um novo produto ou serviços; Sugerir novos usos para o produto; Informar ao mercado uma mudança de preço; Explicar como o produto ou serviço funciona; Descrever os serviços disponíveis; Corrigir falsas impressões; Desenvolver imagem favorável da empresa; Reduzir receios dos consumidores. PERSUADIR Desenvolver preferência de marca; Encorajar a mudança do consumidor para sua marca; Mudar a percepção dos consumidores em relação aos atributos do produto ou serviço; Persuadir o consumidor à compra imediata; Persuadir o comprador a receber a visita do vendedor. LEMBRAR Lembrar os consumidores que o produto ou serviço pode ser necessário em breve; Conservar a consciência da marca em primeiro lugar (top-of-mind); Lembrar os consumidores onde adquirir o produto ou serviço; Manter o produto ou serviço na mente dos consumidores, mesmo fora das épocas de vendas. 2. DEFINIÇÃO DOS TIPOS DE PROPAGANDA 17 PRODUTO OU INSTITUIÇÃO A) INSTITUCIONAL: Utilizada, em geral, para divulgar imagem de empresas, marcas de produtos e/ou serviços, etc. SEM INTENÇÃO DIRETA DE ESTIMULAR A VENDA Desenvolver a imagem da organização. TIPOS DE PROPAGANDA INSTITUCIONAL: PROPAGANDA INSTITUCIONAL DE PROPÓSITO COMERCIAL OBJETIVO: Criar junto aos consumidores atuais e potenciais uma atitude favorável à empresa, na esperança de que tal atitude, redunde em uma preferência pelos produtos ou serviços oferecidos pela empresa. Ressalta os pontos fortes: vanguarda tecnológica em relação aos concorrentes; tradição da empresa; a caracterização da administração da empresa, etc. PROPAGANDA INSTITUCIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS OBJETIVO: Solucionar problemas de Relações Públicas que se apresentem as empresas. Estes problemas podem ser de natureza variada: relativos ao meio ambiente, relação com a comunidade na área que se localiza a empresa, relação com o governo, acionistas, sindicatos, grupos de defesa do consumidor, etc. 18 PROPAGANDA INSTITUCIONAL DE INTERESSE PÚBLICO OBJETIVO: Prestar um serviço público, quer pela divulgação de fatos de interesse público, quer pelo suporte oferecido ao governo em ocasiões de calamidade pública. B) PROMOCIONAL OU DE VENDAS: Utilizada para promover o produto. COM INTENÇÃO DE ACELERAR OU AUMENTAR A VENDA B.1) PROPAGANDA PARA A DEMANDA PRIMÁRIA: Geralmente utilizada por associações de produtores, com o propósito de expandir a demanda para determinada categoria de produto e não para uma marca em particular. Raras vezes uma única empresa empreende este tipo de campanha, a não ser que desfrute de monopólio ou de sólida posição de liderança no mercado. B.2) PROPAGANDA PARA A DEMANDA SELETIVA: Também conhecida como Propaganda de Marca, é de longe a forma de anunciar mais utilizada pelas empresas. O anunciante prefere investir seus recursos promocionais no desenvolvimento de sua própria marca e não na expansão da demanda para o produto, o que beneficiaria todos os concorrentes e não apenas a sua própria marca. PROPAGANDA DEMANDA SELETIVA ESTIMULA A DEMANDA PRIMÁRIA. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES PROPAGANDA COMPARATIVA 19 É o tipo de propaganda em que encerra uma comparação competitiva com a concorrência. É típica da economia de mercado em que é praticamente impossível para o consumidor realizar comparações efetivas das diversas marcas existentes de um mesmo produto. Esta comparação pode dar-se pela: - Descrição das características do produto, sem qualquer comparação, implícita ou explicita, com outros produtos existentes. O anunciante informa as vantagens de seu produto ao consumidor; - Descrição das características do produto, salientando que ele é “mais”, “melhor”, “superior”, etc, sem contudo fazer referência aos concorrentes, quer em particular, quer em geral; - Comparação das características do seu produto com os da marca “X” sem identificar qualquer marca ou fabricante em particular; - Comparação entre o seu produto e um ou mais produtos concorrentes, explicitando nomes ou marcas ou expondo produtos (também chamada de Propaganda de Concorrência). No Brasil, o CONAR permite a utilização da propaganda comparativa, desde que não prejudique o concorrente e dentro das normas por ele definidas para o uso da propaganda comparativa. Uma pesquisa realizada sobre 1.800 comerciais comparativos de TV, veiculados em horário nobre, provou que apenas 16% dos telespectadores lembram-se do nome do produto anunciado e, destes, a metade confunde a marca anunciada com a marca concorrente, trazida no anúncio. PROPAGANDA COOPERADA Também chamada de Propaganda Cooperativa: Divisão de custos e do patrocínio da propaganda entre duas ou mais empresas. 20 TIPOS - Propaganda Cooperada Horizontal: É aquela compartilhada por um grupo de varejistas ou por um grupo de fabricantes; - Propaganda Cooperada Vertical: É a propaganda patrocinada pelo varejista, cujos custos são compartilhados por um ou mais fabricantes. PROPAGANDA DE VENDAS Promove o produto e faz oferta direta do lojista, com preços e condições de pagamento. Liga-se muito a campanhas promocionais. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE CAMPANHAS Quanto à cobertura geográfica: NACIONAIS, REGIONAIS E LOCAIS. Quanto ao conteúdo: DE MARCA, DE PRODUTO, DE CLIMA OU INSTITUCIONAL. Quanto ao apelo: RACIONAL OU EMOCIONAL. Quanto ao efeito visado: IMEDIATO OU MEDIATO. Quanto a audiência: CONSUMIDOR, INTERMEDIÁRIO OU COMUNIDADE. Quanto ao patrocinador: FABRICANTE, INTERMEDIÁRIO OU PRESTADOR DE SERVIÇOS. Quanto ao nível de influência: PRIMÁRIA OU SELETIVA (DEMANDA). 21 3. SELECIONANDO A MÍDIA CORRETAMENTE A escolha depende: Dos objetivos promocionais; Que mercados-alvo se deseja atingir; Recursos disponíveis; Natureza da mídia (cobertura, freqüência, impacto). COBERTURA: nº de pessoas ou residências expostas a uma mídia pelo menos uma vez durante um período específico de tempo. FREQUÊNCIA: nº de vezes dentro de um período específico de tempo que uma pessoa ou residência é exposta à mensagem. IMPACTO: valor qualitativo de uma exposição através de determinada mídia. AUDIÊNCIA: percentual que representa o total de pessoas que ouvem, vêem ou lêem um determinado veículo e que são atingidos pela mensagem publicitária lá colocada. MEIO DE COMUNICAÇÃO: um conjunto de veículos de comunicação, um canal, uma mídia. VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO: o condutor da mensagem publicitária. PERFIS DOS PRINCIPAIS MEIOS DE COMUNICAÇÃO MEIO JORNAL VANTAGENS LIMITAÇÕES Flexível, oportuna, boa cobertura, Vida curta, baixa qualidade de ampla aceitação, alta reprodução, credibilidade. leitores, pequeno nº de não permite demonstração. TELEVISÃO Combina som e movimento, Custo absoluto elevado, número apela para os sentidos, alta excessivo atenção, cobertura abrangente. exposição de comerciais, transitória, menor seletividade de audiência. RÁDIO Comunicação de massa, seletividade demográfica alta Somente áudio, baixa atenção do e ouvinte, exposição transitória. geográfica, custo baixo. REVISTA Seletividade, credibilidade 22 e Compra de espaço antecipada, prestígio, reprodução de alta desperdício de circulação, pouca qualidade, vida longa, vários garantia de posição do anúncio. leitores/exemplares. OUTDOOR Flexibilidade, taxa elevada de Nenhuma seletividade de exposição repetitiva, custo baixo, audiência, limitações à sujeito a pouca concorrência. criatividade, intempéries. MALA DIRETA Seletividade, flexibilidade, Custo relativamente elevado, inexistência de concorrência para imagem de junk mail (mala o anúncio na mesma mídia, supérflua). personalização. CINEMA Seletividade, baixo custo Baixa cobertura, dificuldade de absoluto, alta concentração da controle e fiscalização, grande audiência. número de cópias. 4. DETERMINANDO O ORÇAMENTO DE PROPAGANDA 4.1 Método da disponibilidade de recursosInveste-se recursos sem critério. Não leva em conta o impacto da propaganda sobre o volume de vendas. Dificulta o planejamento de comunicação com o mercado a longo prazo. 4.2 Método da porcentagem sobre as vendas Percentual sobre o faturamento (real ou projetado). Varia com as vendas. Não considera oportunidades de mercado. Não leva em conta que as vendas são influenciadas por vários fatores. Não tem base lógica, exceto o que foi feito no passado ou o que os concorrentes estão fazendo. 4.3 Método da paridade competitivaParte do princípio que a concorrência pratica o orçamento certo. Não leva em conta que nenhuma organização é igual a outra. 4.4 Método do objetivo e tarefaOrçamento baseado em objetivos específicos e as tarefas para realizá-los. Exige informação e tempo. 5. COMO AVALIAR A EFICÁCIA DA PROPAGANDA? Pré-testes antes da veiculação das peças. Pesquisas pós-veiculação medindo o recall. 23 A propaganda, isoladamente, não garante as vendas. É preciso trabalhar o marketing integrado e coordenado com as demais áreas. AS CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS Institucional, promocional, cooperada, de vendas, comparativa, são classificações clássicas de campanhas. Porém, esta divisão não é estanque. O que caracteriza uma campanha é a sua UNIDADE. Para que o efeito seja cumulativo, a campanha deve estruturar-se tendo em vista dois fatores básicos: - CONTINUIDADE: a campanha não pode interromper-se, não pode deixar de seguir uma seqüência lógica; - UNIDADE: a campanha não pode constituir-se uma soma de peças, uma soma de anúncios, mesmo que tenham a ligá-los uma frase comum. A unidade se dá pelo tema e também pelo objetivo perseguido. Volume de vendas FASES DA CAMPANHA Tempo Introdução Crescimento Maturidade Declínio 24 Além de dimensionar-se em diferentes tipos, a campanha tem frases que vão do início ao término, variando de intensidade, segundo os interesses e objetivos de marketing do cliente (anunciante). Lançamento: No lançamento se dá o impacto. Aplica-se maior volume de verba. O produto precisa ser vivido, sentido, massificado, etc. Sustentação: Na sustentação, geralmente, diminui-se a verba. Entende-se que o mercado já absorveu o produto (posição em relação ao produto; respondeu a mensagem). Deve-se manter a imagem viva e presente, dando continuidade ao diálogo. Reavivamento: Exige uma condição especial, dependendo das condições do mercado. A concorrência pode ter se apresentado de forma agressiva. O produto pode estar recuando, perdendo sua presença, o que exige a tomada de medidas sérias na própria máquina de vendas, distribuição, etc, e na propaganda. Ou seja uma reelaboração de todo o problema. Manutenção: Destina-se, simplesmente, a ter a marca presente no mercado, pois nenhum produto, pelo menos em traço geral, sai da prateleira sem algum tipo de propaganda. Relançamento: Diz respeito a uma situação difícil e bem definida. Quando um produto sai do mercado, o consumidor não fica esperando o seu retorno. Ele recorre a outro produto, similar ou sucedâneo, mas que preencha o vazio deixado. O produto não é novo. Não é desconhecido. Nada tem a dizer de si. Mas precisa dar o seu “recado”, restabelecer o diálogo com seu público-alvo. Geralmente é um problema que não pode circunscrever apenas a área da promoção (vendas, publicidade, propaganda, etc). EXIGE MEDIDAS DE ORDEM INDUSTRIAL ALGO QUE JUSTIFIQUE O SEU REAPARECIMENTO 25 O custo de relançamento é, geralmente, maior que o custo de lançamento de um produto novo. PEÇAS DE UMA CAMPANHA 1 - Delinear a campanha; 2 - Estruturação de sua composição; 3 - DEFINIÇÃO DAS PEÇAS DA CAMPANHA. A quantidade de peças pode variar de acordo com: Extensão da campanha Uma campanha longa necessita de um número maior de peças, pois essa extensão, tanto pode dizer respeito ao tempo de duração como a quantidade de veículos envolvidos. Verba disponível A verba disponível é outro fator importante. Uma verba menor determinará a concentração num número menor de veículos. Público a ser atingido PEÇAS MAIS UTILIZADAS Anúncio; Filme para cinema; 26 Filme para a televisão; Vídeo-tape (VT); Spot e jingle; Outdoor/Placas; Kit com sugestões; Folheto (promoção ou instrução); Catálogo; Prospecto; Port-fólio; Mala-direta; Material de ponto de venda (bandeirolas, posters, cartazes, faixas, estandartes, displays, folhetos, volantes, expositores, etc) O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO PUBLICITÁRIA O processo de comunicação publicitária é ativado pela necessidade de um anunciante tem de resolver um problema específico de comunicação. Este anunciante deve pretender, mediante a transmissão de mensagens motivadoras, informar o públicoalvo com relação aos produtos e/ou serviços que vende. A partir de uma necessidade de informar e motivar, o anunciante desencadeia um processo no qual vai haver a necessidade de codificação da mensagem para um determinado meio ou conjunto de meios (mídia) que tem suas características próprias, dirigidas a um segmento específico de receptores e que compõem, por sua vez, um grupo também com características próprias. Corresponderá, portanto, na publicidade industrial e/ou comercial: - o emissor, ao anunciante; - o codificador, à agência de propaganda; - o receptor, ao público-alvo; - a mensagem, aos anúncios nos seus mais diversos tipos. 27 O ANUNCIANTE Historicamente o anunciante é o primeiro a colocar em marcha o mundo da publicidade. Entende-se por anunciante: A pessoa física ou jurídica que dispondo - por havê-lo produzido, transformado ou adquirido - de um produto ou serviço, apto a satisfazer determinadas necessidades, que dar a conhecer as características de tal produto ou serviço, a fim de promover as vendas do mesmo. A organização da publicidade, pelo anunciante depende simultaneamente do porte da empresa e da importância que é dada à técnica publicidade. Existem empresas que fazem as suas próprias publicidade e que, por isso, dispõem de um ou mais especialistas no seu quadro funcional ou até mesmo de uma agência bem estruturada house-agency (apesar da eficiência de muitas house-agency, estas estão cada vez mais em menor número. A tendência é claramente a terceirização). Outras pelo seu porte médio ou pequeno, não comportam a contratação de um profissional. Nestes casos, os cuidados da publicidade, dentro da empresa, são entregues ao diretor comercial da empresa ou gerente de marketing. Estas empresas, juntamente com muitas, para não dizer a maioria das empresas de grande porte, não possuem um departamento de publicidade (ou possuem mas este não tem capacidade nem especificidade suficiente para atender a todos os trabalhos publicitários da empresa). Desta forma, contratam os serviços de uma Agência de Publicidade. Neste caso, o diretor comercial ou gerente de marketing será o elo de ligação entre a empresa e a agência. A agência por sua vez será representada por um profissional da área de atendimento (Contato, Executivo de Contas, etc). Cabe a estes dois o relacionamento Cliente X Agência. A primeira responsabilidade do anunciante é a fixação de seus objetivos comerciais ou de marketing, dos quais vão deduzir os objetivos publicitários. É importante esta fixação de objetivos pois sem eles não é possível definir e delimitar a função da publicidade no contexto do “marketing-mix”. 28 A AGÊNCIA DE PROPAGANDA As agências são empresas cujo produto é a própria publicidade. Segundo Robert Leduc, uma Agência de Publicidade é: “uma organização comercial independente, composto por especialistas, técnicos e criadores, cujo objetivo é conceber, executar e controlar a publicidade e colocá-la nos veículos publicitários por conta de empresas que procuram encontrar clientes para seus bens e serviços”. O ANUNCIANTE É O PRODUTOR DE MERCADORIAS OU BENS, E A AGÊNCIA É PRODUTORA DE COMUNICAÇÃO PUBLICITÁRIA. Isto é, o anunciante, na qualidade de produtor e usando do seu direito de dar a conhecer ao público o que se produz, necessita serviços de profissionais de comunicação para que codifiquem suas informações em uma mensagem adequada à linguagem própria de cada veículo (mídia) e ao que quer motivar (público-alvo). Para tanto recorre a uma Agência de Publicidade, onde terá a sua disposição profissionais encarregados de planejar, criar, produzir e veicular publicidades. As agências se organizam em departamentos básicos e, na ordem em que são ativados na elaboração de uma campanha são os seguintes: - Atendimento (Contatos, Diretores de Conta, Executivos de Contas, etc); - Planejamento (Na maioria das vezes, Diretores de cada departamento); - Criação (Diretores de Criação e Duplas de Criação - Redatores e Diretores de Arte); - Produção (Eletrônica e Gráfica); - Mídia (Eletrônica, Impressa, etc). 29 RELACIONAMENTO CLIENTE X AGÊNCIA Para um melhor entendimento e relacionamento entre o cliente e a agência é necessário, além do respeito mútuo, uma colaboração efetiva entre ambos. A seguir algumas considerações que podem ajudar neste relacionamento: - As agências devem ser independentes para poderem criar sem a interferência do cliente, o que muitas vezes não ocorre, por que o cliente é muito importante do ponto de vista do seu faturamento global; - Uma convivência muito íntima entre ambos desvitaliza a criação publicitária, uma vez que a criação passa a identificar-se mais com a empresa do que com o públicoalvo; - A agência não pode esquecer que o cliente, por conhecer sua organização e o seu produto ou serviço, pode contribuir com informações importantes e pode dar o seu parecer sobre a criação, caso contrário, esta empresa, desconhecendo sua realidade, estaria a beira da falência; - O profissional que trata da publicidade no cliente, não deve ter segredos para com a agência, omitindo informações. Deve dispor de uma política e plano de marketing bastante definidos; - A partir de uma visão crítica e construtiva, a empresa poderá exigir bons resultados e animar a conseguí-los, evitando obstáculos inúteis. Muitas vezes, o contrato deve vencer verdadeiras gincanas para satisfazer o cliente; - Uma atitude que ambos devem tomar (anunciantes e agências) é designar especialistas de um mesmo nível cultural e profissional; 30 - Muitas vezes as agências tem receios de buscarem o “diferente”, o criativo, por medo de perderem a conta. Cliente e agência devem ousar. Em publicidade é fundamental a criatividade. ATENDIMENTO É o setor da agência que mantém contato permanente com o cliente cuidando de todos os serviços. Levanta dados, planeja, vende, executa, coordena, controla, realiza tudo para que o seu cliente tenha um bom nível de serviços. O profissional deste setor precisa ter uma visão global da agência e dos negócios do cliente para poder assessorar corretamente, além de ter um bom conhecimento de “marketing” (é imprescindível). É muito importante sua capacidade administrativa e de organização, pois sobre ele repousam todas as informações e cronogramas de serviço. O papel do atendimento é duplo, sendo “advogado” do cliente dentro da agência e o “embaixador” da agência junto ao cliente. A) O ATENDIMENTO EM RELAÇÃO AO CLIENTE DEVE: ir ao cliente sempre que solicitado e trazer as informações (briefing) que servirão de suporte para o planejamento e criação; discutir e definir com o cliente o objetivo publicitário; apresentar as faturas a serem aprovadas, bem como tudo o que se refere a burocracia; apresentar a campanha em fase de finalização, para a aprovação final; prepara relatórios de visita; manter relatórios de visita; manter banco de dados atualizado sobre a atividade publicitária do cliente e da concorrência. 31 B) NA AGÊNCIA LHE COMPETE: emitir as ordens de serviço (pedidos iniciais ou de finalização); repassar para o pessoal de planejamento e criação os dados informativos sobre o produto ou serviço do anunciante (briefing); esclarecer todo o setor técnico sobre o problema de comunicação e o objetivo publicitário do cliente; analisar e criticar os trabalhos e planos publicitários a serem levados ao cliente; providenciar junto aos setores responsáveis na agência, as faturas, orçamentos e demais documentos a serem levados ao cliente; representar o cliente na agência sempre que autorizado e nos momentos que se fizer necessário. Existem vários cargos dentro do Atendimento (dependendo de cada agência), começando a carreira como Assistente de Contato passando a Contato, Supervisor de Contas, Chefe de Grupo e Diretor de Contas. QUALIDADES ESSENCIAIS AO PROFISSIONAL DE ATENDIMENTO 1 - Cultura geral abrangente; 2 - Sólida capacitação técnica; 3 - Criatividade direcionada; 4 - Capacidade analítica e sintética; 5 - Didática e fluência verbal; 32 BRIEFING Checklist com questões levantadas e discutidas durante o processo de reunião de informações. Produto (ou Serviço) Nome Descrição Propriedades Histórico Aparência física Embalagem Preço e tendência (aumento, estabilização, redução) Custo x benefício Vantagem (única, principal e secundária) Desvantagens (e efeitos colaterais) Como é usado Freqüência de uso Local de fabricação Capacidade de produção Disponibilidade (no presente e no futuro) Concorrentes Vantagens/ desvantagens relativas ao concorrentes Diferencial Imagem de Marca O Mercado Canal(is) de venda (da categoria) 33 Importância relativa (se vendido em mais de um canal) Como se vende o produto Tamanho do mercado (em volume e valor) - Presente - Potencial Sobreposições de mercado Influência do atacado e do varejo Tendência das vendas: - Do produto/ serviço - Da categoria - Do mercado total Influências - Regionais (geográficas) - Sazonais - Demográficas (raça, sexo, idade, profissões etc) Distribuição Organização do mercado Atitudes dos distribuidores (atacado e varejo) Influência da força de vendas (para a rede de Distribuição e para o consumidor) Efeitos da propaganda (promoção, merchandising etc) no mercado Investimentos em Comunicação (total no mercado) Concorrência - Participações e tendência de evolução do share-of-market (quanto cada empresa/ marca vende) - Grau de organização (de cada concorrente) - Participações no share-of-voice (quanto cada empresa/ marca aparece no mercado através da propaganda e outras formas de comunicação) - Estratégias de marketing dos principais concorrentes - Objetivos (percebidos) da Propaganda (promoção, RP, merchandising etc) dos principais concorrentes - Imagem dos principais concorrentes 34 Pesquisas - Disponíveis - Regulares (que podem ser compradas) - Ad Hoc (que podem ser encomendadas) Os Consumidores Compradores - Do produto - Da concorrência - Potenciais Ocupação/ profissão Posição social e cultural Quantidade Nível de escolaridade Localização (onde eles moram, trabalham, passeia, etc) Grupos de idade Sexo Nível de renda Segmentação Psicodemográfica Decisores da compra: - Formais - Informais Influenciadores da compra - Dentro da casa/ empresa - Fora da casa/ empresa Necessidade do produto/ serviço (para o consumidor) Atitudes do consumidor (para o produto e seus concorrentes) com relação a: - Preço - Qualidade - Utilidade - Conveniência 35 Atitudes subconscientes Grau de conscientização sobre o produto Hábitos de compra/ uso Freqüência de compra/ uso Principais razões de compra/ uso (racionais e emocionais) Os Objetivos Objetivos estratégicos da empresa Objetivos de marketing (da empresa, linha, marca, produto) em termos de: - Volume - Valor - Participações (share-of-market) - Ampliação do mercado - Rentabilidade Objetivos de venda (resultado prático final) Objetivos de comunicação (quem atingir, quantos atingir, o que comunicar, que atitude/ resposta se deseja motivar a curto e a longo prazo) Problemas (que atrapalham a obtenção dos objetivos) A Estratégia Básica Ferramentas de comunicação sugeridas Peças Sugeridas e conteúdo básico Posicionamento (como a empresa, linha, produto, marca quer ser percebida no mercado) Approach criativo (sugestões) Pontos obrigatórios a serem ressaltados ou evitados Target primário e secundário Mercados (regiões e segmentos) a serem cobertos Meios de comunicação e veículos sugeridos Período de veiculação desejado 36 Estilo (da empresa, linha ou marca) a ser seguido Verba disponível PLANEJAMENTO O planejamento não constitui, em regra, um departamento dentro da estrutura formal de uma agência. Porém, o planejamento é uma atividade normal e de extrema importância realizada pelas agências. Geralmente as agências que realizam planejamentos possuem um departamento específico ou o Departamento de Atendimento os realizam (mais especificamente o Supervisor de Conta, o Contato ou o Diretor de Contas). Porém, para realizar o planejamento é necessário também o apoio e envolvimento de todos os outros principais profissionais dos departamentos de Criação, Mídia, Relações Públicas e Produção. É também necessário buscar o assessoramento de profissionais de áreas como: pesquisa, psicologia, sociologia, etc. O planejamento é um documento preparado pela agência para prever e sistematizar todas as atividades publicitárias em favor de um produto, em um dado período. Resumidamente, o planejamento publicitário segue uma seqüência que, em linhas gerais, assim se apresenta: Entrosamento com os problemas empresariais (geralmente através de um questionário); Análise das respostas fornecidas pelo cliente e outras fontes de informações; Dependendo do resultado desta análise, a agência pode sugerir a busca de novos elementos, através de pesquisas, por exemplo, para completar e assegurar os dados já analisados; Depois desta fase de coleta e análise de dados, estabelece-se as coordenadas e o(s) tema(s) da campanha. O trabalho da agência na criação dos temas é realizado em equipe. Profissionais dos diversos setores (criação, mídia, arte, produção, contato, etc) reúnem-se para descobrir o filão ideal. 37 CRIAÇÃO A área de criação sempre mereceu muito carinho porque, basicamente, um cliente procura uma agência para fazer uma boa propaganda. É claro que os demais fatores são importantes e que a criação não pode prescindir deles, mas um bom produto criativo é fundamental. Na década de 50, existia o Departamento de Redação e o Departamento de Arte, sendo que este ilustrava o que aquele redigia. Hoje existe o conceito de DUPLA DE CRIAÇÃO, onde o Redator e o Diretor de Arte trabalham em conjunto na criação da campanha. Este trabalho é integrado, de troca de idéias, onde constantemente, as idéias de ilustração podem partir do Redator, assim como um bom título pode vir do Diretor de Arte. Esta costuma ser a célula fundamental dos Departamentos de Criação. Ao receber o briefing do Atendimento, a Criação inicia seu trabalho. Em alguns casos costuma-se fazer um “brain storm”, não só com o pessoal diretamente envolvido com o trabalho, como os elementos de outras áreas (mídia, pesquisa, atendimento, etc). Este processo consiste em relacionar toda e qualquer idéia sugerida pelos componentes do grupo, sem nenhuma preocupação em avaliar a sua adequação. Quanto mais farto o material, tanto maior a probabilidade de surgirem idéias válidas. Em uma Segunda etapa, faz-se a seleção escolhendo-se as opções que melhor se enquadram dentro do briefing. Preferencialmente, deve-se chegar a duas ou três alternativas para que haja tempo suficiente delas serem desenvolvidas nos seus detalhes. Na avaliação das idéias, é interessante verificar se elas podem Ter vida longa, transformando-se em filão de campanhas, ou se não permitem um desenvolvimento para continuidade, esgotando-se em si mesmas. O serviço de criação de uma agência comporta quatro funções, que podem distinguir-se em vários cargos ou mesmo departamentos. São eles: Diretor de Criação Como o nome diz, é a pessoa responsável pelo produto criativo da agência. Tudo que é criado deve passar pelo seu crivo antes de sair do departamento. Além da função técnica, faz também a administração do seu departamento. 38 Dupla de Criação É composta pelo Redator e pelo Diretor de Arte, ambos também chamados de Diretores de Criação. São aqueles que realmente fazem a campanha, uma vez que o Diretor Geral de Criação não pode fazer tudo. Dependendo do tamanho da agência, podem ser auxiliados por uma dupla júnior. Estúdio de Arte Tem a função de marcar, passar a limpo as idéias rascunhadas pela criação, obviamente sob sua orientação. Laboratório Fotográfico Dependendo do sistema de trabalho adotado, algumas agências organizam o seu estúdio fotográfico e respectivo laboratório, trabalhando para o cliente e para os serviços internos, fornecendo: fotos, cópias fotográficas, etc. Produção Gráfica Normalmente chefiada por um profissional especializado em comunicação visual. Possui a função de orçamentar os trabalhos junto aos fornecedores e supervisioná-los. Se encarrega também da escolha dos tipos e letras, da composição mais adequada segundo o “lay-out”. O produtor Gráfico seria uma espécie de contato especializado junto às gráficas, empresas de comunicação visual, entre outros fornecedores. 39 Produção em Rádio, TV e Cinema (RTVC) Toda a produção eletrônica passa por este departamento, seja rádio, televisão, cinema ou vídeo-tape. Sua função é semelhante a da Produção Gráfica, ou seja, orçamentar os serviços e supervisionar tecnicamente a sua execução. Algumas agências mantêm em seus quadros diretores de cinema, arcando com a responsabilidade da direção dos comerciais. A estes dois últimos departamentos, cabe, ainda a função muito importante: a de negociar. Todo cliente espera que cada serviço seja muito bem negociado para que os custos sejam reduzidos até o ponto que não prejudique a qualidade. MÍDIA Tem como função essencial cuidar da veiculação mais adequada das mensagens publicitárias . O trabalho inicia ainda na fase de planejamento (decisões sobre meios e tamanho de anúncios). Tenta atingir o maior número de pessoas visadas, na maior quantidade de vezes e com o custo mais baixo. Preocupa-se como as mensagens atingirão o público-alvo: em que hora, em que circunstâncias, com que disposição, etc. Geralmente composto por um Diretor de Mídia ou Supervisor Geral, além de diretores ou supervisores e responsáveis pelos setores de Pesquisa, Planejamento e Execução de Mídia. FLUXOGRAMA DE TRABALHO DE UMA AGÊNCIA DEPARTAMENTO DE ATENDIMENTO (BRIEFING) PLANEJAMENTO (TODOS OS DEPARTAMENTOS) BRAIN STORM 40 DEPARTAMENTO DE CRIAÇÃO: DUPLA DE CRIAÇÃO (RAFE, LAY-OUT) PRODUÇÃO GRÁFICA (LAY-OUT) E/OU ELETRÔNICA DEPARTAMENTO DE ATENDIMENTO (DEFESA) CLIENTE (APROVAÇÃO) DEPARTAMENTO DE CRIAÇÃO (ARTE FINAL) TERCEIROS (GRÁFICAS, AGÊNCIAS DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA, DESIGN, PRODUTORAS (VÍDEO, CINEMA, JINGLE, SPOT, ETC) MÍDIA (VEÍCULAÇÃO DA CAMPANHA) AVALIAÇÃO E CONTROLE OUTROS DEPARTAMENTOS DA AGÊNCIA DE PUBLICIDADE DEPARTAMENTO DE PESQUISA Este departamento planeja, executa e analisa diferentes tipos de pesquisas de amplo universo mercadológico. Ou se limita a pesquisas específicas, de rotina, para alimentar, com informações o Atendimento e a Criação. Contratará, neste caso, empresas especializadas para pesquisas mais complexas ou de maior vulto, que requeiram estrutura profissional voltada exclusivamente para este setor. O Departamento de Pesquisa presta um grande serviço de apoio às agências mas sem fins lucrativos diretos. Por esse motivo, só as grandes agências tem condições de manter este departamento especializado. 41 O Departamento de Pesquisa pode atuar como assessoria para clientes, orientando-os, a pedido do Atendimento, sobre o tipo de pesquisa de mercado ou técnica mais adequada para abordar um problema, convocar institutos de pesquisa, solicitar planos e orçamentos, negociar, fiscalizar os serviço, analisar e interpretar os dados obtidos, etc. Internamente auxilia as áreas de Criação e Atendimento, funcionando como um centro de informações para a elaboração de planejamentos, planos, etc: CRIAÇÃO: pode executar ou mandar executar pesquisas exploratórias, motivacionais, testes de conceito, de temas de campanhas, de filmes ou anúncios, com o objetivo de trazer dúvidas sobre os caminhos criativos das campanhas; ATENDIMENTO: pode realizar levantamentos estatísticos junto a fontes como IBGE, FIP, FGV, secretárias de ministérios, associações profissionais, etc. Vantagem: dimensionar mercados, apontar tendências, etc. Em muitas agências, esta função cabe ao Centro de Informações. PROMOÇÃO DE VENDAS E MERCHANDISING Este departamento existe em algumas agências como uma especialidade. Nele devem trabalhar um planejador promocional que também execute as ações. A implantação deste departamento em algumas agências visa a possibilidade de faturamento adicional; porém existe a dificuldade da cobrança dos serviços aos clientes, que consideram-os como um complemento da publicidade. Atualmente, algumas agências desmembraram este departamento, transformando-o em empresas de Promoção, que permite, inclusive, a conquista de novos clientes apenas para este tipo de serviço. ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS Ligado à Presidência ou à Diretoria, é responsável pela estrutura financeira da agência, por sua vida econômica e sua organização contábil. Isto é, abrange as áreas de: 42 finanças, contábil, jurídica, pessoal, compras/estoque, custos fixos e variáveis, serviços de escritório, etc. SERVIÇOS QUE UMA AGÊNCIA PODE PRESTAR Apesar dos serviços oferecidos pelas agências de publicidade variarem com o tipo e o tamanho da agência, elas, em geral, oferecem: 1 - Planejamento da publicidade e coordenação; 2 - Preparação de campanhas publicitárias eficientes. Isto inclui: - Encontrar o tema; - Texto e preparação da matéria redacional; - Visualização, esboço (rafe e lay-out) e apresentação dos anúncios; - Produção de artes finais, gravações, filmagens, etc; - Supervisão dos trabalhos gráficos; - Verificação de detalhes técnicos; - Produção de textos e comerciais para rádio, TV, cinema e audio-visuais; - Locação de equipamentos, etc, contratação de modelos e artistas para a produção, etc (quando da não existência de produtora). 3 - Inserção eficiente da publicidade. Isto inclui: - Análise e seleção de veículos; - Preparação de programas; - Compra de espaço e tempo; - Controle das veiculações; - Remessa de fotolítos, textos, arte-finais, etc, aos veículos. 43 4 - Manutenção de banco de dados sobre a vida do cliente na agência. Existem serviços especiais oferecidos pelas agências bem estruturadas: - Design para produtos e marcas; - Design para embalagens; - Realização de pesquisas de mercado, mídia, etc; - Realização de campanhas testes; - Preparação de material promocional; - Relações Públicas e Divulgação; - Promoção de Vendas e Institucional, etc. A MENSAGEM PUBLICITÁRIA A Mensagem é um dos elementos principais do Processo de Comunicação Publicitária, junto com o Emissor (Anunciante) e o Codificador (Agência de Publicidade). É na sua funcionalidade que se apoia todo esse processo. Antes de definir-se a mensagem propriamente dita, é importante situar a Publicidade dentro do Marketing-mix. A Publicidade, como estratégia de comunicação, deve cumprir determinadas funções para que seja eficaz. Para isto, ela se apoia nas seguintes necessidades: 1 - A necessidade de DIFUNDIR determinada marca, produto ou serviço, associando-a a uma imagem pretendida. Esta primeira necessidade da propaganda - a difusão - está ligada a um estágio cognitivo, cuja finalidade é despertar a atenção e o interesse do público-alvo, ou se quiserem, em despertar a sua consciência para o conhecimento. 44 2 - A segunda necessidade é a de PERSUADIR o consumidor, convencendo-o de que o produto ou serviço anunciado é a melhor opção de compra criando uma preferência pelo mesmo. 3 - A terceira necessidade é a motivação. Motivar o consumidor, levando-o a compra. São estas as funções da propaganda que se estendem à MENSAGEM. Em suma, para uma propaganda ser eficaz, tem a necessidade de difundir a mensagem da marca, criando-lhe uma imagem clara e duradoura. Esta mensagem precisa ser correta para persuadir o consumidor a preferir essa marca, motivando-o a comprar o produto. Portanto, despertar: A TENÇÃO I NTERESSE D ESEJO A ÇÃO Se admitirmos que a publicidade (mensagem) para produzir resultados, tem que cumprir corretamente a sua função de comunicar, isto significa que deve-se levar em conta os aspectos: 1 - Se causou impacto (despertou a atenção); 2 - Se despertou o interesse; 3 - Se despertou o desejo de possuir o produto ou serviço; 4 - Se este desejo está acompanhado de credibilidade na mensagem; 5 - Se motivou a pessoa a comprá-la. 45 MENSAGEM PUBLICITÁRIA É o conjunto de idéias transmitidas ao consumidor através de um conjunto de mídias. Para ser eficaz deve estar dirigida à audiência-alvo, o que significa em conhecer as necessidades desse público, suas expectativas em relação ao produto e a linguagem cabível a ser empregada. A mensagem publicitária é o conteúdo da comunicação, isto é, o anúncio em si mesmo, independente dos meios utilizados para a veiculação. - Na comunicação oral, compõe-se de palavras, música e sons; - Na comunicação visual, essencialmente do texto e da imagem (ilustração e cor); - Na comunicação audio-visual, constituída pelas duas primeiras, mais o movimento. Em publicidade, o conteúdo da mensagem é o desenvolvimento de um TEMA. Tendência: simplificação (deter a atenção no objetivo do anúncio e não distrair nos pormenores). - É a concisão das palavras que vai caracterizar este estilo. É preciso dizer muito, claramente, em poucas palavras e de forma sugestiva; - Para que tenha impacto, deve-se sempre se mostrar os aspectos positivos da vida (sol, beleza, sucesso, felicidade, saúde, alegria, etc) nunca os negativos. - Toda a argumentação deve ser ilustrada como forma de êxito, e não de fracasso - condições de futuro (o que as pessoas desejam ter ou ser, e não do que são ou têm atualmente). - Não é recomendável afirmações gerais » específicas. 46 - A mensagem não deve mentir, porém deve dizer sempre toda a verdade, omitindo, propositadamente, certos aspectos. Mente-se por omissão (depende também do tipo de peça e do público-alvo). CONTEÚDO DA MENSAGEM O emissor não pode ignorar o receptor e a propaganda será tanto mais eficaz quanto ela disser ao público aquilo que ele PRECISA saber e aquilo que ele deseja SABER. O conteúdo da mensagem (idéias que constituem a peça) é definido a partir do momento em que se encontra o ARGUMENTO que irá estimular o consumidor. O importante é selecionar o CONCEITO BÁSICO que efetivamente provoque impacto sobre os segmentos de público objetivados. SELEÇÃO DO MELHOR ARGUMENTO Para encontrar o melhor argumento é necessário: - Conhecer bem o produto, suas forças e fraquezas. - Análise das motivações e das limitações do público diante do produto. A partir daí poderão ser definidos os argumentos OBJETIVOS E SUBJETIVOS que definirão o Conteúdo da Mensagem. 47 - Definir os argumentos OBJETIVOS: parte-se de informações exatas (briefing, pesquisas, observação detalhada do produto, etc). - Definir os argumentos SUBJETIVOS: entre outras coisas, a partir da análise do consumidor. O estudo dos argumentos objetivos e subjetivos (motivações do consumidor) constitui a primeira fase da elaboração do conteúdo da propaganda. Das suas conclusões é que sairá a definição do TEMA publicitário. TEMA PUBLICITÁRIO ou CONCEITO PUBLICITÁRIO É a idéia essencial que se procura transmitir. É o ponto que orienta toda a criação e determina a elaboração da mensagem propriamente dita. Como escolher um TEMA ou CONCEITO? Não se pode dizer tudo a respeito de um produto. Não se pode também ter influência sobre todas as motivações do público. É necessário que se escolha um ângulo de ataque para que se empreste a esse a convicção. Em suma, a definição do tema depende: 1) Da analise dos argumento objetivos (características dos produtos); 2) Da análise dos argumentos subjetivos (motivações e atitudes); 3) Do público visado; 4) Do objetivo publicitário. Quando, ao definirmos o tema para a campanha publicitária, questiona-se sobre a proposta única de um produto, o que diferencia da concorrência, estamos falando da U.S.P. 48 U.S.P. quer dizer Unique Selling Proposition, ou seja, apelos únicos, exclusivos para a venda de determinado produto. Parte-se do produto para esta seleção, essa malha finíssima que coloca o produto diante do publicitário, através de 3 definições: Promessa, Credibilidade e Imagem. A Proposta Única de Vendas (USP) é o conceito básico do produto que o distingue dos demais, tornando-o superior. Esta argumentação objetiva de descreve assim: a) Cada propaganda deve fazer uma proposta ao consumidor. Deve mostrar uma vantagem específica; b) Deve ser exclusiva sem que a concorrência já tenha pensado nela ou tenha condições de fazê-lo. Devido à uma de suas qualidades ou argumentos que ninguém mais emprega; c) Deve ser consistente e atrativa para provocar o consumidor. A U.S.P., nos dias de hoje, pela gama infinita de produtos no mercado, não é, salvo lançamentos ou casos particulares, mais a proposta persuasiva eficiente, necessária ao desenvolvimento do conteúdo da mensagem. TENDÊNCIAS DA PROPAGANDA NO BRASIL Crescimento das “oficinas de criação” e consultores de mídia. Integração da propaganda com os objetivos de marketing e baseada num planejamento eficaz. Megafusões entre agências, criando as superagências. Globalização (novas mídias, economia globalizada, blocos econômicos etc.) Propaganda cada vez mais dirigida a segmentos-alvo específicos. Profissionais cada vez mais informados e polivalentes (“visão da floresta, especialização na árvore”). Prestação de outros serviços envolvendo os demais elementos do composto promocional. BIBLIOGRAFIA 49 COBRA, Marcos Henrique Nogueira. Administração de vendas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994. GRACIOSO, Francisco. Propaganda institucional. São Paulo: Atlas, 1995. HAHN, Fred. Faça você mesmo propaganda. 2. ed. Rio de Janeiro: IBPI, 1993. HOPKINS, Claude. Ciência da propaganda. São Paulo: Cultrix, 1966. KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento e controle. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2000. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: conceitos, exercicios, casos. 4. ed. Sao Paulo: Atlas, 1997. 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