texto-publicitario

Propaganda
texto publicitário
Historicamente, o texto publicitário tem origem no pregão e no anúncio surgidos já
na Antiguidade com os mercadores a fazer anunciar os seus produtos ou os
habitantes a publicitar os espetáculos teatrais ou os festejos desportivos. Com a
imprensa, inventada por Gutemberg, a publicidade alterou-se, passando a dispor de
mais recursos. Só a partir do século XIX, porém, se observa uma aposta na
publicidade com o aparecimento de agentes publicitários que deixam de ser meros
vendedores de espaços para um editor e passam a construtores e comerciantes
desses espaços. Em 1925, surge o primeiro tratado de publicidade, de autoria de
Daniel Starch, que traça as características do bom anúncio:
que seja visto
que seja lido
que seja confiável
que seja recordado
que provoque a ação do comprador
Na linha da concretização destas características surgiram algumas funções da
publicidade como as de captar a atenção, manter o interesse, despertar o desejo e
provocar a ação. Com a sua definição, avançou-se para a motivação subconsciente
do consumidor, orientando-a para os instintos e sentimentos. Com a televisão e,
mais recentemente, com a informática, a criatividade publicitária descobre,
constantemente, novos elementos, formas e técnicas para induzir e moldar a
vontade do consumidor, que se convence das vantagens de um produto, mesmo
que
este
não
esteja
dentro
das
suas
necessidades
de
aquisição.
Como tipo de texto, a publicidade assenta num modelo de discurso rápido, eficaz,
sugestivo e persuasivo. Pode surgir nos mais diversos meios, como a televisão, a
rádio, a imprensa escrita, os painéis (outdoors), a Internet, o mailing, os catálogos
ou os transportes.
Para chamar e prender a atenção do potencial consumidor, a publicidade
desenvolveu um processo de sedução através da linguagem escolhida, das imagens
selecionadas e dos fundos musicais utilizados.
Como técnica publicitária, a imagem e o slogan são dois elementos fundamentais.
O slogan tem um papel muito importante ao apoiar-se na repetição e ao recorrer à
síntese, dizendo muito em poucas palavras e subliminarmente. E para prevenir o
cansaço ou monotonia, é frequente a variação de pormenores sem afetar a imagem
essencial do que quer argumentar. Na linguagem publicitária, é frequente o uso da
polissemia e da homonímia, o paralelismo sintático, os jogos de palavras, os jogos
fonéticos (onomatopeias, aliterações).
A publicidade cria/inventa novas palavras, deturpa provérbios e aforismos, usa
grafias estranhas (por analogia com palavras conhecidas), usa frases ambíguas,
fazendo agir, fazendo acreditar, sugerindo sem dizer explicitamente.
In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-12-07].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$texto-publicitario>.
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