ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO O BOTICÁRIO: A IMPLEMENTAÇÃO DO CANAL DE VENDAS DIRETA EM STO. ANTÔNIO DE GO.1 Jucelia De Oliveira Alves* Flavio Arcanjo** RESUMO O presente estudo tem como objetivo identificar fator contributivo capazes de influenciar o envolvimento do consumidor frente a um produto ofertado pela revista o Boticário, tendo por referência à natureza do envolvimento do consumidor. Sendo que a coleta de dados se deu por observação das respectivas análises dessa pesquisa, participação indireta na empresa e considerou variáveis que foram extraídas da revisão bibliográfica sobre o tema. Palavras Chaves:O Boticário. Markentig. Cliente. Satisfação INTRODUÇÃO Mostrar a melhoria na implementação deste canal de vendas ondevisa avaliar o potencial de aplicação das estratégicas de marketing utilizado pelas organizações na busca da vantagem competitiva. Para desenvolver o estudo, a metodologia utilizada foi através da pesquisa bibliográfica, também artigos disponíveis na internet, participação indireta no quadro de vendas, na busca de informações suficiente para contribuir para o desenvolvimento teórico do trabalho, bem como, a conciliação da teoria com a prática utilizada pelas empresas. Sem vendas a empresa não vive, mas sem marketing não sobrevive, uma frase marcante e com um impacto significativo na visão empresarial que vai determinar um novo rumo aos negócios. O entendimento do comportamento de compra do consumidor com este modelo de serviço representa uma das áreas mais complexas e abrangentes do marketing. e pensando neste comportamento do consumidor e diante da sua 1 Artigo apresentado como um dos requisitos para obtenção do título de graduação em administração sob a orientação do profº Flavio Arcanjo * Jucelia De Oliveira Alves Graduanda em Administração, [email protected] ** Flavio Arcanjo Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO intenção de compra e ou até mesmo na suaescolha, muitas empresas percebem que é necessário fazer todo esforço para conseguir à altasatisfação por parte de seus clientes. E também uma análise do componente mix de marketing, ou seja, os 4´p. 1 MARKETING EVOLUÇÃO E CONCEITO O conceito de marketing fundamenta-se em quatro pilares principais: mercado-alvo, necessidades dos consumidores, marketing coordenado e rentabilidade, confrontado com a orientação de venda. O conceito de venda parte de uma perspectiva de dentro para fora. Começa com a fábrica, foca sobre s produtos existentes na empresa e exige ênfase em venda e promoção para gerar resultados rentáveis. O conceito de marketing parte de uma perspectiva de fora para dentro. Começa com um mercado bem definido, foca as necessidades dos consumidores e produz lucros através da obtenção de satisfação dos mesmos. ( KOTLER, 1995) Segundo O conceito de marketing exige que a empresa adote marketing interno e marketing externo. Marketing interno é a tarefa de contratações acertadas, treinamento e motivação de funcionários hábeis que desejam atender bem os clientes. O marketing faz parte do trabalho porque busca atingir metas organizacionais, visando a satisfação total do cliente. É fundamental para atingir o mercado alvo.Oboticário é um bom exemplo de empresa que vai além do marketing limitado, o importante é a satisfação a fidelidade do cliente. Segundo Kotler, marketing fundamenta-se em quatro pilares: Mercado alvo: Nenhuma empresa pode operar em todos os mercados e satisfazer a todas as necessidades. Necessidades dos consumidores: Uma empresa pode definir seu mercado alvo, mas falhar em conhecer plenamente as necessidades do consumidores; Marketing Integrado: O marketing integrado ocorre em dois níveis: primeiro as várias funções de marketing – força de vendas, propaganda, administração de produto, pesquisa de marketing. Segundo: Marketing não funciona quando é meramente um departamento, funciona apenas quando todas os funcionários valorizam seu impacto sobre a satisfação do cliente. Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Rentabilidade: o proposito final do conceito de marketing é ajudar as organizações a atingir suas metas. Uma empresa que melhor satisfaz as necessidades dos consumidores ganham mais dinheiro do que suas concorrentes. Realmente o marketing deve ser bem planejado visando sua execução deste a concepção, seu preço, promoções com grande variedade de ideias.A Mercadologia ou Marketing é a atividade que consiste basicamente em ligar os produtores de determinados produtos ou serviços aos consumidores, quer seja existente ou potencial. (COBRA, 1997, p. 54). Historicamente, até o momento em que tudo o que era produzido tinha saída facilmente no mercado, o marketing era desnecessário. A partir do instante em que começou a disputa por mercados consumidores, surgiu a necessidade de aprimorar ações e estratégias para atingir os objetivos organizacionais. Ou seja, as organizações só tornaram-se realmente conscientes da importância do marketing quando seus mercados passaram a sofrer mudanças, as empresas não tinham se dado conta da grande importância do Marketing, acordaram para uma das formas de conquista do mercado. O Marketing vai muito além daquilo que geralmente é percebido pelo censo comum. As vezes achamos que o Marketing é apenas propagandas e anúncios, mas essas são algumas das atividades desenvolvidas por ele. A sua importância é tamanha que suas ações afetam até mesmo as estratégias da organização, e sua utilização e foco têm evoluído ao longo dos anos. Segundo Marcos Cobra (2002), a história do marketing está dividida em quatro “eras”: A era da produção: até meados de 1925, onde as empresas eram orientadas pela produção. Não havia preocupação com a venda, pois tudo o que era produzido, era vendido. A era da venda: entre 1925 e início dos anos 50, houve um aumento da produção e a preocupação passou a ser com o escoamento do excedente da produção. Nesta época as empresas passaram a perceber que os consumidores resistiriam em comprar bens e serviços que não julgassem essenciais. Para ajudar no trabalho dos vendedores, as empresas passaram a anunciar seus produtos. A era do marketing: Após a segunda Guerra Mundial, com a volta dos soldados da guerra, o índice de natalidade aumentou, principalmente nos EUA, um Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO fato animador para o mercado de fraldas, alimentos infantis, medicamentos, roupas, brinquedos, etc. Em seguida, houve uma outra explosão no mercado consumidor, a dos adolescentes ávidos por consumir roupas, comida e uma diversidade de produtos e serviços. A era do marketing digital: a internet mudou os hábitos de comunicação e consumo. Compra-se praticamente tudo por meio do computador. Diante disto, as empresas e o marketing tiveram que acompanhar essa mudança de hábito, concentrando esforços no chamado comércio eletrônico. Os primeiros passos para a difusão do Marketing foram dados por Peter Ducker, ainda que implicitamente, em 1954, com o lançamento do livro "A Prática da Administração". Não se tratava propriamente de um estudo detalhado sobre Marketing, mas foi o primeiro registro escrito que citou esta ferramenta como uma força poderosa a ser considerada por administradores focados no mercado. A primeira grande mudança neste cenário acontece em 1960 por Theodore Levitt, mais tarde intitulado o pai do marketing, professor da Harvard Business School. Em 1967, Philip Kotler, lançou a primeira edição de seu livro "Administração de Marketing", onde pôs-se a reunir, revisar, testar e consolidar as bases daquilo que até hoje formam o cânone do marketing. Foi passando o tempo e nos anos 70, surgiu osdepartamentos e diretorias de marketing nas empresas. Não se tratava mais de uma boa ideia, mas de uma necessidade de sobrevivência. É nesta época que multiplicam-se supermercados, shoppings centers e franchises. De fato, a contribuição do marketing foi tão notória no meio empresarial, que passou rapidamente a ser adotada em outros setores da atividade humana. O governo, organizações civis, entidades religiosas, partidos políticos e instituições educacionais passaram a valerse das estratégias de marketing adaptando-as as suas realidades e necessidades. Em 1982, o livro "Em Busca da Excelência", de Tom Peters e Bob Waterman inaugurou a era dos gurus de marketing, fenômeno responsável pelo posterior descuido com o rigor da investigação científica e uma tendência a modismos.O avanço tecnológico dos anos 90 teve um forte impacto no mundo do marketing. O comércio eletrônico foi uma revolução na logística, distribuição e formas de pagamento. Outra tendência, foi o fortalecimento do conceito de marketing societal no qual tornou-se uma exigência de mercado haver uma preocupação com o bem-estar da sociedade. A satisfação do consumidor e a Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO opinião pública passaram a estar diretamente ligada à participação das organizações em causas sociais, e a responsabilidade social transformou-se numa vantagem competitiva. O início deste século trouxe a popularidade da telefonia celular, a segmentação da televisão a cabo e a democratização dos meios de comunicação especialmente via Internet. Surgiu uma infinidade de pesquisas e publicações sobre o comércio eletrônico. Com isso o cliente não tinha apenas poder de barganha, tinha também poder de informação. CONCEITOS DE MARKETING Muitas são as definições dadas ao Marketing. Etimologicamente, deriva do latim “mercadere”, que definia o ato de comercializar produtos na Roma antiga. No Dicionário Aurélio, Marketing “é o conjunto de estratégias e ações que provêm o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor”. Em 1985, a AMA (American Marketing Association), definiu o marketing como ”o processo de planejamento e execução de conceitos, precificação, promoção e distribuição de bens, idéias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos dos indivíduos e das empresas". No ano de 2006, durante a Summer Educator'sConference, essa mesma associação modificou seu conceito de marketing definindo-o como sendo uma “função organizacional e uma série de processos para a criação, comunicação e entrega de valor para clientes, e para a gerência de relacionamentos com eles de forma que beneficie a organização e seus stakeholders". Segundo Kotler (2000, p.07), “Marketing é um processo social do /quais pessoas e grupos obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam, com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. São, portanto, inúmeras as definições de marketing, umas mais voltadas para o mercado e vendas, outras mais operacionais, específicas, mas uma em especial com um conceito mais moderno e completo do marketing. Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO É a área de conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade. (LAS CASAS, 1997, p.12) Em uma análise do Mercado Kotler & Fox (1994, p. 188) definem mercado como o conjunto de consumidores reais e potenciais de uma oferta de mercado. Outro ponto importante, além da definição do mercado, consiste na sua segmentação. A empresa pode assinalar melhor as oportunidades de mercado quando está consciente da existência de segmentos diferentes e também de suas necessidades. Por meio da segmentação, a empresa pode melhorar seus programas de atendimento, preços, canais de distribuição e composto promocional. Ou seja, a segmentação do mercado é indispensável para a definição do públicoalvo da empresa. Com a segmentação da demanda é possível fazer um trabalho diferenciado ou não para cada público alvo. Com o marketing não-diferenciado, a instituição opta por desenvolver um trabalho padronizado e produção em massa, focalizando as necessidades comuns dos consumidores. No marketing diferenciado, é possível aplicar estratégias a diferentes segmentos, podendo alcançar benefícios como: atrair mais estudantes, fortalecer a marca da instituição, criar lealdade. Ou seja, com o marketing diferenciado a instituição pode antecipar maiores resultados do que o não-diferenciado. CLIENTES-ALVO A primeira etapa na preparação de uma estratégia de marketing é conhecer a fundo o mercado e definir os clientes alvos do negócio, “...mercado é um grupo de pessoas que têm interesse real ou potencial por um produto ou serviço e a capacidade de pagar pelo mesmo”(KOTLER E FOX,1994, p.176). Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Desta forma, o mercado de estudantes de um determinado curso pode ser definido como o grupo de pessoas que têm interesse real ou potencial em estudar esse curso e a habilidade e qualificações para pagar essa educação. O público-alvo pode ser entendido como os consumidores específicos que se buscará atrair e manter dentro da instituição, dentre os compradores reais e potenciais de um produto e / ou serviço (definição de mercado). Para conseguir este objetivo é necessário perceber oportunidades, conhecer as necessidades e desejos destes clientes e, com isto, delinear e desenhar serviços diferenciados e customizados que atendam a esta parcela específica do mercado. Segundo Kotler & Fox (1994), o processo de compra ou aquisição de produtos e serviços tem cinco estágios: Provocação da necessidade: O interesse de uma pessoa pode ser estimulado por sinais internos ou externos. Um sinal interno se dá quando a pessoa começa a sentir uma necessidade ou disposição para fazer algo. O sinal externo consiste em algo vindo de fora para atrair a atenção da pessoa e estimular seu interesse por uma classe de produto. O sinal externo pode ser pessoal (amigo, parente, professor) ou impessoal (um artigo ou anúncio de revista). Esses sinais também podem ser controlados pelo emissor (anúncios e orientadores educacionais) e não-controlados pelo emissor (amigos e acontecimentos naturais). Desta forma pode-se despertar um conjunto de necessidades na pessoa. Os sinais não criam as necessidades, mas, apenas, ativam as existentes. Uma tipologia das necessidades básicas é a hierarquia de necessidades de Maslow que sugere que as pessoas agem para satisfazer primeiro as necessidades básicas antes de satisfazer as mais elevadas. Nas instituições de ensino, a pirâmide de Maslow pode ser utilizada para detectar quais necessidades básicas estimulam o interesse do público alvo por uma faculdade. Reunião de informações – Outro ponto importante para o consumidor na hora de decidir por um produto ou serviço é a coleta de informações. Os consumidores variam fortemente em termos de coleta de informações, indo daqueles que vão direto à decisão (compra por impulso) até outros que passam meses coletando-as antes de tomar decisão. Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO A instituição deve estar atenta às principais fontes de informações que o consumidor buscará e a influência relativa que cada uma terá sobre este. Deve-se buscar saber desse público quais fontes de informações eles buscaram ou recebem no curso de processo de compra. Avaliação da decisão – Por meio do processo de coleta de informações, o consumidor forma um quadro das escolhas disponíveis, iniciando um processo de afunilamento de escolha. Com o afunilamento, dá-se início à tomada de decisão propriamente dita, onde o consumidor escolhe a sua preferência. O processo pelo qual o consumidor forma sua preferência segue, segundo Kotler (1994), seis conceitos básicos: 1- Conjunto de escolhas – consciência da existência de um conjunto de alternativas. 2- Atributos do produto – presume-se que cada consumidor vê o produto dotado de um ou mais atributos que podem influenciar em sua escolha. 3- Percepções de marca – onde cada instituição se posiciona em relação a cada atributo. 4- Função utilidade – descreve o nível de variação da satisfação do consumidor em relação aos níveis de variação de cada atributo. 5- Pesos de importância – são as diferentes atribuições que o consumidor dar aos vários atributos do produto ou serviço oferecido. 6- Avaliação – o consumidor chega nas atitudes (julgamentos e preferências) em relação à marca. Execução da decisão – o estágio de avaliação leva o consumidor a formar um conjunto de preferências entre os produtos alternativos do conjunto de escolha. Depois formará uma intenção de compra, dependendo da aceitação. Avaliação pós-decisão – Após decidir em qual instituição matricular-se, o estudante poderá experimentar algum nível de satisfação ou insatisfação que influenciará seu comportamento. Cabe à instituição dar passos positivos para ajudá-los a sentir-se bem com a escolha. MARKETING MIX Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO O Marketing Mix ou composto mercadológico ou de produtos, foi formulado primeiramente por Jerome McCarthy em seu livro Basic Marketing (1960) e trata do conjunto de pontos de interesse para os quais as organizações devem estar atentas para perseguir seus objetivos de marketing. Desta forma, o composto de produto de uma instituição educacional consiste nas linhas, programas, cursos e outros itens de produto que ela torna disponível aos consumidores. O composto é dividido em 4 secções frequentemente chamadas dos "quatro pês". Elas são: Produto - A gestão de produto lida com especificações do bem (ou serviço) em questão e as formas como ele se relacionam com as necessidades que o usuário tem. Os produtos educacionais (programas específicos, cursos de pósgraduação, workshops, e outros) são serviços que a instituição fornece a alunos e participantes. “...qualquer atividade ou benefício que uma parte pode oferecer a outra, que seja essencialmente intangível e não resulta na propriedade de algo. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico”(KOTLER & FOX, 1994, p.258). Nesta secção, a instituição deve analisar seus serviços em 3 níveis: núcleo, tangível e aumentado. Produto-núcleo – consiste em saber o que realmente o consumidor está procurando e quais necessidades o produto está realmente satisfazendo. Produto tangível – o produto-núcleo está quase sempre incorporado em alguma forma tangível, mesmo no caso de um serviço amplamente intangível. O produto tangível éescrito como possuindo cinco particularidades: estilo, características, qualidade,marca e embalagem (algo que envolve o produto ou serviço específico. No caso da instituição educacional, o ambiente do campus universitário serve como embalagem do produto acadêmico). Produto aumentado – consiste nos produtos e benefícios adicionais oferecidos pela instituição ao mercado-alvo. Preço - Processo da definição de um preço para o produto, incluindo descontos e financiamento e tendo em vista o impacto, não apenas econômico, mas também psicológico de uma precificação. As decisões de preços são importantes para as instituições educacionais porque dependem de receita para operar. Quando fixam ou mudam os preços, necessitam entender a percepção dos consumidores em relação a preço. Além do preço, os consumidores assumem custos de esforço, Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO psíquico e de tempo. Freqüentemente usam o preço como medido da qualidade do produto ou do serviço e estão particularmente mais interessados no preço efetivo e na quantia líquida que devem pagar, do que no preço de lista. E é pensando nesses fatores que a instituição deve considerar as maneiras de reduzir os custos não monetários de seus serviços para aumentar a qualidade percebida pelos consumidores. Praça - Preocupa-se com a distribuição e refere-se aos canais por meio dos quais o produto chega aos clientes. Além disso, o responsável por essa área deve saber exatamente que canais de distribuição utilizará, o seu tamanho e a área geográfica que será coberta logisticamente. Nas instituições educacionais planejar um sistema de distribuição eficaz envolve conhecer o consumidor, a missão e os recursos da instituição e a natureza do programa, serviço ou produto a ser distribuído. Promoção (comunicação) – Inclui todas as atividades desempenhadas pela organização para comunicar e promover seus produtos ou serviços ao mercado ou internamente. As instituições educacionais comunicam sobre suas atividades durante toda a sua existência, tenham ou não programas formais de comunicação. Geralmente as instituições educacionais comunicam suas realizações por meio de programas, alunos, ex-alunos, campus e de um programa formal de comunicações. Os principais tipos de comunicações de marketing são relações públicas (obtenção de notícias favoráveis sobre a instituição) e propaganda. Posicionamento Entende-se por posicionamento a forma como o produto é definido pelos consumidores quanto aos seus atributos mais importantes – é o lugar que ele ocupa na cabeça dos consumidores com relação aos produtos concorrentes (Armstrong (1998). Segundo Kotler (1994), todas as instituições educacionais mantêm uma posição nas mentes daqueles com os quais têm contato ou a conhecem. Uma posição descreve como uma pessoa ou grupo percebe uma instituição em relação a outras. Para o mesmo autor, o desenvolvimento de uma estratégia de posicionamento obedece às seguintes etapas: Avaliação da posição atual – fazer um levantamento da posição atual da instituição em relação às instituições concorrentes. Escolha da posição desejada – após verificar a posição atual da instituição, pode-se decidir manter o posicionamento, trabalhando para Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO desenvolvê-la junto a estudantes potenciais e outros; pode-se decidir desenvolver uma posição nova ou clara e comunicá-la; ou, quando for apropriado, posicionar-se em uma nova dimensão habitualmente não valorizada pelas pessoas acostumadas a avaliá-la. SATISFAÇÃO DO CLIENTE A satisfação é um dos principais elementos capazes de fidelizar um cliente. Dessa forma, as empresas devem buscar a satisfação como forma de estreitar a relação com seus clientes, tornando-os parceiros comerciais. Segundo Detzel e Desatnick (1995, p. 8):Satisfação do cliente é o grau de felicidade experimentada por ele. Ela é produzida por toda uma organização - por todos os departamentos, todas as funções e todas as pessoas. Entre os clientes se incluem compradores externos de bens e serviços de organização, fornecedores, a comunidade local, funcionários, gerentes e supervisores (e acionistas, se a organização for de capital aberto). A satisfação aliada ao bom atendimento é o aspecto que faz o cliente retornar, por isso, a satisfação do cliente tem que ser o motivo maior, pois estes quando satisfeitos são mais do que simples consumidores ou clientes, mas, parceiros comerciais e advogados que defendem a empresa e fazem propaganda para amigos e familiares (KOTLER, 1998). Ressalta-se que um consumidor fica satisfeito quando as ofertas (produtos, serviços e atendimento) oferecidas a eles ultrapassam as suas expectativas, assim, Kotler (1998, p. 53) define que: "SATISFAÇÃO é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa". Todas as empresas que adotam esses meios sabem que sua melhor ação estratégica é o valor adicionado pelo cliente por meio dos serviços superiores. Eles estão dispostos a reconhecer o esforço da empresa em satisfazê-los e fidelizálos a partir de qualidade e do respeito oferecidos. A importância da satisfação do cliente é evidente na avaliação de Paul A. Allaire apud Detzel e Desatnick (1995, p. 181):Para sobreviver no mercado global de hoje, uma empresa precisa satisfazer os clientes fornecendo bens de qualidade e Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO prestando serviços de qualidade. Isto exige uma reavaliação contínua das necessidades dos clientes e um compromisso inabalável de mudar quando necessário, para satisfazer ou superar as expectativas deles. O foco no cliente permite que a empresa alcance excelência no nível de satisfação, sendo que muitas empresas que possuem sucesso mundial, como, por exemplo, O Boticário, adotou esta estratégia. Para estas empresas os valores corporativos são: qualidade, atendimento, limpeza e valor (KOTLER, 1998). Toda empresa deve atentar aos detalhes, permitindo que os clientes sintam-se satisfeitos, sendo que o foco no cliente, junto a um atendimento de qualidade e um bom processo gerencial de recursos humanos é garantia de sucesso a qualquer empresa, dessa forma é necessário que as organizações estejam aptas a desenvolver ações que levem a qualidade no ambiente, atendimento e, a conseqüente satisfação. Segundo Detzel e Desatnick (1995, p. 53) os cincos segredos para a superioridade em serviços, estão fundamentados em cinco ações quais sejam: 1. Criar um foco no cliente em toda a organização; 2. Estabelecer padrões de desempenho em serviços baseados nos funcionários; 3. Medir o desempenho em serviços em relação a marcos de referência (benchmarcks) superiores; 4. Reconhecer e recompensar comportamentos exemplares em serviços; 5. Manter o entusiasmo, consistência e previsibilidade para o cliente. Cada uma destas ações contribui para que a empresa alcance a qualidade no ambiente interno, refletindo em qualidade no atendimento, possibilitando assim o aumento das vendas e a participação de mercado, de forma que, a ênfase esteja no cliente, ou seja, na importância dada aos clientes da empresa, permita sua satisfação e fidelização.Neste sentido, para fortalecer a parceria empresa/cliente, todos os colaboradores (especialmente vendedores) devem estar aptos a oferecer um atendimento capaz de satisfazer os clientes e fidelizá-los, fortalecendo a parceria com a organização e aumentando a competitividade. CONSIDERAÇÕES FINAIS Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Entende-se que o cliente dos dias atuais está cada vez mais exigente, os clientes pode ser uma ferramenta essencial para trazê-lo para mais perto da empresa, nunca esquecendo que o cliente é o principal ativo de qualquer organização. Sendo assim, felizmente os tempos são outros e quem não se reciclar em todos os sentidos, buscando qualificar-se a si e a todos que fazem parte da mesma, direta ou indiretamente, ficará para trás, ou seja, fechará as portas. Observou-se também nesse estudo que existem vários tipos de clientes, cada um com uma visão própria do que quer e do que está em busca em uma empresa, por isso antes de abordar esses clientes faz-se necessário atentar para os seguintes passos: conhecer, ouvir, e perceber o cliente na sua necessidade. Finaliza-se o presente artigo científico na certeza de colaborar para a melhoria da qualidade dos serviços e importância do modelo proposto, possa contribuir para despertar aqueles clientes que ainda busca facilidade na compra dos produtos. ABSTRACT This study aims to identify contributory factor capable of influencing consumer involvement front of a product offered by the magazine the Apothecary, with reference to consumer involvement of nature. Since the collection of data was by observation of the analyzes of this study, indirect stake in the company and considered variables were extracted from the literature review on the topic. REFERENCIAS COBRA, Marcos, Henrique Nogueira. Marketing básico: uma perspectiva brasileira. 4. ed. São Paulo: Atlas. 1997. DETZEL, Denis H; DESATNICK, Robert L. Gerenciar bem é manter o cliente. São Paulo: Pioneira, 1995. FOX, A. F. Karen e KOTLER, Philip. Marketing Estratégico para Instituições Educacionais. São Paulo: Atlas, 1994. Goiânia/ 2014 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOÍAS-AECG FACULDADE PADRÃO-GOIÂNIA DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO KOTLER, P. - Administração de Marketing. Análise, Planejamento, Implementação e Controle. 4a . Edição, São Paulo, Atlas, 1995. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing conceitos, exercícios, casos. 4° ed. São Paulo: Atlas, 1997. Goiânia/ 2014