Tratamento das Sequelas de Fratura Naso-Órbito-Etmoidal: Relato de caso Treatment of Nasal-Orbital-Ethmoid Sequelae: Case Report Giorge Pessoa de Jesus | Professor Assistente de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da FAO/UFAM. Herson Lima do Nascimento| Cirurgião-dentista pela Faculdade de Odontologia (FAO) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Ricardo Franklin Gondim | Preceptor da residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Batista Memorial/Ceará. As fraturas naso-órbito-etmoidais (NOE) apresentam fatores etiológicos variados, e seu diagnóstico é embasado em exame clínico detalhado, auxiliado por exames de imagem. O diagnóstico correto conduz a um tratamento eficaz e precoce, diminuindo, assim, manifestações de sequelas pós-operatórias. A abordagem inicial do paciente portador deste tipo de fratura deve ser realizada através do atendimento médico de urgência, para que este seja estabilizado e, logo que possível, o trauma facial, tratado. O tratamento tardio leva à consolidação dos segmentos fraturados, mesmo sem o correto posicionamento destes, podendo desenvolver sequelas de difícil resolução. Existem várias formas de tratamento, sendo o mais utilizado a redução dos fragmentos ósseos e estabilização com o sistema de fixação interna rígida, através de miniplacas e microparafusos de titânio. No presente trabalho, é apresentado um relato de caso de um paciente com quadro de sequelas faciais decorrentes de fratura NOE, atendido e tratado no Hospital Universitário Getúlio Vargas – HUGV, pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Amazonas. Descritores: Traumatismos Faciais; Sequelas; Enxerto Ósseo; Cirurgia. Abstract The nasal-orbital-ethmoid fractures present several etiologic factors and their diagnosis is based on detailed clinic exam, helped by image exams. The correct diagnostic lead to an early and efficient treatment, diminishing chances of post-operatory sequelae. The initial approach for patients that present this type of fracture must take place through urgency medical attendance so it can be stabilized and then proceed to the fracture treatment. The late treatment lead to consolidation of fractured segments, even without their correct position, factor that can evolve to serious sequelae to be resolved. There are many ways of treatment. The most used is bone fragments reduction and the stabilization with internal rigid fixation system with titanium mini-plates and screws. The proposed study, shows a case report of a patient presenting facial sequelae due to NOE fracture, assisted and treated in the Hospital Universitário Getúlio Vargas – HUGV by the Oral and Maxillofacial Surgeons of the Faculty of Dentistry of Amazonas Federal University. Keywords: Facial Injuries; Sequelae; Bone Transplantation; Surgery. REVISTA BRASILEIRA DE CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL V10 N2 P. 81 - 88 Recebido em 28/11/2008 Aprovado em 24/02/2010 Resumo 81 O uso de retinóides no tratamento de leucoplasias bucais: relato de caso e revisão da literatura Nascimento, Gondim, Jesus Introdução 82 As fraturas NOE consistem em um grupo de traumas que variam de simples a complexo, podendo ser fraturas faciais difíceis de tratar1. Dentre as principais causas do politrauma, estão os acidentes automobilísticos e acidentes de trabalho. Agressões físicas também são relatadas como causas comuns de trauma maxilo-facial 2,3,4,5,6,7,8. Os traumatismos naso-órbito-etmoidais (NOE) são frequentes e normalmente decorrem de agentes agressores de alta intensidade, que acarretam alto risco de óbito9. As fraturas do tipo Le Fort III, panfacial, órbitoetmoidal e de seio frontal têm o risco de 50% ou mais de estarem associadas à lesão craniana provavelmente por envolverem uma parede da fossa craniana10. Dessa forma, o complexo naso-órbitoetmoidal apresenta uma fisiologia especial relacionada à visão, ao olfato, à respiração, às funções neurológica e digestiva, envolvendo diversas áreas correlatas. Injúrias a essa região requerem atenção especial e urgente, além de uma semiotécnica precisa associada, geralmente, à multidisciplinaridade, onde as manobras clássicas de atendimento ao politraumatizado devem ser adotadas para estabilizar o paciente e posteriormente estabelecer o diagnóstico das fraturas faciais e o planejamento terapêutico1,8. O principal objetivo do tratamento dos traumas do terço médio da face é o restabelecimento da função e da estética1,5 assim como a restauração da distância intercantal, a manutenção do sistema de drenagem lacrimal6. A reparação cirúrgica de lesões envolvendo o complexo NOE é difícil. Sequelas estéticas e funcionais podem ocorrer mais frequentemente depois do trauma, já que estas fraturas apresentam elevado índice de complicações, como assimetria e infecção11. A avaliação de pacientes traumatizados envolve exame clínico, exame bimanual, inspeção, percussão, auscultação e quando sinais e sintomas indicam a presença da fratura, métodos de imagem, como a Tomografia Computadorizada (TC), devem ser solicitados para confirmar o diagnóstico1,12. Três formas distintas de fraturas NOE têm sido identificadas e descritas. Essas variam na extensão, baseadas na velocidade e no ponto do impacto. As fraturas são tipicamente conhecidas como unilateral, bilateral, simples ou cominutiva. Podem ocorrer como fraturas isoladas ou conjugadas com outros grandes ossos da face. A fratura NOE tipo I é a forma mais simples que envolve somente a porção medial da margem orbitária com o Ligamento Cantal Medial (LCM) inserido. Pode ocorrer bilateral ou unilateralmente. Quando ocorre fratura tipo I bilateral completa, sem deslocamento do LCM, não é necessária a fixação transnasal com uso de fio de aço (cantopexia), apenas a estabilização do segmento ósseo. Na Fratura NOE tipo II pode ocorrer na forma unilateral ou bilateral, com segmentos ósseos grandes ou cominuídos. Mais comumente o LCM permanece inserido a um grande segmento ósseo central. A redução geralmente é melhor realizada pela fixação do segmento ósseo no qual o LCM está associado. A fratura NOE tipo III inclui cominução envolvendo o segmento ósseo central, no qual o LCM está inserido. O LCM é raramente avulsionado completamente, mas há ocasiões em que o fragmento ósseo é pequeno demais para realizar a reconstrução. Nestas circunstâncias, a cantopexia do LCM com fios de aço é necessária assim como a reconstrução óssea 13,14. Estas variantes são de grande importância na avaliação destes casos, pois o tipo de lesão e sua gravidade irão orientar na escolha do tratamento. O presente trabalho tem como objetivo apresentar, através de um relato de caso, uma forma de tratamento de um paciente vítima de agressão física, portando sequelas decorrente de uma fratura NOE. Relato de Caso Paciente R.S.P., 27 anos, gênero masculino, chegou ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia (FAO) da UFAM queixando-se de um afundamento do nariz decorrente de agressão física, 2 meses e 16 dias após o trauma. Ao exame físico, o paciente apresentava sinais como assimetria facial, com afundamento do dorso nasal, perda da projeção anterior zigomática, telecanto traumático, epífora na órbita direita e ausência de mobilidade do terço médio da face. (Figuras 1A-C) Figura 2 A e B Figura 1 B Figura 1 C Diante das evidências clínicas, foi solicitado TC de face com reconstrução tridimensional, para confirmação do diagnóstico de fratura NOE (Figuras 2 A-C). Os exames imaginológicos revelaram fratura cominutiva, tipo II, com deslocamento do processo frontal da maxila direito e afundamento da parede anterior do seio maxilar direito. Após adequação da cavidade bucal e avaliação sistêmica, o paciente foi submetido ao tratamento cirúrgico proposto, sob anestesia geral, no Hospital Universitário Getúlio Vargas. Para obter acesso à região da fratura, foram realizadas incisões dos tipos subtarsal e asa de gaivota (céu aberto) (Figura 3A). Uma incisão auxiliar de 2 cm foi realizada a 10 mm do canto medial na região da crista lacrimal anterior, obtendo-se visualização do LCM (Figura 3B) e constatando-se que não houve ruptura deste, não sendo necessária contopexia direta, apenas redução e fixação do osso envolvido. (Figura 3C) Figura 2 C Figura 3 A REVISTA BRASILEIRA DE CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL V10 N2 P. 81 - 88 Recebido em 28/11/2008 Aprovado em 24/02/2010 Figura 1 A 83 O uso de retinóides no tratamento de leucoplasias bucais: relato de caso e revisão da literatura Nascimento, Gondim, Jesus figura 3 B 84 Figura 3 D Figura 4 A Figura 3 C Devido à grande cominução e consolidação dos fragmentos ósseos, optou-se por enxertos autógenos removidos do mento (Figura 3D) para reconstrução do contorno nasal e projeção anterior zigomática (Figuras 4 A-B). Para finalizar o procedimento cirúrgico, foram feitas as suturas por planos. O paciente foi acompanhado nos 7º, 15º, 30º, 90º dias após a cirurgia, sendo verificado o restabelecimento da função do sistema de drenagem lacrimal e da simetria facial. Através do uso de enxertos, foi obtido sucesso no contorno nasal e projeção do zigomático (Figuras 5 A-B). Solicitou-se TC pós-operatória em que foi possível evidenciar a manutenção da estrutura dos enxertos e redução do osso lacrimal com miniplacas e parafusos de titânio em posição. (Figura 5C). Figura 4 B figura 5 A Figura 5 B Figura 5 C Discussão Dentre os fatores etiológicos das fraturas NOE, são descritos como sendo os mais comuns, os acidentes de trânsito, as agressões físicas, os acidentes desportivos, de trabalho e quedas15,16 . Um entendimento da causa, severidade e cronologia de traumas maxilofaciais permite que sejam estabelecidas prioridades clínicas e de pesquisa para um tratamento efetivo e prevenção destas injúrias2, ressaltando-se a necessidade da atuação de uma equipe multidisciplinar9,17. A fratura NOE é considerada a de maior dificuldade para diagnóstico no terço médio da face, sendo essencial o exame físico e de imagem para melhor entendimento e planejamento cirúrgico. O exame O diagnóstico por imagem das fraturas de face é melhor realizado com utilização de tomografia computadorizada (TC), pois em pacientes vítimas de traumas severos, como o NOE, esses exames oferecem melhor visualização da linha de fratura, da orientação e do deslocamento de fragmentos,bem como de lesões em tecidos moles envolvendo o globo ocular, nervo óptico e musculatura extrínseca do olho1. O auxílio da TC nesse tipo de lesão apresenta uma qualidade superior às radiografias convencionais, apresentando menor risco quanto à manipulação de pacientes politraumatizados, podendo-se, também, utilizar recursos, como a reconstrução tridimensional, proporcionando um maior detalhamento do grau e extensão do trauma9. Entre as sequelas mais comuns, estão o hipertelorismo, a enoftalmia, a amaurose, a epífora, a diplopia, a dacriocistite, a liquorrinorreia, as injúrias lacrimais, a síndrome da fissura orbitária superior e do ápice da órbita9. O tratamento cirúrgico precoce é indicado, quando possível, porque o atraso no reparo ou tratamento inadequado predispõe o paciente a defeitos que podem ser extremamente difíceis, se não impossíveis de corrigir com procedimentos secundários18. O planejamento cirúrgico é baseado na correção das assimetrias faciais e reabilitação funcional, de acordo com as classificações das fraturas NOE. As fraturas podem ser, uni ou bilateral, isoladas sem envolvimento de outros ossos do terço médio da face ou combinadas, com envolvimento do complexo zigomático e o desprendimento do LCM. Em relação ao LCM, segue-se uma classificação que verifica o estado em que se encontra relacionado com o osso lacrimal, podendo ser descrito como tipo I - um segmento simples de fratura NOE; tipo II - fratura cominutiva com o LCM aderido ao fragmento ósseo; tipo III – fratura cominutiva estendendo-se para a região de inserção do LCM, podendo haver rompimento deste 7,19,20. REVISTA BRASILEIRA DE CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL V10 N2 P. 81 - 88 Recebido em 28/11/2008 Aprovado em 24/02/2010 clínico do paciente com esse tipo de trauma detecta mobilidade dos ossos nasais, telecanto traumático, um dorso nasal ampliado e achatado e a elevação da ponta do nariz11,12 85 No caso relatado, o paciente apresentou fratura do osso lacrimal sem avulsão do LCM, caracterizando uma fratura NOE do tipo II. Nesta situação, a distância intercantal pode ser restituída por fixação deste fragmento, usando uma microplaca ou transfixação com fio de aço. Isso é chamado de cantopexia indireta. Se o fragmento ósseo onde se insere o ligamento cantal é pequeno demais para a fixação ou avulsionou completamente do osso, uma contopexia direta pode ser realizada. O ligamento é fixado com um fio de aço transnasal de 0,2 mm até a parede medial da órbita oposta21. Outra sequela observada foi a epífora, comumente relatada em fraturas que envolvem o complexo orbitário22. No caso descrito, após a redução do osso lacrimal, o lacrimejamento excessivo foi eliminado, não havendo necessidade de técnicas para desobstrução do ducto lacrimal 23. O uso apropriado de placas, miniplacas e microparafusos são de grande benefício por manterem estabilizados, na posição, os segmentos ósseos reduzidos4. São descritos diversos acessos para abordagem destas fraturas, como: o acesso do tipo céu aberto ou asa de gaivota e o coronal, possibilitando visualizações direta, além de pequena incidência de acidentes e complicações, com facilidade de execução 24,25. O asa de gaivota consiste em uma incisão de Lynch bilateral conectada por uma incisão abaixo da glabela para expor o complexo NOE. Em alguns pacientes, esta pode ser modificada por incorporar lacerações existentes. Embora essas técnicas sejam comumente usadas para oferecer exposição necessária para a redução de fraturas NOE, elas requerem incisões na pele. Além disso, fraturas faciais podem requerer incisões adicionais para exposição e reparo, como infra e supraorbital, subciliar, subtarsal ou transconjuntival, podendo resultar em ótimos resultados estéticos 13. Cominução severa nas fraturas naso-órbito-etmoidal pode requerer enxertos para corrigir o contorno e a projeção dos ossos envolvidos. No dorso nasal, pode ser realizado um enxerto ósseo do tipo cantilever para recriar o suporte da região anatômica e corrigir a projeção da ponta do nariz. Esse enxerto é estabilizado com sistema de mini-placas e parafusos de titânio no processo nasal do osso frontal13. Podem ser coletados da sínfise mandibular, ramo mandibular, tuberosidade, tórus intrabucal, calota craniana, crista ilíaca e tíbia24. A sínfise mandibular apresenta como vantagens, o fácil acesso, tempo operatório reduzido, baixo grau de morbidade e maior quantidade de osso disponível das regiões intrabucais, além da sua excelência em qualidade. Como limitações desta área, temos a proximidade com o nervo mentoniano e com o ápice dos dentes anteriores5. O enxerto é remodelado de acordo com o defeito ósseo, devendo, nestes casos, ser em forma de bloco 19. Conclusão O diagnóstico e a escolha do tratamento das fraturas NOE continuam sendo um desafio para a especialidade, por se tratar de fraturas de difícil resolução. Estas envolvem áreas anatômicas importantes para conformação do esqueleto facial, trazendo complicações estéticas e funcionais. A integração de uma equipe multidisciplinar pode estabilizar mais rapidamente os pacientes acometidos por este trauma, diminuindo a possibilidade de sequelas irreversíveis. O tratamento é indicado de acordo com a severidade e a extensão da fratura, buscando-se a eliminação ou diminuição das sequelas pós-traumáticas. Referências Bibliográficas 1. Herford AS, Ying T, Brown B. Outcomes of Severely Comminuted (Type III) Nasoorbitoethmoid Fractures. J Oral Maxillofac Surg 2005; 63:12661277 2. 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