Fraturas por estresse no quadril

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Fraturas por estresse no quadril
Antigamente vistas em soldados que marchavam por longas distancias, se tornaram
mais freqüentes hoje.
Ocorrem principalmente em corredores de longa distancia e muito mais freqüentes em
mulheres.
Podem ser divididas em dois grupos: aquelas que ocorrem em um osso enfraquecido
por alguma condição; e aquelas em um osso “normal” que sofre a ação de pequenos microtraumas de repetição em atividades longas e extenuantes como uma maratona por exemplo.
Na região do quadril , geralmente acometem a região da cabeça femoral (colo do
fêmur) pois se trata do local mais frágil do osso. Essa região é submetida a forças enormes
quando um individuo pratica o gesto esportivo de correr por exemplo, que pode , após milhares
de repetições , levar a uma fina “fissura” no osso.
Podem ser classificado em 3 tipos de acordo com a localização da fratura no osso ··O
principal sintoma de uma fratura de stress no quadril é a dor , geralmente na região inguinal
(frente do quadril) enquanto se realiza um movimento desta articulação. O ato de subir uma
escada
aumenta
a
dor
enquanto
o
repouso
freqüentemente
a
atenua.
Para ser feito o diagnóstico, o médico precisa colher uma história detalhada das
atividades físicas do paciente, realizar um exame físico mas principalmente ter um alto grau de
suspeita pois muitas vezes essas fraturas são diagnosticadas tardiamente.
Exames de imagem são fundamentais entre eles um RX simples deve ser o primeiro
exame , sendo muitas vezes necessária uma Ressonância Magnética ou uma Cintilografia
Óssea para o diagnóstico definitivo.
Tratamento
O tratamento pode variar de acordo com o tipo de fratura e pode ser cirúrgico ou não.
O tratamento não-operatório está indicado para aqueles tipos de fratura ditos de
compressão em que não houve um desvio da fratura. Nestes casos , o uso de muletas por 6 a
8 semanas é imperativo , pois não pode haver descarga de peso no membro afetado. Se
houver o risco de desvio da fratura o tratamento operatório esta indicado, pois uma fratura
desviada pode levar a uma condição muito grave chamada necrose avascular da cabeça
femoral que corresponde a uma interrupção da vascularização da cabeça femoral levando a
um processo de artrose precoce da articulação.
O tratamento cirúrgico consiste em fixar a fratura com parafusos
(em geral 3) através de uma pequena incisão na parte lateral da
coxa. Estes parafusos manterão os ossos estabilizados até que
ocorra
a
consolidação
da
fratura.
O acompanhamento do tratamento é feito com Radiografias
seriadas e a reabilitação deve ser iniciada precocemente com
auxílio de um fisioterapeuta.
O grupo mais susceptível a estas fraturas é sem duvida o de
corredores de longa distancia , principalmente os novatos que
começam a aumentar sua kilometragem, intensidade ou freqüência de treino de forma abrupta.
por Dr. André Wever (Médico ortopedista especialista em cirurgia do quadril)
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