OSTEOARTROSE

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OSTEOARTROSE
MSc. Roberpaulo Anacleto
Introdução
 Sinônimos: Osteoartrite; Doença Articular Degenerativa
 Não há sintomas sistêmicos
 Locais
mais acometidos: Membros inferiores
segmentos vertebrais.
 Associação:
idade, obesidade, trauma.
 Classificação:
 Primária X Secundária
e
Epidemiologia
• Forma mais comum de comprometimento articular
• Causa mais frequente de artroplastia do quadril e joelho
• Incidência aumenta de 2 a 10X dos 30 aos 65 anos
• A artrose é mais prevalecente no homem do que na
mulher até os 45 anos de idade.
• Artrose da articulação IFD*
• Atinge 28% da população>60 anos
• Osteoartrose de joelho: Obesidade, ocupacional
Etiopatogenia
 Envelhecimento
 Fatores genéticos, anatômicos e metabólicos
 Alguma desordens congênitas
 Doenças endócrinas
 Degradação da cartilagem articular
 Hipertrofia óssea na margem articular
 Tentativa de reparo
 Crescimento ósseo marginal e subcondral
Fisiopatologia
• Idade: Perda de água
• Trauma: Morte celular e apoptose dos condrócitos
• Gatilho na via inflamatória - IL-1 e TNF-alfa
• IL-1 degrada a proteína inibidora do fator nuclear capa
beta - transcrição de óxido nítrico, IL-1, TGF e
metaloproteinases
• Indução de NO, metaloproteinases (condrócitos)
• Deformidade articular
Fisiopatologia
Stress
alteração do
colágeno
degradação dos
proteoglicanos
Degradação da cartilagem
Outras
alteração dos
liberação de proteinases
causas
condrócitos
e prostaglandinas
Classificação
 Primária ou idiopática
 Acomete articulações IFD, IFP
 Carpometacarpianas
 Quadril
 Joelhos
 Metatarsofalangianas
 Coluna cervical e lombar
Classificação
 Secundária
 Resulta de danos articulares ou extra-articulares
 Aguda: Fratura
 Crônica: Artrite reumatóide, gota
 Doenças ocupacionais
 Doenças metabólicas: Hiperparatireoidismo, hemocromatose
 Trauma; meniscectomia
 Joelho Valgo ou Varo; escoliose;
 Generalizada: Três ou mais articulações
Diagnóstico
• Sinais e sintomas
• Achados radiológicos
• Queixas comuns:
• Dor
• Rigidez e crepitação
• Aumento do volume articular
• Deformidades: Osteofitose, angulares.
• Limitações funcionais
Diagnóstico radiológico
Diagnóstico radiológico
Diagnóstico radiológico
• Diminuição da interlinha articular
• Esclerose óssea subcondral
• Osteofitose
• Cistos subcondrais
Achados laboratoriais
• São inespecíficos
• Provas inflamatórias inalteradas
• Auto-anticorpos negativos
• Líquido sinovial: alta viscosidade, sendo amarelo claro,
com poucos leucócitos, ausência de cristais e cultura
negativa.
Mãos
Acometimento
Simétrico
•
•
•
•
•
2º E 5º DEDOS + precoce
Nódulos de Heberden
Nódulos de Bouchard
SEXO ♀5ªdécada
Trapézio
Joelhos
GONARTROSE
•SEXO ♀
•5ª década
•Simétricos
•Relação Obesidade
•Atitude no trabalho
•Joelho varo ou valgo
•Exame Físico :
•Edema
•Limitação
•Deformidade e Crepitação
• Derrame
Coxo femural
+freq/ SEXO ♂ forma 1ª
• Dor
insidiosa
piora
gradativamente
• Dificuldade para caminhar,
subir e descer escadas.
• Dor irradiada para face
posterior da coxa ou anterior
até o joelho.
• Dor poderá se tornar
constante, noturna com
incapacidade funcional.
Coluna
• IDADE 41 a 60 anos
• Dor localizada: ligamentos
cápsulas e músculos
• Dor irradiada: compressão
radicular
• Piora com os movimentos
• Melhora com o repouso
Tratamento
• Objetivos: Melhorar sintomas e a função articular.
• Medidas gerais:
• Perda de peso
• Evitar posturas viciosas
• Exercícios específicos
• Fisioterapia
• Uso de tutores e/ou palmilhas
Tratamento
• Analgésicos tópicos: Capsaicina,
Diclofenaco
• Analgésicos e antiinflamatórios:
Ibuprofeno, Naproxeno e Diclofenaco
• Inibidores da COX-2
• Uso de glicosamina e condroitina na
forma de sulfatos
Tratatmento Cirúrgico
• Artroscopia
• Osteotomias
• Artroplastias
• Indicações:
• Dor constante mesmo em repouso
• Refratários ao tratamento conservador
• Limitação funcional importante
• Tendências futuras
Artroplastia de joelho-Indicações
• Desvio em varo maior que 15°
• Desvio em valgo maior que 10°
• Subluxação femorotibial no plano frontal
• Anteriorização da tíbia em relação ao fêmur na radiografia de perfil
• Comprometimento grave de 2 dos 3 compartimentos articulares do
joelho ( femorotibial medial, femorotibial lateral, femoropatelar)
Fraturas
• As fraturas se encontram entre as condições patológicas mais
comuns do tecido ósseo. Elas são classificadas da seguinte maneira:
• Completas ou incompletas
• Fechadas, nas quais o tecido sobrejacente está intacto, ou expostas,
nas quais a fratura se estende em direção à pele sobrejacente
• Cominutivas, nas quais o osso é estilhaçado
• Deslocadas, nas quais o osso fraturado não está alinhado
Fraturas
• Caso a ruptura ocorra no local de uma doença prévia (p. ex., um cisto
ósseo, um tumor maligno ou um tumor pardo associado a níveis
elevados de PTH), ela é denominada fratura patológica.
• Uma fratura por estresse se desenvolve lentamente ao longo do
tempo como uma coleção de microfraturas associada à atividade
física aumentada, especialmente com novas cargas mecânicas
repetitivas sobre o osso (conforme se observa em atividades de
acampamentos militares).
Fraturas
• Em todos os casos, o reparo de uma fratura é um processo
altamente regulado que envolve etapas sobrepostas:
• O trauma da fratura óssea provoca o rompimento de vasos
sanguíneos associados; o resultante coágulo sanguíneo cria uma
trama de fibrina para recrutar células inflamatórias, fibroblastos e
células endoteliais. Plaquetas degranuladas e células inflamatórias
em trânsito liberam uma gama de citocinas (p. ex., fator de
crescimento derivado de plaquetas, fator de crescimento de
fibroblastos) que ativam células progenitoras ósseas e, dentro de
uma semana, o tecido envolvido se apresenta preparado para nova
síntese de matriz.
• Esse calo de tecido mole pode sustentar as extremidades do osso
fraturado em aposição, mas não se apresenta calcificado e não pode
suportar peso.
Fraturas
• Os progenitores ósseos no periósteo e na cavidade medular
depositam novos focos de tecido ósseo entrelaçado (tecido ósseo
primário), e células mesenquimais ativadas no local da fratura se
diferenciam em condroblastos, os quais sintetizam matriz
cartilaginosa.
• Em fraturas descomplicadas, esse processo de reparo inicial atinge
um pico dentro de 2-3 semanas.
• A cartilagem recém-formada atua como um nicho para a ossificação
endocondral, recapitulando o processo de formação óssea nas
placas epifisárias de crescimento. Isso conecta os córtices e as
trabéculas nas áreas de tecido ósseo justapostas.
• Com a ossificação, as extremidades fraturadas são unidas por um
calo ósseo.
Fraturas
• Embora excesso de tecido fibroso, cartilagem e tecido ósseo sejam
produzidos no calo inicial, o subsequente suporte de peso leva à
remodelação do calo a partir de locais não estressados; ao mesmo
tempo, há o fortalecimento de regiões que suportam cargas maiores.
• Esse processo restaura o tamanho, o formato e a integridade
originais do osso.
Fraturas
• A cicatrização de uma fratura pode ser interrompida por muitos
fatores:
• Fraturas deslocadas e cominutivas frequentemente resultam em
alguma deformidade; fragmentos desvitalizados de tecido ósseo
esmigalhado requerem reabsorção, o que retarda a cicatrização,
aumenta o calo e requer períodos desordenadamente longos de
remodelação, podendo nunca se normalizar completamente.
Fraturas
• Imobilização inadequada permite um movimento constante no local de
fratura, de modo que os constituintes normais do calo não se formem.
• Em tais casos, o local de cicatrização é composto principalmente de
tecido fibroso e cartilagem, perpetuando a instabilidade e resultando em
união demorada e em não união.
• Movimentação demais ao longo do espaço da fratura (como na não
união) faz com que a porção central do calo sofra degeneração cística; a
superfície luminal pode realmente se tornar revestida por células
semelhantes a células sinoviais, criando uma falsa articulação, ou
pseudoartrose.
• No contexto de uma pseudoartrose, a cicatrização normal pode ser
alcançada apenas se os tecidos moles interpostos forem removidos e o
local de fratura for estabilizado.
Fraturas
• Infecção (um risco em fraturas cominutivas e expostas) é um sério
obstáculo à cicatrização das fraturas. A infecção deve ser erradicada
antes que a reunião e a remodelação ósseas bem-sucedidas possam
ocorrer.
• O reparo ósseo obviamente será prejudicado no contexto de níveis
inadequados de cálcio ou de fósforo, deficiências vitamínicas,
infecção sistêmica, diabetes ou insuficiência vascular.
Fraturas
• Com fraturas não complicadas em crianças e adultos jovens, uma
reconstituição praticamente perfeita é o normal.
• Quando fraturas ocorrem em faixas etárias de mais idade ou em
ossos anormais (p. ex., em osso osteoporótico), o reparo
frequentemente é menos do que ideal sem intervenção ortopédica.
Modelagem e Remodelagem Óssea
• Conjuntos
locais de osteócitos, osteoblastos e osteoclastos
trabalham juntos para controlar a formação e reabsorção óssea,
criando uma unidade funcional chamada de unidade multicelular
básica (BMU).
• No início da vida, logo que o esqueleto cresce e amplia-se
(modelagem), a formação de osso predomina.
• Uma vez que o esqueleto tenha alcançado a maturidade, a
degradação e renovação do osso promovem a manutenção do
esqueleto – chamada de remodelagem – e provavelmente se inicia
em regiões de fadiga e microlesão. Nos adultos, as BMUs
remodelam ou substituem 10% do esqueleto anualmente.
Referências
• Cohen, Moisés. Tratado de Ortopedia – SBOT. Editora
ROCA, 2007.
• REZENDE, Márcia Uchôa de; GOBBI, Riccardo Gomes.
Tratamento medicamentoso da osteoartrose do joelho.
Rev. bras. ortop., São Paulo, v. 44.
• Current, Medical Diagnosis & Treatment. 2008
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