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PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA USO DA MANOMETRIA ESOFÁGICA,
pHMETRIA ESOFÁGICA E MANOMETRIA ANO-RETAL
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PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA USO DA MANOMETRIA ESOFÁGICA,
pHMETRIA ESOFÁGICA E MANOMETRIA ANO-RETAL
RECOMENDAÇÕES PARA USO DA MANOMETRIA ESOFÁGICA NO PACIENTE
ADULTO(1)
1. INDICAÇÕES:
a) Em pacientes disfágicos, nos quais não foi encontrada uma obstrução mecânica
ou em pacientes suspeitos de acalásia.
A realização da manometria só está indicada se o diagnóstico não foi
estabelecido com os exames pertinentes (endoscopia ou radiografia baritada)
b) Posicionamento intra luminal de instrumentos no esôfago, quando estiver
relacionado com a estrutura funcional do órgão (ex. Esfíncter esofágico inferior).
c) Avaliação pré cirurgia de refluxo no caso de existir alguma dúvida sobre um
diagnóstico alternativo como acalásia.
2. POSSIVELMENTE INDICADA:
a) Avaliação pré operatória da função peristáltica do esôfago em pacientes que
estão sendo considerados para cirurgia anti refluxo.
b) Avaliação de sintomas disfágicos em pacientes que foram submetidos a cirurgia
anti refluxo ou em pacientes que foram tratados para acalásia
3. NÃO ESTÁ INDICADA:
a) Para realizar ou para confirmar diagnóstico de doença do refluxo gastro
esofágico.
b) Como exame inicial em caso de dor torácica ou outro sintoma esofágico devido
a baixa especificidade e baixa probabilidade de detecção de algum problema
significante de motilidade esofágica.
A manometria esofágica é o principal exame para o diagnostico de acalásia(2)
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RECOMENDAÇÕES PARA USO DA MANOMETRIA ESOFÁGICA EM PACIENTES
PEDIÁTRICOS(3)
1. INDICAÇÕES:
a) Em pacientes com com sintomas ou sinais de disfunção esofágica, tais como
disfagia, odinofagia, dor torácica, aspiração e recorrente impactação alimentar.
Nesses casos, a realização da manometria só está indicada se o diagnóstico
não foi estabelecido previamente com os exames pertinentes (endoscopia ou
radiografia baritada)
b) Avaliação de problemas de motilidade tais com acalásia ou manifestações
esofágicas de doenças sistêmicas do tecido conjuntivo como esclerodermia.
c) Pode ser útil para localizar os esfíncteres esofágicos (superior e inferior) para
monitoração do pH
d) Geralmente não está indicada no diagnóstico ou acompanhamento de doença
do refluxo ou de lesões estruturais do esófago.
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RECOMENDAÇÕES PARA USO DA pH METRIA ESOFÁGICA EM
PACIENTES ADULTOS(4)
1.INDICAÇÕES:
a) Documentação de exposição anormal do esôfago ao acido em pacientes com
endoscopia negativa que sejam candidatos a cirurgia anti-refluxo
b) Avaliação imediata de pacientes que foram submetidos a cirurgia anti-refluxo
nos quais continuam a existirem suspeitas de refluxo anormal.
c) Avaliação de pacientes com achados endoscópicos normais ou equivocados e
com sintomas de refluxo refratário ao tratamento com inibidor de bomba de
prótons.
2.POSSÍVELMENTE INDICADA:
a) Detecção de refluxo refratário em pacientes com dor torácica depois de
submetidos a uma avaliação cardiológica.
b) Avaliação de pacientes com suspeitas de manifestações
otorrinolaringológicas de refluxo gastro esofágico (laringite, faringite, tosse
crônica) quando os sintomas persistirem, apesar de tratamento com bloqueador
de bomba por quatro semanas.
c) Para documentação de refluxo gastro esofágico concomitante em pacientes
com suspeita de asma induzida por refluxo(não alérgica, de inicio na idade
adulta). Nesses casos, um teste positivo não prova casualidade.
3. NÃO ESTÁ INDICADA:
a) Detecção ou verificação de esofagite de refluxo(diagnostico endoscópico)
b) Avaliação de refluxo alcalino
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MANOMETRIA ANO-RETAL
A Associação Americana de Gastroenterologia descreve o seguinte sobre a
Manometria Ano-Retal: “...prática clínica e estudos não controlados sugerem as
seguintes indicações para a manometria ano-retal: 1. Incontinência fecal;
2.Dissinergia do assoalho pélvico; 3.Doença de Hirschsprung; 4.Defeito anatômico
do esfíncter anal”(5)
Entretanto, os estudos encontrados, assim como opiniões de importantes
especialistas no assunto, são divergentes e/ou contraditórias no concernente a sua
aplicação em pacientes com Incontinência Fecal(6) ou, genericamente, com
Obstipação(7,8).
Na sua grande maioria, os estudos que avaliam a manometria ano-retal, são séries
de casos ou estudos não controlados e, principalmente, sem definição de um
“padrão ouro” ou confirmação de sensibilidade/especificidade.
Os estudos existentes avaliando sensibilidade e especificidade da manometria, são
os concernentes à doença de Hirschsprung, na qual a sensibilidade varia de 75% a
98% e especificidade de 93% a 98(9-14), confirmando a importância do exame para o
diagnóstico dessa doença, sendo que alguns estudos sugerem que a manometria
deva ser usado, nos pacientes com suspeita da doença, como um teste de
rastreamento antes da realização da biópsia(11,12)
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Referências bibliográficas:
1. .American Gastroenterological Association Medical Position Statement: Clinical use
of esophageal manometry. Gastroenterology 2005;128:207-8 ou 209-24
2. The Society for Surgery of the Alimentary Tract. Esophageal Achalasia. Disonível
em: http://www.ssat.com/cgi-bin/achalasia.cgi
3. Gilger Mark A, Boyle John T, Sondheimer Judith M, Colletti Richard B. A medical
position statement of the North American Society for Pediatric Gastroenterology
and Nutrition: Indications for Pediatric Esophageal Manometry. J Pediatr
Gastroenterol Nutr. 1997;24(5):616-18
4. American Gastroenterological Association Medical Position Statement : Guidelines
on the Use of Esophageal pH Recording. Gastroenterology 1999;110:1981-96
5. American Gastroenterological Association Medical Position Statement on Anorectal
Testing Techiniques. Gastroenterology 1999;116:732-60
6. Debate: Anorectal Manometry and Imaging Are Necessary in patients with Fecal
Incontince. Am J Gastroenterol 2006;101:2679-84
7. Satish SC Rao, Ramazan Ozturk, Loren Laine. Clinical Utility of diagnostic Test for
constipation in Adults; A Systematic Review. Am J Gastroenterol
2005;100(70):1605-15
8. Remes-Troche JM, Rao SS. Diagnostic testing in patients with chronic
constipation.Curr Gastroenterol Rep 2006;8(50:416-24
9. Loening-Baucke V, Pringle KC, Ekwo EE. Anorectal manometry for the exclusion of
Hirschsprung's disease in neonates. J Pediatr Gastroenterol Nutr 1985;4(4):596603
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10. Low Ps, Quak Sh, Prabhakaran K, Joseph VT, Chiang GS, Aiyathurai. Accuracy of
anorectal manometry in the diagnosis of Hirschsprung's disease. J Pediatr
Gastroenterol Nutr 1989;9(3):342-6
11. Emir H, Akman M, Sarimurat N, Kiliç N, Erdogan E, Soylet Y. Anorectal manometry
during the neonatal period: its specificity in the diagnosis of Hirschsprung's disease.
Eur J Pediatr Surg 1999;9(2);101-3(abastract)
12. Lopez Alonso M, hernandez Orgaz A, Riba Serna J. Reability index of anorectal
manometry for the diagnosis of Hirschsprung disease. Cir Pediatr 2005;18(1):13-6
13. De Lorijn F, Reitsma JB, Voskuijl WP, Aronson DC, Ten Kate et al. Diagnosis of
Hirschsprung's disease: a prospective, comparative accuracy study of common
tests. J Pediatr 2005;146(6):787-92
14. De Lorjn F, Kremer LC, reitsma JB, Benninga MA. Diagnostic test in Hirschsprung
disease: a systematic review. J Pediatr gastroenterol Nutr 2006;42(5):496-505
Cuiabá 19/10/2007
Dr Valfredo da Mota Menezes
Consultor
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