Sessão Clínica – SOBED Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais Alexandre Martins Passos Ferreira Residente do serviço de Endoscopia Orientadores: Dr. Walton Albuquerque e Dr Itiberê Pessoa Caso Clínico WON, 68 anos, masculino QP ◦ Disfagia para sólido+ regurgitação + dor torácica com 03 meses de evolução HPP ◦ HAS; DM insulino-dependente com LOA: retinopatia diabética; passado de IAM ◦ Sem abordagem cirúrgica prévia Propedêutica Manometria de alta resolução Esofagograma Megaesôfago grau II; Dificuldade de esvaziamento Ondas terciárias Acalasia tipo II (Chicago) Hipotonia do esfíncter inferior Sorologia Chagas: negativa Endoscopia Digestiva Alta Esôfago endoscopicamente normal Pangastrite enantematosa Duodeno normal Escore de Eckardt Paciente: 06 pontos Discussão ◦ Preditores manométricos de boa resposta: PEEI < 10mmHg após o procedimento e mais de 50% de queda da PEEI em realção ao valor pré-procedimento. ◦ Índice de sucesso é de 70-95%, mantendo resultado satisfatório com uma ou mais dilatações nos primeiros 05 anos. ◦ Vantagens: segura, pode ser repetida. ◦ Complicações: perfuração (0,4-5,4%); DRGE, sangramento. Mais raramente: hematoma intramural; dor torácica prolongada, febre, divertículos de cárdia. Bibliografia o BMJ 2016; 354 doi: https://doi.org/10.1136/bmj.i2785 (Published 13 September 2016) o Vaezi MF, Pandolfino JE, Vela MF. ACG clinical guideline: diagnosis and management of achalasia. Am J Gastroenterol. 2013;108:1238–1249. quiz 50. o Ann Gastroenterol 2015 Jul-Sep; 28(3): 301–308. Resumo Paciente SCR, 68 anos, sexo masculino, natural de Belo Horizonte, encaminhado ao serviço de endoscopia do IPSEMG para avaliação quanto dilatação pneumática para tratamento de acalasia idiopática. Queixa-se de disfagia para sólidos com três meses de evolução, associado a episódios diários de regurgitação e esporádicos de dor torácica, sem perda de peso. A endoscopia evidenciou mucosa esofágica normal e não foi observada dificuldade para introdução do aparelho pela junção esofagogástrica. O esofagograma demonstrou megaesôfago grau II e manometria de alta resolução acalasia esofágica tipo II (classificação de Chicago) e hipotonia do esfíncter esofágico inferior. Foi, ainda, avaliado pela cirurgia do aparelho digestivo, que não indicou abordagem cirúrgica. O motivo principal da apresentação do caso é saber se a dilatação endoscópica está bem indicada em caso de escore de Eckardt maior do que três, associado a hipotonia do EEI e a possibilidade do distúrbio de esvaziamento do esôfago ser secundário ao diabetes.