Página 1 de 24 EXERCÍCIOS PERÍODO PRÉ

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EXERCÍCIOS
PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500 – 1530)
1. Observe estes mapas:
a) Identifique duas diferenças significativas entre os mapas, quanto à forma de representação cartográfica.
b) Qual era o principal objetivo de cada mapa, considerando os diferentes contextos históricos em que foram criados?
2. Na bacia do Rio São Francisco, nas paleolagoas conhecidas hoje como tanques, foram achados ossos de
animais extintos da fauna pleistocênica, que conviveram com o homem em diversas áreas da região, como Salgueiro
e Alagoinha, em Pernambuco. Pesquisas mais recentes assinalaram, também, a presença de megafauna, como o
mastodonte e a preguiça-gigante, como é o caso da Lagoa Uri de Cima em Salgueiro.
O trecho acima propõe uma leitura da História do Brasil, que se caracteriza pela
a) presença essencial dos europeus no continente americano.
b) inexistência de exemplares da megafauna em território brasileiro.
c) carência de estudos paleoantropológicos e sítios arqueológicos no Nordeste.
d) antiguidade da presença humana no país, anterior à chegada dos portugueses.
e) existência de répteis de porte avantajado, popularmente conhecidos como dinossauros.
3. Sobre o período pré-colonial na História do Brasil, é correto afirmar que
a) foi estabelecida a escravidão indígena como forma de exploração do trabalho, devido à ausência de uma atividade
econômica que financiasse o tráfico de escravos africanos para o Brasil.
b) a economia baseou-se na exploração de produtos naturais da terra, que não exigiam o estabelecimento da
agricultura para serem extraídos, como o pau-brasil, o cacau e o látex.
c) promoveu-se a doação de porções da terra recém-descoberta para a aristocracia portuguesa, cujos membros
ocupavam os principais cargos na administração pública reinol.
d) havia desinteresse na colonização imediata do território, tendo em vista que os principais recursos humanos e
materiais portugueses estavam voltados para a exploração do rendoso comércio com as Índias.
e) foram enviadas ao litoral brasileiro as chamadas “expedições guarda-costas”, que visavam vigiar a nova
descoberta portuguesa diante da possível invasão holandesa na região.
4. De 1500 a 1530, os portugueses não desenvolveram um grande projeto de colonização para a sua colônia na
América (Brasil). Nesse período, ocorreram as expedições de reconhecimentos e as expedições guarda-costas.
A economia, nesse período,
a) deteve-se ao cultivo de café na região do Vale do rio Paraíba.
b) limitou-se ao cultivo de cana-de-açúcar no nordeste com o trabalho escravo.
c) dedicou-se à extração de metais preciosos, sobretudo prata, nas Gerais.
d) baseou-se na extração do pau-brasil através do escambo com os nativos.
5. Sobre o processo de colonização do Brasil, leia o fragmento abaixo e considere as afirmações a seguir.
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“Desde o século XIX, discute-se se a chegada dos portugueses ao Brasil foi obra do acaso, sendo produzida pelas
correntes marítimas, ou se já havia conhecimento anterior do Novo Mundo e Cabral estava imbuído de uma espécie
de missão secreta que o levasse a tomar o rumo do ocidente (...). De qualquer forma, trata-se de uma controvérsia
que hoje interessa pouco, pertencendo mais ao campo da curiosidade histórica do que à compreensão dos
processos históricos.”
I. O descobrimento do Brasil não entusiasmou Portugal do ponto de vista econômico. A arrecadação proveniente do
Brasil representava apenas 2,5% das rendas da Coroa e por muitos anos a principal atividade econômica foi a
extração de pedras preciosas.
II. Uma das grandes ameaças à posse do Brasil por Portugal foi a França, que ocupou o Rio de Janeiro (1555-1560)
e o Maranhão (1612-1615), entrando no comércio de pau-brasil e praticando a pirataria.
III. No sistema de capitanias hereditárias, as únicas que prosperaram foram as de São Vicente e de Pernambuco,
que desenvolveram a atividade açucareira e estabeleceram um relacionamento mais amistoso com os índios.
IV. A centralização administrativa da colônia foi feita pelo Governo Geral, que consolidou os pilares básicos da
colonização: grande propriedade, trabalho assalariado e agroexportação.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
6. A descoberta do Brasil, em 22 de abril de 1500, pela esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral, com
destino às Índias, integra o ciclo da expansão marítima portuguesa. Inicialmente denominada Terra de Vera Cruz,
depois Santa Cruz e, finalmente, Brasil, a nova terra foi explorada em princípio em função da extração do pau-brasil,
madeira de cor vermelha, usada em tinturaria na Europa, e que deu o nome à terra.
O Brasil foi descoberto e começou a ser povoado pelos portugueses na Idade
a) Média.
b) Antiga.
c) Moderna.
d) Contemporânea.
7. Leia com atenção o fragmento retirado da Carta de Pero Vaz de Caminha.
“E quando veio ao Evangelho, que nos erguemos todos em pé, com as mãos levantadas, eles [os índios] se
levantaram conosco e alçaram as mãos, ficando assim, até ser acabado; e então tornaram-se a assentar como nós.
E quando levantaram a Deus, que nos pusemos de joelhos, eles se puseram assim todos, como nós estávamos com
as mãos levantadas, e em tal maneira sossegados, que, certifico a Vossa Alteza, nos fez muita devoção.”
Pero Vaz de Caminha. In: OLIVIERI, A. C. e VILLA, M. A. Crônicas do descobrimento. São Paulo: Ática, 1999, p. 23.
Em relação à Carta de Caminha para o Rei de Portugal, pode-se dizer que é:
a) Uma narrativa que projeta sobre as populações nativas uma visão de mundo cristão, como se o Brasil fosse uma
espécie de paraíso edênico.
b) Um relato imparcial sobre as populações indígenas, porque o autor narra exatamente o que viu e viveu no Brasil.
c) Uma narrativa capaz de identificar a verdadeira essência das populações indígenas brasileiras que já conheciam o
cristianismo, e traziam no seu íntimo um conhecimento prévio dos ensinamentos pregados por Cristo a seus
discípulos.
d) Um relato que expressa total ignorância e despreparo do cronista sobre o caráter dissimulado e estratégico das
populações indígenas, que desejavam tão somente ganhar a confiança dos viajantes europeus para obter lucros e
fazer alianças políticas para derrotar seus inimigos.
e) Um relato sem valor histórico, pois está marcado por uma perspectiva eurocêntrica e preconceituosa sobre os
habitantes nativos do Brasil.
8. “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse período, a coroa
portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano de ocupação efetiva. […] A
atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados para o comércio com o Oriente, que
desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O
desinteresse português em relação ao Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época,
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como observou o navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não
encontramos nada de proveito”.
Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a)
a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados
comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de
Greenwich.
b) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias.
c) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificultavam o
desembarque e o reconhecimento das novas terras.
d) abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia metropolitana
portuguesa.
e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência
de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições.
9. Os povos pré-históricos do litoral do Brasil eram seminômades e deixaram como vestígios de sua presença o
a) sambaqui.
b) zigurate.
c) stonehenge.
d) hipogeu.
10. “A conquista do Brasil pressupunha também o domínio ideológico dos povos das regiões colonizadas pela
Coroa lusitana. Havia que provar pelo convencimento e pela força – a superioridade do modo oficial português de
ser. Era necessário convencer as populações nativas e os recém-chegados da inferioridade e do 'bestialismo' dos
hábitos americanos. A opção de europeus pela cultura material e social tupinambá causava tensões insustentáveis
na férrea camisa-de-força vivencial em que as elites civis e religiosas ibéricas enquadravam as classes subalternas –
metropolitanas e coloniais.”
O texto acima e seus conhecimentos sobre as relações de dominação entre europeus e as populações indígenas na
América Portuguesa permitem afirmar que
a) os missionários analisavam o sistema cultural indígena, seus costumes, seu cotidiano, etc., segundo a moralidade
cristã.
b) a adaptação dos europeus aos Trópicos e a assimilação de certos costumes indígenas foi estimulada pela Coroa e
pela Igreja Católica.
c) os colonizadores, os missionários e os agentes portugueses compreendiam os costumes indígenas de forma
idealizada, tolerante e idílica.
d) os primeiros anos de colonização do território brasileiro foram marcados pela miscigenação e tolerância acerca do
sistema cultural tupinambá.
e) embora na colônia os europeus tenham adotado práticas de intolerância, na metrópole possuíam postura com
maior respeito à diversidade cultural e religiosa.
11. "Descoberto o Novo Mundo e instaurado o processo de colonização, começou a se desenrolar o embate entre o
Bem e o Mal."
Laura de Mello e Souza. Inferno Atlântico. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 22-23.
Na percepção de muitos colonizadores portugueses do Brasil, uma das armas mais importantes utilizadas nesse
“embate entre o Bem e o Mal” era a
a) retomada de padrões religiosos da Antiguidade.
b) defesa do princípio do livre arbítrio.
c) aceitação da diversidade de crenças.
d) busca da racionalidade e do espírito científico.
e) catequização das populações nativas.
12. Leia o texto a seguir.
Tocadas em 1500 pelos homens de Pedro Álvares Cabral, as terras que hoje são brasileiras foram desde então
oficialmente incorporadas à coroa portuguesa. Se haviam sido frequentadas antes, como sugere o Esmeraldo de Situ
Orbis, e defendem alguns historiadores portugueses, disso não ficou maior registro, e não há, pois, como fugir da
data consagrada e recentemente celebrada – para o bem e para o mal – por brasileiros e portugueses. Descoberto
oficialmente, pois, em 1500, sob o pontificado de Alexandre VI Borgia, não se pode dizer, a rigor, que existisse,
então, nem Brasil nem brasileiros. Vários são os sentidos dessa não existência.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, responda aos itens a seguir.
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a) Cite e explique 2 fatores que possibilitaram o pioneirismo do Estado português nas Grandes Navegações.
b) Explique o que a historiadora e autora desse texto, Laura de Mello e Souza, quer dizer com a seguinte passagem:
“não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros.”.
13. Publicado em Veneza, em 1556, o mapa abaixo é um dos primeiros a mostrar o Brasil individualmente. Raro, ele
faz parte de uma obra italiana, Atlas dele navigazione e Viaggi (Atlas de navegação e Viagens), de Giovanni Battista
Ramusio.
Trata-se de uma pintura da época sobre o Brasil, a qual revela pouca preocupação geográfica, mas que nos mostra:
a) uma terra de riquezas: a exuberância das matas, a fartura de peixes nos mares e a existência de povoadores
fortes, sadios e trabalhadores.
b) indígenas extraindo troncos de pau-brasil que, depois, eram empilhados nas feitorias. Chegando os portugueses,
os nativos eram recompensados através de um escambo com produtos europeus.
c) o início da colonização do Brasil: os indígenas estão derrubando as árvores para formar os campos onde seria
feito o plantio da cana-de-açúcar e a construção dos engenhos.
d) o medo dos nativos brasileiros com a chegada das naus portuguesas: eles estão abatendo árvores para
construção de fortificações e defesa da ameaça europeia.
e) homens nus, selvagens, que conviviam pacificamente com animais de grande porte, o que causava grande
espanto e medo aos colonizadores.
14. Acerca dos povos “pré-colombianos” e dos habitantes do Brasil anteriores à colonização, marque V para as
afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
(
(
(
(
) Todos, sem exceção, já haviam estabelecido uma organização política e social extremamente estratificada,
estamental e hierarquizada, baseada nos laços de parentesco.
) Haviam sociedades agrícolas, sedentarizadas e algumas nômades, que não dominavam a domesticação de
animais, o cultivo sistemático e viviam, portanto, da caça e da coleta.
) Em algumas regiões específicas, a agricultura se desenvolveu mais intensamente e o acúmulo de experiências
culturais resultou numa maior condição de desenvolvimento entre essas populações.
) No Brasil, o período inicial do processo de colonização coincide, historicamente, com o período de
sedentarização dos nativos e sua introdução ao mundo da agricultura e da pecuária, anteriormente inexistentes.
A sequência está correta em
a) V – F – V – F
b) V – F – F – V
c) V – F – V – V
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d) F – V – V – F
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
Leia o texto para responder à questão.
[Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou
dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem
os nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm
verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque não
têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua
vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm esta letra R
na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai
o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...].
(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.)
15. O texto destaca três elementos que o autor considera inexistentes entre os tupinambás, no final do século XVI.
Esses três elementos podem ser associados, respectivamente,
a) à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às relações familiares.
b) à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política.
c) ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito pelos diferentes.
d) à estrutura política, à anarquia social e ao desrespeito familiar.
e) ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação dos estrangeiros.
16. Os comentários de Gabriel Soares de Souza expõem
a) a dificuldade dos colonizadores de reconhecer as peculiaridades das sociedades nativas.
b) o desejo que os nativos sentiam de receber orientações políticas e religiosas dos colonizadores.
c) a inferioridade da cultura e dos valores dos portugueses em relação aos dos tupinambás.
d) a ausência de grupos sedentários nas Américas e a missão civilizadora dos portugueses.
e) o interesse e a disposição dos europeus de aceitar as características culturais dos tupinambás.
17.
Os povos tupi correspondiam no século XV a um enorme conjunto populacional étnico-linguístico que se
espalhava por quase toda a costa atlântica sul do continente americano, desde o atual Ceará, até a Lagoa dos Patos,
situada nos dias de hoje no Rio Grande do Sul. De acordo com registros de missionários jesuítas e de exploradores
portugueses dos primeiros anos da colonização portuguesa, os povos tupi se disseminaram pelo que é hoje a costa
brasileira, numa dinâmica combinada de crescimento populacional e fragmentação sociopolítica. Ao mesmo tempo,
uma utopia ancestral cultivada pelos diversos grupos tupi da busca de uma “terra sem males”, teria contribuição para
sua expansão territorial. Os tupi chegaram no início do século XVI à Amazônia, ocupando a Ilha Tupinambarana
como ponto final de sua peregrinação. No caminho percorrido, os povos tupi viviam numa atmosfera de guerra
constante entre si e com outros povos não-tupi. Guerras, captura e canibalização dos inimigos alimentavam a
fragmentação, a dispersão territorial e o revanchismo.
Em termos simbólicos, o sentido da antropofagia, resultante do enfrentamento entre indígenas pouco antes do início
da colonização portuguesa, tem relação com:
a) a necessidade de exterminar os inimigos na totalidade, inclusive pela ingestão física, de modo a interditar-lhes
qualquer forma de sobrevivência ou resquício material.
b) o interesse em assimilar as potencialidades guerreiras e a bravura dos inimigos, bem como incorporar seu
universo social e cosmológico adicionado ao grupo do vencedor.
c) a profunda diferença sociocultural entre os povos tupi, que ao longo da expansão tendiam a considerar-se como
estrangeiros, habitando regiões contíguas.
d) a interferência de navegadores europeus que alimentavam as dissensões entre os povos indígenas como meio de
conquistá-los posteriormente.
e) a disputa territorial com os povos não-tupi, que foram praticamente expulsos da costa e obrigados a adentrar o
interior do continente.
18. O período compreendido entre 1500 e 1530 é denominado, pela historiografia tradicional, de “período précolonial”. Entre as características dessa época, é INCORRETO elencar
a) a fundação de feitorias e a exploração do pau-brasil.
b) o envio de expedições “guarda-costas” para a defesa do litoral.
c) a presença de franceses “contrabandeando” pau-brasil.
d) a fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão.
19. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e
não lhe queriam por mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido,
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confeitos, bolos, mel, figos-passa. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provaram alguma coisa, logo a
lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca, não gostaram dele nada, nem quiseram
mais.
“A carta de Pero Vaz Caminha”, maio de 1500. Extraído de Dea Ribeiro Fenelon. 50 textos de história do Brasil. São
Paulo: Hucitec, 1986, p. 23.
O documento mostra um dos primeiros contatos entre portugueses e nativos do atual Brasil. Podemos dizer, entre
outras coisas, que a carta, na sua íntegra, demonstra a
a) superioridade técnica dos europeus em relação aos indígenas e os motivos de a conquista portuguesa não ter
enfrentado resistência.
b) necessidade de reeducar os hábitos dos indígenas, cuja alimentação cotidiana era muito menos diversificada que
a dos conquistadores.
c) importância da chegada dos portugueses ao continente americano, pois eles trouxeram melhores alimentos e
melhores hábitos de vestimenta.
d) variedade de hábitos culturais de europeus e indígenas, ao expor diferenças nas vestimentas, nos utensílios e na
alimentação.
e) harmonia plena com que se deram as relações entre conquistadores e conquistados, que se identificaram
facilmente.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Leia o texto a seguir.
Nas primeiras três décadas que se seguiram à passagem da armada de Cabral, além das precárias guarnições das
feitorias [...], apenas alguns náufragos [...] e “lançados” atestavam a soberania do rei de Portugal no litoral americano
do Atlântico Sul.
(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008.)
20. No processo de ocupação portuguesa do atual território do Brasil, as primeiras três décadas que se seguiram à
passagem da armada de Cabral podem ser caracterizadas como um período em que
a) Portugal não se dedicou regularmente à sua colonização, pois estava voltado prioritariamente para a busca de
riquezas no Oriente.
b) prevaleceram as atividades extrativistas, que tinham por principal foco a busca e a exploração de ouro nas regiões
centrais da colônia.
c) Portugal estabeleceu rotas regulares de comunicação, interessado na imediata exploração agrícola das férteis
terras que a colônia oferecia.
d) prevaleceram as disputas pela colônia com outros países europeus e sucessivos episódios de invasão holandesa
e francesa no litoral brasileiro.
e) Portugal implantou fortificações ao longo do litoral e empenhou-se em estender seus domínios em direção ao sul,
chegando até a região do Prata.
21. “O Brasil é uma criação recente. Antes da chegada dos europeus (...) essas terras imensas que formam nosso
país tiveram sua própria história, construída ao longo de muitos séculos, de muitos milhares de anos. Uma história
que a Arqueologia começou a desvendar apenas nos últimos anos.”
O texto acima afirma que
a) o Brasil existe há milênios, embora só tenham surgido civilizações evoluídas em seu território após a chegada dos
europeus.
b) a história do que hoje chamamos Brasil começou muito antes da chegada dos europeus e conta com a
contribuição de muitos povos que aqui viveram.
c) as terras que pertencem atualmente ao Brasil são excessivamente grandes, o que torna impossível estudar sua
história ao longo dos tempos.
d) a Arqueologia se dedicou, nos últimos anos, a pesquisar o passado colonial brasileiro e seu vínculo com a Europa.
e) os povos indígenas que ocupavam o Brasil antes da chegada dos europeus, foram dizimados pelos
conquistadores portugueses.
22. Em geral, os nossos tupinambás ficaram admirados ao ver os franceses e os outros dos países longínquos
terem tanto trabalho para buscar o seu arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me fez esta
pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e pêros (franceses e portugueses), buscar lenha de tão longe para vos
aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?”
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O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz um diálogo travado, em 1557, com um ancião tupinambá, o
qual demonstra uma diferença entre a sociedade europeia e a indígena no sentido
a) do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais.
b) da preocupação com a preservação dos recursos ambientais.
c) do interesse de ambas em uma exploração comercial mais lucrativa do pau-brasil.
d) da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas.
e) da preocupação com o armazenamento de madeira para os períodos de inverno.
23.
O período inicial da presença portuguesa no litoral atlântico da América do Sul, que se estendeu
aproximadamente do ano de 1500 ao início da década de 1530, apresentou características distintas das
apresentadas nos momentos posteriores de implantação e consolidação do projeto colonial. Pode-se afirmar que, nos
territórios recém-descobertos, durante aquelas primeiras décadas,
a) Tentando superar a dificuldade de implantação do projeto colonizador, os portugueses atribuíram grande papel à
iniciativa privada, que ficou responsável pelo recrutamento de mão de obra, desbravamento do território e
implantação da agromanufatura de exportação.
b) Visando povoar e defender o território contra intrusos de outras potências europeias, o Estado português implantou
na colônia uma política de relativa tolerância religiosa, permitindo aos judeus e aos protestantes possuir e cultivar
terras, em troca da promessa de fidelidade à Coroa portuguesa.
c) Atribuindo grande importância às rotas comerciais do Oriente, via litoral africano, os portugueses dedicaram às
terras americanas uma atenção relativamente secundária, sendo estas, principalmente, objeto de expedições
exploratórias e de contatos esporádicos com as populações indígenas que habitavam o litoral.
d) Objetivando ao máximo de aproveitamento econômico foram realizadas as primeiras iniciativas de exploração
utilizando a mão de obra escrava negra e moura, aproveitando-se das experiências anteriores de colonização dos
portugueses nas Ilhas do Atlântico e do Mediterrâneo Ocidental.
24.
Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os primeiros contatos entre os indígenas e os
portugueses no Brasil: “Quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um
deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como
se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e
novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós
tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós
não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!”
Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e europeia foi
a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar transações comerciais: os indígenas se
integrariam ao sistema de colonização, abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se
miscigenando com os colonizadores.
b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da extração de
riquezas, interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada
junto com essa população.
c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos descobridores na exploração da nova terra,
viabilizando um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos nativos, o que levaria à destruição da sua
cultura.
d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o
mercado consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca por colônias e à integração cultural das
populações nativas.
25. “Chegamos à terra dos Ciclopes, homens soberbos e sem leis (...) Não têm assembleias que julguem ou
deliberem, nem leis; vivem em grutas, no cimo das altas montanhas: e cada um dita a lei a seus filhos e mulheres,
sem se preocupar uns com os outros”.
(Homero. Odisseia, Século VIII a.C.)
“Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles não
têm nem entendem nenhuma crença, segundo parece. E, portanto, se os degredados que aqui hão-de ficar
aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, fazerem-se
cristãos e crerem na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de
boa simplicidade e imprimir-se-á [facilmente] neles qualquer cunho que lhes quiserem dar”.
(Pero Vaz de Caminha. Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil, 1.º de maio de 1500.)
Os textos apresentados expressam valores próprios às sociedades em que foram produzidos: a Grécia da
antiguidade e a ibérica do século XV.
a) Que diferença de valores pode ser constatada entre essas sociedades, a partir dos textos?
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b) Além do objetivo expresso pela Carta de Caminha, a colonização portuguesa do Brasil teve uma clara finalidade
econômica. Qual finalidade era essa?.
26. Os vestígios dos povos Tupi-guarani encontram-se desde as Missões e o rio da Prata, ao sul, até o Nordeste,
com algumas ocorrências ainda mal conhecidas no sul da Amazônia. A leste, ocupavam toda a faixa litorânea, desde
o Rio Grande do Sul até o Maranhão. A oeste, aparecem (no rio da Prata) no Paraguai e nas terras baixas da Bolívia.
Evitam as terras inundáveis do Pantanal e marcam sua presença discretamente nos cerrados do Brasil central. De
fato, ocuparam, de preferência, as regiões de floresta tropical e subtropical.
Os povos indígenas citados possuíam tradições culturais específicas que os distinguiam de outras sociedades
indígenas e dos colonizadores europeus. Entre as tradições tupi-guarani, destacava-se
a) a organização em aldeias politicamente independentes, dirigidas por um chefe, eleito pelos indivíduos mais velhos
da tribo.
b) a ritualização da guerra entre as tribos e o caráter semissedentário de sua organização social.
c) a conquista de terras mediante operações militares, o que permitiu seu domínio sobre vasto território.
d) o caráter pastoril de sua economia, que prescindia da agricultura para investir na criação de animais.
e) o desprezo pelos rituais antropofágicos praticados em outras sociedades indígenas.
27. Chegança
Sou Pataxó,
Sou Xavante e Carriri,
Ianomâmi, sou Tupi
Guarani, sou Carajá.
Sou Pancaruru,
Carijó, Tupinajé,
Sou Potiguar, sou Caeté,
Ful-ni-ô, Tupinambá
Eu atraquei num porto muito seguro,
Céu azul, paz e ar puro...
Botei as pernas pro ar.
Logo sonhei que estava no paraíso,
Onde nem era preciso dormir para sonhar.
Mas de repente me acordei com a surpresa:
Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar.
Da grande-nau
Um branco de barba escura,
Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar.
E assustado dei um pulo da rede,
Pressenti a fome, a sede,
Eu pensei: “vão me acabar”.
Levantei-me de Borduna já na mão.
Aí, senti no coração,
O Brasil vai começar.
NÓBREGA, A.; FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998.
A letra da canção apresenta um tema recorrente na história da colonização brasileira, as relações de poder entre
portugueses e povos nativos, e representa uma crítica à ideia presente no chamado mito
a) da democracia racial, originado das relações cordiais estabelecidas entre portugueses e nativos no período
anterior ao início da colonização brasileira.
b) da cordialidade brasileira, advinda da forma como os povos nativos se associaram economicamente aos
portugueses, participando dos negócios coloniais açucareiros.
c) do brasileiro receptivo, oriundo da facilidade com que os nativos brasileiros aceitaram as regras impostas pelo
colonizador, o que garantiu o sucesso da colonização.
d) da natural miscigenação, resultante da forma como a metrópole incentivou a união entre colonos, ex-escravas e
nativas para acelerar o povoamento da colônia.
e) do encontro, que identifica a colonização portuguesa como pacífica em função das relações de troca estabelecidas
nos primeiros contatos entre portugueses e nativos.
28. Sobre o período Pré-colonial, é CORRETO afirmar:
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a) Um grupo de mercadores portugueses, representados por Fernão de Loronha, arrendou o direito de exploração do
território, no início do século XVI.
b) A extração de pau-brasil era destinada à exportação dessa madeira para a construção de fortes e edifícios
administrativos portugueses nas possessões ultramarinas do Oriente, como Goa e Nagasaki.
c) A administração do Governador-Geral Duarte da Costa permitiu a utilização da mão de obra indígena na
instauração de feitorias que, mais tarde, possibilitariam a implementação dos engenhos de açúcar.
d) A produção de cana-de-açúcar em Pernambuco e São Vicente, assim como de algodão, no Maranhão, permitiu a
expansão da presença portuguesa para além dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas.
29. Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos
traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta
inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e
verdadeiros. Os cabelos seus são corredios.
O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, documento fundamental para a formação da identidade
brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, se estabeleceu entre portugueses e indígenas,
esse trecho da carta revela a
a) preocupação em garantir a integridade do colonizador diante da resistência dos índios à ocupação da terra.
b) postura etnocêntrica do europeu diante das características físicas e práticas culturais do indígena.
c) orientação da política da Coroa Portuguesa quanto à utilização dos nativos como mão de obra para colonizar a
nova terra.
d) oposição de interesses entre portugueses e índios, que dificultava o trabalho catequético e exigia amplos recursos
para a defesa recursos para a defesa da posse da nova terra.
e) abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua incorporação aos interesses mercantis portugueses, por
meio da exploração econômica dos índios.
30. Leia as duas estrofes a seguir:
"Pindorama, Pindorama
É o Brasil antes de Cabral
Pindorama, Pindorama
É tão longe de Portugal
Fica além, muito além
Do encontro do mar com o céu
Fica além, muito além
Dos domínios de Dom Manuel.
Vera Cruz, Vera Cruz
Quem achou foi Portugal
Vera Cruz, Vera Cruz
Atrás do Monte Pascoal
Bem ali Cabral viu
Dia vinte e dois de abril
Não só viu, descobriu
Toda terra do Brasil."
Pindorama, de Sandra Peres e Luiz Tatit, in "Palavra Cantada", Canções Curiosas, 1998.
Entre as várias referências da letra da canção à chegada dos portugueses à América, pode-se mencionar
a) a preocupação com os perigos da viagem, a distância excessiva e a datação exata do momento da descoberta.
b) o caráter documental do texto, que reproduz o tom, a intenção informativa e a estrutura dos relatos de viajantes.
c) a dúvida quanto à expressão mais adequada para designar a chegada dos portugueses, daí a variação de verbos.
d) o pequeno conhecimento das novas terras pelos conquistadores, indicando sua crença de terem chegado às
Índias.
e) a diferença entre os termos que nomeavam as terras, sugerindo uma diferença entre a visão do índio e a do
português.
31. Considere o texto a seguir:
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"Em toda a semana [os homens] se ocupam em fazer roças para seus mantimentos (que antes não faziam senão as
mulheres)".
("Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil (1538-1553)". Editadas por Serafim Leite. São Paulo: Comissão do
IV Centenário, 1954, v. I, p. 179).
Neste texto descreve-se uma mudança na divisão social do trabalho indígena (trabalho masculino e feminino), que
ocorreu no Brasil colonial com a chegada dos padres jesuítas. Contudo, antes desta mudança, cabia aos homens e
às mulheres tupinambás:
a) os homens derrubavam a floresta, caçavam e pescavam, e as mulheres trabalhavam no plantio.
b) os homens trabalhavam no plantio, caçavam, pescavam, e as mulheres derrubavam a floresta.
c) os homens trabalhavam na obtenção de alimentos, e as mulheres na criação dos filhos.
d) os homens derrubavam a floresta, e as mulheres obtinham os alimentos.
e) os homens trabalhavam na obtenção de alimentos, e as mulheres na organização das cerimônias religiosas.
32. O período da nossa história conhecido como Pré-colonizador pode ser caracterizado pelos seguintes pontos:
I. A descoberta de metais preciosos, particularmente, prata e diamantes na região amazônica.
II. A montagem de estabelecimentos provisórios, conhecidos como feitorias, onde eram feitas trocas comerciais entre
os navegantes portugueses e os povos indígenas do Brasil.
III. A criação das cidades de São Vicente e Desterro no litoral da América Portuguesa.
IV. A utilização da mão de obra indígena para a exploração de madeira, particularmente, do pau-brasil.
Dentre as afirmativas anteriores estão corretas apenas:
a) I e II
b) II e III
c) II e IV
d) III e IV
e) I e IV
33. Considere a ilustração.
Extração do pau-brasil pelos índios. Detalhe ornamental de mapa do Atlas de Johannes van Keulen, 1683.
(In: Elza Nadai e Joana Neves. "História do Brasil". São Paulo: Saraiva, 1996. p. 39)
A devastação das florestas brasileiras não é uma prática recente. No contexto da história do Brasil colonial, essa
devastação decorreu da exploração do pau-brasil, como mostra a ilustração, que era uma atividade
a) praticada pelos povos indígenas para comércio interno, antes mesmo da chegada dos europeus.
b) desprezada pelos colonizadores portugueses, razão pelo qual os franceses a praticavam utilizando o trabalho dos
índios.
c) considerada monopólio da Coroa portuguesa e gerou muitos conflitos entre índios, portugueses e franceses.
d) realizada entre índios e ingleses porque os franceses estavam interessados exclusivamente na busca do ouro e
prata.
e) desenvolvida pelos holandeses que utilizavam o trabalho do índio e os remuneravam com baixos salários.
34. Se levarmos em conta que os colonizadores portugueses mantiveram um contato maior com as nações tupi,
podemos dizer que as sociedades indígenas brasileiras viviam num regime de comunidade primitiva, no qual
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a) não existia propriedade privada, pois os únicos bens individuais eram os instrumentos de caça, pesca e trabalho,
como o arco, a flecha e o machado de pedra.
b) cabia aos homens, além da caça e da pesca, toda a atividade agrícola do plantio a da colheita.
c) cada família tinha a sua propriedade, apesar de todos trabalharem para o sustento da comunidade.
d) a economia era planificada, e todo o excedente era trocado com as tribos vizinhas.
e) tanto a propriedade privada quanto a agricultura de subsistência e a divisão de trabalho obedeciam a critérios
naturais, ou seja, de acordo com o sexo e a idade.
35. (...) Pré-História do Brasil compreende a existência de uma crescente variedade linguística, cultural e étnica, que
acompanhou o crescimento demográfico das primeiras levas constituídas por poucas pessoas (...) que chegaram à
região até alcançar muitos milhões de habitantes na época da chegada da frota de Cabral. (...) não houve apenas um
processo histórico, mas numerosos, distintos entre si, com múltiplas continuidades e descontinuidades, tantas quanto
as etnias que se formaram constituindo ao longo dos últimos 30, 40, 50, 60 ou 70 mil longos anos de ocupação
humana das Américas.
Considerando o texto, é correto afirmar que
a) as populações indígenas brasileiras são de origem histórica diversa e, da perspectiva linguística, étnica e cultural,
se constituíram como sociedades distintas.
b) uma única leva imigratória humana chegou à América há 70 mil anos e dela descendem as populações indígenas
brasileiras atuais.
c) a concepção dos autores em relação à Pré-História do Brasil sustenta-se na ideia da construção de uma
experiência evolutiva e linear.
d) os autores descrevem o processo histórico das populações indígenas brasileiras como uma trajetória fundada na
ideia de crescente progresso cultural.
e) na época de Cabral, as populações indígenas brasileiras eram numerosas e estavam em um estágio evolutivo
igual ao da Pré-História europeia.
36. O termo 'feitor' foi utilizado em Portugal e no Brasil colonial para designar diversas ocupações. Na época da
expansão marítima portuguesa, as feitorias espalhadas pela costa africana e, depois, pelas Índias e pelo Brasil
tinham feitores na direção dos entrepostos com função mercantil, militar, diplomática. No Brasil, porém, o sistema de
feitorias teve menor significado do que nas outras conquistas, ficando o termo 'feitor' muito associado à administração
de empresas agrícolas.
a) Indique características do sistema de feitorias empreendido por Portugal.
b) Qual a produção agrícola predominante no Brasil entre os séculos XVI e XVII? Quais as funções desempenhadas
pelo feitor nessas empresas agrícolas?
37. Seja qual for o termo utilizado para descrever o encontro de indígenas e europeus no continente americano no
findar do século XV, é consenso que seu resultado foi, ao mesmo tempo, lucrativo para os europeus e desastroso
para as populações indígenas. Sobre as consequências de tal encontro, analise as seguintes proposições:
I. A colonização da América do Norte foi empreendida por famílias inglesas em fuga da Inglaterra por causa das
perseguições religiosas. Ao implementá-la, os colonos dizimaram grande parte da população nativa, considerada um
empecilho para os seus interesses.
II. A estrutura básica da economia colonial na América do Norte foi a pequena propriedade fundamentada no trabalho
familiar, na policultura e em uma indústria rudimentar, principalmente na área têxtil.
III. A partir da descoberta da América, pode-se notar o interesse da Igreja em cristianizar os nativos, preservando as
culturas locais, ao mesmo tempo em que se introduzia pacificamente a nova religião.
IV. Nas possessões portuguesas, houve pouco interesse na efetiva ocupação do território, devido à prioridade dada
pelo reino lusitano ao comércio com as Índias e ao fato de não terem sido encontrados metais preciosos nos
primeiros contatos.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) As proposições I, II e III são verdadeiras.
b) As proposições II, III e IV são verdadeiras.
c) As proposições I, II e IV são verdadeiras.
d) As proposições I e III são verdadeiras.
e) Todas as proposições são verdadeiras.
38. Observe a figura e leia o texto.
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(Reprodução da tela Primeira Missa no Brasil. Vítor Meireles, 1861.)
Chantada a Cruz, com as Armas e a divisa de Vossa Alteza, que primeiramente lhe pregaram, armaram altar ao pé
dela. Ali disse missa o padre Frei Henrique (...). Ali estiveram conosco (...) cinquenta ou sessenta deles, assentados
todos de joelhos, assim como nós. (...) [Na terra], até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa
alguma de metal (...) Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve
ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
(Pero Vaz de Caminha. Carta do Achamento do Brasil, 10.05.1500.)
A respeito da tela e do texto, é correto afirmar que
a) demonstram a submissão da monarquia portuguesa à contra-reforma católica.
b) expressam o encantamento dos europeus com a exuberância natural da terra.
c) atestam, como documentos históricos, o caráter conflituoso dos primeiros contatos entre brancos e índios.
d) representam o índio sem idealização, reservando-lhe lugar de destaque no quadro, o que era pouco comum.
e) apresentam uma leitura do passado na qual os portugueses figuram como portadores da civilização.
39. Acerca das pretensões iniciais da exploração e conquista do Brasil, assinale a alternativa correta.
a) Interesses antropológicos levaram os portugueses a fazer contato com outros povos, entre eles os índios do Brasil.
b) O rei dom Manuel tinha-se proposto chegar às Índias navegando para o ocidente, antecipando-se, assim, a
Cristovão Colombo.
c) O interesse científico de descobrir e classificar novas espécies motivou cientistas portugueses para lançarem-se à
aventura marítima.
d) Os conquistadores estavam interessados em encontrar terras férteis para desenvolver a cultura do trigo e, assim,
dar solução às crises agrícolas que sofriam em Portugal.
e) Os portugueses estavam interessados nas riquezas que as novas terras descobertas podiam conter, além de
garantir a segurança da rota para as Indias.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar pro Brasil: gostamos muito do Brasil, amamos o
Brasil, valorizamos as coisas do Brasil porque o adubo do Brasil são os corpos dos nossos antepassados e todo o
patrimônio ecológico que existe por aqui foi protegido pelos povos indígenas. Quando Cabral chegou, a gente o
recebeu com sinceridade, com a verdade, e o pessoal achou que a gente era inocente demais e aí fomos traídos:
aquilo que era nosso, que a gente queria repartir, passou a ser objeto de ambição. Do ponto de vista do colonizador,
era tomar para dominar a terra, dominar nossa cultura, anulando a gente como civilização.
(Revista Caros Amigos. ano 4. nº 37. Abril/2000. p. 36).
40. A respeito do início da colonização, período abordado pelo texto, pode-se afirmar que a primeira forma de
exploração econômica exercida pelos colonizadores, e a dominação cultural e religiosa difundida pelo território
brasileiro são, respectivamente,
a) a plantation no Nordeste e as bandeiras realizadas pelos paulistas.
b) a extração das "drogas do sertão" e a implantação das missões.
c) o escambo de pau-brasil e a catequização empreendida pela Companhia de Jesus.
d) a mineração no Sudeste e a imposição da "língua geral" em toda a Colônia.
e) o cultivo da cana-de-açúcar e a "domesticação" dos índios por meio da agricultura.
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41. Os portugueses chegaram ao território, depois denominado Brasil, em 1500, mas a administração da terra só foi
organizada em 1549. Isso ocorreu porque, até então,
a) os índios ferozes trucidavam os portugueses que se aventurassem a desembarcar no litoral, impedindo assim a
criação de núcleos de povoamento.
b) a Espanha, com base no Tratado de Tordesilhas, impedia a presença portuguesa nas Américas, policiando a costa
com expedições bélicas.
c) as forças e atenções dos portugueses convergiam para o Oriente, onde vitórias militares garantiam relações
comerciais lucrativas.
d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam as tribos indígenas ao longo do litoral bem como as feitorias da
costa sul-atlântica.
e) a população de Portugal era pouco numerosa, impossibilitando o recrutamento de funcionários administrativos.
42. As feitorias portuguesas no Novo Mundo foram formas de assegurar, aos conquistadores, as terras descobertas.
Sobre essas feitorias, é correto afirmar que:
a) a feitoria foi uma forma de colonização, empregada por portugueses na África, na Ásia e no Brasil, com pleno êxito
para a atividade agrícola.
b) as feitorias substituíram as capitanias hereditárias durante o Governo Geral de Mem de Sá, como proposta mais
moderna de administração colonial.
c) as feitorias foram estabelecimentos fundados por portugueses no litoral das terras conquistadas e serviam para
armazenamento de produtos da terra, que deveriam seguir para o mercado europeu.
d) tanto as feitorias portuguesas fundadas ao longo do litoral brasileiro quanto as fundadas nas Índias tinham idêntico
caráter: a presença do Estado português e a ausência de interesses de particulares.
e) o êxito das feitorias afastou a presença de corsários franceses e estimulou a criação das capitanias hereditárias.
43. Os Tupinikim, uma das maiores nações indígenas brasileiras, possuíam as seguintes características no período
colonial:
I - viviam da pesca, da caça, da coleta de frutos e raízes proporcionada pelas florestas e matas;
II - tiveram suas manifestações culturais, tradições e ritos cerceados, nas regiões onde foram encampados pelos
aldeamentos jesuítas;
III - exploravam latifúndios respeitados pela colonização branca e viviam pacificamente com os portugueses no
interior do Brasil;
IV - ocupavam parte do litoral brasileiro, na faixa compreendida entre o sul da Bahia e o Paraná.
Em relação às proposições acima, está CORRETO o que se afirma
a) apenas em I, II e III.
b) apenas em II, III e IV.
c) apenas em I, III e IV.
d) apenas em I, II e IV.
e) em todas elas.
44. Observe o Cartum abaixo:
(Fonte: "Primeira Missa" de Sampaio. ln: "Humores nunca dantes navegados: o Descobrimento segundo os
cartunistas do sul do Brasil". Porto Alegre: SEC-RS, 2000.)
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Considerando a situação histórica e os significados expressos no cartum acima, analise as seguintes afirmações.
I - O cartum retrata o momento inicial da conquista portuguesa, demonstrando aspectos do "choque cultura" ocorrido
entre os conquistadores e os indígenas.
II - A dominação portuguesa do Brasil não se deu unicamente com base na exploração dos recursos naturais e do
trabalho indígena, mas também apresentou aspectos nitidamente ideológicos, como a imposição da religião católica
aos autóctones.
III - O cartum apresenta o momento inicial do contato interétnico como sendo de tensão e conflito armado e
econômico, visto que os nativos reagiram às tentativas de vigilância impostas pelos conquistadores.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
45. E então, por cerca de trinta anos, aquele vasto território seria virtualmente abandonado pela Coroa portuguesa,
sendo arrendado para a iniciativa Privada e se tornando uma imensa fazenda extrativista de pau-brasil. Iriam se
iniciar, então, as três décadas menos documentadas e mais desconhecidas da História do Brasil.
Náufragos, Traficantes e Degredados
- As Primeiras Expedições do Brasil
Assinale o período histórico analisado pelo texto acima e suas características.
a) Período Colonial, caracterizado pela monocultura e economia exportadora de cana-de-açúcar.
b) Economia mineradora, marcada pelo povoamento da área mineira e intensa vida urbana.
c) Período Pré-Colonial, fase de feitorias, economia extrativista, utilização do escambo com os nativos, ausência de
colonização sistemática.
d) Fase da economia cafeeira, com acumulação interna de capitais e sem grandes mudanças na estrutura de
produção.
e) Período Joanino, de grande abertura comercial e profundas transformações culturais.
46. Enumere os eventos, de acordo com o período em que ocorreram e indique a alternativa que apresente a ordem
CORRETA:
1. Período Pré-colonial (1500-1530)
2. Período Colonial (1530-1808)
( ) extração assistemática de pau-brasil.
( ) criação das Capitanias Hereditárias (D. João III).
( ) envio das expedições "exploradoras" e "guarda-costas".
( ) chegada dos jesuítas para catequese dos índios e educação dos colonos.
a) 1 - 2 - 2 - 1
b) 2 - 2 -1 - 1
c) 1 - 1 - 2 - 2
d) 2 - 1 - 1 - 2
e) 1 - 2 - 1 - 2
47. Leia o texto.
E aproximava-se o tempo da chegada das notícias de Portugal sobre a vinda das suas caravelas, e esperava-se essa
notícia com muito medo e apreensão; e por causa disso não havia transações, nem de um ducado [...] Na feira alemã
de Veneza não há muitos negócios. E isto porque os Alemães não querem comprar pelos altos preços correntes, e
os mercadores venezianos não querem baixar os preços [...] E na verdade são as trocas tão poucas como se não
poderia prever.
DIÁRIO DUM MERCADOR VENEZIANO, 1508.
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O quadro descrito nesse texto pode ser relacionado à
a) comercialização das drogas do sertão e produtos tropicais da colônia do Brasil.
b) distribuição, na Europa, da produção açucareira do Nordeste brasileiro.
c) importação pelos portugueses das especiarias das Índias Orientais.
d) participação dos portugueses no tráfico de escravos da Guiné e de Moçambique.
48. A "Carta de Pero Vaz de Caminha", escrita em 1500, é considerada como um dos documentos fundadores da
Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores gerais da cultura renascentista, dentre os quais destaca-se:
a) a visão do índio como pertencente ao universo não religioso, tendo em conta sua antropofagia;
b) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos pelo renascimento no que tange à impossibilidade de se formar
nos trópicos uma civilização católica e moderna;
c) a identificação do Novo Mundo como uma área de insucesso devido à elevada temperatura que nada deixaria
produzir;
d) a observação da natureza e do homem do Novo Mundo como resultado da experiência da nova visão de homem,
característica do século XV;
e) a consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por Deus na Gênese.
49.
"Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal ou ferro; nem lha vimos.
Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste
tempo dagora assim os achávamos como os de lá. (As) águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que,
querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!
Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a
principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta
pousada para essa navegação de Calicute (isso) bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o
que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé!"
("Carta de Pero Vaz Caminha ao Rei de Portugal" em 1°/5/1500.)
Seguindo a evidente preocupação de descrever ao Rei de Portugal tudo o que fora observado durante a curta estadia
na terra denominada de Vera Cruz, o escrivão da frota cabralina menciona, na citada carta, possibilidades oferecidas
pela terra recém-conhecida aos portugueses.
Dentre essas possibilidades estão
a) a extração de metais e pedras preciosas no interior do território, área não explorada então pelos portugueses.
b) a pesca e a caça pela qualidade das águas e terras onde aportaram os navios portugueses.
c) a extração de pau-brasil e a pecuária, de grande valor econômico naquela virada de século.
d) a conversão dos indígenas ao catolicismo e a utilização da nova terra como escala nas viagens ao Oriente.
e) a conquista de Calicute a partir das terras brasileiras e a cura de doenças pelos bons ares aqui encontrados.
50. Sobre os povos dos sambaquis, é incorreto afirmar que:
a) sendo nômades, ocuparam a faixa amazônica, deslocando-se durante milhares de anos, do Marajó a Piratininga;
b) sedentários, viviam da coleta de recursos marítimos e de pequenas caças;
c) as pesquisas arqueológicas demonstram que tais povos desenvolveram instrumentos de pedra polida e de ossos;
d) na chegada dos primeiros invasores europeus, esses povos já se encontravam subjugados por outros grupos
sedentários;
e) esses povos viveram na faixa litorânea, entre o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul, basicamente dos recursos
que o mar oferecia.
51.
"O fato de Cabral não ter trazido consigo nenhum padrão de pedra - com os quais desde os tempos de Diogo
Cão, os lusos assinalavam a posse de novas terras - já foi apontado como uma prova de que o descobrimento do
Brasil foi fortuito e que a expedição não pretendia "descobrir novas terras, mas subjugar as já conhecidas". Isto talvez
seja fato. Mas por outro lado, é preciso lembrar que a posse sobre aquele território já estava legalmente assegurada
desde a assinatura do Tratado de Tordesilhas - independentemente da colocação de qualquer padrão."
As alternativas abaixo correspondem a análises possíveis do trecho em questão. Todas são verdadeiras, EXCETO:
a) o autor faz uma menção à "Tese da Casualidade da Descoberta".
b) o autor é incondicionalmente favorável à segunda tese e justifica-se pelas características do Tratado de
Tordesilhas.
c) o autor se refere também à "Tese da Intencionalidade da Descoberta".
d) para o autor, a questão dos "marcos de pedra" pode apoiar ambas as teses.
e) o autor não atribui grande importância à questão dos "marcos de pedra".
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52. Observe o mapa a seguir apresentado.
a) Exponha as razões do estabelecimento dessa linha divisória.
b) Explique os motivos que levaram o Brasil a ter uma outra configuração, apesar das limitações de fronteiras, então
impostas pelo Tratado de Tordesilhas.
53.
Legenda:
1 - Viagens de Pedro Álvares Cabral
2 - Viagens de Vasco da Gama
3 - Viagens de Bartolomeu Dias
4 - Viagens de Pedro de Covilha
Observando o mapa anterior podemos identificar várias rotas de navegação. Próximo à comemoração dos "500
anos" do Brasil, percebemos que o "descobrimento" de nosso país:
a) foi acidental, tendo em vista Cabral estar indo para as Índias e, devido a uma calmaria, ter chegado às terras
brasileiras e espanholas.
b) foi proposital, tendo vista o Tratado de Toledo ter determinado que todas as terras a Oeste de Cabo Verde seriam
de Portugal.
c) está ligado apenas a um movimento de expansão religiosa da Coroa Portuguesa para converter as tribos
africanas.
d) está incluído numa expansão marítima e comercial que objetivava, entre outros fatores, a procura de metais
preciosos e terras para Portugal.
e) está relacionado à viagem de Vaco da Gama e à fundação de feitorias nas ilhas dos Oceanos Índico e Pacífico.
54. Enquanto os portugueses escutavam a missa com muito "prazer e devoção", a praia encheu-se de nativos. Eles
sentavam-se lá surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao longe. Quando D. Henrique acabou a
pregação, os indígenas se ergueram e começaram a soprar conchas e buzinas, saltando e dançando (...)
Náufragos Degredados e Traficantes
(Eduardo Bueno)
Este contato amistoso entre brancos e índios preservado:
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a) pela Igreja, que sempre respeitou a cultura indígena no decurso da catequese.
b) até o início da colonização quando o índio, vitimado por doenças, escravidão e extermínio, passou a ser descrito
como sendo selvagem, indolente e canibal.
c) pelos colonos que escravizaram somente o africano na atividade produtiva de exportação.
d) em todos os períodos da História Colonial Brasileira, passando a figura do índio para o imaginário social como "o
bom selvagem e forte colaborador da colonização".
e) sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias medidas para impedir o genocídio e a escravidão.
55. Responder à questão sobre o período pré-colonial brasileiro, com base no texto a seguir:
"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas
filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas
vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas
[meses]. Regressáveis então ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos."
(MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna,
1993, p.86)
O texto anterior faz alusão ao comércio que marcou o período pré-colonial brasileiro conhecido por
a) mita.
b) escambo.
c) encomienda.
d) mercantilismo.
e) corveia.
56.
Nos primeiros anos do século XVI, os portugueses enfrentaram grande concorrência por parte de outras
potências europeias para a posse definitiva do território descoberto por Cabral. Sobre a presença de europeus nãoportugueses no Brasil na primeira metade do século XVI, é correto afirmar:
a) os ingleses por várias vezes tentaram estabelecer colônias nas terras brasileiras, chegando mesmo a criar uma
"zona livre", sob controle dos piratas.
b) espanhóis e holandeses trouxeram para a América as suas desavenças e conflitos, ocasionando a invasão do
Recife no século XVI.
c) apesar da chegada ocasional de navios estrangeiros, jamais houve uma tentativa organizada ou intenção
deliberada de questionar a soberania portuguesa sobre as novas terras.
d) os franceses, por não aceitarem o Tratado de Tordesilhas, eram os invasores mais frequentes, chegando a
estabelecerem-se no Rio de Janeiro em 1555-1560.
57. Dentre as características gerais do período pré-colonizador destaca-se
a) o grande interesse pela terra, pois as comunidades primitivas do nosso litoral produziam excedentes
comercializados pela burguesia mercantil portuguesa.
b) o extermínio de tribos e a escravização dos nativos, efeitos diretos da ocupação com base na grande lavoura.
c) a montagem de estabelecimentos provisórios em diferentes pontos da costa, onde eram amontoadas as toras de
pau-brasil, para serem enviadas à Europa.
d) a distribuição de lotes de terras a fidalgos e funcionários do Estado português, copiando-se a experiência realizada
em ilhas do Atlântico.
e) a implantação da agromanufatura açucareira, iniciada com construção do Engenho do Senhor Governador, em
1533, em São Vicente.
58. Leia as afirmativas a seguir sobre a expedição de Pedro Álvares Cabral, que saiu de Lisboa em março de 1500:
I) A missão da esquadra era expandir a fé cristã e estabelecer relações comerciais com o Oriente, de modo a trazer
as valiosas especiarias para Portugal; desta maneira, reunia num mesmo episódio os esforços da Coroa, da Igreja e
dos grupos mercantis do Reino.
II) Chegar às Índias através de um caminho inteiramente marítimo só foi possível após o longo "périplo" realizado
pelas costa africana, durante o século XV, por diversos navegadores portugueses, cujos expoentes foram Bartolomeu
Dias e Vasco da Gama.
III) A viagem expressou a subordinação da Coroa portuguesa à Igreja Católica, na época dos descobrimentos, já
evidenciada quando o Papa estabeleceu a partilha do Mundo Novo, em 1494, através do tratado de Tordesilhas.
IV) Era objetivo da viagem tomar posse de terras a Oeste, de modo a assegurar o controle do Oceano Atlântico Sul e,
consequentemente, da rota marítima para as Índias.
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Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
a) somente I, II e III.
b) somente I, III e IV.
c) somente II, III e IV.
d) somente I, II e IV.
e) todas as afirmativas estão corretas.
59. Sobre a organização econômica, social e política das comunidades indígenas brasileiras, no período inicial da
conquista do território pelos portugueses, é correto afirmar:
I. Os nativos viviam em regime de comunidade primitiva, em que a terra era de propriedade privada dos casais e os
instrumentos de trabalho eram de propriedade coletiva.
II. A divisão das tarefas era por sexo e por idade; as mulheres cozinhavam, cuidavam das crianças, plantavam e
colhiam; os homens participavam de atividades guerreiras, da caça, da pesca e da derrubada da floresta para fazer a
lavoura.
III. A sociedade era organizada em classes sociais, sendo o excedente da produção controlado pelos chefes das
aldeias, responsáveis pela distribuição dos bens entre os indígenas.
IV. Os indígenas brasileiros não praticavam o comércio pois tudo que produziam destinava-se à subsistência,
realizando apenas trocas rituais de presentes.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I e II.
b) apenas I e III.
c) apenas III.
d) apenas IV.
e) apenas II e IV.
60. O monstrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergue-se a voar,
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse, "Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?
E o homem do leme disse tremendo,
"El-Rei D.João Segundo"
(Fernando Pessoa. POEMAS ESCOLHIDOS. Ed. O Globo, 1997, p.150)
A epopeia marítima portuguesa, descrita pelo poeta, foi revestida de ousadias e destemores, no entanto, ela só foi
possível porque Portugal, antes de outros países europeus, reuniu as necessárias condições para a conquista dos
mares.
Cite e explique duas precondições que possibilitaram o pioneirismo português no processo de expansão marítima.
61. No período das Grandes Navegações muitos navegadores se aventuraram pelos oceanos Atlântico e Índico
visitando e descobrindo muitas regiões do mundo.
a) Escreva o nome de dois capitães-mores dessa época e as descobertas (ou visitas) que eles realizaram.
62. Caracterize o modo de vida dos povos indígenas, antes do contato com os europeus.
63. "Portugal e Espanha se empenharam em procurar um novo caminho para chegar às Índias e fazer o comércio
das especiarias sem depender dos italianos". Responda:
a) Quais foram os motivos que fizeram Portugal se destacar como o primeiro nas grandes navegações?
64. Durante o período das Grandes Navegações muitos navegadores se aventuraram pelos oceanos, visitando e
descobrindo muitas regiões do mundo. Responda:
Página 18 de 24
Quem foram esses navegadores?
65. São fatos relacionados à expansão marítima portuguesa no século XV, exceto:
a) o fim da Guerra de Reconquista;
b) a Revolução de Avis;
c) a aliança rei-burguesia;
d) a Escola de Sagres;
e) a localização geográfica privilegiada.
66. "No século XV, os países da Europa precisavam das mercadorias produzidas nas Índias e compravam essas
mercadorias dos comerciantes italianos que cobravam muito caro por elas". Responda:
a) Por que Portugal queria comercializar diretamente com as Índias?
Gabarito:
Resposta
da
questão
1:
[Resposta do ponto de vista da disciplina de
Geografia]
a) As diferenças significativas quanto à representação
cartográfica são: a primeira refere-se à utilização de
tecnologias distintas, uma vez que, em 1519, as
técnicas de produção de mapas eram rudimentares
e envolviam principalmente a observação visual. O
mapa de 2009 já conta com recursos mais
sofisticados como projeção cartográfica, escala,
legenda e divisão política. A segunda diferença é
quanto ao conhecimento científico acumulado sobre
o território. Em 1519, eram escassos os
conhecimentos sobre a vegetação brasileira,
portanto, o mapa era preenchido por ilustrações,
muitas de viajantes. O mapa de 2009 apresenta os
principais tipos de vegetação do país em sua
cobertura original, revelando maior precisão quanto
aos seus limites como resultado de estudos
científicos sistemáticos realizados por várias
instituições como o IBGE e universidades.
b) No mapa de 1519, o principal objetivo no contexto
de chegada do europeu é descritivo, relatando o
que é visualizado pelos conquistadores, para que
tais informações ilustrassem o imaginário europeu
sobre as novas terras. Havia mais detalhes no
litoral, sendo um mapa mais imagético. O mapa de
2009 é temático em Geografia Física, priorizando a
distribuição da vegetação brasileira, já revelando
um conhecimento científico consolidado sobre o
tema.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de
História]
a) Há várias diferenças entre os dois mapas, tais
como: escala, projeção, orientação e o contexto
histórico. O primeiro mapa de 1519 retrata o
período Pré-Colonial, 1500-1530, com indicações
precárias considerando o pouco conhecimento
técnico daquele contexto. O mapa expressa,
principalmente, a visão dos viajantes europeus
pautados no visual. Das Grandes Navegações
realizadas no século XV até o Imperialismo e o
Neocolonialismo do século XIX e início do século
XX ocorreram inúmeros avanços científicos. Desta
forma, o mapa elaborado em 2009 já aponta para
conhecimento sobre a vegetação brasileira e mais
informações sobre os limites territoriais.
b) O primeiro mapa insere-se no contexto dos Estados
Nacionais Europeus que necessitavam de recursos
para manter os gastos do Estado. Daí um caráter
descritivo visando facilitar a exploração da metrópole
sobre a Colônia. O mapa de 2009, já amparado em
um avanço cientifico, retrata a vegetação brasileira
mostrando as diferentes “paisagens naturais”.
Resposta
[D]
da
questão
2:
O texto mostra a existência de vestígios que indicam a
presença de animais do chamado “período préhistórico” em terras brasileiras, evidenciando que a
História brasileira é anterior a presença europeia no
país.
Resposta
[D]
da
questão
3:
Somente a alternativa [D] está correta. A questão
aponta para o período Pré-Colonial, 1500-1530. A
viagem de Vasco da Gama nas Índias em 1498 deu
um lucro exorbitante para a nação portuguesa. Assim,
o rei de Portugal Dom Manuel “o Venturoso” criou uma
expectativa muito grande em relação à viagem de
Pedro Alvares Cabral ao Brasil. No entanto, os
portugueses não encontraram riqueza fácil, tais como
ouro, prata, especiarias, entre outras riquezas. Devido
ao grande lucro do comércio das especiarias no
Oriente, Portugal deixou o Brasil em segundo plano.
Caracterizou este contexto o aproveitamento do paubrasil através da exploração do trabalho indígena
conhecido como escambo.
Resposta
[D]
da
questão
4:
Somente a proposição [D] está correta. A questão está
vinculada ao período Pré-Colonial, 1500-1530, entre a
Página 19 de 24
viagem de Cabral em 1500 até a viagem de Martim
Afonso de Souza em 1530. Neste contexto Portugal
priorizou o comércio das especiarias no oriente
deixando o Brasil em segundo plano uma vez que não
foi encontrada riqueza fácil nas novas terras.
Restringindo-se, basicamente, à extração do paubrasil através da exploração do trabalho indígena
denominada escambo, como aponta a alternativa.
Resposta
ANULADA.
da
questão
5:
êxito dando um lucro exorbitante para Portugal. Assim,
foi criada a mesma expectativa quanto a viagem de
Cabral ao Brasil em 1500. Conforme relata a Carta de
Caminha não havia riqueza no Brasil, ou seja, metais
preciosos e especiarias e que o melhor a fazer é a
catequese dos índios. O sucesso da viagem de Vasco
da Gama e o fracasso da viagem de Cabral explicam
o relativo descaso de Portugal em relação ao Brasil
priorizando, então, o comércio das especarias no
oriente. Daí o período Pré-Colonial.
Questão anulada no gabarito oficial.
Resposta
[A]
Questão interessante, porém, faltou um pouco de
atenção ao formular as alternativas. As assertivas [I] e
[IV] estão incorretas e elas aparecem em todas as
alternativas. A assertiva [I] está incorreta, de 1500 até
1530 ocorreu a exploração do pau brasil. A assertiva
[IV] está incorreta. No Brasil Colonial prevaleceu o
trabalho escravo e não o trabalho livre.
A questão remete aos sambaquis deixados pelos
povos indígenas do Brasil. Sambaquis são restos da
cozinha indígena compostos de moluscos, esqueletos,
ossos, conchas, etc. De origem tupi, sambaqui
significa “amontoado de conchas”. Existem diversos
sambaquis no litoral do Brasil, os maiores estão
localizados em Santa Catarina.
Resposta
[C]
Resposta
[A]
da
questão
6:
da
da
questão
questão
9:
10:
A questão remete ao “Descobrimento” do Brasil em
1500, no início da Idade Moderna. Entre 1500-1530
ocorreu o período denominado Pré-colonial, no qual o
Brasil estava em segundo plano por não possuir
riqueza fácil (ouro, prata, especiarias, etc). Portugal
priorizou o comércio das especiarias no Oriente. A
colonização começou com a cana de açúcar quando
foram implantadas as Capitanias Hereditárias em
1534. A colonização do Brasil se deu, basicamente, na
Idade Moderna.
O contato entre europeus e indígenas foi marcado
pelo etnocentrismo por parte dos europeus, que
mediam os hábitos e costumes dos índios a partir da
medida da própria cultura europeia.
Resposta
[A]
Para as nações ibéricas, Portugal e Espanha, a
Expansão Marítimo Comercial e o processo
colonizador subsequente tiveram um viés econômico,
dentro da perspectiva econômica mercantilista, mas
embasada ideologicamente com um discurso religioso,
de expandir a fé católica convertendo os pagãos.
Neste sentido, a catequese, exerceu um papel de
aculturação contribuindo para a dominação europeia.
O Renascimento Cultural, séculos XIV, XV e XVI, foi
caracterizado pela racionalidade e espírito científico,
mas não foram estes os referenciais para a
colonização da América. A alternativa [E] é a única
correta.
da
questão
7:
Somente a proposição [A] está correta. A questão
remete ao importante documento histórico, a “Carta de
Caminha”. Esta questão pode ser respondida a partir
das alternativas incorretas. Pero Vaz de Caminha
narrou o indígena dentro de sua concepção de mundo,
a cultura cristã ocidental. Sua narrativa não identificou
a verdadeira essência das populações indígenas
brasileiras. Não podemos concordar com a ideia de
que os indígenas eram dissimulados e estratégicos e
que possuíam interesses em obter lucros. O
documento tem um grande valor histórico.
Resposta
[E]
da
questão
8:
Somente a proposição [E] está correta. A questão
remete ao período Pré-Colonial que ocorreu no Brasil
entre 1500-1530. As Grandes Navegações que
ocorreram ao longo do século XV foram importantes
para angariar recursos para os Estados Modernos.
Desta forma, já havia dentro destas navegações ideias
mercantilistas, ou seja, buscar metais preciosos e
especiarias para a Europa. A viagem de Vasco da
Gama que chegou às Índias em 1498 foi coroada de
Resposta
[E]
da
questão
11:
Gabarito Oficial: [D]
Gabarito SuperPro®: [E]
Resposta
da
questão
12:
a) Entre os fatores que explicam o pioneirismo
português nas Grandes Navegações se destacam,
entre outros elementos, a centralização política
precoce, que permitiu a Portugal a coordenação das
ações estratégicas necessárias para realização de
um empreendimento de tal envergadura; a
experiência anterior no comércio de longa distância,
realizado inicialmente sob a hegemonia de Gênova
e Veneza, bem como o envolvimento com o mundo
islâmico do mediterrâneo; o desenvolvimento da
arquitetura naval, permitindo o desenvolvimento da
caravela, embarcação mais leve e veloz que as
Página 20 de 24
existentes na época e que permitia aos portugueses
se aproximarem da terra firme sem encalhar; o
aprimoramento das técnicas (determinação de
latitudes e longitudes) e dos instrumentos de
navegação
(quadrante
e
astrolábio);
o
desenvolvimento de uma nova mentalidade voltada
à experimentação e à verificação e não apenas à
tradição, possibilitando a realização de diversas
experiências e inovações, localização geográfica
privilegiada, a Escola de Sagres.
Questão de interpretação de texto. Produzido no
século XVI, ainda nos primórdios do processo de
colonização, quando a ação dos jesuítas ainda estava
em seu início, o autor desenvolve uma teoria para
justificar não apenas a inferioridade indígena, mas a
pouca importância que as autoridades devem
dispensar a este povo.
b) A historiadora Laura de Mello e Souza sugere na
passagem “não se pode dizer, a rigor, que existisse,
então, nem Brasil nem brasileiros” aspectos como: os
povos autóctones, cerca de 2.500.000 habitantes
indígenas na época da chegada de Cabral, não
constituíam uma unidade cultural, tampouco política,
pois se tratavam de um conjunto variado de
sociedades; os portugueses ocuparam um território,
desconhecido por eles, sendo o Brasil uma construção
histórica
posterior,
portanto
é
equivocado
(anacronismo) pensar o território brasileiro atual para
o século XVI; o Estado brasileiro será formado apenas
no século XIX, quando conquistará a independência
política da Europa, formando um Império; a identidade
nacional brasileira, tema complexo e polêmico da
historiografia, terá suas primeiras manifestações,
ainda que fragmentárias, na crise do antigo sistema
colonial no final do século XVIII.
No texto, percebe-se a falta de compreensão quanto à
pronúncia dos nativos e à falta de letras que, para os
portugueses, eram essenciais e vista como um grande
desvio.
Resposta
[B]
da
questão
13:
Questão de interpretação da imagem que, de fato, não
tem precisão geográfica, mas destaca uma das
atividades desenvolvidas pelos portugueses no Brasil
colônia, a exploração do pau-brasil, através da prática
do escambo. Na data da publicação do mapa, já havia
a exploração açucareira; no entanto, o extrativismo da
madeira continuou apesar da perda de importância.
Resposta
[D]
da
questão
14:
A alternativa [D] está correta. A assertiva [I] está
incorreta. Na América Pré-Colombiana, antes da
chegada de Colombo, havia um mosaico de povos e
culturas diferentes e em estágios de desenvolvimento
diferente, basta observar civilizações agrárias
avançadas como o Império Asteca no México, os
Maias na Península de Yucatan e o Império Inca nos
Andes, havia entre estes povos diversidade,
pluralismo e dominação. Como escreveu um
historiador “havia de curandeiro a engenheiro”. Desta
forma as assertivas [II] e [III] estão corretas
considerando que apontam exatamente para a
diversidade econômica e cultural destes povos. O
início da colonização do Brasil não coincide com o
período de sedentarização dos nativos conforme
afirma a última assertiva.
Resposta
[B]
da
questão
15:
Resposta
[A]
Resposta
[B]
da
da
questão
questão
16:
17:
A antropofagia era um rito mágico/religioso, que se
difere do canibalismo, cujo objetivo é simplesmente
saciar a fome. No primeiro caso, os índios
acreditavam que ao comerem carne humana do
inimigo estariam incorporando a sabedoria, valentia e
conhecimentos que lhes eram próprios. Desta forma,
não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou
covardes.
Resposta
[D]
da
questão
18:
A fundação de vilas e cidades e a introdução da
escravidão só ocorreram após este período inicial,
também chamado de período de reconhecimento. São
Vicente, a primeira vila da colônia, foi fundada em
1532, e a escravidão foi implementada com a lavoura
e a manufatura canavieira no decorrer do século XVI.
Resposta
[D]
da
questão
19:
Somente a alternativa [D] está correta. A Carta de
Caminha aponta uma série de elementos importantes
que refletem este primeiro contato entre portugueses e
nativos (embora haja controvérsias sobre quais os
primeiros europeus a chegar ao Brasil). Diferenças
culturais entre estes dois povos e culturas são
gritantes, tais como, na questão de alimentação,
vestimentas, hábitos, entre outros. A Carta de
Caminha, na sua íntegra, retrata muito do contexto
europeu como a questão política (o absolutismo), uma
vez que a carta foi enviada ao rei de Portugal
chamado Manoel, questão econômica ao mencionar
que no Brasil não tem riqueza fácil como ouro, prata e
especiarias, externa ideias do Renascimento Cultural
como o naturalismo ao valorizar a flora e a fauna aqui
encontrada, também apresenta ideias religiosas ao
afirmar que no Brasil provavelmente a tarefa
portuguesa será a catequese dos nativos. As demais
alternativas estão incorretas. Ocorreu resistência dos
nativos no processo de conquista. A alimentação dos
nativos era rica e diversificada.
Página 21 de 24
Resposta
[A]
da
questão
20:
O período citado é normalmente tratado como “précolonial”, quando ainda não havia um sistema de
ocupação efetiva da terra, mas já havia exploração,
destacando-se o extrativismo do pau-brasil, a partir de
um sistema de feitorias. Nesse período os
portugueses se dedicavam prioritariamente ao
comércio de especiarias do Oriente.
partir de uma ótica política. Caminha também se
utiliza de uma ótica própria para definir e entender
os nativos da América, a partir de um ponto de vista
religioso, cristão, uma vez que a religiosidade tinha
papel preponderante na formação cultural
europeias, em particular Ibérica.
No final do século XV, antes da chegada do homem
branco europeu ao continente americano, havia de
cinco a seis milhões de índios no Brasil, com
aproximadamente 1150 diferentes línguas e dialetos.
b) Caminha expressa um objetivo religioso, de
catequização (apesar de ainda ter sido realizado o
Concílio de Trento e de não existir a ordem dos
jesuítas).
O
objetivo
econômico
pode
ser
compreendido pelo “sentido da colonização”, ou seja,
obter riquezas nas áreas colônias. A obtenção e
acumulação de riqueza eram a base do mercantilismo,
que pressupunha que a riqueza de uma nação era
definida pelo acúmulo de metais preciosos e que estes
poderiam ser obtidos a partir da intensificação do
comércio de produtos tropicais na Europa.
Resposta
[A]
Resposta
[B]
Resposta
[B]
da
da
questão
questão
21:
22:
No “sistema cultural” do indígena, a madeira tem uma
finalidade bastante específica, ser queimada para
aquecer as pessoas nos períodos de frio e, portanto, o
índio ancião acredita que para os europeus ela deve
ter a mesma serventia. No entanto, portugueses e
franceses se utilizavam da madeira para a produção
de tintura, que por sua vez era utilizada na manufatura
de tecidos, em especial para tingir os tecidos.
Resposta
[C]
da
questão
23:
A questão remete ao período Pré-Colonial, 1500-1530.
Neste contexto histórico, Portugal priorizou o comércio
das especiarias no Oriente e deixou o Brasil em
segundo plano. Foram organizadas expedições para
explorar a madeira Pau Brasil através da exploração
do trabalho indígena denominado “escambo”. Não
ocorreu colonização ou ocupação durante as três
primeiras décadas.
Resposta
[B]
da
questão
24:
O próprio documento permite perceber que “o
colonizador”, na fala de Pero Vaz de Caminha,
pretendeu entender os nativos a partir de uma visão
exterior, europeia, pois um dos grandes objetivos da
expansão marítima era a obtenção de riquezas, sendo
que predominava a cultura metalista. O contato entre
as culturas indígena e europeia se deu, portanto, a
partir de bases diferentes e contraditórias, sem a
preocupação do colonizador compreender os povos
nativos.
Resposta
da
questão
25:
a) Homero descreve a sociedade dos ciclopes do
ponto de vista grego, ou seja, destacando as
características das cidades gregas, que valorizavam
a soberania, com suas formas próprias de organizar
o poder e definir a participação dos cidadãos, a
da
questão
26:
As tribos Tupi-guaranis, que ocuparam grande parte
do território brasileiro, conforme descreve o texto,
possuíam as características básicas dos nativos do
Brasil, vivendo principalmente da agricultura
rudimentar – que tinha como complemento a caça e
pesca – praticada de forma nômade ou seminômade.
A guerra teve certa importância para as tribos, porém,
diferentemente de outros povos, não era a atividade
que garantia poder ou controle sobre outros povos. A
prática da antropofagia era comum e tinha caráter
ritualístico, religioso, uma vez que acreditavam que a
ingestão da carne de inimigos mortos lhes fortaleceria.
Resposta
[E]
da
questão
27:
Os primeiros contatos entre portugueses e indígenas
foram amistosos, principalmente porque não havia a
intenção de conquistar e colonizar a terra. Nos
primeiros anos de contato, tratados como período précolonial, os portugueses se interessaram pelo paubrasil. No entanto, com o inicio da ocupação da terra,
o conflito se caracterizou na medida em que os
indígenas, apesar de não terem a noção de
propriedade privada, sentiram suas terras e vida
ameaçadas pelos portugueses.
Resposta
[A]
da
questão
28:
Fernão de Noronha, também chamado Fernando de
Noronha ou Fernão de Loronha (século XV - século
XVI), foi um cristão-novo (judeu português convertido
ao catolicismo) que se tornou um dos primeiros
grandes exploradores de pau-brasil nas terras recémdescobertas do Brasil. Juntamente com outros
cristãos-novos e comerciantes portugueses, obteve
concessão para explorar os recursos naturais do
Brasil durante três anos e em 1503 obteve da Coroa o
contrato para exploração do pau-brasil.
Página 22 de 24
Resposta
[B]
da
29:
Resposta
[B]
da
questão
44:
O etnocentrismo pressupõe a avaliação de um
determinado grupo social a partir de valores de outro.
Neste caso, o europeu, partindo de seus valores,
analisa as características físicas, costumes e o
comportamento do indígena. O etnocentrismo não
manifesta, necessariamente, o preconceito de forma
acintosa ou explicita.
Resposta
[C]
da
questão
45:
Resposta
[E]
da
questão
46:
Resposta
[C]
da
questão
47:
Resposta
[D]
da
questão
48:
Resposta
[D]
da
questão
49:
Resposta
[A]
da
questão
50:
Resposta
[E]
da
questão
51:
Resposta
[E]
da
Resposta
[A]
da
Resposta
[C]
da
Resposta
[C]
da
Resposta
[A]
da
Resposta
[A]
da
questão
questão
questão
questão
questão
questão
questão
30:
31:
32:
33:
34:
35:
Resposta
da
questão
36:
a) As feitorias, constituíam entrepostos comerciais no
litoral de áreas coloniais ou de contatos dos
portugueses para captação e armazenamento de
produtos obtidos através de trocas com os nativos.
b) Entre os séculos XVI e XVII, predominou no Brasil a
lavoura da Cana-de-açúcar. O feitor controlava o
trabalho dos escravos na lavoura.
Resposta
[C]
da
questão
37:
Resposta
[E]
da
questão
38:
Resposta
[E]
da
Resposta
[C]
da
Resposta
[C]
da
Resposta
[C]
da
Resposta
[D]
da
questão
questão
questão
questão
questão
Resposta
da
questão
52:
a) A disputa entre Portugal e Espanha pela conquista
de territórios após a chegada de Colombo ao Novo
Mundo, seguindo a rota ocidental.
b) A imprecisão das medidas de distância, no mapa
traçado, dificultava a localização dos reais limites de
ocupação. A ação dos bandeirantes, na busca de ouro
e diamantes, permitiu o avanço sobre os limites
estabelecidos. Os territórios ocupados, no CentroOeste e na Amazônia, ampliaram as fronteiras do
Brasil e a ocupação registrada foi garantida pelo
Tratado de Madri, em 1750. Além disso, após a morte
de D. Sebastião, Rei de Portugal, na África, ocorreu a
União Ibérica, ficando Portugal subordinado ao Rei
Espanhol, Felipe II, o que facilitou a penetração dos
bandeirantes em terras sob o domínio espanhol na
América do Sul.
Resposta
[D]
da
questão
53:
Resposta
[B]
da
questão
54:
Resposta
[B]
da
questão
55:
Resposta
[D]
da
questão
56:
Resposta
[C]
da
questão
57:
Resposta
[D]
da
questão
58:
39:
40:
41:
42:
43:
Página 23 de 24
Resposta
[E]
da
questão
59:
Resposta
da
questão
60:
- A aliança entre o Rei e a burguesia, consolidada na
revolução de Avis, garantindo ao Estado capital
suficiente para promover a expansão ultramarina.
- a localização geográfica que colocava Portugal na
confluência de rotas comerciais que partiam do
oriente, passavam pelas cidades italianas e dirigiamse para o norte da Europa. Essa posição promoveu
uma
importante
acumulação
de
capitais,
principalmente em Lisboa, a qual foi decisiva no
processo de expansão.
Resposta
da
questão
61:
Vasco da Gama que chega à Índia contornando a
África.
Cristóvão Colombo que chega ao continente
Americano.
Resposta
da
questão
62:
Os indígenas viviam da caça, da coleta de vegetais e
da pesca, praticavam uma agricultura rudimentar
(coivara), dividiam o trabalho por sexo e idade e se
organizavam em tribos e aldeias sob a liderança de
um cacique.
Resposta
da
questão
63:
A existência de um Estado centralizado, de uma
burguesia comercial ativa, o desejo da Igreja Católica
de novos seguidores, ciência e tecnologia marítima
avançadas.
Resposta
da
questão
64:
Américo Vespúcio, Bartolomeu Dias, Cristóvão
Colombo, Vasco de Balboa, Fernão de Magalhães,
Pedro Álvares Cabral, Vasco da Gama.
Resposta
[A]
da
questão
65:
Resposta
da
questão
66:
Para eliminar a intermediação dos italianos e, assim,
ficarem com o principal lucro desta atividade.
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