Procedimentos terapêuticos associados no tratamento da

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Procedimentos terapêuticos associados
no tratamento da Fibromialgia
• Felipe Azevedo Moretti
"Se você só fizer aquilo que sempre fez, só
obterá aquilo que sempre obteve. Se o que
você está fazendo não está dando resultado,
faça outra coisa."
Antonio Carlos Althoff - reumatologista
INTRODUÇÃO - HISTÓRIA
¾1904 – Gowers – fibrosite
¾1975 – Moldofsky – associação com o sono
¾1981 – Yunus – fibromialgia
¾1990 – ACR – critérios classificatórios
¾ Dor crônica; depressão; ansiedade...
hipocondríacos
HIPOCONDRÍACOS
DEFINIÇÃO
Síndrome dolorosa crônica, de
etiologia desconhecida e não
inflamatória. Caracteriza-se pela
presença
de
sensibilidade
exacerbada à palpação de
pontos pré-definidos (tenderpoints), diminuição da qualidade
de vida e sintomas como:
alteração do sono, depressão,
fadiga, rigidez muscular, entre
outros.
DOR GENERALIZADA
QUADRO CLÍNICO
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Dor difusa de localização imprecisa (97%)
Fadiga (90%)
Sono não restaurador (87%)
Rigidez muscular matinal (77%)
Parestesia e inchaço (75%)
Cefaléia (63%)
Depressão (30 – 50%)
Ansiedade (48%)
Constipação (30%)
CUIDADO!
QUALIDADE DE VIDA
A qualidade de vida na fibromialgia já
foi comparada a quadros como:
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Doenças pulmonares obstrutivas crônicas
Artrite Reumatóide
Câncer Terminal
EPIDEMIOLOGIA
¾ Prevalência: 2% - 4% Pop. Geral / 4 milhões
Brasil
¾ Amb. de Reumatologia: 15%
¾ Predomínio em ♀ (8:1)
¾ Maior incidência: 30 - 50 ano. Porém, presente
na infância e na 3ª idade
FISIOPATOLOGIA
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Causa desconhecida
Predisposição genética e fatores “gatilho”
Alteração de neutotransmissores
¾ Níveis elevados de substancia P no liquor
¾ Alteração de serotonina na fenda sináptica
¾ Alteração de noradrenalina
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Receptores medulares
Hiperexitabilidade do SNC
Aspectos psicológicos
Alteração do sono
Multi-Fatorial
FISIOPATOLOGIA
EMOCIONAL
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Fernando Pessoa
TRATAMENTO
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Melhora do sono
Alívio da dor – generalizada e local
Restabelecimento do equilíbrio emocional
Tratamento de enfermidades concomitantes
Melhora do condicionamento físico e da fadiga
Multi-fatorial e sobreposição
Múltiplas Intervenções
MECANISMO DE AÇÃO DE MUITAS
TERAPIAS FÍSICAS
Calor
Ácido Frio
Mecânico
MECANISMO DE AÇÃO CENTRAL
Efeito do relaxamento sobre a
experiência dolorosa: PET-SACN
TRATAMENTO
Paciente é o grande agente modificador!
Ativ. Física
Trabalho junto com o profissional
Educação
Psicologia
Medicação
Menos de 50% apresentam melhora
Objetivo em comum = viver “com” ou “apesar” da dor.
1ª FASE
¾ Alívio com o diagnóstico;
¾ Dificuldade com a expectativa de cura!
“Na fibromialgia o nível de angústia e invalidez é mais
bem explicado pelas crenças do indivíduo acerca da sua
condição e da sua capacidade para enfrentar a dor ”
Programa de gerenciamento
interdisciplinar da dor na Fibromialgia
COPING
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Habilidade de usar o exercício para lidar com
os sintomas
Habilidade de confiar em alguém quando a dor
fica intensa
Rede social para reduzir tensão e stress
Ter um profissional com quem contar em crises
Caso negativo = Pensamentos catastróficos
COPING
OBJETIVOS DO PROGRAMA
¾ Ajudar no monitoramento dos pensamentos,
emoções e comportamentos. Identificando como eles
são influenciados por eventos internos e externos;
¾ Dar ao paciente a sensação de competência na
execução de estratégias positivas no gerenciamento
de sua condição;
¾ Ajudar a desenvolver um programa de atividades
progressivas;
¾ Autonomia – Exercícios em casa
Metas
TÓPICOS IMPORTANTES
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Identificação dos pensamentos negativos;
Interrupção do pensamento irracional;
Construção e repetição de afirmações positivas;
Aprendizado de técnicas de distração da dor;
Prevenção de recaídas envolvendo pensamentos
catastróficos;
Viabilização de meios para estimular e aumentar
suporte social;
Alimentada por realizações pessoais e
Auto-Eficácia
observação de experiências
FERRAMENTAS E
ATITUDES DE AUXÍLIO
¾ Diário da dor
¾ Caderno de prioridades
¾ Metas com “check list”
¾ Horários estipulados para
atividade física, sono e
alimentação
¾ Atividades que dê prazer
e realização pessoal
¾ Orientações para dieta e
para um bom sono
HIGIENE DO SONO
1. Horário regular para dormir e despertar.
2. Ir para a cama somente na hora de dormir e quando estiver com sono.
3. Ambiente de dormir saudável, com pouca iluminação. Além disso, é
importante a adequação de colchões e travesseiros.
4. Tomar banho quente perto da hora de dormir geralmente atrapalha o
sono.
5. Não fazer uso de álcool próximo ao horário de dormir e não fazer uso de
medicamentos para dormir sem orientação médica.
6. Evitar chá, café ou estimulantes antes de dormir.
7. Atividade física em horários adequados e nunca algumas horas antes de
dormir, pois pode atrapalhar o sono.
8. Jantar moderadamente em horário regular e adequado.
9. Não assistir TV na cama. Evitar ler na cama. A cama deve ser utilizada
somente para dormir.
10. Realizar atividades relaxantes após o jantar.
HISTÓRICO DE CADA UM
“ É importante examinar o desenvolvimento histórico de
cada paciente, relacionamentos, funcionamento
psicológico que podem contribuir para o aumento da
dor ou sofrimento excessivo”.
“ Conhecer as formas como esses pacientes, suas
famílias e grupos social entendem o adoecer e lidam
com as experiências de adoecimento e sofrimento na
família é fundamental para auxiliá-los”.
COMO REALIZAR?
O QUE ASSOCIAR?
¾ Educação
¾ Hipnose
¾ Alongamento
¾ Acupuntura
¾ Relaxamento
¾ Biofeed-back
¾ Fortalecimento
¾ Higiene do sono
¾ Exercício físico
¾ Participação da família
¾ Manejo cognitivo da dor
¾ Tratamento medicamentoso
¾ Treinamento de assertividade
¾ Dieta saudável para o peso e sintomas
¾ Terapia de desativação de “trigger point”
MANDAMENTOS DO FIBROMIÁLGICO
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Aprenda a dizer não;
Estabeleça metas e cumpra-as;
Reconheça seus limites e respeite-os;
Focalize o presente;
Reavalie suas crenças;
Antes de julgar, pense;
Não tente, faça;
Abandone o perfeccionismo;
Não se sinta inferior;
Aceite ajuda;
Observe os comportamentos que interferem negativamente nas
suas relações.
GRUPOS DE APOIO E
AJUDA MÚTUA
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Grupos que que preconizam a informação e a
educação como forma de promoção de saúde;
Possuem um caráter construtivista;
Informação de um pode ser valiosa para o
outro;
Geralmente possuem um facilitador;
Configuração “Horizontal”.
BENEFÍCIOS DOS
GRUPOS DE APOIO
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Estimula nos participantes uma maior busca por
informações em saúde – autonomia e pró-atividade;
Sensação de pertencimento;
Teia Social
Espaço de convivência/aprendizado;
Oliveira, 2000
Promove a qualidade de vida;
Participante
Colaborador
IMPACTO DA POBREZA DE
RELACIONAMENTO
“ A pobreza de relações sociais constitui fator
de risco à saúde, comparável a outros que são
comprovadamente nocivos, tais como o fumo,
a pressão arterial elevada, a obesidade e a
ausência de atividade física, os quais
acarretam implicações clínicas para saúde
pública (Broadhead et al., 1983)”.
FUNCIONAMENTO DOS
GRUPOS UNIFESP
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Estimula-se a leitura de textos relacionados ao
problema;
São realizadas vivências lúdicas e de relaxamento,
além de dramatizações baseadas em situações
problemas;
Estimula-se a troca de informações entre os
participantes (“iguais”);
Profissionais especializados (médicos, psicólogos,
entre outros) são convidados para alguns encontros;
Encontros de 2 horas de 15 em 15 dias
Grupo fechado x rotativo
O GRUPO COMO ACOLHIMENTO
O grupo passa a ser referência para o indivíduo se sentir
acolhido. É um espaço onde ele pode dividir as suas
dificuldades, preocupações e expectativas. São
momentos onde pode-se sentir cuidado e ser também
cuidador. A troca é fonte de fortalecimento.
OBRIGADO!
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