Estudos internacionais indicam nova era no tratamento da hepatite C A MSD apresentou no 46º Congresso Anual da Associação Europeia de Estudos do Fígado (EASL – European Association fot the Study of the Liver) em Berlim, na Alemanha, resultados de estudos fase III com boceprevir, o novo inibidor de protease oral do vírus da hepatite C, que inaugura um novo esquema de tratamento da doença: a terapia tripla (peginterferona + ribavirina + boceprevir). A apresentação das novas análises coincide com a publicação dos dados primários desses estudos, publicados na edição de abril da revista científica The New England Journal of Medicine. Os resultados demonstraram que a adição de boceprevir melhorou significativamente a resposta virológica sustentada (ausência do vírus no organismo 24 semanas após o fim do tratamento, considerada como a cura para a hepatite C) em pacientes adultos que não responderam a tratamentos anteriores (estudo RESPOND-2) ou que nunca foram tratados (estudo SPRINT-2) em comparação com o tratamento padrão peginterferon alfa-2b e ribavirina. A variação do marcador genético IL28B ajudou a prever a probabilidade de resposta ao tratamento Os estudos avaliaram a adição de boceprevir ao esquema de peginterferon alfa-2b e ribavirina em pacientes adultos com infecção crônica com o genótipo 1 do vírus da hepatite C, o mais difícil de curar. As novas análises de dados identificaram que os fatores de sucesso para atingir resposta virológica sustentada se baseiam na variação do gene IL28B do paciente, no tratamento inicial de quatro semanas com peginterferon alfa-2b e ribavirina e na associação do medicamento boceprevir ao esquema inicial. "Com base nas novas análises, a identificação do marcador genético IL28B do paciente antes do tratamento e a resposta do paciente após período inicial de quatro semanas forneceu informações sobre a probabilidade de atingir a resposta virológica sustentada quando boceprevir foi acrescentado à terapia padrão", afirmou Fred Poordad, M.D., chefe de hepatologia e transplante de fígado do Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, e principal autor do estudo SPRINT-2. “A utilização desta abordagem possibilitou que muitos pacientes nos estudos – tanto aqueles que não responderam a tratamentos anteriores como os que receberam o primeiro tratamento – atingissem sucesso com uma duração menor de terapia em comparação com a atual terapia”, acrescenta. Nova oportunidade para pacientes não-respondedores Durante o Congresso de hoje, foram divulgados pela primeira vez os resultados finais de um estudo fase III de boceprevir acrescentado à terapia de peginterferon alfa-2a e ribavirina que demonstrou taxas de resposta virológica sustentada (cura) significativamente mais elevadas em pacientes adultos não respondedores ao tratamento anterior da hepatite C em comparação com um grupo de controle que recebeu peginterferon alfa-2a e ribavirina. Um número significativamente maior de pacientes que recebeu boceprevir atingiu resposta virológica sustentada, 64% versus 21% do grupo de controle. No Brasil, aproximadamente 50 mil pacientes, que foram tratados com as drogas disponíveis até o momento e não tiveram sucesso com o tratamento, são potenciais candidatos a receber o tratamento inovador. "Neste estudo, a adição de boceprevir a peginterferon alfa-2a e ribavirina resultou em um aumento de aproximadamente três vezes na taxa de resposta virológica sustentada em pacientes que não responderam à terapia padrão da hepatite C", afirmou Steven L. Flamm, M.D., professor de medicina-hepatologia e cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern Feinberg de Chicago. "Estes resultados são semelhantes aos observados com o esquema de tratamento com boceprevir acrescentado a peginterferon alfa-2b e ribavirina no estudo fase III RESPOND-2. Estes estudos demonstraram que boceprevir combinado com peginterferon alfa-2a ou alfa-2b e ribavirina atingiu taxas de resposta virológica sustentada significativamente mais elevadas em pacientes com infecção crônica causada pelo genótipo 1 do vírus da hepatite C que não responderam a terapias anteriores em comparação com peginterferon e ribavirina”, finaliza o especialista. Sobre a MSD A MSD é líder mundial em cuidados com a saúde e trabalha para ajudar as pessoas de todo o mundo a ficar bem. A MSD pesquisa e desenvolve medicamentos, vacinas, produtos de consumo e de saúde animal, oferecendo soluções para a saúde que atendam e antecipem as necessidades das pessoas e façam a diferença em suas vidas. Seu portfólio inclui atualmente mais de 15 produtos em fase avançada de pesquisa, em áreas críticas da medicina, como cardiologia, diabetes, neurologia, infectologia, doenças respiratórias e distúrbios neurológicos. A empresa está também comprometida em ampliar o acesso à saúde, por meio de programas abrangentes de educação e doação de seus medicamentos às pessoas que mais precisam deles. A MSD é fruto da fusão, em 2009, de duas empresas tradicionais na área de saúde: a Merck Sharp & Dohme e a Schering-Plough. A empresa, denominada Merck nos EUA e Canadá, conta atualmente com cerca de 100 mil funcionários e opera em mais de 140 países. No Brasil, a MSD conta com seis unidades fabris, nos estados de São Paulo e Ceará, e mais de 2.000 funcionários. Para mais informações, acesse www.msdonline.com.br. Compromisso global da MSD com a promoção da terapia de hepatite A MSD se baseia em seu forte legado no campo da hepatite viral ao continuar a descobrir, desenvolver e entregar vacinas e medicamentos para ajudar a prevenir e tratar a hepatite viral. No que se refere à hepatite C, os pesquisadores da MSD desenvolveram a primeira terapia aprovada para a infecção crônica pela doença em 1991 e a primeira terapia de combinação em 1998. O ano de 2011 marca o 10º aniversário do lançamento de PEGINTRON e ribavirina como terapia de combinação, uma terapia padrão atual de âmbito mundial para a infecção crônica causada pelo vírus da Hepatite C. Além dos estudos em andamento com boceprevir, há esforços extensivos de pesquisa para desenvolver terapias inovadoras adicionais administradas por via oral para o tratamento da hepatite viral.