Trabalho Completo - Pró-reitoria de Pesquisa, Pós

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ - IFCE
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E INOVAÇÃO - PRPI
Francisca Gleiciane Nascimento Lopes (1); Francisco José Carvalho Moreira (2)
Bolsista (1); Campus Sobral; Endereço eletrônico; [email protected]
Orientador (2); Instituição, Campus Sobral; Endereço eletrônico: [email protected]
RESUMO
Os nematoides são vermes microscópicos que se alimentam, em sua grande maioria das
raízes das plantas passando parte ou toda vida no solo. Este ensaio experimental foi
desenvolvido em Telado Agrícola e Laboratório de Fitossanidade, no Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE, Campus de Sobral, no período de
janeiro de 2016 a junho de 2016. O presente trabalho tem como objetivo analisar seis
plantas antagônicas da família Poaceae, sendo testadas duas variedades de milheto
(Pennisetum glaucum. L) – (ADR-6010 e BRS 1501) três variedades de sorgo (Sorghum
bicolor L.) - Biomassa 303, BRS Ponta Negra, BRS 506). Foram analisadas as seguintes
variáveis: altura da planta (AP) número de folhas (NF): foi feito manualmente em cada
planta, peso fresco da parte aérea (PFP), peso fresco raiz (PFR), número de ovos (NO)
número de galhas (NG) Fator de reprodução (FR). O ensaio foi disposto em
Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) em esquema fatorial, em três épocas de
avaliação (30, 60 e 90 DAT), com uma testemunha positiva e outra negativa. Melhores
resultados foram encontrados no NG das plantas antagônicas, onde não foi obtido
nenhuma incidência de galhas nas plantas antagônicas. Já para o NO e FR foram
encontrados pequenas quantidades de galhas. Já para a reação de tomate após as plantas
antagônicas foram encontrados galhas em quase todas as épocas, mas em pequenas
quantidades.
Palavras-chave: nematóides; plantas antagônicas; meloidoginose.
INTRODUÇÃO
Os nematoides são vermes microscópicos que se alimentam, em sua grande
maioria das raízes das plantas passando parte ou toda vida no solo. Conforme a maneira
com que estes organismos obtêm o alimento das plantas são classificadas em:
endoparasitas e ectoparasitas. Os ectoparasitas passam toda a sua vida fora das raízes e
alimenta-se introduzindo o estilete na camada de células a diversas profundidades da
superfície das raízes. Os ectoparasitas penetram e passam, no mínimo, parte de sua vida
dentro da raiz (LORDELO, 1992. TIHOHOD, 1993; AGRIOS, 1997; FREITAS et al.,
2004).
Os nematoides fitopatogênicos são responsáveis por expressivas perdas na
agricultura seja no cultivo de grão, na olericultura, sendo nesta mais preocupante em
função da expressão tardia dos sintomas e da ineficiência dos meios curativos de
controle. Os nematoides são organismos alongados e afilados nas extremidades,
representando um dos grupos animais mais numerosos da terra. Acredita-se que haja a
possibilidade de vida. Ecologicamente, estes animais podem ser classificados em três
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grupos, de acordo com o tipo de hábito alimentar. Assim, temos os parasitos de animais,
os de vida (que se alimentam de bactérias, fungos, algas, protozoários, minhocas
microscópicas e de outros nematoides); saprófitos, tanto do solo como dos oceanos e os
parasitos de plantas, conhecidos como fitonematoides, (LORDELLO, 1992;
TIHOHOD, 1993; FERRAZ & MONTEIRO, 1995; AGRIOS, 1997; FREITAS et al., ,
2004)
Nematoides parasitas de plantas podem ser encontrados no interior de estruturas
vegetais, tantos dos órgãos subterrâneos (raízes, rizomas, tubérculos e bulbos) e também
na parte aérea (caules, folhas e folhas). Contudo, os maiores problemas relacionados
com estes fitoparasitos ocorrem no sistema radicular, onde eles podem ser encontrados
no solo ou no interior da raiz, caracterizando-os como migradores e sedentários,
respectivamente (LORDELLO, 1992; TIHOHOD, 1993; AGRIOS, 1997; FREITAS et.
al., 2004).
As funções ecológicas dos nematoides no solo incluem a decomposição de
matéria orgânica, mineralização de nutrientes, degradação de toxinas e regulação da
população de micro-organismos (BONGERS; FERRIS, 1999), podendo estimular o
desenvolvimento de plantas (FU et al., 2005). O uso de plantas antagônicas em
esquemas de rotação ou plantio consorciado tem se mostrado uma alternativa bastante
atrativa. Algumas delas são capazes de fixar nitrogênio da atmosfera e todas fornecem
expressivos volumes de matéria orgânica, aumentando a atividade de fungos
antagonistas e melhorando as características gerais do solo. Substâncias químicas com
efeito nematicida têm sido isoladas de algumas dessas plantas e produtos naturais já
estão aparecendo no mercado.
Segundo Quarles (1992), estratos botânicos apresentam algumas vantagens sobre
pesticidas sintéticos, tais como: eles podem oferecer novos compostos que as pragas
ainda não podem inativar; eles são menos concentrados e, portanto, potencialmente
menos tóxicos do que compostos puros; eles sofrem biodegradação rápida e podem
possuir múltiplos modos de ação, tornando possível um amplo espectro de uso enquanto
retém uma ação seletiva dentro de cada classe de praga, e eles são derivados de recursos
renováveis, diferentemente dos materiais sintéticos.
Em vista do exposto, o objetivo deste projeto foi a Produção de biomassa de seis
espécies de plantas antagônicas da família Poaceae no controle de nematoides das
galhas (Meliodogyne javanica e M. enterolobii), em campo, em três épocas de
avaliação.
METODOLOGIA/RESULTADOS
Este ensaio experimental foi desenvolvido em Telado Agrícola e Laboratório de
Fitossanidade, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE,
Campus de Sobral, no período de janeiro de 2016 a junho de 2016. O referido campus
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apresenta coordenadas geográficas (03°40’ S e 40°14’ W). O clima da cidade é tropical
quente semiárido com pluviometria média de 854 mm, temperatura média de 30 ºC e a
altitude de 70 metros (FUNCEME, 2014).
Foram testadas seis espécies de plantas antagônicas da família Poaceae. As
sementes para esse ensaio foram doadas pela EMBRAPA Ovinos e Caprinos. Sendo
testadas duas variedades de milheto (Pennisetum glaucum. L) –(ADR-6010 e BRS
1501) três variedades de sorgo (Sorghum bicolor L.) - Biomassa 303, BRS Ponta Negra,
BRS 506).
As sementes das variedades analisadas foram postas para germinar em bandejas
de isopor de 128 células, e foram produzidas em Telado Agrícola. Quando as plantas
estavam com 20 dias após a germinação, as mesmas foram transplantadas para vasos
com capacidade de 20 L. A inoculação dos nematoides (ovos e J2) foi feita 24 horas
após o transplantio, o inoculo foi obtido de plantas de tomates infestadas. Passados 45
dias após do transplantio, tempo suficiente para que as espécies de nematoides tenham
completado, em média, dois ciclos de vidas, fez-se a avaliação final.
Aos 30, 60 e 90 dias após a semeadura, estas plantas foram arrancadas, trituradas
e incorporadas ao solo infestado de nematoide. Passadas 48 horas, em cada área, foram
transplantados tomate ‘Santa Clara’, que é a variedade susceptível a todas as espécies de
nematoides.
Foram analisadas as seguintes variáveis: altura da planta (AP) número de folhas
(NF): foi feito manualmente em cada planta, peso fresco da parte aérea (PFP), peso
fresco raiz (PFR), número de ovos (NO) número de galhas (NG) Fator de reprodução
(FR).
A extração dos nematoides foi feita com o auxílio de um liquidificador comum,
peneiras de 20, 200 e 500 Mesh e pisseta com água destilada, logo após foi colocado o
caolim e depois centrifugado, ficando por 5 minutos posteriormente foi adicionado a
sacarose e centrifugado novamente, desta vez sendo por 1 minuto. Logo após foi feita a
contagem do numero de ovos e juvenis, a contagem foi realizada com o auxílio de
placas de Peters e microscópio estereoscópico
O ensaio foi disposto em Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC) em
esquema fatorial, em três épocas de avaliação ( 30, 60 e 90 DAT), com uma testemunha
positiva e outra negativa.Os dados obtidos foram tabulados em planilha eletrônica Excel
© , e em seguida,submetidos à análise de variância, o qual foi comparado pelo teste F.
Para as variáveis que apresentaram diferença significativa, procedeu-se do teste de
Tukey para omparação das médias. Os resultados foram expressos em Gráficos e
Tabelas
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 1 estão expostos os dados da interação entre épocas e plantas antagônicas foi significativa para peso fresco da parte aérea das
plantas antagônicas, (PFPAPA), numero de ovos das plantas antagônicas, (NOPA), numero de ovos dos tomates, (NOTO) e fator de reprodução
dos tomates (FRTO). Nos fatores principais as plantas antagônicas mostraram números significativos para o número de galhas, mas não
mostraram para época, o fator de reprodução foi significativo para plantas antagônicas e não para épocas, o numero de galhas dos tomates foi
significativo para as épocas e não para as plantas antagônicas.
Tabela 1. Resumo da análise de variância (ANOVA), apresentando os Quadrados Médios das variáveis peso fresco da parte aérea das plantas antagônicas
(PFPAPA), número de galhas em plantas antagônicas (NGPA), número de ovos em plantas antagônicas (NOPA), fator de reprodução em plantas antagônicas
(FRPA); número de galhas em plantas de tomate (NGTO), número de ovos em plantas de tomate (NOTO), fator de reprodução em plantas de tomate (FRTO)
em função de três épocas de incorporação ao solo e de oito plantas antagônicas. IFCE, Campus Sobral, Sobral, CE, 2016.
QUADRADOS MÉDIOS
Fontes de variação
GL
PFPA PA
NGPA
NOPA
FRPA
NGTO
NOTO
FRTO
Épocas de avaliação (A)
2
189520,84 **
912,225 ns
28929,825**
0,00006 ns
621,075**
43586,508**
0,00272 **
Plantas antagônicas (B)
7
79459,81**
53046,075**
27689,733**
0,00332 **
176,522 ns
1108805,675**
0,06930 **
Interação (A X B)
14
22628,13**
912.225 ns
28596,501**
0,00006 ns
176,522 ns
180841,175**
0,01130 **
Resíduos
96
2220,00
2202.466
8,567
0,00014
122,758
56,654
0,00000
Total
119
-
-
-
-
-
-
-
** valor significativo ao nível de 1% de probabilidade pelo teste de Tukey
*valor significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey
Ns valor não significativo
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Na Figura 1 estão evidenciados os valores médios de peso da matéria seca da parte área
(PMSPA, em g), das seis espécies de plantas antagônicas e as duas testemunhas positiva e
negativa (tomate ‘Santa Clara’), em função das três épocas de incorporação ao solo (30, 60 e 90
DAT), para avaliar o seu efeito sobre a população de nematoide das galhas (M. enterolobii).
Figura 1. Médias de Peso da matéria fresca da parte aérea (PSPA, em g) incorporadas ao solo
das plantas antagônicas de milheto ‘ADR 6010’, ‘BRS 1505’ e sorgo ‘BRS 506’, ‘Dow 740’,
‘BRS Ponta Negra’ e ‘Biomassa 305’ e tomate ‘Santa Clara’ como testemunhas negativa e
positiva, em função de três épocas de incorporação ao solo (30, 60 e 90 dias após o transplantio
- DAT). IFCE, Campus Sobral, Sobral, CE, 2016.
Na Figura 1, verifica-se que na maioria dos casos as plantas tiveram crescimento
ao logo das três épocas 30, 60 e 90 dias, as que não tiveram foram principalmente às
plantas de milheto porque tem o ciclo muito curto, com 60 dias eles já estavam
florando, alguns fizeram foi diminuir ao longo do tempo, pois secou, perdendo massa
fresca, e os dois sorgos tiveram um crescimento bem avantajado, e os tomates tiveram
um crescimento igual em função dos níveis de ataques aos nematoides, como podemos
observar na Figura 1, abaixo.
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Figura 1. Aspectos gerais do ensaio evidenciando as três épocas de avaliação, aos 30, 60 e 90
dias após o transplantio – DAT, da esquerda pra direita, respectivamente. IFCE, Campus Sobral,
Sobral, CE, 2016.
Silva et al., (1990) avaliando o efeito de dez espécies de crotalária sobre M.
javanica e M. incognita, raça 3, em casa de vegetação, verificaram que todas as espécies
analisadas foram eficientes em diminuir as populações de nematoides do solo.
Na Tabela 2 estão expostos os dados médios das variáveis de número de galhas,
número de ovos e fator de reprodução de nematoide das galhas (Meloidogyne
enterolobii) em função de três épocas de incorporação ao solo (30, 60 e 90 DAT) e de
seis plantas antagônicas e duas testemunhas positiva e negativa (tomate ‘Santa Clara’).
Tabela 2. Médias de número de galhas, número de ovos e fator de reprodução de nematoide das galhas
(Meloidogyne enterolobii) em função de três épocas de incorporação ao solo e de oito plantas antagônicas.
IFCE, Campus Sobral, Sobral, CE, 2016.
Plantas antagônicas
Épocas de
avaliação
Tomates ( - )
30 DAT
60 DAT
90 DAT
0,00
0,00
0,00
30 DAT
60 DAT
90 DAT
0,00 aC
0,00 aA
0,00 aC
30 DAT
60 DAT
90 DAT
0,00
0,00
0,00
Sorgo
BRS
ponta
negra
........................................Número de galhas............................................
202,80
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
127,20
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
174,60
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
........................................Número de ovos............................................
370,00 aA
0,00 aC
0,00 aC
17,00 aB
0,00 bC
0,00 aC
0,00 bA
0,00 aA
0,00 aA
0,00 cA
0,00 bA
0,00 aA
0,00 bC
0,00 aC
0,00 aC
12,40 bB
18,20 aA
0,00 aC
........................................Fator de reprodução............................................
0,05
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,03
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Milheto
Tomates ( + )
ADR
6010
Milheto
BRS 1501
Sorgo
BRS 506
Sorgo
DOW 740
Sorgo
biomassa
305
0,00
0,00
0,00
0,00 aC
0,00 aA
0,00 aC
0,00
0,00
0,00
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Médias seguidas por letras maiúsculas nas colunas e minúsculas nas linhas não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5,0% de
probabilidade.
De acordo com a análise da Tabela 2, verifica-se que para a variável NG não
foram observadas galhas em nenhuma das plantas antagônicas. Observa-se que na
testemunha positiva tomate ‘Santa Clara’ apresentou um grande número de galhas,
indicando que o inóculo utilizado estava em bom estado. Estes resultados mostram,
portanto, que as plantas estudadas não são hospedeiras de M. enterolobii.
Continuando na tabela 2, para o NO foi observada pequenas quantidades de ovos
em alguns tratamentos como, (Sorgo BRS 506), (Sorgo DOW 740) e a Testemunha (+),
mas vale ressaltar que foi em pequenas quantidades.
Ainda na Tabela 2, observou-se que para a variável FR não foi encontradas
nenhum índice de galhas nas plantas antagônicas, observando apenas na testemunha
positiva.
Resultados semelhantes foram encontrados em Silva (2015) que mesmo com o
surgimento de galhas em alguns tratamentos, vale ressaltar que esses números de galhas
foram em pequenas quantidades, com os tratamentos com feijão guandu observou-se
uma diminuição desses números da primeira para a terceira avaliação (90) dias, com
uma média 1,08 para 0,4, respectivamente para cada avaliação.
Segundo Costa e Ferraz (1990) estudando os efeitos antagônicos de algumas
espécies de plantas a M. javanica, verificaram que apenas Cajanas cajan (Guandu) e
Lolium multiflorum L. (azevém) mostraram maior resistência por apresentarem o menos
número de galhas e ootecas nas raízes.
Na Tabela 3 estão expostos os dados médios das variáveis de número de galhas,
número de ovos e fator de reprodução de nematoide das galhas (Meloidogyne
enterolobii) em plantas de tomate ‘Santa Clara’ após a incorporação ao solo de seis
plantas antagônicas e duas testemunhas positiva e negativa (tomate ‘Santa Clara’) em
três épocas (30, 60 e 90 DAT).
Tabela 3. Médias de número de galhas, número de ovos e fator de reprodução de nematoide das galhas (Meloidogyne
enterolobii) em plantas de tomate ‘Santa Clara’ após três épocas de incorporação ao solo com oito plantas antagônicas. IFCE,
Campus Sobral, Sobral, CE, 2016.
Épocas de
avaliação
30 DAT
Reação de tomate após as plantas antagônicas em três épocas de incorporação ao solo
Milheto
Sorgo
Milheto
Sorgo
Sorgo
Sorgo BRS
Tomates ( - ) Tomates ( + )
ADR
biomass
BRS 1501
BRS 506
DOW 740 ponta negra
6010
a 305
........................................Número de galhas............................................
0,00
6,00
31,20
2,20
8,20
1,00
0,40
5,60
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60 DAT
90 DAT
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
........................................Número de ovos............................................
30 DAT
0,00 aB
1.127,80 aA
0,00 bB
0,00 aB
0,00 cB
0,00 cB
0,00 aB
0,00 bB
60 DAT
0,00 aD
520,00 cA
0,00 bD
0,00 aD
316,00 bB 252,00 aC
0,00 aD
0,00 bD
90 DAT
0,00 aE
640,00 bB
104,00 aC
0,00 aE
736,00 bB 48, 00 bD
0,00 aE
36,00aD
........................................Fator de reprodução............................................
30 DAT
0,00 aB
0,28 aA
0,00 bB
0,00 aB
0,00 cB
0,00 cB
0,00 aB
0,00 bB
60 DAT
0,00 aD
0,13 cA
0,00 bD
0,00 aD
0,07 bB
0,06 aC
0,00 aD
0,00 bD
90 DAT
0,00 aE
0,16 bB
0.02 aC
0,00 aE
0,18 aA
0, 01 bD
0,00 aE
0,00 aD
Médias seguidas por letras maiúsculas nas colunas e minúsculas nas linhas não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5,0% de
probabilidade.
De acordo com a análise da Tabela 3, verifica-se que para a variável NG foram
observadas galhas em todas as plantas antagônicas e também na testemunha positiva
tomate ‘ Santa Clara’ na primeira avaliação de 30 dias, enquanto nas outras épocas, não
foram observada nenhuma galha.
Já para o NO, na primeira avaliação com 30 dias não foi encontrado galhas nas plantas
antagônicas, encontrando apenas na testemunha positiva de tomate ‘ Santa Clara’, Já na
segunda época de avaliação foi encontrado bastantes galhas nas plantas antagônicas
como, Sorgo BRS 506 e Sorgo DOW 740, já para terceira época foi encontrado em
Milheto ADR 6010, Sorgo BRS 506, Sorgo DOW 740 e Sorgo biomassa 305, além da
testemunha positiva de tomate ‘ Santa Clara’ que obteve galhas em todas as épocas de
avaliação. Para o FR só foi encontrado galha com 60 e 90 dias, mas todas em pequena
quantidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Nas condições em que este ensaio foi conduzido e de posse dos resultados
observados pode-se concluir que:
 Melhores resultados foram encontrados no NG das plantas antagônicas, onde
não foi obtido nenhuma incidência de galhas nas plantas antagônicas.
 Já para o NO e FR foram encontrados pequenas quantidades de galhas.Já para a
reação de tomate após as plantas antagônicas foram encontrados galhas em
quase todas as épocas, mas em pequenas quantidades.
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REFERÊNCIAS
AGRIOS, G. N. Plant pathology. 4. Ed. San Diego, California:Academic Press,
1997635 p.
BONGERS, T.; FERRIS, H. Nematode community structure as a bioindicator in
environmental monitoring. Trends in Ecology and Evolution, v. 4, n. 6, 1999.
FERRAZ, L. C.C.; MOTEIRO, A.R. Nematóides. In: BERGAMIN FILHO, A.;
KIMATI, H.; AMORIN, L. (Ed). Manual de Fitopatologia, 3. ed. São Paulo: p. 168201. 1995.
LORDELLO, L. G. E. Nematoides de plantas cultivadas. 9° Ed. São Paulo. Nobel.
1992. 356p.
QUARLES, W. Botanical pesticides from Chenopodium. IPM Practitioner, v 14, n.2
p.1-11. 1992
TIHOHOD, D. Nematologia agrícola aplicada. Jaboticabal: FUNEP, 1993.372p.
SILVA, MARIA CRISTINA BARBOSA DA. Controle alternativo de nematoides
das galhas (Meloidogyne enterolobii) com quatro espécies de plantas antagônicas da
Família Papilonaceae). Monografia de graduação. (IFCE – Campus Sobral). 49 f.
Sobral, 2015.
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ANEXOS
Figura 1 ; Mudas de sorgo ; mudas de milheto; mudas de tomates
Figura 2 ; Processo de inoculação das plantas; os tres furos para colocar o inóculo;
planta de tomate infectada.
Figura 3 : Todas as plantas de milheto, sorgo e tomates
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Figura 4: Plantas com 30 dias; plantas com 60 dias e plantas com 90 dias
Figura 5: Avaliação da altura da planta; plantas sendo arrancadas para ser feito a
contagem de número de ovos e peso fresco.
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Figura 6: Plantas picotadas ; plantas picotadas incorporadas ao solo; .
Figura 7: Furo para transplantio dos tomates como teste; tomate plantado sobre adubo
verde.
Figura 8: Raiz de milheto; raizes de tomates infestadas
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Figura 9 : Raízes de tomate sendo picotadas; raizes logo após serem trirturadas no
liquidificador; contagem do número de J2
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