Prevenção de Infecção Respiratória no Período Neonatal: Prevenção de infecções virais Virus Sincicial Respiratório: Prevenção/Controle de surtos Protocolo do uso de Palivizumabe/portaria MS Roseli Calil Hospital da Mulher CAISM/UNICAMP Infecções Virais - Brasil Etiologia de difícil diagnóstico especialmente, vírus respiratórios, abuso do uso de ATB Casos que necessitam de internação, fonte de transmissão cruzada intra-hospitalar Necessidade de adesão as boas práticas nos procedimentos Necessidade de adesão as Normas de Isolamento e Precauções Padrão Vacinação dos Profissionais da Saúde Etiologia das infecções respiratórias virais O vírus sincicial respiratório (VSR) é um dos principais agentes etiológicos das infecções que acometem o trato respiratório inferior entre lactentes e crianças menores de 2 anos de idade, podendo ser responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias durante os períodos de sazonalidade Virus Respiratório Sincicial (RSV) Descrito em 1956 A infecção acidental em humanos levou ao reconhecimento do papel deste vírus em infecções humanas RSV- Estrutura Vírus envelopado de 100350nm Formato esférico e/ou pleiomórfico Genoma de RNA simples fita de senso negativo 2 proteínas não-estruturais e 8 proteínas estruturais RSV- Estrutura Glicoproteínas de envelope - F e G são cruciais para a infectividade e patogênese do virus Subgrupos ‘A’ e ‘B’ estão baseados em variações da proteína G Patogênese Entra através da mucosa do nariz e olhos Espalhamento célula-célula através do trato respiratório Patogênese Ligação da proteína G ao epitélio respiratório Fusão com a membrana da célula hospedeira através da proteína F Formação dos sincícios com células gigantes multinucleadas Patologia Edema de mucosa Aumento da secreção de muco Necrose tecidual nas mucosas Infiltração de linfócitos nos espaços periobrônquicos Resposta Imune e patogênese A resposta imune do hospedeiro contribui para a patogênese (LT e citocinas), Resposta de IgE em algumas pessoas está ligada a uma hiperreatividade nas vias aéreas Imunidade mediada por LT limita a infecção Epidemiologia 75.000-125.000 crianças são hospitalizadas por ano nos EUA. Responsável por 50-90% das hospitalizações por bronquiolite Sazonal: do outono até a primavera Brasil - prevalência do VSR varia de 21 a 67,8%. Sazonalidade do VSR no Brasil Estudos que abordam a prevalência e circulação de VSR em crianças com doenças respiratórias agudas apontam: • Regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste uma maior circulação do VSR nos meses de abril a maio • No Sul - junho e julho, concomitante ao pico de VSR ocorre entre com a estação do vírus da influenza. • Rio Grande do Sul, o período de sazonalidade da circulação do VSR se estende durante os meses de maio a setembro • Região norte o VSR circula especialmente no 1° semestre, no período de chuva intensa na região, com pico no mês de abril. Epidemiologia - transmissão • O VSR atinge o trato respiratório através do contato íntimo com pessoas infectadas ou através de superfícies ou objetos contaminados. • A infecção ocorre quando o material infectado atinge e penetra o organismo através da membrana mucosa dos olhos, boca e nariz ou pela inalação de gotículas derivadas de tosse ou espirro. • O tempo de sobrevida do VSR nas mãos é < 1 hora, no entanto, em superfícies duras e não porosas (exemplo o estetoscópio), pode durar aproximadamente até 24 horas Epidemiologia - transmissão Período de incubação de 2 - 8 dias Transmissão via tosse, espirro, fala, mãos e utensílios manipulados A disseminação entre doentes hospitalizados é comum, podendo ocorrer surtos em UTI Neonatal ou pediátrica Epidemiologia A disseminação do vírus é silencioso e assintomático A liberação de partículas virais dura de 1 a 3 semanas (107 /mL de secreções nasais) A liberação de partículas virais é mais prolongada em imunocomprometidos Manifestações clínicas Trato respiratório superior Trato respiratório inferior (Bronquiolite e pneumonia) Febre Tosse Rinite Anorexia Faringite Letargia Hipoxemia Disfunções respiratórias Apnéia RSV- Complicações Doença pulmonar crônica Doença cardíaca cianótica congênita Pacientes imunocomprometidos Doenças metabólicas e neurológicas VSR - Complicações • Algumas características especiais como a sazonalidade, imunidade não permanente, presença de dois sorotipos diferentes e ausência de anticorpos específicos fazem com que o VSR esteja associado à doença de maior morbidade em populações de alto risco. • Estudos prospectivos têm demonstrado que a infecção de trato respiratório inferior no inicio da vida eleva em 25% a 80% a ocorrência de asma e hiper-reatividade brônquica comparada a grupo controle, até 11 anos mais tarde. Nesse sentido é fundamental que sejam instituídas medidas de prevenção desta infecção. Diagnóstico Secreção nasal e traqueo-brônquica Swabs, ou aspirados Deve ser colocado imediatamtne em meio de cultura ou mantido em gelo pelo menor tempo possível O processamento deve ser imediato Métodos de diagnóstico Isolamento de vírus Detecção do antígeno viral para o diagnóstico Método ELISA (Enzyme imunnoassay) Resultados estão disponíveis em cerca de 15 a 30 minutos Sensibilidade de 57 a 97% e Especificidade de 69 a 100% A imunoflorescência (IFA) direta disponibiliza o resultado em 45 minutos e a IFA indireta em 3 horas com Sensibilidade e Especificidade de mais de 85%. Detecção do anticorpo - não é clinicamente útil Tratamento Suporte clínico Fluidos, oxigênio, suporte respiratório, branquiodilatadores Agentes antivirais Ribavirina (Virazol), análogo sintético de guanidina administrado sob a forma de aerosol, não usado no período neonatal Prevenção Lavar as mãos Desinfetar as superfícies Usar luvas e máscaras Isolar os pacientes para prevenir disseminação Imunização PREVENÇÃO DA INFECÇÃO PELO VSR Medidas gerais - Cuidados básicos para reduzir a transmissibilidade do VSR: • Higienizar as mãos antes e após contato com a criança • Limitar o contato com pessoas infectadas • Intensificar os cuidados de higiene pessoal. • Orientar os familiares quanto à importância da higienização correta das mãos • Fazer desinfecção das superfícies expostas às secreções corporais • Isolar pacientes hospitalizados com suspeita de infecção por VSR Prevenção: Cuidados com pacientes que fazem parte do grupo de risco • Evitar locais com aglomeração de pessoas, inclusive creches, nos meses de maior incidência da doença. • Evitar exposição passiva ao fumo dos pais e familiares. • Vacinar contra Influenza crianças a partir dos 6 meses de vida até 2 anos de acordo com o Programa Nacional de Imunização/MS. Prevenção Além da vacinação do RNPT, outras medidas são importantes Aleitamento materno Pais, irmãos e cuidadores, inclusive profissionais de saúde que lidam com o prematuro devem estar imunizados contra a coqueluche e influenza, reduzindo dessa forma a transmissão desses agentes ao pré-termo. VSR - Medidas de Controle da Transmissão Hospitalar • Lavar as mãos antes e após contato com qualquer paciente ou material biológico e equipamentos ligados ao paciente. • Identificar precocemente os suspeitos e instituir as precauções de contato. • Utilizar preferencialmente quarto privativo, porém na impossibilidade de quarto privativo, utilizar incubadora como barreira para acomodar recémnascido com suspeita ou caso confirmado de infecção viral. Medidas de Controle da Transmissão Hospitalar Manter precauções de contato para todos os pacientes com doença por VRS, confirmada ou suspeita. Estas precauções incluem: • Lavagem das mãos antes e após contato com o paciente e seus pertences • Uso de luvas e avental para manipulação do recém-nascido • Uso de máscara e óculos de proteção de acordo com a possibilidade de contato direto com secreções e aerossolização de partículas, como por exemplo, durante aspiração de vias aéreas • Proibir a entrada de visitantes com infecção do trato respiratório • Afastar profissionais da saúde, com infecção do trato respiratório dos cuidados de RN e lactentes. Prevenção da doença Imunização ativa - Vacina inativada (formalin-inactivated RSV vaccine) Crianças vacinadas tiveram doença mais severa que não vacinados resultando em 80% de hospitalização nos vacinados e 2 óbitos Imunização passiva (imunoprofilaxia) Globulina de soro hiperimune: imunoglobulina policlonal imunoglobulina policlonal RSV-IGIV (RespiGam®) Desvantagens em relação a imunoglobulina monoclonal Administração é EV e está contra-indicada em pacientes com cardiopatias, devido ao risco de sobrecarga hemodinâmica. Prevenção da doença Anticorpo monoclonal anti proteína F – Palivizumab O anticorpo monoclonal humanizado Palivizumabe (Sinagys®) Eficaz na prevenção das doenças graves pelo VSR Vários estudos que corroboraram em sua aprovação pelo FDA (Impact- RSV., IRIS fases I, II e III ). Um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego e controlado com placebo (Impact), realizado nos EUA, Reino Unido e Canadá, durante o período sazonal de 1996-1997 utilizou o Palivizumabe, na dose de 15mg/Kg, IM durante 5 meses consecutivos, na população eleita (Medicação (2:1):Placebo n=500 e Synagis n=1002) com conseqüente redução de 55% do percentual de internações pelo VSR (p<0,005). Conclusão do estudo A administração mensal de Palivizumabe IM foi eficaz para prevenir os graves processos causados pelo VSR em lactentes prematuros e nos que apresentavam DBP. Houve significativa redução na hospitalização, no tempo de permanência hospitalar e na indicação UTI. Feltes TF, Cabalka AK, Meissner HC et al J Pediatr.2003; 143: 532-40. Medida preventiva passiva Palivizumabe • Palivizumabe tem-se mostrado eficaz na prevenção das doenças graves pelo VSR por apresentar atividade neutralizante e inibitória da fusão contra este vírus. • A administração mensal do palivizumabe durante a sazonalidade do VSR reduziu de 45% a 55% a taxa de hospitalização relacionada à infecção por este vírus. • Observou-se também entre as crianças internadas que o tratamento prévio com palivizumabe diminuiu significativamente o número de dias de hospitalização e de necessidade aumentada de oxigênio. Uso de Palivizumab SBP/SBIM Imunização passiva com anticorpo monoclonal contra VSR Indicado para o pré termo de risco, nos meses de maior circulação do mesmo (março a setembro) Altamente Recomendado/SBP-SBIM Prematuros com idade gestacional menor de 28 semanas com até 1 ano de idade RN com broncodisplasia e cardiopatas em tratamento clínico nos últimos seis meses com até 2 anos de idade. Palivizumab – Quando indicar Recomendado/SBP-SBIM É recomendado para os demais prematuros até o sexto mês de vida, especialmente para aqueles com idade gestacional de 29 a 32 semanas, ou maiores de 32 semanas que apresentem dois ou maisfatores de risco: - Criança institucionalizada, - Irmão em idade escolar, - Poluição ambiental, anomalias congênitas de vias aéreas e doenças neuromusculares severas. Posologia: dose habitual de 15 mg/kg de peso, em cinco doses mensais consecutivas, aplicadas por via intramuscular. Portaria 522 de 13/05/2013 - Publicada em 15/05/2013 Aprova o protocolo de uso do Palivizumabe conforme estabelecido no Anexo I desta portaria A incorporação do palivizumabe foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) para a prevenção da infecção pelo VSR de acordo com os seguintes critérios: Crianças com menos de 1 ano de idade que nasceram prematuras com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas. Crianças com até 2 anos de idade com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada Anexo I – Portaria 522 Posologia recomendada de palivizumabe: • 15 mg/kg de peso corporal, administrado uma vez por mês durante o período de maior prevalência do VSR previsto na respectiva comunidade • A primeira dose deve ser administrada um mês antes do início do período de sazonalidade do VSR e as quatro doses subsequentes devem ser administradas com intervalos de 30 dias durante este período no total de até 5 doses. • A administração de palivizumabe deverá ser feita em RN ou crianças que preenchem um dos critérios de inclusão inclusive para as que se encontram internadas, devendo neste caso ser administrado no ambiente hospitalar e respeitado o intervalo de doses subsequentes intra-hospitalar e pós-alta hospitalar. Fluxograma de investigação e condução de casos de VSR na Neonatologia CAISM UNICAMP Paciente previamente internado apresentando sintomas gripais Instituição de precauções por contato e gotícula Coleta de secreção nasal para teste para VSR Exame positivo para VSR Exame negativo para VSR Mantém-se em precaução por gotículas e contato Se possível, coleta de painel viral Instituir precaução por contato e gotículas para todos os pacientes da mesma sala Rastreamento dos pacientes da mesma sala mesmo os assintomáticos Mantém-se em precaução por gotículas e contato até resolução dos sintomas Todos os casos negativos Casos positivos: mantêm-se em precaução por contato e gotícula até resolução dos sintomas e pesquisa para VSR negativa Suspensão das precauções Paciente que interna na Unidade Neonatal com sintomas respiratórios procedentes da comunidade Instituição de precauções por contato e gotícula Coleta de secreção nasal para teste para VSR Exame positivo para VSR Exame negativo para VSR Mantém-se em precaução por contato e gotícula, até resolução dos sintomas e pesquisa para VSR negativa Se possível, coleta de painel viral CCIH/CAISM Mantém-se em precaução por gotículas e contato até resolução dos sintomas OBRIGADA! [email protected] CAISM - Infecções por Virus Sincicial Respiratório Ocorrência dos casos: 14 a 28 de maio/2009 • 3 casos procedentes do domicilio • Primeiro caso com início dos sintomas em 10/05 internado em 14/05 com 28 dias de vida. Alta em 20/05. VSR positivo em 10/06. VSR negativo em 17/06 (37dias) Segundo caso internado em 19/05 com 14 dias de vida. • Diagnóstico de VSR em 20/05 • Fez uso de Palivizumabe em 21/05. Alta em 30/05 com VSR positivo, repetido VSR em 08/06 negativo (19 dias) Terceiro caso internado em 22/05 com 6 dias de vida • – Diagnóstico e uso de Palivizumabe em 23 de maio. • – Resultado negativo em 10/06/09 (17 dias) • – Óbito em 19/06/09 Infecções por VSR Casos de Transmissão intra-hospitalar • Período: 15 a 28 de maio/2009 • Total de casos - 13 • Peso de nascimento: 555g a 3940g Distribuição por grupo de peso • <1000g – 4 casos • 1001 a 1500g – 6 casos • 1501 a 2500g - 0 • >2500g – 3 casos Medidas de Intervenção • Coorte dos pacientes infectados • Implantação das medidas de precaução de contato • Reunião com as equipes médica, enfermagem e fisioterapia, visando o reforço para as medidas de contenção da transmissão destes vírus incluindo a adesão a higienização de mãos, precaução de contato e precaução padrão. • Fechamento de visitas para familiares, sendo mantida somente a visita de pais com triagem prévia para infecções virais. Medidas de Intervenção Comunicação ao setor de Hotelaria do hospital: • Orientação de visitantes pela recepção do hospital • Intensificada limpeza da unidade e suprimento de produtos para higienização de mãos Equipe de enfermagem: Intensificada limpeza concorrente de equipamentos ligados aos pacientes, incubadoras e bancadas. Medidas de Intervenção • Administração de Anticorpo monoclonal para VSR (Palivizumabe) em RN contatos de acordo com orientação da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo • Administração de Palivizumabe nos casos internados com diagnóstico de infecção por este vírus na tentativa de reduzir o tempo de viremia e a morbidade pela doença. • Comunicação a COVISA/Cps, DRS7,CVE-SP • Solicitação de fechamento de internações para partos de risco 4 Distribuição dos casos de Infecção por VSR Inicio de Sintomas/Hospitalares Internação Infecção Comunitária 3 Palivizumabe * 2 1 0 14 15 17 19 20 Hospitalar 22 23 24 Comunitária 25 27 28 Distribuição dos casos de Infecção por VSR De acordo com a confirmação laboratorial 4 * Palivizumabe 3 2 1 0 18 20 21 22 Hospitalar 23 24 Comunitária 25 27 28 4 Distribuição dos casos de Infecção por VSR Início de Sintomas/Hospitalares Internação Infecção Comunitária 3 Palivizumabe * 2 1 0 14 15 17 19 20 Hospitalar 22 23 24 Comunitária 25 27 28 Evolução do Surto • 25/05 – 11 casos confirmados sendo 8 hospitalares • Fechado a Unidade Neonatal para novas internações pela Vigilância Sanitária • Ultimo caso diagnosticado 28/05 • Entre os 13 casos de transmissão hospitalar – 1 óbito (criança com síndrome genética e cardiopatia grave) • Total de casos da comunidade 3 casos – 1 óbito tardio, já com resultado para VSR negativo, relacionado a hipóxia persistente, com sinais de atrofia cerebral e falência de múltiplos órgãos. Evolução do Surto - Controles laboratoriais • 01 de junho – 5 negativos em 9 casos testados • 02 a 03/06 – 2 negativos entre 4 casos testados • 5 a 08/06 – 6 negativos em 9 casos testados • 10/06 – negativação do ultimo caso internado abertura da Unidade Neonatal • 17/06 – negativação do 1º caso comunitário – 38 dias após início dos sintomas (exame em 10/06 ainda era positivo). Medidas de Intervenção Uso de Palivizumabe • 31 crianças fizeram uso de Palivizumabe • Somente 1 RN com diagnóstico de infecção não fez uso de Palivizumabe • 7 RN fizeram uso de Palivizumabe após início dos sintomas • 57% (8/14) dos RN que fizeram uso de Palivizumabe entre 21 e 22/05 evoluíram com infecção para VSR, porém com sintomas leves • 66,6% dos contatos e que utilizaram palivizumabe (16/24) não evoluíram com doença Resultados – Surto de 2009 • A negativação para VSR variou de 4 a 31 dias • Tempo médio - 12 dias • Mediana em 9 dias Surto de 2010 Duração do surto: 4 a 16 de abril – 31 RN internados Entre 10 e 11 de abril foram diagnosticados 6 casos em RN sintomáticos Medidas de intervenção – semelhante 2009, exceto Triagem para VSR em RN assintomáticos • Unidade não foi fechada para o controle do surto • Critério para retirada de precaução 2 exames negativos Surto VSR NEO CAISM 2010 Resultado • Período: 04 de abril a 16 de abril de 2010 • 11 RN com sintomas respiratórios - 9 VSR + Total de casos - 17 casos VSR positivo • 8 sintomáticos e 9 assintomáticos • Peso de nascimento: 840 a 3630g A taxa de ataque foi de 17/31 = 54,8% Resultados – Surto de 2010 23 expostos que tomaram Palivizumabe • 13% (3/23) evoluíram com sintomas leves (3/23) • 26% (6/23) tiveram triagem positiva para VSR sem doença • 60,9% (14/23) tiveram triagem negativa para VSR • 1 óbito não devido a infecção • A negativação para VSR variou de 4 a 30 dias entre 14 RN • Tempo médio de negativação - 11 dias • Mediana em 7 dias • Dois RNs positivos para VSR e assintomáticos que receberam alta hospitalar, controlados ambulatorialmente, permaneceram com pesquisa positiva para VSR quando avaliados com 23 e 24 dias após a primeira coleta. Implementação de Administração de precauções por contato e Palivizumabe, para 7 gotículas pacientes com um ou Coorte de casos positivos mais dos seguintes Início dos Coorte de funcionários critérios: sintomas Intensificação de limpeza e IG≤28s, dç. Pulmonar, do paciente Rastreamento da de higienização das mãos cardiopatia índice UTI: Reunião com equipes congestiva, UTI 3 positivos Restrição de visita de hipertensão pulmonar, 5 negativos familiares cardiopatia congênita Novo rastreamento (8RN): Rastreamento Reavaliação do Início dos 3+ dos pacientes paciente sintomas do 5sintomáticos sintomático, 4º paciente, internados na Novo Painel + para já + UCI: 1 + e 1 rastreamento: VSR 211/4 13/4 2/4 3/4 Início dos sintomas de 2 pacientes Pesquisa de VSR do paciente índice positiva 4/4 Rastreamento de todos os pacientes internados na UCI e um da UTI: 8 positivos 7 negativos 5/4 Contato com Enfa. Brigina Kemp 6/4 7/4 Início dos sintomas do 4º paciente , já + Administração de Palivizumabe, para 22 pacientes com um ou mais dos seguintes critérios: IG≤28s, dç. Pulmonar, cardiopatia congestiva, hipertensão pulmonar, cardiopatia congênita 8/4 9/4 10/4 12/4 15/4 14/4 Novo rastreamento: 1 + mantém-se + 2Refeito exame de RN -, que permanece u- Refeito exame de 2 RN +, Assintomáticos: Negativo Refeito exame de 3 RN +, sintomáticos: Negativo Segunda amostra Refeito exame de 5 RN + assintomáticos: Negativo 17/4 16/4 18/4 19/4 NÃO HOUVE MAIS CASOS Surto VSR - 2012 21/4 22/4 20/4 Refeito exame de 5 RN +, sintomático s, 4 – e 1+, Segunda amostra Refeito exame de 3 RN + sintomáticos: Negativo Refeito exame de 2 RN + sintomáticos: Negativo, Segunda amostra Refeito exame de 5 RN + assintomáticos: Negativo Primeira amostra Conclusão • As medidas de intervenção implantadas foram efetivas na contenção do surto de VSR na Unidade Neonatal do CAISM • O uso de Palivizumabe pode ter contribuído para a redução da morbidade nos casos onde foi usado previamente* • O uso de Palivizumabe pode ter contribuído na redução do tempo de eliminação do vírus pelas crianças infectadas* • * Comentário – considerando a pequena casuística, estudos adicionais com desenho apropriado são necessários para confirmar esta hipótese