Programa de Prevenção da Infecção por VSR

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Saúde em Casa
Informativo da HospitaLar Home Care - Ano IV - Edição Especial
Programa de Prevenção da Infecção
por VSR
35
Sazonalidade - São Paulo
Os meses de outono e inverno (período de abril a
setembro) exigem atenção
redobrada dos pais de recém-nascidos e dos bebês.
Além das gripes comuns, o
principal vilão da temporada é o VSR (Vírus Sincicial
Respiratório).
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tualmente, o VSR afeta milhões de pessoas no mundo todo,
trazendo conseqüências bem mais
graves para os bebês- como pneumonia e bronquiolite*, podendo até
ser fatal em crianças com fatores
de risco como prematuridade, cardiopatia congênita e doença pulmonar crônica. “O VSR é responsável por mais de 65% das infecções respiratórias alta e baixa nos
primeiros dois anos de vida”, afirma o pediatra Paulo Nader, presidente do Departamento de Neonatologia da Sociedade Brasileira de
Pediatria.
vive em plena estação desse vírus,
que ainda é desconhecido para
muitas pessoas, incluindo nesse
grupo até mesmo profissionais de
saúde. “Estudos epidemiológicos
sobre sua alta prevalência, em várias capitais, foram publicados em
revistas científicas especializadas
em virologia. Mas estas publicações são de pouco acesso aos
profissionais de saúde. Portanto,
precisamos divulgar mais a importância do VSR na epidemiologia
das infecções respiratórias nos primeiros 2 anos de vida”, reforça
Nader.
Recentemente, o Hospital
Universitário de São Paulo divulgou
um número alarmante: 60 internações por semana de crianças infectadas pelo VSR no mês de maio.
Em abril, a média era de apenas 2
a 3 internações. Hoje a população
De fato, o VSR é um vírus
muito comum, que infecta bebês,
crianças e até mesmo adultos.
Nestes e em crianças saudáveis
(sem os fatores de risco já citados)
maiores de dois anos, a infecção
por VSR gera sintomas de um res-
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friado ou gripe. Já para as crianças
menores de 1 ano, o vírus pode resultar em hospitalização. Além disso, ele predispõe estas crianças,
no futuro, a doenças como asma
infantil e chiado recorrente.
Por estas razões, países como
Estados Unidos, Espanha, Japão,
México e Venezuela já determinaram a administração do Synagis® a
todos os recém-nascidos no momento da alta da maternidade. Este
medicamento corresponde à
substância Palivizumabe, um anti corpo específico contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Como
ainda não existe uma vacina eficaz,
a aplicação de anticorpos cria uma
importante barreira no organismo
do bebê, na tentativa de prevenir
uma futura infecção.
Saúde em Casa
No Brasil, essa determinação
ainda não existe, mas já há consenso
entre os médicos de que os bebês
com fatores de risco (prematuros,
com ou sem doença pulmonar crônica
e com cardiopatia congênita significativa) devam ser protegidos de forma
especial. Uma criança que chega a
desenvolver uma infecção grave originada pelo VSR recebe um tratamento
que pode levar várias semanas, incluindo internação hospitalar e procedimentos invasivos (ventilação mecânica, hidratação endovenosa etc.). Algumas estatísticas que merecem ser
destacadas: as crianças com cardiopatia congênita (CC) apresentam taxa
de hospitalização por VSR, no seu
primeiro ano de vida, três vezes maior
do que as crianças não prematuras,
sem CC; e crianças com CC ou com
doenças pulmonar crônica (DPC) possuem taxa de mortalidade por VSR
três vezes maior do que crianças sem
fatores de risco.
Assim, o melhor procedimento é a
prevenção contra o VSR, aplicando
anticorpos durante toda a estação do
vírus. E o doutor Paulo Nader também
lembra que medidas como a lavagem
das mãos das pessoas que estejam
em contato com o bebê, guardar distância das pessoas que estejam resfriadas e o aleitamento materno são
muito importantes para a prevenção
contra o VSR na população de risco e
nas crianças de uma forma geral.
Synagis® (Palivizumabe): anticorpo monoclonal humanizado específico
contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
Indicação: para a prevenção de doença respiratória grave do trato respiratório inferior pelo VSR em pacientes pediátricos com fatores
de risco prematuros < 35 semanas de idade gestacional, crianças portadores de displasia broncopulmonar sintomática e
em portadores de cardiopatia congênita hemodinamicamente
significativa em menores de 2 anos de idade.
Apresentação: 1 frasco-ampola com 100 mg para solução injetável.
Posologia e administração: 15 mg/Kg de peso corporal, administrados
após reconstituição, uma vez por mês durante
períodos previstos de risco de VSR.
Além disso, existe uma grande
vantagem em relação à diminuição
do custo desse tratamento, já que
a HospitaLar fica responsável por
cuidar do fracionamento da dose,
gerando o melhor aproveitamento
do frasco (cada frasco contém 100
mg, indicado para uma criança
com, aproximadamente, 6,7 Kg).
de risco.Eles recebem a primeira
dose no hospital e poderão fazer as
demais aplicações em casa, com
toda a segurança e conforto. “Nos
locais onde a ocorrência do VSR é
alta, como no Rio Grande do Sul, a
utilização do palivizumabe pode reduzir muito a necessidade de internações hospitalares nos meses
mais frios”, reforça Ercio Amaro de
Oliveira Filho, neonatologista, assistente de coordenação da UTI Neonatal do Hospital Fêmina e gestor
da UTI Neonatal do Hospital Mãe
de Deus, ambos de Porto Alegre.
P
rograma de prevenção da infecção por
VSR da HospitaLar Home Care a HospitaLar (HHC), empresa pioneira no
sul do país em assistência domiciliar integral,
em parceria com o Laboratório Abbott, responsável pelo medicamento Synagis® , está
implantando um programa de conscientização de leigos e profissionais de saúde sobre
as complicações do VSR e suas formas de
prevenção e tratamento.
A HHC, aproveitando sua experiência
nas residências e sua logística de aplicação
de medicamentos, iniciou um piloto do projeto
junto ao Hospital Moinhos de Vento, de Porto
Alegre, em parceria com as chefias de atendimento neonatal e pediátrico. A idéia consiste,
basicamente, em agendar as aplicações futuras do Synagis® para os bebês com fatores
* Bronquiolite é uma infecção viral
contagiosa das vias respiratórias
que afeta os bebês e as crianças
pequenas e provoca dificuldade ao
respirar, sobretudo ao expirar.
Recomendações da AAP para
profilaxia com Synagis (palivizumabe).
Prematuros, sem DPC, sem CC
< 28 sem. IG
se < 12 meses*
29-32 sem. IG
se < 6 meses*
CC hemodinamicamente
significativa
32-35 sem. IG
se < 6 meses*
Doença pulmonar
crônica** (DPC)
Synagis se < 2 anos durante o
período sazonal
*No início do período sazonal.
**Em tratamento para DPC nos últimos 6 meses.
CC: Cardiopatia Congênita
IG: Idade Gestacional
DPC: Doença Pulmonar Crônica
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