espaço da da espaço espaço da coluna coluna coluna Saúde em Casa Informativo da HospitaLar Home Care - Ano IV - Edição Especial Programa de Prevenção da Infecção por VSR 35 Sazonalidade - São Paulo Os meses de outono e inverno (período de abril a setembro) exigem atenção redobrada dos pais de recém-nascidos e dos bebês. Além das gripes comuns, o principal vilão da temporada é o VSR (Vírus Sincicial Respiratório). Nº Absoluto de Casos 30 25 20 15 10 5 0 J 1995 A F 1996 M M A 1997 tualmente, o VSR afeta milhões de pessoas no mundo todo, trazendo conseqüências bem mais graves para os bebês- como pneumonia e bronquiolite*, podendo até ser fatal em crianças com fatores de risco como prematuridade, cardiopatia congênita e doença pulmonar crônica. “O VSR é responsável por mais de 65% das infecções respiratórias alta e baixa nos primeiros dois anos de vida”, afirma o pediatra Paulo Nader, presidente do Departamento de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. vive em plena estação desse vírus, que ainda é desconhecido para muitas pessoas, incluindo nesse grupo até mesmo profissionais de saúde. “Estudos epidemiológicos sobre sua alta prevalência, em várias capitais, foram publicados em revistas científicas especializadas em virologia. Mas estas publicações são de pouco acesso aos profissionais de saúde. Portanto, precisamos divulgar mais a importância do VSR na epidemiologia das infecções respiratórias nos primeiros 2 anos de vida”, reforça Nader. Recentemente, o Hospital Universitário de São Paulo divulgou um número alarmante: 60 internações por semana de crianças infectadas pelo VSR no mês de maio. Em abril, a média era de apenas 2 a 3 internações. Hoje a população De fato, o VSR é um vírus muito comum, que infecta bebês, crianças e até mesmo adultos. Nestes e em crianças saudáveis (sem os fatores de risco já citados) maiores de dois anos, a infecção por VSR gera sintomas de um res- J J 1998 A S 1999 O N D 2000 friado ou gripe. Já para as crianças menores de 1 ano, o vírus pode resultar em hospitalização. Além disso, ele predispõe estas crianças, no futuro, a doenças como asma infantil e chiado recorrente. Por estas razões, países como Estados Unidos, Espanha, Japão, México e Venezuela já determinaram a administração do Synagis® a todos os recém-nascidos no momento da alta da maternidade. Este medicamento corresponde à substância Palivizumabe, um anti corpo específico contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Como ainda não existe uma vacina eficaz, a aplicação de anticorpos cria uma importante barreira no organismo do bebê, na tentativa de prevenir uma futura infecção. Saúde em Casa No Brasil, essa determinação ainda não existe, mas já há consenso entre os médicos de que os bebês com fatores de risco (prematuros, com ou sem doença pulmonar crônica e com cardiopatia congênita significativa) devam ser protegidos de forma especial. Uma criança que chega a desenvolver uma infecção grave originada pelo VSR recebe um tratamento que pode levar várias semanas, incluindo internação hospitalar e procedimentos invasivos (ventilação mecânica, hidratação endovenosa etc.). Algumas estatísticas que merecem ser destacadas: as crianças com cardiopatia congênita (CC) apresentam taxa de hospitalização por VSR, no seu primeiro ano de vida, três vezes maior do que as crianças não prematuras, sem CC; e crianças com CC ou com doenças pulmonar crônica (DPC) possuem taxa de mortalidade por VSR três vezes maior do que crianças sem fatores de risco. Assim, o melhor procedimento é a prevenção contra o VSR, aplicando anticorpos durante toda a estação do vírus. E o doutor Paulo Nader também lembra que medidas como a lavagem das mãos das pessoas que estejam em contato com o bebê, guardar distância das pessoas que estejam resfriadas e o aleitamento materno são muito importantes para a prevenção contra o VSR na população de risco e nas crianças de uma forma geral. Synagis® (Palivizumabe): anticorpo monoclonal humanizado específico contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) Indicação: para a prevenção de doença respiratória grave do trato respiratório inferior pelo VSR em pacientes pediátricos com fatores de risco prematuros < 35 semanas de idade gestacional, crianças portadores de displasia broncopulmonar sintomática e em portadores de cardiopatia congênita hemodinamicamente significativa em menores de 2 anos de idade. Apresentação: 1 frasco-ampola com 100 mg para solução injetável. Posologia e administração: 15 mg/Kg de peso corporal, administrados após reconstituição, uma vez por mês durante períodos previstos de risco de VSR. Além disso, existe uma grande vantagem em relação à diminuição do custo desse tratamento, já que a HospitaLar fica responsável por cuidar do fracionamento da dose, gerando o melhor aproveitamento do frasco (cada frasco contém 100 mg, indicado para uma criança com, aproximadamente, 6,7 Kg). de risco.Eles recebem a primeira dose no hospital e poderão fazer as demais aplicações em casa, com toda a segurança e conforto. “Nos locais onde a ocorrência do VSR é alta, como no Rio Grande do Sul, a utilização do palivizumabe pode reduzir muito a necessidade de internações hospitalares nos meses mais frios”, reforça Ercio Amaro de Oliveira Filho, neonatologista, assistente de coordenação da UTI Neonatal do Hospital Fêmina e gestor da UTI Neonatal do Hospital Mãe de Deus, ambos de Porto Alegre. P rograma de prevenção da infecção por VSR da HospitaLar Home Care a HospitaLar (HHC), empresa pioneira no sul do país em assistência domiciliar integral, em parceria com o Laboratório Abbott, responsável pelo medicamento Synagis® , está implantando um programa de conscientização de leigos e profissionais de saúde sobre as complicações do VSR e suas formas de prevenção e tratamento. A HHC, aproveitando sua experiência nas residências e sua logística de aplicação de medicamentos, iniciou um piloto do projeto junto ao Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, em parceria com as chefias de atendimento neonatal e pediátrico. A idéia consiste, basicamente, em agendar as aplicações futuras do Synagis® para os bebês com fatores * Bronquiolite é uma infecção viral contagiosa das vias respiratórias que afeta os bebês e as crianças pequenas e provoca dificuldade ao respirar, sobretudo ao expirar. Recomendações da AAP para profilaxia com Synagis (palivizumabe). Prematuros, sem DPC, sem CC < 28 sem. IG se < 12 meses* 29-32 sem. IG se < 6 meses* CC hemodinamicamente significativa 32-35 sem. IG se < 6 meses* Doença pulmonar crônica** (DPC) Synagis se < 2 anos durante o período sazonal *No início do período sazonal. **Em tratamento para DPC nos últimos 6 meses. CC: Cardiopatia Congênita IG: Idade Gestacional DPC: Doença Pulmonar Crônica