Tema 01_Os alimentos e a saúde humana

Propaganda
OS ALIMENTOS E A SAÚDE HUMANA
Figura 1 – Alimentos
Fonte: Wikimedia
CONTEÚDOS

Os nutrientes e suas funções

Obtenção de energia pelos alimentos

Dieta humana e as necessidades nutricionais

Obesidade e desnutrição
AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS
Vamos iniciar nossos estudos com o seguinte questionamento: Você sabe o que está
comendo? Se você estiver comendo uma maçã, por exemplo, você responderá que
está comendo uma fruta, ok! Mas o questionamento vai além de saber identificar o
alimento e busca refletir sobre quais nutrientes você está oferecendo ao seu corpo com
este alimento. Você já parou para pensar nisso?
1
Nos produtos industrializados, é comum
observarmos
um
rótulo
no
verso
das
embalagens, é uma forma de comunicação
entre o produto e a pessoa que o consome.
Nele, estão descritos os elementos que
compõe o alimento, isto é, os nutrientes
presentes. Um elemento é considerado um
nutriente quando é classificado como uma
substância utilizada pelo metabolismo de um
organismo. Geralmente, o rótulo de um
produto industrializado inicia sua descrição
pelo
macronutrientes
e
depois
pelos
Figura 2 - Leitura de Rótulo
Fonte: ANVISA
micronutrientes. Veja o exemplo de rótulo do
queijo mussarela:
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
Porção 30g (1 e ½ fatia média)
Quantidade por porção
% VD
(*)
Macronutrientes
Valor Calórico
80Kcal
3%
Carboidratos
1g
0%
Proteínas
6g
12%
Gorduras Totais
6g
7%
4g
16%
25 mg
8%
0g
0%
Cálcio
155 mg
19%
Ferro
Quantidade não
0%
Gorduras Saturadas
Colesterol
Fibra alimentar
Micronutrientes
significativa
Sódio
115 mg
5%
*Valores Diários de referência com base em uma dieta de 2.500 calorias.
Fonte: USDA
Figura 3 – Rótulo de queijo mussarela
Fonte: ANVISA
2
Os nutrientes são classificados em dois grandes grupos, conforme a quantidade
que o corpo necessita. Aqueles nutrientes que necessitam uma grande quantidade, são
denominados macronutrientes, já aqueles em que necessitam quantidades menores,
micronutrientes. Os nutrientes que compõem cada um desses dois grupos costumam
variar em função do organismo considerado, ou seja, em função das necessidades
nutricionais de cada um. Quando consideramos os humanos, veja abaixo os principais
representantes de cada grande grupo nutricional:
Macronutriente
Micronutriente
Carboidratos
Vitaminas
Proteínas
Sais Minerais
Gorduras
Figura 4 – Grupos de nutrientes
Fundação Bradesco
Se considerarmos as necessidades nutricionais de uma planta, os macronutrientes
serão outros, tais como, o carbono, o oxigênio, o hidrogênio, o nitrogênio, o fósforo, o
potássio, o cálcio, o magnésio e o enxofre. Já no grupo dos micronutrientes, são necessários
apenas quantidades muito pequenas de Boro, Cloro, Cobre, Ferro, Manganês, Molibdénio,
Níquel e Zinco. Note que as necessidades das plantas e dos humanos são bem diferentes.
Agora que você já conhece os grupos nutricionais, vamos aprofundar mais os
conhecimentos sobre a função de cada nutriente e os critérios para classificá-los conforme
a atividade desempenhada, começando pelos nutrientes energéticos!
1. Nutrientes Energéticos
Os carboidratos e as gorduras são nutrientes orgânicos cuja função principal é fornecer
energia às células. Alimentos ricos nesses nutrientes costumam ser chamados de
alimentos energéticos. Exemplos de alimentos ricos em carboidratos: batata,
3
mandioca, arroz, trigo, milho entre outros. Exemplos de alimentos ricos em gorduras:
margarina, azeite, abacate, toucinho, creme de leite, biscoitos, salgadinhos entre outros.
2. Nutrientes Estruturais ou Plásticos
As proteínas que ingerimos fornecem grande parte dos aminoácidos de que
nosso corpo necessita. Nossas células utilizam esses nutrientes orgânicos para fabricar
suas próprias proteínas. Por serem os principais constituintes estruturais das células,
as proteínas são consideradas nutrientes estruturais.
Certos alimentos apresentam predominância de nutrientes energéticos,
enquanto em outros, predominam os nutrientes estruturais, como também existem
alimentos que reúnem ambos nutrientes.
3. Nutrientes Reguladores
Ao contrário dos carboidratos, lipídios e proteínas, os sais minerais são
substâncias inorgânicas, ou seja, não podem ser produzidas por seres vivos. Estas
substâncias possuem funções muito importantes no corpo e necessitamos ingerir doses
diárias desses elementos, pois a falta delas pode desencadear a manifestação de
diversas doenças. Encontramos sais minerais em diversos alimentos, na água, nas
frutas, no sal de cozinha, no leite, nos frutos do mar.
Alguns sais minerais
desempenham tanto função reguladora como estrutural no organismo. O cálcio e o
fósforo, por exemplo, participam da constituição de ossos e dentes. Uma alimentação
pobre em ferro desencadeia uma doença denominada anemia (falta de glóbulos
vermelhos no sangue). O excesso de sódio, devido à ingestão exagerada de sal,
aumenta o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e está associado à
hipertensão arterial.
A seguir estão os principais sais minerais, fontes de obtenção e função desempenhada
no corpo humano:
Sais minerais
Função desempenhada
Fonte de Obtenção
Constitui ossos e dentes e atua em
Cálcio
processos
corporais
produção
de
coagulação
e
como
hemácias,
a
a
a
contração
Leite
e
derivados,
feijão,
ovos,
vegetais escuros e peixes.
muscular.
4
Peixes,
Iodo
frutos
do
mar
(siri,
Garante o bom funcionamento da
caranguejo, camarão), algas, carnes,
glândula tireoide.
presunto, salsicha, fígado e sal
iodado.
Fósforo
Participa da mineralização dos
Leite e derivados, carne vermelha,
dentes
aves, peixes e cereais integrais e
e
ossos
e
atua
nas
transformações de energia nas
feijão.
células e na contração muscular.
Sódio
Atua na regulação da quantidade
Sal
de
industrializados,
água
no
corpo
funcionamento
e
do
do
sistema
de
cozinha
e
alimentos
como
embutidos,
enlatados e alimentos desidratados.
nervoso.
Potássio
Ferro
Colabora com o controle de água
Banana, verduras escuras, laranja,
no corpo e do funcionamento de
cereais
músculos e nervos.
vermelha, aves, peixes e leite.
Exerce função no transporte de
Verduras escuras, feijão, cereais
oxigênio pelo organismo.
integrais, carnes vermelhas, peixes e
integrais,
feijão,
carne
ovos.
Constitui
Magnésio
ossos
e
dentes
e
Verduras escuras, castanha-do-pará,
participa do funcionamento de
castanha-de-caju, feijão, soja, cereais
músculos e nervos.
integrais, leite, ovos e peixes.
As vitaminas são substâncias orgânicas necessárias em pequenas quantidades,
elas participam de muitas transformações do metabolismo celular, contribuindo para o
bom funcionamento do organismo. A maioria das vitaminas atua como fatores auxiliares
em reações catalisadas por enzimas, ou seja, se faltar uma determinada vitamina,
determinadas enzimas não funcionam, com prejuízo para as células. A falta de vitamina
na dieta é denominada avitaminose, e geralmente causa diversos problemas ao
organismo. A falta de vitamina C, por exemplo, é caracterizada por fraqueza,
inflamações e hemorragias na gengiva e nas mucosas que revestem a boca e o nariz.
Observe as principais vitaminas, funções desempenhadas fontes de obtenção:
Vitaminas
Vitamina A
Função
Importante
Cegueira
visão, a formação de
e
vegetais
xeroftalmia (olhos secos) e
ossos
cenoura,
cegueira total.
saúde
da
a
Deficiência
Fígado, gema do ovo,
e
para
Fonte de Obtenção
alguns
dentes,
a
como
pele
e
batata-doce,
proteção de mucosas.
abóbora,
noturna,
caju,
5
brócolis, espinafre e
escarola.
Complexo B
Grupo
que
de
vitaminas
participam
Fígado, carnes, ovos,
B1: Beribéri (fraqueza e
do
cereais
integrais,
inflamação dos
da
batata,
banana,
metabolismo
e
multiplicação
celular,
atuando nos sistemas
feijões, espinafre e
nervos).
B2: Rachamento da pele;
deficiência visual.
laranja.
nervoso e imunitário.
Contribuem
para
a
saúde
pele
e
da
cabelo.
Vitamina C
Contribui
para
Frutos
manutenção de ossos,
outros
dentes
acerola,
camu-
sangramento
sanguíneos, aumenta
camu);
batata;
gengivas, dores nas juntas,
a absorção de ferro e a
hortaliças.
e
vasos
cítricos
e
Fadiga em adultos, insônia
(tomate,
e nervosismo em crianças,
das
dentes
eficiência do sistema
alterados,
escorbuto.
imunitário.
Vitamina D
Atua na formação e
Óleo de fígado de
Problema
proteção de ossos e
peixes; gema de ovo;
dentes
dentes e fortalece o
produzida
para sintomas de artrite e
sistema imunitário.
pela ação de raios
na
pele
nos
fracos,
ossos,
contribui
raquitismo.
solares.
Vitamina E
Retarda
o
envelhecimento
células,
melhora
das
Vegetais
óleos
a
cereais;
circulação sanguínea,
bovino.
verdes;
Problemas
neurológicos
vegetais;
como perda de reflexos;
fígado
esterilidade masculina e
aborto
atua na formação de
glóbulos vermelhos e
aumenta a resistência
imunitária.
Vitamina K
Age no processo de
Vegetais
verdes,
coagulação
castanha-
do-pará,
sanguínea.
castanha-de-caju
Hemorragias
e
tomate.
6
4. Valor Energético dos Alimentos
Nos rótulos dos alimentos há a informação do
valor energético do alimento em questão. Essa
informação consiste no valor de energia que esse
alimento é capaz de oferecer ao corpo em uma
determinada porção. A unidade utilizada para medir a
quantidade de energia nos alimentos é a caloria (cal).
Na maioria dos alimentos, essa informação pode
constar em quilocaloria (kcal), a qual corresponde a
1 000 cal. Vejamos um rótulo de leite integral como
Figura 5 – Rótulo
exemplo:
Fonte: ANVISA
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
Porção de 200 mL / (1 copo)
Quantidade por porção
Valor calórico
%VD (*)
130 Kcal
5%
10 g
3%
Proteínas
7g
14%
Gorduras Totais
8g
10%
5g
20%
30 mg
10%
0g
0%
245 mg
31%
Ferro
quantidade não significativa
0%
Sódio
100 mg
4%
Carboidratos
Gorduras saturadas
Colesterol
Fibra Alimentar
Cálcio
5. Necessidade Energética
Necessitamos de energia para todas as atividades do cotidiano, seja para estudar,
andar, correr, pensar, ouvir e muitas outras atividades até mesmo em repouso gastamos
certa quantidade de energia. Cada pessoa necessita de energia de forma diferente, que
pode variar conforme alguns fatores, tais como, sexo, presença de enfermidades, idade e
da intensidade das atividades desempenhadas por ela durante o dia.
Um grama de gordura, por exemplo, pode fornecer cerca de 9,5 kcal. Já um grama
de carboidratos ou proteína pode fornecer até 5 kcal. Uma pessoa jovem consome cerca de
2 000 kcal à 2500 kcal, ou até 6 000 kcal por dia ou mais, se executa exercícios intensos,
tal como um trabalhador braçal ou um atleta.
7
Agora que já conhecemos o que são nutrientes e as necessidades calóricas vamos
analisar a dieta alimentar conforme as informações contidas no rótulo dos alimentos.
6. Dieta Alimentar
Se observarmos os rótulos dos alimentos, pode-se concluir que não existe alimento
bom ou ruim, mas adequado ou não, dependendo da situação de cada pessoa e também
dependendo do quanto ela já consumiu de um determinado alimento naquele dia. Uma
pessoa saudável pode comer com moderação todos os tipos de alimentos. A moderação
está em consumi-los na quantidade certa. A Pirâmide dos Alimentos é o guia para uma
alimentação saudável. Ela nos mostra a quantidade e os tipos de alimentos que devemos
comer todos os dias. Os alimentos que precisam ser consumidos em maior quantidade estão
na base da pirâmide e os que precisam ser consumidos em menor quantidades estão no
topo da pirâmide, veja a seguir:
Figura 6 – Pirâmide alimentar
Fonte: ANVISA
Antes de seguirmos um roteiro para a escolha correta dos alimentos, vamos
saber o que é uma alimentação saudável entendendo a Pirâmide dos Alimentos.
A pirâmide divide os alimentos em quatro níveis:

Nível 1: topo da pirâmide

Nível 2: parte intermediária alta

Nível 3: parte intermediária baixa

Nível 4: base da pirâmide
8
No topo da pirâmide temos 2 grupos: grupos dos óleos e gorduras (todos óleos
vegetais, inclusive o azeite, manteiga e margarinas) e também os açúcares e doces.
Esses alimentos estão no topo porque devem ser consumidos com moderação. Isso
porque são ingredientes dos outros alimentos da pirâmide. O óleo e o açúcar estão
presentes na maioria dos alimentos: pães, bolos, arroz, feijão, carnes etc. (Figura 7).
Figura 7 – Topo da pirâmide alimentar
Fonte: ANVISA
Na parte intermediária, mais alta, temos mais 3 grupos de alimentos. Grupo dos
leites e derivados (leite, iogurtes, queijos), das carnes e ovos (carne de boi, frango, peixe
e todos os tipos de ovos) e por último, das leguminosas (feijão, ervilha e lentilha) (Figura
8).
Figura 8 – Base intermediária alta
Fonte: ANVISA
Na parte intermediária, mais baixa, há mais dois grupos de alimentos: o das
frutas e das verduras (Figura 9).
Figura 9 – Base intermediária baixa
Fonte: ANVISA
9
Na base da pirâmide estão os cereais, pães, farinhas, massas, tubérculos e
raízes. Estes alimentos estão na base da pirâmide alimentar por que são essenciais
para a dieta alimentar.
A informação nutricional contida no rótulo é a forma mais fácil de comparar um
alimento com outro, e assim realizar escolhas corretas. Você pode por exemplo,
comparar iogurtes de diferentes marcas e escolher aquele que tem menos gordura total,
gordura saturada e colesterol e que, mesmo assim, apresenta a mesma quantidade de
cálcio. Seguindo determinadas proporções sugeridas pela Pirâmide Alimentar e as
informações dos rótulos, você poderá consumir todos os tipos de alimentos, com
moderação. Ao ingerir um alimento com grande quantidade de gordura e sódio, por
exemplo, depois deve selecionar um outro que seja pobre nesses nutrientes para que
sua alimentação seja balanceada. Veja as porções e por cada grupo da pirâmide
alimentar:
Figura 10 – Pirâmide alimentar
Fonte: ANVISA
Os grupos de alimentos são classificados através da quantidade de
calorias que eles apresentam por porção. Cada grupo de alimentos apresenta uma
média de calorias por porção. Para saber se um determinado alimento tem muita ou
pouca caloria, você deve compará-lo a média de caloria por cada grupo. Observe na
tabela abaixo, as médias de calorias por porção de cada grupo:
10
Figura 11 – Média de calorias por porção de cada grupo de alimento
Fonte: ANVISA
7. Doenças relacionadas a má alimentação
Algumas doenças estão relacionadas a má alimentação, vamos conhecer como
a alimentação pode estar associada ao aparecimeto de doenças na população.
7.1 Obesidade
A causa da obesidade é uma multifatorial, isto é, vários fatores podem atuar em
conjunto ou isoladamente para que ela se manifeste, mas de forma geral, quando
ingerimos uma quantidade de alimento maior do que a necessária, todo o excesso é
armazenado em forma de gordura, no interior de células especializadas em armazenar
essa substância no corpo. Hoje, nas grandes cidades, com enorme oferta de comida e
estilo de vida sedentário e consumista, as chances de ficar obeso são grandes.Outros
fatores que podem contribuir para a obesidade são: a idade, fatores genéticos e
emocionais.
Desta forma, os especialista sugerem que para manter o peso adequado, devemos,
principalmente:
 Evitar o excesso de alimentos, principalmente os energéticos (ou seja, diminuir
a entrada de energia no organismo).
 Realizar atividades físicas (aumentar o gasto de energia).
Considerando os demais fatores envolvidos, observa-se também que pessoas em
estado de stress, nervosismo ou que estão passando por algum tipo de trauma, acabam
realizando um comportamento compensatório através da alimentação, aumentando a
ingestão de alimentos. Há também doenças ligadas a desregulação hormonal de ordem
genética associadas ao acúmulo de gordura no corpo.
Alguns estudos apontam que a gravidade dos fatores de riscos relacionados à
obesidade está mais diretamente ligada à distribuição da gordura do que com a
11
quantidade de gordura corporal. Levando-se em conta essa distribuição, a OMS
(Organização Mundial da Saúde) dividiu a obesidade em dois subgrupos:
Obesidade ginóide: a gordura é concentrada na região das nádegas e nas coxas,
podendo haver bastante adiposidade1 também no abdômen, mas na parede abdominal.
Esse tipo de obesidade é predominante em mulheres, assemelha-se a forma de pêra e
está associado à problemas ortopédicos, de pele, celulite, mas apresenta risco menor
para doenças cardiovasculares (Figura 12).
Obesidade Androide: também conhecida por obesidade em forma de maçã ou
obesidade visceral. É o tipo de obesidade que mais se associa às doenças: intolerância
à glicose, complicações cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais. A gordura
se concentra nas regiões do tronco, abdômen e tórax, os membros superiores e
inferiores também tendem a ser mais volumosos. Sua incidência costuma ser maior em
homens (Figura 12).
Figura 12 – Tipos de obesidade
Fonte: UFMG
Existem diversas maneiras de diagnosticar a obesidade, uma das formas mais
utilizadas atualmente é o emprego da avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC),
utilizando-se a seguinte fórmula:
IMC = Peso atual (kg) / altura2 (m2)
1
Adiposidade: excesso de gordura no organismo; obesidade
12
O uso do valor de IMC é prático e simples, porém é recomendado somente para
indivíduos adultos. A avaliação da massa corporal em crianças e adultos é realizada
com o auxílio de tabelas específicas que relacionam, a idade, o peso e a altura. O IMC
não é indicado para crianças e adolescentes porque eles passam por grande alterações
corporais por conta do crescimento e desenvolvimento.
A classificação a seguir, mostra os diferentes graus de obesidade em adultos:
Classificação
IMC (kg/m2)
Baixo peso
Menor que 18,5
Normal
18,5 – 24,9
Sobrepeso
Maior que 25
Pré-obeso
25 – 29,9
Obeso I
30 – 34,9
Obeso II
35 – 39,9
Obeso III
Maior que 40
Tabela – Graus de obesidade
Fonte: ANVISA
Quanto maior for o IMC de uma pessoa, maior a chance dela morrer
precocemente e de desenvolver doenças do tipo diabete melito, hipertensão arterial e
doenças cardiovasculares. Mas isso não significa dizer que quanto mais magro melhor,
pois o índice de mortalidade também aumenta em indivíduos com IMC muito baixo,
especialmente por causa de doenças infecciosas e dos pulmões. O ideal é manter-se
entre as faixas de 20 a 25kg/m2.
Epidemiologia da Obesidade
O número de crianças e adultos obesos é cada vez maior, tanto em países
pobres, como em países ricos. A Organização Mundial de Sáude passou a considerar
a obesidade como caso de saúde pública. No Brasil, estima-se que 20% das crianças
sejam obesas e que cerca de 32% da população adulta apresenta algum grau de
excesso de peso, sendo 25% casos mais graves. Nos Estados Unidos, a prevalência é
de 34% em homens e de 55% em mulheres, com idade entre 20 e 64 anos. Apesar das
diferenças econômicas, os países, desenvolvidos ou não, vivem o mesmo problema da
alta e crescente prevalência de excesso de peso. O número de obesos é maior nas
13
áreas urbanas e também está relacionado ao poder aquisitivo familiar. Quanto maior a
renda, maior a prevalência de obesidade, mas esta é cada vez mais alta em mulheres
de baixa renda e tende a se estabilizar ou até mesmo diminuir nas classes de renda
mais elevada.
ATIVIDADES
1 - Os nutrientes que ingerimos podem ser reunidos em grupos, de acordo com a função
que exercem no organismo. Identifique quais são esses grupos, as funções dos
nutrientes que os constituem, e pelo menos um exemplo de alimento que contenha tais
nutrientes.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2 - Cite nos quadros a seguir, exemplos de alimentos que deveriam estar presentes em
dietas especiais para pessoas com diagnóstico de escorbuto, raquitismo e anemia.
Dieta indicada para pessoa com escorbuto
Dieta indicada para pessoa com raquitismo
Dieta indicada para pessoa com anemia
14
3 - Com base nos nutrientes energéticos, construtores e reguladores, quais deles são
nutrientes importantes para o corpo estão presentes nos pratos abaixo e quais faltam?
Prato B: Peixe com brócolis e cenouras
Prato A: Macarrão alho e óleo
Fonte: Microsoft
Fonte: Microsoft
Prato C: Salada temperada com sal e azeite
Prato D: Churrasco
Fonte: Microsoft
Fonte: Microsoft
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
15
4 - Preencha a tabela abaixo e calcule seu IMC:
Tabela de Dados:
Categorias
Valores
Peso
Altura
IMC
Considerando os dados de classificação do IMC, você está classificado como:
( ) Baixo peso
( ) Normal
( ) Sobrepeso
( ) Pré-obeso
( ) Obeso I
( ) Obeso II
( ) Obeso III
INDICAÇÕES

Ouça os programas de áudio Alimentação e Digestão; Obesidade, disponíveis
no Mapa Curricular no conteúdo curricular Sistema Digestório – Nutrientes Dieta Balanceada de Ciências da Natureza e Ciências da Natureza II.

Acesse ao Portal Alimentação Saudável, para explorar um Guia Nutricional dos
Alimentos produzido por Nutricionistas.
Disponível no link: <http://www.alimentacaosaudavel.org/>. Acesso em: 08 mar.
2016. 10h13min.
16

Acesse a Web-aula Alimentos e Nutrientes para revisar os conteúdos abordados
neste capítulo. Acesse pela Biblioteca Digital ou através do Mapa Curricular, no
conteúdo curricular Sistema Digestório – Nutrientes - Dieta Balanceada:

Acesse ao Portal da ABESO – Associação Brasileira para o Estudo da
Obesidade e Síndrome Metabólica e obtenha dicas, artigos e um mapa da
obesidade no Brasil. Disponível no link: <http://www.abeso.org.br/>. Acesso em:
08 mar. 2016. 10h22min.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMABIS & MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. Volume único. São Paulo,
Editora Moderna, 2006.
BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância. Manual de orientação
aos consumidores Educação para o Consumo Saudável. 2005. Brasília.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia alimentar:
Como ter uma alimentação saudável. 2007. Brasília.
BRASIL. Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica: Carências de
Micronutrientes. 2007. Brasília.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição Alimentar.
Manual da Pirâmide dos alimentos. 2003. Brasília.
JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 8ª Edição. Rio de Janeiro,
Editora Guanabara Koogan. 1995. Pp. 100:108.
LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER,F. Biologia Hoje: Seres Vivos. v. 2. São Paulo:
Ática, 2006.
UFMG.
Tipos
de
Obesidade.
Disponível
em:
<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/6400.pdf>. acesso em: 07
mar. 2016. 14h39min.
17
WIKIPÉDIA. Alimentos. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Alimentos.jpg>. Acesso em: 04 mar. 2016. 9h12.
GABARITO:
1 - Os principais grupos de nutrientes são:
a) Nutrientes energéticos: Carboidratos e lipídeos ao serem degradados fornecem
grande quantidade de energia ao organismo. Dentre os alimentos ricos em carboidratos,
podemos citar o arroz e o feijão.
b) Nutrientes estruturais: As proteínas não são como os carboidratos que podem ser
armazenados nas células, mas elas fazem parte da estrutura biológica. De modo que a
construção e manutenção do organismo humano dependem do fornecimento dessas
proteínas. Dentre os alimentos ricos em proteínas, temos as carnes e leites.
c) Nutrientes reguladores: As vitaminas e os sais minerais constituem os nutrientes
chamados reguladores do organismo, não desempenham função estrutural nem tão
pouco função energética. Esses nutrientes atuam nos mecanismos bioquímicos,
auxiliando por exemplo, o trabalho de enzimas e proteínas. Dentre os alimentos ricos
em vitaminas e sais minerais, temos as frutas e verduras.
2Dieta indicada para pessoa com escorbuto
O escorbuto caracteriza-se pela deficiência em vitamina C. Nesse caso, a dieta para um
portador de escorbuto deve ser rica nesse tipo de vitamina, podendo consumir alimentos
como: frutas cítricas e outros (tomate, acerola, camu-camu); batata; hortaliças.
Dieta indicada para pessoa com raquitismo
O raquitismo é uma doença caracterizada pela deficiência de vitamina D e pela
mineralização insuficiente dos ossos. Pessoas portadoras da doença, devem ingerir
alimentos ricos em vitamina D, tais como: óleo de fígado de peixes; gema de ovo e,
adicionalmente, realizar banhos de sol, pois a produção de vitamina D pelo corpo é
otimizada na pele pela ação de raios solares.
18
Dieta indicada para pessoa com anemia
A anemia é caracterizada pela deficiência de ferro na alimentação. Pessoas portadoras
de anemia, devem receber alimentos ricos nesse tipo de mineral, tais como: verduras
escuras, feijão, cereais integrais, carnes vermelhas, peixes e ovos.
3Prato A: Os carboidratos estão predominantemente presentes, para tornar o prato mais
equilibrado, sugere-se adicionar alimentos ricos em proteínas (como um tipo de carne)
e alimentos ricos em nutrientes reguladores (como legumes e verduras).
Prato B: Proteínas e nutrientes reguladores estão presentes no prato, para equilibrar a
refeição, sugere-se acrescentar um alimento que forneça uma porção de carboidratos.
Prato C: Estão presentes fibras e nutrientes reguladores, a refeição carece de nutrientes
estruturais e energéticos.
Prato D: A refeição é rica em proteínas, nutrientes estruturais, e carece de nutrientes
energéticos e reguladores.
4 - Resposta pessoal do aluno.
19
Download