proposta de um informativo sobre os malefícios do alcoolismo na

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PROPOSTA DE UM INFORMATIVO SOBRE OS MALEFÍCIOS
DO ALCOOLISMO NA FASE DA CIRROSE HEPÁTICA
BULKA, L. C.
Discentes do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva.
DIAS, T. M.
Discentes do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva.
GONSALVES, T, S. S.
Discentes do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva.
NIEMIES, R. P.
Discentes do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva.
PRADO, P. F.
Discentes do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva.
CONTENÇAS, T.
Docente do curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva.
RESUMO
O presente trabalho enfoca o tema Cirrose Hepática como uma patologia crônica. O objetivo
dessa pesquisa é apresentar os principais cuidados e orientações que a população que tem o
consumo abusivo do álcool deve ter com a doença Cirrose Hepática através da criação de um
folheto explicativo. Foi realizada através de uma revisão bibliográfica junto ao acervo da
biblioteca de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva-FAIT, além de artigos científicos em sites
na internet.
Palavras- chave: Cirrose Hepática, Doença, Informativo, Enfermagem.
ABSTRACT
This paper focuses on the topic Cirrhosis as a chronic disease. The objective of this research is
to present the main care and guidelines that the population has alcohol abuse should have with
the disease Cirrhosis by creating a brochure. Was accomplished through a literature review with
the library collection of Social Sciences and the Agricultural Itapeva-FAIT, and scientific articles
on Internet sites.
Keywords: Liver Cirrhosis, Illness, Information, Nursing
1. INTRODUÇÃO
Segundo Merkel (2007), a cirrose hepática é uma doença crônica que se
caracteriza por uma destruição e degeneração fibrótica das células hepáticas.
Essa patologia lesa o tecido hepático e a vasculatura normal alterando os
fluxos linfáticos e de sangue, e, em último caso, pode ocasionar insuficiência
hepática.
Segundo Kumar e Abbas (2010), é importante ressaltar que o consumo
de álcool é considerado a principal causa de cirrose hepática na maioria dos
países ocidentais. Com apenas uma ingestão mínima diária de 160g ou mais
por 10 a 20 anos já corre o risco de adquirir a lesão hepática severa. Porém,
outros fatores como gênero, diferenças étnicos e genéticos também contribuem
para o desenvolvimento dessa patologia. Em média 10% a 15% dos alcoolistas
acabam desenvolvendo a cirrose hepática.
Portanto deve-se orientar a população com o consumo abusivo do
álcool, a respeito dos malefícios que o álcool pode trazer para a saúde do
consumidor, na qual a participação do profissional de enfermagem é
indispensável para levar informações através de folhetos informativos
abordando os fatores de risco da cirrose hepática.
2. FUNDAMENTAÇÃO
Trabalho de revisão de literatura. Análise da produção bibliográfica em
determinada temática, dentro de um tempo estipulado, fornecendo uma visão
geral ou um relatório de um tópico específico, evidenciando novas ideias,
métodos, que receberam maior ou menor ênfase na literatura selecionada.
3. PATOGENIA
Quando o fígado é exposto ao álcool desenvolve-se a esteatose,
anormalidade na função das membranas das mitocôndrias e das células,
estresse oxidativo e hipóxia. O etanol interfere na funcionalidade microtubular e
mitocondrial, também afeta a fluidez da membrana. O desenvolvimento
esteatose nas células hepáticas ocorre devido mudanças dos substratos usuais
no processo de catabolismo da biossíntese dos lipídios, resultando na geração
demasiada da nicotidanamida adenina dinucleotídeo que é reduzida pelas
principais enzimas envolvidas no catabolismo do álcool (acetaldeído
desidrogenase e álcool desidrogenase), prejudicando a montagem, secreção
de lipoproteínas e aumentando o catabolismo periférico de lipídios (KUMAR ET
AL, 2010).
Não são certas as causas da hepatite alcoólica, porém o acetaldeído
pode ser um causador, pois é um composto extremamente reativo e tóxico.
Tanto no citoplasma quanto na mitocôndria pode desnaturar proteínas,
peroxidar lipídios e originar alterações na exocitose pela ligação às tubulinas,
porque reduz a condição deglutatião, consequentemente elevando a toxidade
dos radicais livres. A cadeia transportadora de elétrons é interferia, produzindo
modificações na estrutura mitocondrial e impedindo mecanismos de
restauração do DNA (GONÇALVES, 2009).
A Cirrose tem inicio com a cicatrização das células hepáticas, inicia com
o aumento das substâncias da matriz extracelular. A formação do depósito de
colágeno dependera da causa. O papel dos hepatócitos torna-se alterado com
a variação da matriz. Mudanças nas células produzem tiras de tecido com
cicatrizes, que desorganizam a estrutura lobular (MERKEL, 2007).
Por tanto, Paradiso (1998) estabelece que o álcool gera mudanças no
metabolismo do fígado aumentando sucessivamente para a infiltração graxa
das células hepáticas o que causa necrose dos hepatócitos e posteriormente a
cicatrização no meio dos lóbulos. Enquanto a cirrose desenvolve-se, a
inflamação ira reduzir e há o aumento da fibrose, assim o fígado se tornar
distorcido, originando mudanças estruturais do canal biliar e alterações
vasculares. Há a geração de tecido cicatricial, quanto os hepatócitos se
regeneram de modo irregular oprimindo ramificações da via porta, levando a
oclusão pós-sinusoidal em seguida a hipertensão porta. A inflamação produz
colágeno em excesso que resulta no aumento de tecido conjuntivo.
4. INCIDÊNCIA
De acordo com França e Vargas (2007), o maior índice de consumo de
bebidas alcoólicas esta em países produtores, como exemplo Portugal onde o
engloba a maioria da população, tendo um elevado índice de consumo em
idade precoce e aumento no Reino Unido de 1000 / de mortalidade em
mulheres jovens nos últimos 30 anos.
As mulheres são mais propicias para adquirir a lesão hepática alcoólica,
desenvolvendo a patologia em fase avançada devido a pequenas ingestões,
aproximadamente 40g. Quanto aos homens, desenvolvem a lesão avançada
após 10 anos ou mais de ingestão diária com cerca de 80g (LOPES, 2007).
5. OCORRENCIA DA DOENÇA
Um número duas vezes maior de homens é afetado em relação às
mulheres, embora estas estejam em maior risco de desenvolver cirrose
hepática alcoólica. Os pacientes cirróticos estão entre 40 e 60 anos de idade.
No estado de São Paulo, as doenças do fígado são a segunda causa de morte
entre homens de 35 a 59 anos, sendo que, 10% dos casos de óbito são devido
à cirrose hepática alcoólica (RUBIN, FARBER, 2008).
Conforme Rabelo e Rangel (2007), dados atuais já são suficientes para
disparar um alarme. Segundo estudos da secretaria de saúde de São Paulo,
nos últimos três anos aumentou em 78% o número de mulheres que procuram
tratamento nos centros de saúde. Há outros levantamentos que reforçam o
alerta: os jovens estão iniciando cedo a rotina de abuso de álcool, o que pode
favorecer a doença cirrose hepática.
6. ETIOLOGIA
Um dos principais fatores que contribui para cirrose hepática alcoólica é
o consumo diário e prolongado de álcool, além disso, acompanha também o
fator nutricional, estilo de vida, social e familiar (SOUZA, 2011).
Apesar das causas variarem, todas resultam no mesmo processo, as
hepatites virais são as causas mais frequentes de cirrose hepática, onde é
caracterizada fundamentalmente por lesão e necrose dos hepatócitos, embora
várias outras sejam conhecidas, devendo ser necessariamente investigadas
(CARVALHO, 2009).
7. SINAIS E SINTOMAS
Os sinais e sintomas da cirrose hepática alcoólica surgem após uma
elevação da ingestão etílica. Os pacientes normalmente se queixam de
diminuição da força física, anorexia (falta de apetite), emagrecimento, náuseas,
leves dores abdominais, diarreia e também vômito. Em diversos etilistas as
manifestações iniciais clínicas é caracterizado por sangramento das varizes
esofagogástricas, uremia (elevação da ureia no sangue) e ascite (edema na
parte interior do abdome). A partir desses sintomas citados pode-se evoluir
rapidamente para óbito (LOPES, 2007).
As alterações das funções hepáticas vão se agravando com o avanço da
doença, originando numerosos danos ao organismo do doente. São comuns
sinais e sintomas como icterícia, edemas, varizes esofágicas, hipertensão
portal, hemorroidas e deficiência nutricional. Exames laboratoriais indicam
diminuição dos níveis séricos de albumina e elevação de transaminases
hepáticas e bilirrubina. (Vargas, França, 2007).
8. METODOLOGIA
Para procurar atingir o objetivo proposto desenvolveu-se uma pesquisa
bibliográfica junto ao acervo da biblioteca da Faculdade de Ciências Sociais e
Agrárias de Itapeva – FAIT, além de artigos científicos, monografias,
dissertações e teses em sites na internet, buscando informações e
conhecimentos que norteassem a investigação. A pesquisa bibliográfica é uma
forma organizada, onde tem por objetivo buscar soluções de um determinado
assunto; a pesquisa tem que ser articulada, focando no assunto do estudo
(LIMA E MIOTO, 2007).
De acordo com Camilo e Maioli (2010), essa pesquisa é realizada
através de artigos científicos e livros, sendo efetuada por fontes bibliográficas,
que foram examinados e lealdados por pessoas (autores, orgãos) que
realmente comprovam os dados descritos.
9. REFERÊNCIAS
CARVALHO, R. M. V. de. A PROPÓSITO DE UM CASO DE CIRROSE
HEPÁTICA.
Porto2009.Disponívelem:<http://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/53375/
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Acessado em: 23/03/2012.
GONÇALVES, L. I. B. Alcoolismo e Cirrose Hepática. Covilhã,2009.
Disponível
em:
<http://www.fcsaude.ubi.pt/thesis/upload/118/794/lisa_goncalvespdf.pdf>.
Acessado em: 16/03/2012.
KUMAR ET AL.. Patologia. Rio de Janeiro. Elsevier. 2010.
LOPES, A. C. Cirrose Hepática. Rio de janeiro, 2011. Disponível em:
<http://books.google.com.br/books?id=KI4lcyKdGsAC&pg=PA171&dq=%22++h
epatite+%CBR&sa=X&ei=_FxlT5KmMYTq0gH5xP2zAw&ved=0CDcQ6AEwAA#v=onepage
&q=%22%20%20fe>. Acessado em: 20/ 03/2012.
MARTINS, G. A. Manual para elaboração de monografias e dissertações.
São Paulo: Atlas, 2002.
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NORONHA, D.P.; FERREIRA, S. M. S. P. Revisões da literatura. In:
CAMPELLO, B.S.; CENDÓN, B.V.; KREMER, J. M. Fontes de informação para
pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: UFMG, 2000.
RUBIN, E; FABER, J.L. Patologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 2002.
SOUZA, F. L. Assistência de Enfermagem ao paciente portador de Cirrose
Hepática.
Manaus
2011.
Disponível
em:
<http://www.webartigos.com/artigos/assistencia-de-enfermagem-ao-pacienteportador-de-cirrose-hepatica-alcoolica/58646/> Acessado em: 13/04/2012.
VARGAS, R. S; FRANÇA, F. C. V. Processo de Enfermagem aplicado a um
portador de Cirrose Hepática utilizando as terminologias padronizadas
NANDA,
NIC
e
NOC.
Brasília.2007.
Disponível
em:<
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471672007000300020>. Acessado em: 23/03/2012.
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