Atividade Pedagógica Teatro de fantoches Junho 2013 III D Teatro de fantoches “A criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode fazê-lo por meio da escuta da leitura do professor, ainda que não possa decifrar todas e cada uma das palavras. Ouvir um texto já é uma forma de leitura.” (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, VOL. 3,p.141). A dramatização na escola tem como finalidade buscar a participação, o estímulo, convívio social, além do desenvolvimento cultural, da linguagem oral e corporal, intelectual e social. Na educação infantil é o período mais importante e propício para estimular a criatividade, espontaneidade, cognição, e afetividade. O ouvir e contar histórias permite que a criança construa a sua própria história, esta faz com que ela se desenvolva no meio em que vive, buscando sua autonomia e liberdade de fazer sua própria escolha. A contação também proporciona emoções por meio das ilustrações fazendo com que a criança pense e reflita sobre a história que lhe foi contada, o professor tem um papel fundamental para elevar a criatividade da criança criando meios para que ela possa construir a sua própria história. A Turma do Oceano ama ouvir histórias tanto dos livros como teatrinho de fantoches! E a proposta dessa vez, além de ouvir, era que participarem dessa contação. Proporcionamos os fantoches e com a ajuda das crianças recriamos um “palco” para que começasse a atividade. Uma atividade dinâmica desde o começo, pois era preciso escolher quem participaria da atividade, os mais desinibidos foram os primeiros a se oferecerem para testar a novidade. Depois os outros também se arriscaram. A participação de todas as crianças era fundamental, pois alem dos atores principais, era preciso os coadjuvantes e os expectadores. Neste momento tivemos conflitos e foi preciso aprender a lidar com as frustrações, tendo a oportunidade de trabalhar essas emoções com todo o grupo. Enquanto a professora fazia o papel de narradora, as crianças manuseavam os fantoches. Algumas até mesmo faziam uma voz mais grossa ou mais fina para dar vida aos seus personagens. Existiram momentos que algumas deles improvisaram. A interação com as histórias despertou emoções como se a vivenciasse, estes sentimentos permitem que a imaginação exercite a capacidade de resolução de problemas, além disso, esta interação estimula o desenho, a música, o pensar, o brincar, o manuseio de livros, o “escrever” e a vontade de ouvir novamente. Essa atividade foi repetida varias vezes, sempre que escolhíamos outra história, eles solicitavam a mesma: “Chapeuzinho vermelho”, pois quem convive com crianças sabe o quanto elas gostam de escutar a mesma história, pelo prazer de reconhecê-la, de apreendê-la em seus detalhes, de cobrar a mesma sequência e de antecipar as emoções que teve da primeira vez. A repetição da história contada é sempre positiva, e a criança sempre observa algo novo após a contação. Em outra ocasião aceitaram escolher outra história:“Os animais”, pois o novo também surpreende. No final do teatro as crianças ficam satisfeitas com o desempenho e dividem as suas emoções na conversa com seus pares. Todos brincam juntos, dividem os fantoches. A criação é sempre maravilhosa, pois podem ter, por exemplo,duas chapeuzinhos, dois lobos ou até mesmo três mamães! Os mais tímidos e os mais desinibidos se juntam, colocam os fantoches e começam a reproduzir a história novamente. O teatro de fantoches é outra atividade que pode ser desenvolvida pelas crianças, reconstruindo o texto original à sua maneira. O professor lê a história, as crianças escutam e, frequentemente, depois de algumas leituras, já conseguem recontar a história, utilizando algumas expressões e palavras ouvidas na voz do professor. A criança que escuta muitas histórias vai construindo um novo saber, descobrindo o mundo da linguagem escrita. Equipe: Raquel e Iara