avaliação centesimal da semente de moringa oleifera lam.

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II Seminário Iniciação Científica – IFTM, Campus Uberaba, MG. 20 de outubro de 2009.
AVALIAÇÃO CENTESIMAL DA SEMENTE DE MORINGA
OLEIFERA LAM.
OLIVEIRA, I.C. ¹; TEIXEIRA, E.M.B. ²; GONÇALVES, C.A.A.³; PEREIRA, L.A.4
1
Estudante 6° período do Curso Superior de Tecnologia de Alimentos do IFTM - Campus Uberaba:
[email protected]
2
Profª. do IFTM - Campus Uberaba, MsC. Ciência dos Alimentos: [email protected]
3
Profº. Do IFTM – Campus Uberaba, Dr. Ciência dos Alimentos: [email protected]
4
Técnico em Alimentos e Laticínios IFTM- Campus Uberaba: [email protected]
RESUMO
A moringa (Moringa Oleífera Lam.) é uma planta que vem sendo utilizada como agente
clarificante no tratamento de água em substituição aos sais de alumínio. Este trabalho teve
como objetivo determinar a composição química das sementes da Moringa Oleífera:
lipídeos, umidade, fibra, proteínas, cinzas e carboidratos. As análises químicas revelaram
um considerável teor de proteína e lipídio nas sementes. Os cotilédones das sementes
apresentaram uma grande quantidade de corpos protéicos. Pode ser uma boa alternativa de
cultivo no Brasil. As folhas desta planta servem para alimentação humana e animal, as
sementes produzem óleo e moídas ou esmagadas servem para o tratamento de água. A
madeira serve para a produção de papel e fios têxteis.
Considerada como uma das árvores cultivadas mais úteis para o ser humano, praticamente
todas as suas partes podem ser utilizadas para diversos fins. Nos trópicos, as suas folhas são
usadas como forragem para animais, chegando a ter 27% de proteína na matéria seca. A
semente produz óleo de excelente qualidade para a indústria química. O pó da semente
pode ser utilizado para o tratamento de água. As vagens verdes podem ser cozidas e
consumidas como alimento humano. As raízes são medicinais e utilizadas no tratamento de
muitas doenças.
Palavra chave: fibra, lipídeos, proteína.
INTRODUÇÃO
A moringa (Moringa Oleífera Lam.) é uma espécie perene, da família Moringaceae,
originária do nordeste indiano, amplamente distribuída na Índia, Egito, Filipinas, Ceilão,
Tailândia, Malásia, Burma, Pasquitão, Singapura Jamaica e Nigéria (Pio Côrrea, 1984;
Duke, 1987). Ela cresce em regiões desde as subtropicais secas e úmidas, até tropicais
secas e florestas úmidas. É tolerante à seca, florescendo e produzindo frutos (Duke, 1978).
Adapta-se a uma ampla faixa de solos, porém se desenvolve melhor em terra preta bem
drenada ou em terra preta argilosa, preferindo um solo neutro a levemente ácido (Dalla
Rosa, 1993). Trata-se de uma planta de múltiplo uso. Quase todas as partes da moringa são
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ditas como sendo de valor alimentar (folhas, frutos verdes, flores e sementes) e medicinal
(todas as partes da planta) (Palada, 1996; Makkar & Becker, 1997). Suas sementes
possuem importância industrial, já que produzem um óleo usado para lubrificar relógios e
outras maquinarias delicadas. É também usada na fabricação de perfumes e no tratamento
químico da água (Duke, 1987; Morton, 1991). No Brasil, a Moringa Oleífera é conhecida
no Estado do Maranhão desde 1950 (Amaya et al., 1992). Atualmente, a cultura da moringa
vem sendo difundida em todo o semi-árido nordestino, devido a sua utilização no
tratamento de água para uso doméstico. O interesse pelo estudo de coagulantes naturais
para clarificar água não é uma idéia nova. Segundo Ndabigengesere & Narasiah (1996), as
sementes de Moringa Oleífera são uma alternativa viável de agente coagulante em
substituição aos sais de alumínio, que são utilizados no tratamento de água em todo o
mundo. Comparada com o alumínio, as sementes de M. Oleífera não alteraram
significativamente o pH e a alcalinidade da água após o tratamento e não causam
problemas de corrosão.
MATERIAL E MÉTODOS
Preparo das amostras
As sementes de M. Oleífera foram obtidas do município de Uberaba MG. As sementes
foram separadas das vagens (fruto), em seguida retirada suas cascas colocadas de molho
por 12 horas e aferventadas; logo em seguida colocadas em estufa por 1 hora triturada e
então moída. A moagem foi feita em moinho Tipo Willey com peneira. O material triturado
foi separado em peneiras e a fração com partículas de 0,25 a 0,53 µm foi utilizada nas
análises químicas.
Determinação da composição centesimal
A umidade foi determinada pelo método gravimétrico, com emprego de calor. Determinase a perda de peso do material, quando submetido ao aquecimento (105ºC), até a obtenção
de peso constante, segundo AOAC (1997). A fração protéica foi obtida pela determinação
da porcentagem de nitrogênio total da amostra, segundo método de Kjeldahl, descrito pela
AOAC (1997) e multiplicado pelo fator médio entre 6,25. O extrato etéreo foi determinado
segundo o método da AOAC (1997). A determinação de fibra bruta e o resíduo mineral
fixo (cinzas) foi determinado segundo AOAC (1997) e a fração glicídica foi obtida pelo
cálculo de diferença.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados da composição centesimal do pó da semente de Moringa Oleífera Lam.
encontram-se na Figura 1.
35
30
(g/100g)
25
20
15
10
5
0
Umidade
Lipídeos
Cinzas
Fibras
Proteínas
Carboidratos
Figura 1. Composição centesimal (g/100g) de semente de Moringa Oleífera Lam.
Os resultados encontrados na análise centesimal da semente de moringa foram de 3,27% de
umidade, 22,17% de lipídeo, 3,09% de cinzas e 25,14% de proteína o que encontram-se
relativamente baixos comparados com os resultados encontrados na semente de abóbora, o
valor umidade de 4,34%, 38,95% de lipídeos, 3,21% de cinzas e 28,98% de proteína,
analisados por Kunradi F.G., et al (2005). Ainda comparadas com sementes de abóbora,
observa-se que os resultados das análises de fibras e carboidratos, 32,05% e 17,54%
respectivamente, são superiores, pois o de semente de abóbora encontra valores como
20,75% de fibras e 3,77% de umidade. Isso mostra que a semente de Moringa Oleífera Lam
é rica em fibra, nutriente que pode auxiliar na prevenção de doenças crônicas nãotransmissíveis.
CONCLUSÃO
A semente da moringa caracteriza-se por um elevado teor de proteínas e lipídeos. Com a
análise morfológica foi possível observar o material protéico presente no citoplasma das
células das sementes.
II Seminário Iniciação Científica – IFTM, Campus Uberaba, MG. 20 de outubro de 2009.
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