lesões articulares

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FATORES ETIOLÓGICOS
LESÕES
ARTICULARES
Trauma (direto ou indireto).
Ex: acidente automobilístico, queda.
Processos infecciosos.
Ex: osteomielite – estrepto stafilococcos.
Processos inflamatórios por estresse
biomecânico ou insuficiência tecidual.
Processos auto-imunes e reumáticos.
TIPOS DE LESÕES - Entorses:
Constitui uma forte distensão dos ligamentos
que compõe a articulação. Popularmente
conhecida como torção, a entorse é mais
freqüente nas articulações dos tornozelos e
joelhos. Os ligamentos, quando tencionados
além do limite tolerável, podem sofrer
estiramento e se romper, total ou
parcialmente. A sensação de dor é forte e o
edema local é formado rapidamente.
A extensão da lesão irá determinar o
tratamento, com simples imobilização, ou então,
a intervenção cirúrgica.
1º Grau (Entorse leve) - Ligamentos
preservados, Processo álgico ligamentar,
Edema local (Recomenda-se a aplicação de
gelo)
2º Grau (Entorse moderado) - Frouxidão
ligamentar, dor intensa, Edema difuso +
Hematoma (Dependendo da dor pode-se usar
bandagem ou gesso)
3º Grau (Entorse grave) - Ruptura ligamentar,
parcial ou total. (Cirurgia).
Luxação
É o deslocamento das superfícies que
fazem parte de uma articulação, seguido
de dor intensa, edema e hematoma,
redução da função motora.
Subluxação ( desalinhamento sublimiar à
luxação das estruturas articulares).
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Fraturas
Luxação de
tornozelo
Fratura por
insuficiência
ex: fratura por
compressão
Fraturas articulares: decorrentes de
traumas
Fratura por insuficiência: não decorre de
trauma, decorre de uma fragilidade da
micro-arquitetura tecidual.
EX: osteoporose
Processos degenerativos articulares:
Osteoartrite
Erosão progressiva da
cartilagem articular “ préartrose” .
- Primária: sem uma causa
aparente (envelhecimento)
- Secundária: fator identificado
que favoreça seu
aparecimento (fator
predisponente);
Osteoartrose (grave ou avançada)
Lesão articular com degeneração articular
avançada. Pode evoluir de um processo de
desgaste articular inicial ocasionado por AO
(Osteoartrite) ou mesmo outro processo
inflamatório, infeccioso ou devido a desgaste
biomecânico. Lesões prévias macrotraumáticas ou micro-traumáticas repetidas
de uma articulação, ou estresse
biomecânico como em deformidade
congênita (como geno valgo/varo) e
obesidade são fatores predisponentes.
Diferenciações:
Artrite: processo de inflamação articular;
Artrose: processo de desgaste articular;
Osteoartrite: patologia que acomete várias
articulações (poliarticular);
Osteoartrose: patologia que acomete uma
articulação.
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Osteocondrite
Lesão na qual um fragmento de cartilagem
ou de osso subcondral separa-se parcial ou
totalmente do osso subjacente.
Envolve o côndilo femoral ou a patela.
Causa mais freqüente: trauma
Se o fragmento não for deslocado, o paciente
apresenta dor mal localizada, que piora com
a atividade, podendo haver edema.
PERDA DE CARTILAGEM
Um fragmento livre pode produzir bloqueio
ou fazer a articulação ceder.
Se o fragmento não foi deslocado o
tratamento consiste em deixar o joelho em
repouso, podendo-se usar gesso.
Se o fragmento separou-se é necessário
uma artroscopia ou artrotomia.
DOENÇAS
REUMÁTICAS
Fragmento livre
retirado
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Artrite reumatóide: é uma doença progressiva
crônica, auto-imune. O líquido sinovial torna-se
mais espesso e as cartilagens,modificam-se,
tornando-se irregulares, fazendo o osso ficar
em contato direto com outro osso. O
resultado é a inflamação local com perda da
capacidade de movimento, rigidez e dor. A
inflamação prolongada pode enfraquecer a
cápsula articular e estruturas ligamentares de
sustentação, bem como pode erudir a própria
articulação. A perda da mobilidade articular e a
atrofia podem estar presentes. Os membros
podem ficar disformes, principalmente as mãos.
O indivíduo pode apresentar ainda perda de
peso, fadiga, febre todos os dias e caímbras.
Espondilite Anquilosante
A causa de EA não é conhecida
Um diagnóstico tardio é comum porque os
sintomas são atribuídos freqüentemente as
doenças comuns da coluna.
Febre Reumática
Espondilite
Anquilosante –
inflamaç
inflamação na
coluna vertebral.
A segunda manifestação da Febre
Reumática é o comprometimento do coração
(cardite) caracterizado por inflamação nas
três camadas
A terceira manifestação é a Coréia que se
caracteriza por fraqueza nos braços e
pernas, e por movimentos dos braços e
pernas que pioram quando a criança fica
tensa e desaparecem durante o sono.
É uma doença reumática que causa inflamação
na coluna vertebral e nas articulações
sacroilíacas, podendo, às vezes, também atacar
os olhos e válvulas do coração. Os sintomas
podem variar de simples dores nas costas, na
grande maioria das vezes nas nádegas, até
uma doença grave, que ataca a coluna, juntas e
outros locais do corpo, resultando em grande
incapacidade devido à um “congelamento” das
vértebras da coluna que com o decorrer do
tempo, vão dificultar inclusive um simples passo
para caminhar.
É uma doença inflamatória, de caráter autoimune, desencadeada de uma a três semanas
após episódio de faringoamigdalite (atribuída ao
Streptococcus ß-hemolítico) que pode
comprometer as articulações, o coração, o
cérebro e a pele de crianças de 4 a 18 anos.
A manifestação mais freqüente é a artrite que se
caracteriza por dor intensa, que dificulta o
caminhar, e por inchaço e calor discretos. As
articulações mais acometidas são os joelhos e
tornozelos.
LESÕES ÓSSEAS
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Osteomielite
Infecção provocada por bactérias em um tecido
ósseo, não transmissível de pessoa para
pessoa.
Os microrganismos causadores, podem chegar
ao tecido ósseo através de infecções originadas
em lesões cirúrgicas ou acidentais (fraturas
expostas), através de áreas infeccionadas em
alguma região do corpo que atingem o osso
pela sua proximidade (úlceras de decúbito,
escaras, pé diabético) ou através da circulação
do sangue (disseminação hematogênica), que
pode provocar uma infecção em osso distante
do ponto de entrada da bactéria, a partir de uma
simples amidalite, um furúnculo...
Os sintomas dependem da localização da
infecção, porém os mais comuns são a dor
no local da infecção, calor e vermelhidão
local podem ser observados; restrição dos
movimentos do local afetado, principalmente
quando a infecção for perto de articulações
(juntas); algumas vezes pode ocorrer perda
local de sensibilidade e diminuição de força
do membro afetado; febre é uma
manifestação freqüente; quando é
secundária a ferimentos ou trauma, a não
cicatrização do corte pode ser uma
manifestação.
Como os ossos são tecidos altamente
vascularizados, a ocorrência da osteomielite
pode provocar redução deste fluxo (isquemia),
que se for prolongada e intensa pode provocar
morte do tecido do osso (necrose), produzindo
limitações funcionais posteriores do membro
afetado; casos de septicemia (infecção
disseminada) podem ocorre a partir de uma
osteomielite.
O tratamento consiste, basicamente, na
administração de antibióticos específicos para a
bactéria identificada e, eventualmente, realização
de cirurgia para limpeza (desbridamento) da área
comprometida pela infecção e remoção dos
restos ósseos.
Doença de Paget
A alteração na taxa de remodelação do
esqueleto leva a modificações arquiteturais
caracterizadas pela formação de osso não
lamelar, que é freqüentemente aumentado em
tamanho, mais vascular e menos compacto que
o osso normal.
Osteomalácia
Assim, dependendo da localização, extensão e
atividade metabólica, o envolvimento ósseo
pode não causar sintomas. Algumas vezes pode
haver deformidade óssea, como aumento do
volume do crânio e arqueamento dos ossos.
Alguns pacientes queixam-se de sensação de
calor ou mesmo dor óssea.
Uma alteração do processo de remodelação
óssea, caracterizada por um aumento na
reabsorção óssea mediada pelos osteoclastos.
Embora a exata etiologia seja desconhecida, a
lesão primária parece residir em osteoclastos
pagéticos, modificados em conseqüência de
uma infecção viral nos primeiros anos de vida.
Há um aumento compensatório na taxa de osso
neoformado, resultando em um tecido ósseo
estruturalmente desorganizado.
Processo de desmineralização óssea que
ocorre nos adultos, causando amolecimento
e deformação nos ossos, geralmente na
presença de dor.
Está relacionado com nutrição deficiente,
diarréia crônica, má absorção de cálcio, ou
eliminação excessiva deste pela urina.
Responde favoravelmente ao tratamento
com vitamina D.
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FRATURAS
Fratura é a perda total ou parcial de continuidade
de um osso.
Podem ser classificadas de acordo com a sua
etiologia:
Fraturas causadas por traumas: são as mais
comuns, ocorrem em ossos íntegros ou sãos.
Suas causas podem ser: trauma direto (ex:
quando um peso cai sobre o pé fraturando um
metatarsiano) ou trauma indireto (ex: quando a
cabeça do rádio é fraturada numa queda sobre a
mão estendida).
Fraturas de fadiga ou stress: ocorrem devido a
pequenos traumatismos repetidos.
Fraturas patológicas: ocorre em ossos
previamente enfraquecidos por alguma doença,
que cedem a traumas banais ou até mesmo,
espontaneamente.
FRATURA SIMPLES E
COMPOSTA
A fratura é simples quando o osso se parte
em apenas um ponto, e composta quando o
osso se parte em mais de um ponto.
A – fratura composta; B – fratura simples
Diagnóstico
SENSAÇÃO DE DOR: a dor pode ser sentida pela
leve compressão da área sob suspeita, ou pode
não ser sentida (tecidos nervosos lesionados) .
INTERRUPÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA: ocorre
quando há perda parcial ou total da função motora
básica pertinente àquele osso fraturado.
EXPOSIÇÃO ÓSSEA: quando o osso atinge o
meio externo e a fratura passa a ser visível de
forma clara e incontestável.
ALTERAÇÃO DA ANGULAÇÃO: quando há um
desnível visual (depressão ou elevação) sob a
região suspeita.
EDEMA LOCAL: o inchaço da região é rápido e
instantâneo, sendo sua extensão proporcional ao nível
de gravidade;
HEMATOMA: pelo rompimento de vasos sangüíneos e
com o derrame de fluxo sanguíneo na região, o
hematoma pode sinalizar a presença de fratura.
APALPAÇÃO POSITIVA: tateando a região, o socorrista
poderá sentir a fratura, apesar de a vítima consciente
não acusar a sensação de dor.
RUÍDO: questionar vítima e testemunhas quanto a terem
ouvido um barulho peculiar, característico de fraturas
ósseas.
RECUSA NA MOVIMENTAÇÃO: a dor local é tão forte
que o acidentado não consegue mover a região afetada,
o corpo não o obedece a esse tipo de ação.
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A s fraturas ainda podem ser fechadas (quando não
há comunicação entre o foco de fratura e o meio
ambiente) e expostas ou abertas (quando as
extremidades de fragmentos ósseos estão em
comunicação com o meio ambiente).
Os termos geralmente utilizados são: fraturas
transversas; fraturas oblíquas; fraturas espiraladas;
fraturas cominutivas (com mais de 2 fragmentos);
fraturas por compressão ou esmagamento; fraturas
subperiostais ou em “galho verde”(fraturas
incompletas que ocorrem nos ossos elásticos de
crianças).
Fraturas impactadas ocorrem quando os fragmentos
ósseos estão firmemente encaixados entre si, não
havendo movimento entre eles.
Consolidação de fraturas
A consolidação de um osso inicia logo após a
fratura e a sua duração varia de acordo com
o tipo ósseo e as condições em que é
tratada.
Estágio de hematoma:
Estágio de proliferação
celular:
Estágio de calo:
Estágio de
consolidação:
Estágio de
remodelação:
Existe uma sigla para que possamos
lembrar das principais terapêuticas gerais
das distensões, entorses e contusões.
Pela PRICES:
P – proteção
R – repouso
I - ice (gelo)
C – compressão
E – elevação
S - suporte
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