Depressão e Alimentação

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Depressão e Alimentação
No dia 7 de abril celebra-se o Dia Mundial da Saúde. Este ano sobre o tema: “Depressão: Vamos falar!”
(Depression: Let’s talk).
As perturbações do foro depressivo afetam mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Em
Portugal, estas doenças representam a terceira principal causa de incapacidade, afetando cerca de
16,7% da população, principalmente mulheres.
Recentemente, têm sido discutidas abordagens apoiadas em alterações do estilo de vida para a
prevenção e tratamento destas perturbações. O projeto MooDFOOD, financiado pela Comissão
Europeia, e a decorrer em 8 países europeus com mais de 1000 indivíduos, pretende avaliar, ao longo
de 5 anos, os efeitos da alimentação, nomeadamente do Padrão Alimentar Mediterrânico, dos estilos de
vida e da obesidade no desenvolvimento de depressão.
Segundo alguns trabalhos científicos, um padrão alimentar saudável, rico em fruta, hortícolas, cereais
integrais, carnes brancas, peixe e laticínios com baixo teor de gordura – tal como preconizado pela
“Dieta Mediterrânica”– assim como o acompanhamento por um Nutricionista, poderão ser eficazes na
redução do risco de depressão, e suas comorbilidades.
A PROMOÇÃO DE UMA ALIMENTAÇÃO E ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL É
ESSENCIAL PARA A MANUTENÇÃO DA SAÚDE MENTAL E FÍSICA. PARA TAL,
RECOMENDA-SE:
O consumo frequente de refeições: o normal funcionamento do cérebro exige um aporte equilibrado
e regular de nutrientes, nomeadamente de glicose (principal fornecedor de energia) proveniente,
preferencialmente, de hidratos de carbono complexos (ex.: cereais integrais). Evite o consumo de
alimentos ricos em açúcares.
Faça pequenas refeições, várias vezes ao dia!
A ingestão equilibrada de gorduras: a gordura é um importante componente celular do cérebro
(perfazendo 50% da sua constituição), pelo que um aporte adequado de gorduras mono e
polinsaturadas é essencial para a manutenção da saúde mental.
Privilegie a utilização de azeite nas suas refeições, em detrimento de manteigas e óleos! Lembrese dos frutos oleaginosos (nozes, amêndoas, pinhões, avelãs, amendoins,…) nas suas versões
ao natural.
A inclusão de leguminosas, fruta e hortícolas: estes alimentos, ricos em vitaminas e minerais,
nomeadamente vitaminas do complexo B, ferro, zinco e magnésio, parecem ser efetivos na prevenção
da depressão.
Coma sopa de hortícolas no início das refeições principais e 3 peças de fruta por dia, atingindo
assim as recomendações diárias!
A inclusão de proteína em todas as refeições: a proteína proveniente da carne, peixe, ovos, leite e
seus derivados, para além de potenciar um aporte adequado de vitamina B12 (importante nos
transtornos psiquiátricos), garante também a ingestão adequada de triptofano (percursor da
serotonina), e de tirosina e fenilalanina (aminoácidos percursores da dopamina). Segundo diversos
trabalhos, estes nutrientes aparentam poder ter efeitos benéficos na saúde neurológica e cerebral.
Inclua nas suas refeições carnes brancas, peixe, ovos, laticínios e derivados com baixo teor de
gordura como fonte proteica.
A inclusão de peixes gordos na dieta: os ácidos gordos ómega-3 são essenciais ao nosso
organismo, ou seja, só os conseguimos obter a partir da nossa alimentação uma vez que não os
conseguimos produzir. A deficiência destes nutrientes pode aumentar o risco da ocorrência de
alterações neurológicas, dificuldades de aprendizagem, doenças cardíacas, entre outros. São fontes
alimentares de ácidos gordos ómega 3: peixes, óleos de peixes, mariscos e algas (Sardinha, cavala,
atum, salmão, arenque, enguia, camarão, caranguejo, algas, etc.)
Privilegie o consumo de peixes gordos.
A manutenção de uma hidratação adequada. Uma hidratação adequada proporciona um ótimo
funcionamento cognitivo e bom estado de humor, para além de reduzir a fadiga, melhorar a
concentração e memória.
Mantenha-se hidratado. Prefira a água como bebida de eleição.
A moderação no consumo de cafeína. O consumo excessivo de cafeína pode afetar o sono e
promover a desidratação. É importante que a ingestão não ultrapasse os 400mg de cafeína por dia em
indivíduos saudáveis, o que equivale a não mais que 4 a 5 cafés expresso por dia. O chá, as bebidas
energéticas, os refrigerantes com cafeína e o chocolate são igualmente fontes de cafeína.
Modere o consumo de cafeína.
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas. O consumo de álcool promove a desidratação, para além
de potenciar a deficiência em vitaminas do complexo B, essenciais para a função neurológica, e
perturbar o sono.
Evite o consumo de bebidas alcóolicas.
Apesar de alimentação poder ser uma ajuda na prevenção da depressão o apoio de um profissional
de saúde especializado, nomeadamente de um psiquiatra é fundamental para detetar e acompanhar
Link do artigo: https://nutrimento.pt/noticias/depressao-e-alimentacao/
este tipo de problemas.
Direção-Geral da Saúde
Alameda Afonso Henriques, 45
1049-005 Lisboa
Tel.: 218 430 500
Fax.: 218 430 530
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