UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS COM LINHA ESPECÍFICA EM COMÉRCIO EXTERIOR MARCUS BUDNI MORAIS ANÁLISE DA SEGMENTAÇÃO DE MERCADO DOS ACADÊMICOS DOS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO E COMÉRCIO EXTERIOR DA UNESC, NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2009 PARA PROPOR ESTRATÉGIAS DE MARKETING. CRICIÚMA, OUTUBRO DE 2009 MARCUS BUDNI MORAIS ANÁLISE DA SEGMENTAÇÃO DE MERCADO DOS ACADÊMICOS DOS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO E COMÉRCIO EXTERIOR DA UNESC, NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2009 PARA PROPOR ESTRATÉGIAS DE MARKETING. Monografia apresentada para obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas, no curso de Administração de Empresas com linha específica em Comércio Exterior, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador(a): Prof. (ª) Valtencir Pacheco. CRICIÚMA, OUTUBRO DE 2009 MARCUS BUDNI MORAIS ANÁLISE DA SEGMENTAÇÃO DE MERCADO DOS ACADÊMICOS DOS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO E COMÉRCIO EXTERIOR DA UNESC, NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2009 PARA PROPOR ESTRATÉGIAS DE MARKETING. Monografia aprovada pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel em Administração de Empresas, no Curso de Administração de Empresas com linha específica em Comércio Exterior, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Criciúma, 15 de Dezembro de 2009. BANCA EXAMINADORA ________________________________________________ Prof. Valtencir Pacheco - Esp - (UNESC) - Orientador _______________________________________________ Prof. Eduardo Preis - Esp - (UNESC) _______________________________________________ Prof. Jean Peterson Rezende - Esp - (UNESC) DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a toda a minha família. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me proporcionado sabedoria e serenidade para que eu pudesse concluir este trabalho. Agradeço à minha mãe, Alair Salete Budni Morais, que sempre batalhou e nunca mediu esforços para que seus filhos trilhassem o caminho do conhecimento. Aos meus irmãos que de uma forma direta ou indireta deram a sua parcela de contribuição para que fosse possível a realização deste trabalho. Aos meus amigos que souberam compreender o tempo que precisei dedicar para a elaboração deste trabalho. Ao departamento de Administração da UNESC, que disponibilizou as informações necessárias para que a pesquisa deste trabalho fosse possível. Ao meu orientador, Prof. Valtencir Pacheco pela paciência e tempo dedicado para que esta monografia fosse assimilada por mim e desenvolvida de uma maneira correta. A todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para que eu alcançasse mais uma conquista. “Planos não são nada, planejamento é tudo.” Dwight D. Eisenhower RESUMO MORAIS, Marcus Budni. A análise da segmentação de mercado dos acadêmicos dos cursos de Administração e Comércio Exterior da UNESC, no segundo semestre de 2009 para propor estratégias de marketing. 2009. 115p. Monografia do Curso de Administração com linha específica em Comércio Exterior, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma. O referente trabalho buscou identificar as segmentações de mercado dos acadêmicos dos cursos de Administração e Comércio Exterior da UNESC, no segundo semestre de 2009. A metodologia escolhida para a pesquisa em questão, foi uma pesquisa de abordagem quantitativa, cujo método de coleta de informações utilizado foi um questionário. Questionário este, que era preenchido sem a necessidade dos acadêmicos se identificarem. O resultado da pesquisa mostrou que o curso está com um bom conceito perante os seus acadêmicos, e que em apenas algumas questões não está agradando estes acadêmicos pesquisados. Com o resultado da pesquisa, o departamento pode se valer das informações obtidas e com isso, buscar o aprimoramento do curso cada vez mais. Palavras-chave: Marketing. Segmentação de Mercado. Comportamento dos Clientes. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Composto de Marketing.......................................................................... 19 Figura 2 – Determinantes do Valor entregue ao cliente..........................................22 Figura 3 – Padrão básico de um ciclo de negócios...................................................24 Figura 4 – Hierarquia das necessidades de Maslow.................................................34 Figura 5 – Matriz de Oportunidades........................................................................41 Figura 6 – Matriz de Ameaças...................................................................................42 Figura 7 – Idade dos Acadêmicos Pesquisados........................................................64 Figura 8 – Sexo dos Pesquisados............................................................................65 Figura 9 – Estado civil dos acadêmicos....................................................................66 Figura 10 – Filhos ou Dependentes?....................................................................67 Figura 11 – Tipo de Instituição de conclusão do Ensino Médio............................. ..68 Figura 12 – Curso superior cursado anteriormente?.............................................69 Figura 13 – Atual situação dos acadêmicos com relação a estar empregado..........70 Figura 14 – Municípios nos quais residem os acadêmicos.......................................71 Figura 15 – O número de pessoas que residem com o acadêmico..........................73 Figura 16 – A distribuição étnica dos acadêmicos....................................................74 Figura 17 – O aspecto religioso do acadêmico.......................................................75 Figura 18 – A renda aproximada dos acadêmicos.................................................76 Figura 19 – Como o acadêmico se desloca até a Universidade.............................77 Figura 20 – Fator determinante no momento da escolha pelo curso.....................78 Figura 21 – Existência de algum parente cursando ADM ou Comércio Exterior......79 Figura 22 – Tipo de mídia na qual o acadêmico tem informações do curso............80 Figura 23 – O principal motivo em cursar esta graduação........................................81 Figura 24 – Consideração do acadêmico sobre o tempo de duração do curso........82 Figura 25 – Período de maior qualidade na aprendizagem, segundo o acadêmico.83 Figura 26 – A percepção do acadêmico com relação à qualidade do curso............85 Figura 27 – A opinião do acadêmico com relação ao valor da mensalidade............86 Figura 28 – Utilização de alguma forma de financiamento estudantil....................87 Figura 29 – Avaliação dos acadêmicos com relação ao estacionamento.............88 Figura 30 – Avaliação dos acadêmicos com relação ao trânsito........................89 Figura 31 – Avaliação dos acadêmicos com relação à segurança........................90 Figura 32 – Avaliação dos acadêmicos com relação localização..............................91 Figura 33 – Avaliação dos acadêmicos com relação à biblioteca.............................92 Figura 34 – Avaliação dos acadêmicos com relação às salas de aula.....................93 Figura 35 – Avaliação dos acadêmicos com relação aos laboratórios.....................94 Figura 36 – Avaliação dos acadêmicos com relação aos recursos eletrônicos........95 Figura 37 – Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços de cantina..........96 Figura 38 – Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços de fotocópia.......97 Figura 39 – Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços bancários...........98 Figura 40 – As possibilidades profissionais depois de concluído o curso, segundo o acadêmico................................................................................................................100 Figura 41 – A pretensão do acadêmico quanto a cursar outro curso na UNESC...101 Quadro 01 – Outros municípios mencionados..........................................................72 Quadro 02 – Contribuições dos acadêmicos com relação a outros serviços/estrutura importante..................................................................................................................99 Quadro 03 – Análise no ambiente externo..............................................................103 Quadro 04 – Análise do ambiente interno...............................................................104 Quadro 05 – Estratégias e Objetivos para Oportunidades e Ameaças...................106 Quadro 06 – Estratégias e Objetivos para Pontos Fortes e Pontos Fracos............108 LISTA DE TABELAS (Opcional) Tabela 1 - Distribuição dos acadêmicos por cursos e período................................. 61 Tabela 2 - Distribuição das amostras da pesquisa ................................................... 62 Tabela 3 - Idade dos acadêmicos pesquisados.........................................................64 Tabela 4 - Sexo dos Pesquisados.............................................................................65 Tabela 5 - Estado civil dos acadêmicos.....................................................................66 Tabela 6 - Filhos ou Dependentes?..........................................................................67 Tabela 7 - Tipo de Instituição de conclusão do ensino médio...................................68 Tabela 8 - Curso superior cursado anteriormente?...................................................69 Tabela 9 - Atual situação dos acadêmicos com relação a estar empregado............70 Tabela 10 - Municípios nos quais residem os acadêmicos........................................71 Tabela 11 - O número de pessoas que residem com o acadêmico...........................73 Tabela 12 - A distribuição étnica dos acadêmicos.....................................................74 Tabela 13 - O aspecto religioso do acadêmico..........................................................75 Tabela 14 - A renda aproximada dos acadêmicos.....................................................76 Tabela 15 - Como o acadêmico se desloca até a Universidade................................77 Tabela 16 - Fator determinante no momento da escolha pelo curso........................78 Tabela 17 - Existência de algum parente cursando ADM ou Comércio Exterior......79 Tabela 18 - Tipo de mídia na qual o acadêmico tem informações do curso............80 Tabela 19 - O principal motivo em cursar esta graduação........................................81 Tabela 20 - Consideração do acadêmico sobre o tempo de duração do curso........82 Tabela 21 - Período de maior qualidade na aprendizagem, segundo o acadêmico..83 Tabela 22 - A percepção do acadêmico com relação à qualidade do curso.............85 Tabela 23 - A opinião do acadêmico com relação ao valor da mensalidade.............86 Tabela 24 - Utilização de alguma forma de financiamento estudantil.......................87 Tabela 25 - Avaliação dos acadêmicos com relação ao estacionamento.................88 Tabela 26 - Avaliação dos acadêmicos com relação ao trânsito..............................89 Tabela 27 - Avaliação dos acadêmicos com relação à segurança...........................90 Tabela 28 - Avaliação dos acadêmicos com relação à localização...........................91 Tabela 29 - Avaliação dos acadêmicos com relação à biblioteca.............................92 Tabela 30 - Avaliação dos acadêmicos com relação às salas de aula.....................93 Tabela 31 - Avaliação dos acadêmicos com relação aos laboratórios.....................94 Tabela 32 - Avaliação dos acadêmicos com relação aos recursos eletrônicos........95 Tabela 33 - Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços de cantina.........96 Tabela 34 - Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços de fotocópia......97 Tabela 35 - Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços bancários...........98 Tabela 36 - As possibilidades profissionais depois de concluído o curso, segundo o acadêmico................................................................................................................100 Tabela 37 - A pretensão do acadêmico quanto a cursar outro curso na UNESC....101 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15 1.1 TEMA .................................................................................................................. 16 1.2 PROBLEMA ........................................................................................................ 16 1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 16 1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 16 1.3.2 Objetivo Específico ........................................................................................ 16 1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 18 2.1 FUNDAMENTOS DE MARKETING .................................................................... 18 2.1.1 Composto de Marketing................................................................................. 19 2.1.2 Orientações tradicionais de Marketing......................................................... 20 2.1.3 Definição de valor para o cliente...................................................................22 2.2 AMBIENTE DE MARKETING ............................................................................. 23 2.2.1 Ambiente Econômico ..................................................................................... 23 2.2.2 Ambiente Natural ............................................................................................ 25 2.2.3 Ambiente Demográfico...................................................................................25 2.2.4 Ambiente Tecnológico....................................................................................26 2.2.5 Ambiente Político-Legal..................................................................................26 2.2.6 Ambiente sócio-cultural..................................................................................27 2.3 SEGMENTAÇÃO DE MERCADO........................................................................27 2.3.1 Segmentação Geográfica...............................................................................28 2.3.2 Segmentação Demográfica............................................................................29 2.3.3 Segmentação Psicográfica............................................................................29 2.3.4 Segmentação Comportamental.....................................................................30 2.4 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR...........................................................31 2.4.1 Tipos de clientes.............................................................................................32 2.4.2 O processo de compra do consumidor........................................................32 2.4.3 Fatores internos de influência na compra...................................................33 2.4.3.1 Motivação.....................................................................................................33 2.4.3.2 Percepção.....................................................................................................34 2.4.3.3 Aprendizagem..............................................................................................34 2.4.3.4 Crenças e Atitudes.......................................................................................35 2.4.4 Fatores externos de Influência na compra...................................................36 2.4.4.1 Família...........................................................................................................36 2.4.4.2 Classe Social................................................................................................37 2.4.4.3 Grupos de Referência..................................................................................37 2.4.4.4 Cultura...........................................................................................................38 2.5 PLANEJAMENTO DE MARKETING...................................................................38 2.5.1 Importância de um planejamento de Marketing...........................................39 2.5.2 Análise Mercado (SWOT)................................................................................39 2.5.2.1 Variáveis externas (oportunidades e ameaças)........................................40 2.5.2.2 Variáveis internas (forças e fraquezas)......................................................42 2.5.3 Objetivos..........................................................................................................43 2.5.4 Estratégias.......................................................................................................44 2.5.5 Orçamento........................................................................................................45 2.5.6 Controle............................................................................................................46 2.6 ESTRATÉGIA DE MARKETING..........................................................................46 2.6.1 Posicionamento de mercado da empresa.....................................................47 2.6.2 Estratégia com foco em custo.......................................................................47 2.6.3 Estratégia com foco em diferenciação.........................................................48 2.6.4 Estratégia com foco na segmentação..........................................................49 2.6.5 Estratégia com foco na concorrência...........................................................50 2.6.6 Estratégia como foco no desenvolvimento de produtos............................50 2.7 MARKETING DE RELACIONAMENTO..............................................................51 2.7.1 Os oito componentes do marketing de relacionamento.............................52 2.7.2 Comunicação de marketing no relacionamento de clientes.......................54 2.7.2.1 Promoção......................................................................................................54 2.7.2.2 Propaganda...................................................................................................55 2.7.2.3 Promoção de eventos..................................................................................56 2.7.2.4 Mala Direta....................................................................................................56 2.7.2.5 Relações Públicas.......................................................................................57 2.7.2.6 Internet.........................................................................................................57 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 28 3.1 TIPOS DE PESQUISA ........................................................................................ 59 3.1.1 Pesquisa Bibliográfica ................................................................................... 59 3.1.2 Pesquisa Descritiva ou de Campo ................................................................ 59 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA ........................................................................... 60 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................... 60 3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS......................................................... 63 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA.............................................................................. 64 4.1.1 Idade dos acadêmicos pesquisados.............................................................64 4.1.2 Sexo dos acadêmicos....................................................................................65 4.1.3 Estado civil dos acadêmicos.........................................................................66 4.1.4 Filhos ou Dependentes..................................................................................67 4.1.5 Tipo de Instituição de conclusão do Ensino Médio....................................68 4.1.6 Curso superior cursado anteriormente?......................................................69 4.1.7 Atual situação dos acadêmicos com relação a estar empregado.............70 4.1.8 Municípios nos quais residem os acadêmicos...........................................71 4.1.9 O número de pessoas que residem com os acadêmicos..........................73 4.2 A distribuição étnica doa acadêmicos............................................................74 4.2.1 O aspecto religioso do acadêmico...............................................................75 4.2.2 A renda aproximada do acadêmico..............................................................76 4.2.3 Como o acadêmico se desloca até a Universidade....................................77 4.2.4 Fator determinante no momento da escolha pelo curso...........................78 4.2.5 Existência de algum parente cursando ADM ou Comércio Exterior.........79 4.2.6 Tipo de mídia na qual o acadêmico tem informações do curso................80 4.2.7 O principal motivo em cursar esta graduação.............................................81 4.2.8 Consideração do acadêmico sobre o tempo de duração do curso...........82 4.2.9 Período de maior qualidade na aprendizagem, segundo o acadêmico.....83 4.3 A percepção do acadêmico com relação à qualidade do curso....................85 4.3.1 A opinião do acadêmico com relação ao valor da mensalidade................86 4.3.2 Utilização de alguma forma de financiamento estudantil..........................87 4.3.3 Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços/estrutura da UNESC......................................................................................................................88 4.3.3.1 Avaliação dos acadêmicos com relação ao estacionamento.................88 4.3.3.2 Avaliação dos acadêmicos com relação ao trânsito...............................89 4.3.3.3 Avaliação dos acadêmicos com relação à segurança............................90 4.3.3.4 Avaliação dos acadêmicos com relação à localização...........................91 4.3.3.5 Avaliação dos acadêmicos com relação à biblioteca.............................92 4.3.3.6 Avaliação dos acadêmicos com relação às salas de aula.....................93 4.3.3.7 Avaliação dos acadêmicos com relação aos laboratórios......................94 4.3.3.8 Avaliação dos acadêmicos com relação aos recursos eletrônicos.......95 4.3.3.9 Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços de cantina.........96 4.3.4 Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços de fotocópia........97 4.3.5 Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços bancários.............98 4.3.6 As possibilidades profissionais depois de concluído o curso, segundo o acadêmico...............................................................................................................100 4.3.7 A pretensão do acadêmico quanto a cursar outro curso na UNESC.......101 4.4 PROPOSTAS DE ESTRATÉGIAS DE MARKETING.......................................102 5 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 109 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 110 APÊNDICE .............................................................................................................. 112 ANEXO ......................................................................................................................... 15 1 INTRODUÇÃO O ambiente no qual estamos inseridos neste século XXI, é marcado pela acirrada competição entre as organizações, onde cada uma almeja, uma vantagem competitiva diante de seu concorrente. Sendo assim, para que uma organização consiga estabelecer uma vantagem competitiva diante de um concorrente, é necessário que ela se cerque de todas as informações necessárias a respeito dos seus clientes. Uma forma de a organização vir a conhecer o que realmente tem relevância para o seu cliente, e o que deixa satisfeito, com relação aos serviços oferecidos por ela, é fazendo um estudo acerca das características e dos comportamentos destes clientes, para que a organização tenha as informações necessárias para que ela possa trabalhar em concordância com estes clientes analisados. Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo levar ao conhecimento do departamento do curso, as características da segmentação de mercado no qual estão inseridos os seus acadêmicos, para que se possa implementar estratégias de marketing com o objetivo de maximizar as oportunidades e minimizar as ameaças verificadas para aumentar a demanda de acadêmicos. A escolha pelo tema Análise da Segmentação de Mercado dos Acadêmicos dos cursos de Administração e Comércio Exterior da UNESC, no segundo semestre de 2009 para propor Estratégias de Marketing, tem como principal objetivo, analisar as características que compõe estes acadêmicos para que o departamento possa se valer destas informações. Na primeira parte do trabalho, será apresentado todo um estudo bibliográfico, baseado nas obras de autores que tratam dos assuntos que permeiam o tema. Em uma segunda etapa, serão apresentados os procedimentos metodológicos para a elaboração da pesquisa, que por sua vez possibilitará que as informações pretendidas com o trabalho sejam obtidas. Depois de apresentados, os resultados da pesquisa, será possível analisar as características dos acadêmicos que compõe o curso. Sendo que, posteriormente serão propostas estratégias de marketing com a finalidade mencionada anteriormente. 16 1.1 TEMA Análise da segmentação de mercado dos acadêmicos dos cursos de Administração e Comércio Exterior da UNESC, no segundo semestre de 2009 para propor estratégias de Marketing. 1.2 PROBLEMA Qual a composição da segmentação de mercado dos acadêmicos dos cursos de Administração e Comércio Exterior da UNESC no segundo semestre de 2009? 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Identificar as segmentações de mercado dos Acadêmicos dos cursos de Administração e Comércio Exterior da UNESC para propor estratégias de Marketing. 1.3.2 Objetivo Específico • Quantificar os acadêmicos dos cursos de Administração e Comércio Exterior da UNESC. • Identificar as características que compõem as segmentações de mercado dos Acadêmicos. • Analisar as características das segmentações de mercado dos Acadêmicos. • Desenvolver propostas de estratégias de Marketing para aumentar a demanda de acadêmicos. 17 1.4 JUSTIFICATIVA Atualmente, em um mundo marcado pela acirrada competição entre as organizações, e pelo oferecimento de produtos e serviços similares em sua essência, cada organização precisa encontrar um diferencial. Diferencial este que poderá vir a ser uma vantagem competitiva perante a concorrência. Em virtude desta realidade na qual se está inserido, se faz necessário conhecer o mercado no qual as empresas atuam. Pois dessa maneira, a empresa pode servir a esses consumidores de modo que estes tenham as suas necessidades atendidas. Deste modo, é oportuno o desenvolvimento do presente tema, pois uma organização que faça um estudo para conhecer as características da segmentação de seus clientes, servirá de embasamento para promover estratégias de marketing eficientes com o intuito de conhecer a realidade destes clientes e também visar aumentar a demanda por mais clientes. Diante disso, a Instituição poderá se valer das informações obtidas através da pesquisa realizada pelo acadêmico, e com isso, ampliar o seu conhecimento a respeito das características que compõe a segmentação de mercado dos seus acadêmicos. A elaboração da presente monografia é viável, pois as informações necessárias para elaborar a pesquisa serão obtidas através dos próprios acadêmicos do curso. Com relação à elaboração da fundamentação teórica, a bibliografia a respeito dos assuntos a serem abordados é extensa, dessa maneira, não será dificultoso o desenvolvimento dos assuntos que permeiam o tema. 18 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Os assuntos relacionados abaixo fazem-se necessários para uma melhor compreensão do tema proposto. Pois os fundamentos teóricos já estudados e pesquisados por outros autores, servirão de parâmetro para a execução deste trabalho. 2.1 FUNDAMENTOS DE MARKETING Em um processo de trocas, para que as partes ofereçam algo de valor que satisfaça desejos e necessidades de ambas, utiliza-se o Marketing para se chegar a essa finalidade. Para Giuliani (2006), o Marketing tem em sua essência um desenvolvimento de trocas, em que ambas as partes participam de forma voluntária de transações que irão trazer benefícios para ambos os lados. Existem diferentes definições para marketing, sendo que cada autor faz essa definição analisando o marketing sobre um prisma diferente. Conforme Zikmund (2006), o marketing é uma filosofia que enfatiza uma orientação para o consumidor e o lucro à longo prazo, também defende uma integração do marketing com outras funções da Organização. Mesmo com diferentes definições por parte dos autores, podemos observar que marketing é uma troca em que ambos os lados buscam alcançar aquilo que necessitam sempre tendo suas necessidades satisfeitas. Para Kotler (2000, p.30), “Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. De acordo com Churchill Jr. e Peter (2000), as metas individuais ou organizacionais serão alcançadas quando todo o processo de trocas é elaborado e concebido através de ações de marketing que começam com o estabelecimento do preço do produto e terminam com a distribuição do mesmo. Kotler et al.(1996, apud HOOLEY et al., 2005, p.5) nos diz que “O conceito de marketing afirma que a obtenção das metas organizacionais depende da determinação das necessidades e desejos de mercado-alvo e da entrega da 19 satisfação desejada com mais eficácia e eficiência que os concorrentes.” 2.1.1 Composto de Marketing O composto de marketing ou mix de marketing, como também é conhecido, é um conjunto de ferramentas que é utilizado pelas organizações para atingir os seus objetivos. McCarthy (2006, apud GIULIANI, 2006), definiu os 4 p’s do marketing como: produto, preço, praça e promoção. As decisões sobre como esse mix será utilizado, é indispensável para se alcançar os objetivos junto ao públicoalvo. Segue abaixo, a figura 01 ilustrando o composto de marketing. Figura 01 – Composto de Marketing Fonte: www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Marketing%20Mix.htm Giuliani (2006) nos diz que a interação dos 4 Ps do marketing é muito importante para a satisfação das necessidades do cliente-alvo. Cada uma das 4 ferramentas é idealizada para oferecer benefício ao cliente. Ainda baseado em Giuliani (2006), cada um dos 4 Ps de marketing têm a seguinte definição: Composto de produto: É o que é oferecido ao cliente, pode ser um produto ou serviço. Quando este item contiver as características as quais os clientes tinham expectativas, seja pela sua qualidade, ou pela força de sua marca, os benefícios esperados pelo consumidor serão alcançados. 20 Composto de preço: É um aspecto muito importante por se tratar da quantia em dinheiro que será dispendida para adquirir algum produto ou serviço. Uma situação favorável de custo-benefício, ou uma boa condição de pagamento, é um fator considerado pelo consumidor na hora de escolher entre diferentes ofertas. Composto de distribuição(praça): É a forma como os produtos ou serviços estarão disponíveis para serem entregues ao público para uma posterior negociação ou troca. Organizações com bons canais de distribuição, terão seus produtos entregues em momentos oportunos. Composto de promoção: É a forma como as ferramentas promocionais serão utilizadas para fixação da marca e convencimento dos clientes, quando estes estiverem em contato com tais ferramentas. Segundo Kotler (2000), é por meio do mix de marketing que a empresa irá interagir com o ambiente. As características que satisfaçam os gostos de diversos consumidores, serão atendidos através destas ferramentas, adaptando o mix de marketing para cada mercado-alvo. 2.1.2 Orientações tradicionais de Marketing. Acima foi definido o que é o marketing, assim como a sua importância para as organizações nos dias de hoje. Porém o marketing pode apresentar orientações diferentes quanto a sua filosofia, dessa maneira os esforços de marketing devem ser direcionados de acordo com a filosofia adotada. Orientação para a Produção: Para Kotler (2000), empresas voltadas para este tipo de orientação, concentram-se em proporcionar aos clientes produtos de baixo preço e que seja fácil a sua localização por parte dos consumidores. Sendo um tipo de orientação mais antigo e usado por empresas que desejavam expandir o seu mercado. Churchill Jr. e Peter (2000), dizem que é uma orientação com foco em produzir com uma maior qualidade e eficiência para que os consumidores venham até este produto, presumindo que sua qualidade seja suficiente para que se tenha uma alta demanda por ele. Churchill Jr. e Peter (2000, p.7) dizem que: Embora a orientação para a produção seja muito criticada por vários profissionais de marketing, há situações em que ela é apropriada. Por 21 exemplo, em mercados de alta tecnologia com mudanças rápidas, muitas vezes não há tempo suficiente para realizar pesquisas de marketing a fim de perguntar aos clientes o que eles querem. Em vez disso, tenta-se fabricar produtos superiores aos dos concorrentes e, depois, informar aos clientes sobre os benefícios decorrentes de comprar tais produtos. Orientação para vendas: De acordo com Kotler (2000), os consumidores não compram o suficiente de uma organização se eles não forem estimulados para isso. Diante de uma resistência por parte do público para adquirir algum produto ou serviço, os esforços de marketing tem que ser mais agressivos a fim de romper essa barreira. Toda empresa que tem uma produção muito grande e que a demanda por seus produtos ou serviços não está sendo proporcional, a orientação para vendas será uma maneira mais praticada. Conforme Churchill Jr. e Peter (2000), este tipo de orientação é balizada na lei da oferta e da demanda, quando a demanda por produtos ou serviços está sensivelmente abaixo da oferta, esta orientação será uma alternativa a romper esta barreira. Para Kotler (2000, p.40): A maioria das empresas pratica a orientação de vendas quando tem excesso de capacidade. Seu objetivo é vender aquilo que fabrica, em vez de fabricar aquilo que o mercado quer. Em economias industriais modernas, a capacidade produtiva aumentou até o ponto em que a maioria dos mercados é de compradores [...] Como resultado, o público frequentemente identifica marketing com venda e propaganda agressivas. Orientação para Marketing: Conforme Churchill Jr. e Peter (2000), este tipo de orientação depende da elaboração de produtos ou serviços que satisfaçam as necessidades dos clientes. E nesta característica que se dá a própria definição de marketing, que é de satisfazer as necessidades dos clientes a fim de alcançar o lucro e os objetivos da organização. Para Kotler (2000), a orientação para marketing começa estabelecendose um mercado-alvo, prestando atenção às necessidades dos clientes, implementando esforços de marketing e obtendo lucros através de clientes satisfeitos. Churchill Jr. e Peter (2000, p.10) dizem que: Embora uma orientação para marketing seja valiosa, tem suas limitações. [...] ela dá às organizações pouca orientação sobre como satisfazer os clientes, como competir com outras empresas e como executar atividades de marketing coerentes com essas organizações. 22 2.1.3 Definição de valor para o cliente O valor para o cliente não deve ser confundido com valor monetário, pois nem sempre o preço será uma premissa básica na hora de adquirir uma mercadoria ou um serviço. Para Giuliani (2006), o valor para o cliente é uma relação dos benefícios que determinado bem ou serviço possa trazer, com o sacrifício necessário para alcançar esses benefícios. Mercadorias e serviços são valorizados pelos clientes quando o preço que eles podem pagar, resultar em uma mercadoria ou serviço de qualidade satisfatória para eles. O cliente na hora de decidir entre ofertas diferentes, ele irá optar pela aquela que atenda a sua expectativa de valor. Conforme Kotler (2000, p.56), “Eles formam uma expectativa de valor e agem com base nela. A probabilidade de satisfação e repetição da compra depende de a oferta atender ou não a essa expectativa de valor”. Segue abaixo a figura 02, exemplificando a entrega de valor ao cliente. Figura 02 - Determinantes do valor entregue aos clientes Fonte: Kotler (2000, p.57). Adaptado por Morais (2009) 23 Churchill Jr. e Peter (2000, p.21) dizem que: O valor para o cliente é a diferença entre as percepções do cliente quanto aos benefícios e quanto aos custos de comprar e usar produtos e serviços. Os benefícios típicos para o cliente são funcionais, sociais, pessoais e experimentais. Os custos típicos para o cliente são monetários, temporais, psicológicos e comportamentais. 2.2 AMBIENTE DE MARKETING O ambiente de marketing pode oferecer oportunidades e ameaças, cabe às empresas a constante observação do mercado e a contínua adaptação para as mudanças que acontecem ao nosso redor. Churchiil Jr. e Peter (2000), dizem que os profissionais da área de marketing têm que estudar às partes que compõe o ambiente externo. As informações colhidas com estes estudos podem servir para que se identifiquem os melhores caminhos a serem seguidos. Assim como às ameaças, podem ser identificadas, a fim de preservar a vantagem competitiva perante outras organizações. Para Kotler (2000), é de responsabilidade dos profissionais da área de marketing de uma empresa, identificar as mudanças mais representativas no ambiente externo. Pois é este ambiente que vai nos fornecer os dados necessários do desenrolar das sequências de eventos que podem mostrar a direção correta a ser seguida. Kotler (2000, p.177) diz ainda que: Muitas oportunidades são encontradas identificando-se tendências (direções ou sequências de eventos que têm determinados impulso e duração) e megatendências (importantes mudanças sociais, econômicas, políticas e tecnológicas que têm influência durante muito tempo). 2.2.1 Ambiente Econômico Conhecer o ambiente econômico no qual estão inseridos os clientes é de fundamental importância para os profissionais da área de marketing. Para Las Casas et al. (2001, p.127): A demanda pelos produtos é respaldada pelo poder de compra dos consumidores, e este deriva das condições e das tendências da economia. Um país em recessão impõe uma redução ao dinheiro disponível, afetando 24 o poder aquisitivo do mercado comprador. Conforme Churchill Jr. e Peter (2000), o estudo deste ambiente permite que os profissionais de marketing tenham condições de saber se os clientes têm a condição de dispender recurso financeiro para obtenção de algum produto ou serviço. Tendo a consciência que todos nós estamos sujeitos aos ciclos de negócios, onde ocorrem períodos de alta na economia até períodos de estagnação, onde os consumidores diminuem os seus gastos por medida de economia. Segue abaixo a figura 03, demonstrando um ciclo de negócios. Figura 03 – Padrão básico de um ciclo de negócios Fonte: Churchill Jr e Peter (2000, p.29). Adaptado por Morais (2009) De acordo com Kotler (2000, p. 167) acerca de ambiente econômico: Para que existam mercados é preciso que haja pessoas e poder de compra. O poder de compra em uma economia depende da renda, dos preços, da poupança, do endividamento, e da disponibilidade de crédito. Os profissionais de marketing devem estar atentos às principais tendências na renda e nos padrões de consumo. 25 2.2.2 Ambiente Natural Sendo a questão ambiental de extrema preocupação mundial, os profissionais de marketing têm que estar atentos às ameaças e as oportunidades que o meio ambiente pode proporcionar. Pois em uma época em que a tônica é a preservação da natureza, organizações comprometidas com uma política ambiental, respeitando os cuidados necessários com a natureza, poderão gozar de uma boa imagem perante a sociedade. (KOTLER, 2000). De acordo com Las Casas et al. (2001, p.129): As questões climáticas são as primeiras relacionadas com a natureza e que têm relação com o desempenho das empresas. O calor, o frio, as chuvas e outros fenômenos da natureza podem prejudicar ou facilitar a venda e as condições de comercialização de produtos. Churchill Jr. e Peter (2000, p.52) dissertam sobre o ambiente natural: As práticas de marketing que demonstrem cuidado com o ambiente natural podem melhorar a imagem da organização aos olhos dos clientes, regulamentadores e do público em geral. Esse marketing, chamado de marketing verde, pode incluir estratégias não-agressivas ao ambiente para cada elemento do composto de marketing. 2.2.3 Ambiente Demográfico Conforme Kotler (2000), uma força macroambiental muito importante de ser analisada é a população. Sendo formada por pessoas, a população pode ao longo dos anos, sofrer variações em diversos índices que a compõe. Esta população pode variar de tamanho, mudar a distribuição e a composição de suas faixas etárias, características regionais, e movimentos migratórios internos muito intensos que podem modificar sensivelmente a base da estrutura populacional. Churchill Jr. e Peter (2000) falam que os profissionais de marketing poderão identificar mais facilmente o seu mercado-alvo e melhor trabalhar em função dele, se eles tiverem as informações necessárias a respeito das características das pessoas que compõe esta população. Conforme Las Casas et al. (2001, p.129): As características demográficas da população são fatores preponderantes na determinação das estratégias de marketing das empresas. Saber seu tamanho (quantidade total de pessoas) e a taxa de crescimento, a faixa etária, a concentração por sexo e classe social é o básico necessário para identificar quantos, quem são, como são e onde estão os consumidores a serem satisfeitos. 26 2.2.4 Ambiente Tecnológico Churchill Jr. e Peter (2000) afirmam que as organizações precisam acompanhar as mudanças tecnológicas para que elas não se tornem uma ameaça. Através do conhecimento científico e pesquisas para desenvolvimento ou aperfeiçoamento é que os produtos ou serviços poderão ser melhorados, e conseqüentemente o valor oferecido aos clientes será otimizado. Kotler (2000) disserta que a tecnologia é uma das principais variáveis externas que modifica a vida das pessoas, e que ao longo dos anos gerou inúmeras descobertas, nas mais diversas áreas do conhecimento humano, que acabou por trazer conseqüências que muitas vezes não se pode prever. Portanto os profissionais de marketing devem ficar atentos ao alucinante ritmo de mudanças tecnológicas, às múltiplas possibilidades de aperfeiçoamento de produtos e as pesquisas e desenvolvimento. Las Casas et al. (2001, p.128) diz que: “A evolução tecnológica é um fator determinante para as relações de mercado. Os consumidores podem ter suas necessidades atendidas de maneiras inovadoras, em razão do novo recurso tecnológico que se apresenta.” 2.2.5 Ambiente Político-Legal De acordo com Kotler (2000), a prática dos negócios e por conseqüência as decisões de marketing são afetadas por leis e também por mudanças na legislação. Muitas vezes as leis criam oportunidades de negócios que até então não eram praticados por não estarem regulamentados por nenhuma lei. Kotler (2000, p.174) diz ainda que “Os profissionais de marketing precisam ter um bom conhecimento de como funcionam as principais leis que protegem a concorrência, os consumidores e a sociedade.” Conforme Las Casas et al. (2001), a administração mercadológica é afetada por diferentes políticas governamentais, que acabam influenciando também a sociedade no que diz respeito às condições de adquirir algum produto ou serviço. Pelo fato das leis serem elaboradas por políticos, estes por sua vez, podem ter algum interesse econômico que lhes tragam algum benefício. Churchill Jr. e Peter (2001, p.30) dizem que: 27 As leis e regulamentações cobrem muitas atividades de marketing, entre elas teste de produtos, embalagem, política de preços, propaganda e venda para menores. Essa submissão ao sistema legal pode tanto limitar as atividades de marketing como ser uma fonte de oportunidades para as organizações que fornecem bens e serviços. 2.2.6 Ambiente sócio-cultural Conforme Kotler (2000), as crenças e valores são moldados inconscientemente pela sociedade na qual se está inserido. Portanto alguns fatores próprios das pessoas, tais como: tudo o que se pensa de nós mesmos, das outras pessoas, das organizações, da sociedade, da natureza e do universo. Com isso, os profissionais de marketing precisam estar atentos as mais variadas diferenças, compreendendo essas diferentes visões e elaborando produtos ou serviços que irão satisfazer os valores centrais e atender necessidades diferentes que existem dentro de uma mesma sociedade. De acordo com Las Casas et al. (2001, p.129): Os valores sociais e culturais moldam a maneira pela qual as pessoas entendem o mundo e como se relacionam entre si. Tais valores diferem de cultura para cultura de devem ser cuidadosamente entendidos, para serem assimilados pelas estratégias de marketing das empresas. Churchill Jr. e Peter (2000, p.37) afirmam que: O ambiente social do marketing é constituído pelas pessoas de uma sociedade e seus valores, crenças e comportamentos. Os profissionais de marketing descrevem esse ambiente de acordo com quem são as pessoas (idade, renda, cidade natal etc.) e com as características de sua cultura. Mudanças no ambiente social, sejam elas sutis ou drásticas, podem apresentar aos profissionais de marketing novas oportunidades e desafios. 2.3 SEGMENTAÇÃO DE MERCADO Para Giuliani (2006), segmentar um mercado é quando um grupo de consumidores com características e necessidades semelhantes são reunidos e tratados como iguais. Dessa forma, o composto de marketing é direcionado para subconjuntos homogêneos de clientes. Weinstein (1995 apud GIULIANI, 2006), diz que segmentação é um processo de dividir mercados em grupos potenciais com características semelhantes, que em conseqüência apresentarão comportamento de compra semelhante. 28 Kotler (2000), admite que a segmentação de mercado é a parte essencial da estratégia de marketing, e deve ser orientado, não para possibilidades de produtos diferentes, mas para os diferentes interesses e necessidades dos clientes. O marketing de segmento oferece muitos benefícios, pois um produto ou serviço pode ser direcionado ao seu mercado-alvo, com o preço adequado à realidade deste público. Kotler (2000, p.278) expõe que “a segmentação é uma abordagem que fica entre o marketing de massa e o marketing individual. Supõe-se que compradores de determinado segmento tenham preferências e necessidades muito similares”. De acordo com Churchill Jr. e Peter (2000, p.204): Segmentação de mercado é o processo de dividir um mercado em grupos de compradores potenciais que tenham semelhantes necessidades e desejos, percepções de valores ou comportamentos de compra. Os indivíduos ou organizações em cada grupo - ou segmento - do mercado podem responder de maneira semelhante a uma determinada estratégia de marketing. As empresas usam as informações para decidir a quais segmentos de mercado podem atender de forma mais lucrativa, enquanto as organizações sem fins lucrativos usam-nas para ser mais eficientes no alcance de suas metas [...]. 2.3.1 Segmentação Geográfica Para Kotler (2000), o mercado a ser explorado é dividido em diferentes unidades geográficas. A organização pode atuar em todas essas diferentes divisões, ou apenas em algumas. Porém sempre estudando as variações entre cada lugar. “A segmentação geográfica pode ser uma variável útil, especialmente para operações de marketing de médio ou pequeno alcance geográfico, que não visam cobrir um mercado muito disperso.” (HOOLEY et al., 2005, p.205) Conforme Churchill Jr. e Peter (2000), na segmentação geográfica o mercado é dividido em grupos conforme a sua localização, ou de acordo com outros critérios geográficos. Profissionais que atendem mercados globais, encontram na segmentação geográfica uma aliada à atender as necessidades características de uma certa região, e com isso identificar as diferenças entre regiões. Já no mercado nacional, esta segmentação pode ser mais particularizada ainda, segmentando um estado, município ou até bairros. De acordo com Sandhusen (2003, p.244): Os critérios geográficos se voltam à localização dos possíveis mercadosalvo e as características distintas associadas a cada localidade. Os gerentes de marketing podem focalizar uma única área ou muitas áreas, dependendo 29 de considerações como o tamanho de cada área geográfica e o custo para atendê-la. Se mais de uma área for selecionada, as ofertas podem ser confeccionadas de acordo com as naturezas e necessidades diferentes entre elas. 2.3.2 Segmentação Demográfica Conforme Kotler (2000), o mercado é dividido com base nas características da população. Ex: idade, sexo, rendimento, escolaridade, ocupação e religião. Este tipo de segmentação é a base para se diferenciar grupos de clientes. Pois são nas variáveis demográficas que se encontram os comportamentos de utilização de um produto ou serviço. Sandhusen (2003, p.244) diz que: Critérios demográficos referem-se a medidas de estados da pessoa, como idade, sexo, tamanho familiar, fase do ciclo de vida familiar, renda, ocupação e nacionalidade. Tudo pode ser utilizado para identificar e definir mercados-alvos e para criar ofertas atraentes para cada segmento”. Churchill Jr. e Peter (2000, p.209) dizem que: A maneira mais comum de segmentar mercados de consumo é usar a segmentação demográfica, que envolve dividir o mercado com base em características da população. Essa abordagem segmenta os consumidores de acordo com variações como sexo, idade, raça ou etnia, nível de renda, ocupação, nível de instrução e tamanho da composição da família [...]. 2.3.3 Segmentação Psicográfica De acordo com Kotler (2000), é uma divisão que leva em conta como os indivíduos conduzem a sua vida. Ex: estilo de vida, personalidade e valores. Indivíduos inseridos em uma mesma segmentação demográfica podem estar em segmentações psicográficas distintas. Conforme Churchill Jr. e Peter (2000), para os profissionais de marketing captar o que realmente pensam os consumidores, adotam-se a abordagem psicográfica. Nesta abordagem, são mensurados os estilos de vida dos consumidores, que nada mais é a forma como cada pessoa conduz a sua vida. Abrangendo as atividades, os interesses e as opiniões. E usando esta segmentação com base na personalidade do comprador, os profissionais de marketing podem diferenciar os consumidores de acordo com a sua atitude diante de um produto novo e a disposição para testá-lo. 30 Sandhusen (2003, p.244), “Critérios psicográficos são estados mentais variáveis que têm uma influência direta no comportamento do comprador. Incluem a classe social, os valores, a personalidade e o estilo de vida, medidos por instrumentos tais como as pesquisas AIO (atitude, interesse, opinião) [...]” Lamb et al. (2004, p.216), sobre segmentação psicográfica fala que: Idade, sexo, renda, estágio no ciclo de vida da família e outras variáveis demográficas, são normalmente úteis no desenvolvimento de estratégias de segmentação, mas frequentemente não mostram todo o cenário. A demografia fornece o esqueleto, mas a psicografia acrescenta carne aos ossos. 2.3.4 Segmentação Comportamental Conforme Kotler (2000), o mercado é dividido em grupos de acordo com o conhecimento que estes têm em relação a um produto ou serviço. Os clientes são classificados principalmente de acordo com as expectativas que buscam em relação a um produto. Para Dias (2003), este tipo de segmentação é chamado segmentação por grau de utilização. A freqüência de compra dos consumidores serve como base para dividir o mercado de acordo com o nível de consumo. Com este tipo de segmentação a organização obterá melhores resultados, pois poderá alocar seus esforços de marketing de maneira mais eficiente uma vez que se tenha o conhecimento de quais consumidores compram com uma freqüência maior. Sandhusen (2003, p.245), “Critérios comportamentais definem grupos de mercados-alvo em termos de como os membros do mercado se comportam como consumidores diante de uma oferta de um vendedor (por exemplo, a freqüência com qual eles a utilizam, o grau de lealdade para com ela e os benefícios que buscam)”. Churchill Jr. e Peter (2000), falam que: Muitos aspectos do comportamento do comprador organizacional podem servir como base para a segmentação. Exemplos importantes incluem a segmentação baseada na lealdade a um fornecedor específico, o tamanho médio de cada compra feita pelo comprador, a freqüência de uso da organização e a importância que compradores organizacionais dão a atributos particulares do produto. 31 2.4 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Como já foi dito anteriormente, as empresas têm que conhecer os seus clientes para assim poderem oferecer o que eles realmente desejam. Entendendo o seu cliente, uma Organização dá um grande passo para buscar uma vantagem sobre sua concorrência. Silk (2008), diz que com a velocidade que ocorre às transformações no mundo nos dias de hoje, os administradores precisam reavaliar e mudar velhos pensamentos que se tinham com relação ao que se supunha saber de seus clientes. Pois com a dinâmica do mundo, as pessoas mudam de conceitos e opiniões muito rapidamente. Em conseqüência desta situação, o conhecimento que se tem sobre o mercado está em constante evolução. Karsaklian (2004), diz que pelo fato de o consumidor ser dotado de personalidade própria, as suas preferências com relação a algum produto são diferentes. Pois cada indivíduo tem uma idéia daquilo que ele acha mais importante para si. Dessa maneira, algumas estratégias de marketing implantadas pelas empresas para atrair a atenção de consumidores, não surtem o efeito desejado, pois cada consumidor assimila e interage com essas estratégias à sua própria maneira. Contudo, o indivíduo sendo um ser social, o seu comportamento também é influenciado pela sociedade que o cerca. Diariamente, os integrantes desta sociedade na qual ele está inserido exercem uma pressão, que acaba por moldar o comportamento à maneira desta sociedade. Silk (2008) enumera alguns equívocos que os administradores cometem em uma análise dos consumidores: -Experiências próprias servindo de parâmetro para o mercado. -Mudança no comportamento do consumidor sendo tratada de uma forma isolada, ao invés de uma série de fatores. -Utilização de pesquisas que foram úteis no passado, e não estão mais adaptadas para a realidade contemporânea. -Não julgam necessário compreender os motivos das mudanças do comportamento do consumidor. Karsaklian (2004, p.14), diz que: 32 [...] a sociedade na qual vive o consumidor não existe no vácuo e está, ela mesma, inserida em algo mais amplo e também padronizador comportamental que conhecemos pelo nome de cultura. A cultura vai determinar as normas e os valores que devem ser seguidos e respeitados pelos indivíduos, o que significa que, de uma cultura para outra, diferenças de comportamento com relação aos mesmos objetos são facilmente verificadas. 2.4.1 Tipos de Clientes Conforme Miriam Bretzke (2003 apud DIAS, 2003), o cliente possui dois tipos de participação no papel de compra: direta e indireta. • Cliente direto: è aquele que tem participação decisiva na compra do produto. Dentre vários papéis, ele pode assumir o de: especificador, decisor, comprador e o usuário. O cliente especificador é aquele que tem um conhecimento detalhado sobre algum produto. O decisor é aquele que dá a última palavra com relação à aquisição de algum produto ou serviço. O cliente comprador é o indivíduo que efetivamente dispende recurso financeiro para a compra. Já o cliente usuário é a pessoa mais interessada nos benefícios ou no prazer de possuir algum produto ou serviço. • Cliente indireto: é aquele que sua opinião tem relevância e influencia na compra de um produto ou serviço. Temos os papéis de iniciador e influenciador. O iniciador terá a idéia da compra do produto ou serviço. Já o influenciador afeta na decisão de compra de maneira significativa pois ele pode ser um membro da família ou pertencer ao um grupo de amigos. 2.4.2 O Processo de compra do consumidor Conforme Kotler (2000), os profissionais de marketing devem visualizar além das aparentes influencias sobre os consumidores quando estes têm uma decisão de compra. Eles têm de buscar o entendimento de como os estímulos do ambiente em que está cercado o consumidor, age na mente deste até a hora da decisão de compra. Para Sandhusen (2003), o ponto importante para compreender melhor o comportamento dos consumidores, é compreender que um comportamento de compra é influenciado por variáveis de ordem interior e exterior ao indivíduo. 33 Churchill Jr. e Peter (2000) dizem que: Para compreender por que os consumidores compram certos produtos e marcas em vez de outros, os profissionais de marketing estudam seu comportamento – as atividades de troca de uma pessoa e como elas são afetadas por várias forças. Essas forças são influências sociais, de marketing e situacionais. 2.4.3 Fatores Internos de Influência na compra Estes fatores internos são de ordem psicológica. De acordo com Kotler (2000, p.193) “As escolhas de compra de uma pessoa são influenciadas por quatro fatores psicológicos predominantes – motivação, percepção, aprendizagem e crenças e atitudes.” 2.4.3.1 Motivação Conforme Kotler (2000), a motivação é uma conseqüência de uma necessidade que um indivíduo está sentindo. Necessidade esta, que pode ser de ordem física ou psicológica. Quando esta necessidade passa a ter uma amplitude e provoca no indivíduo um desconforto, este por sua vez, usa-a como um estímulo. De acordo com Churchill Jr. e Peter (2000) para que os profissionais de marketing possam atender aos consumidores, eles em primeiro lugar têm que compreender os impulsos pessoais destes, que é a motivação de cada indivíduo. Sandhusen (2003, p.197) afirma que: Um motivo, ou tendência, é uma necessidade estimulada que um indivíduo procura atender. Até que seja satisfeito – ou, ao contrário, eliminado --, continuará gerando uma tensão incômoda. [...] As atividades de marketing podem ser vistas como uma forma tanto para estimular motivos(para sentir a necessidade de um computador) como para satisfazer motivos(fazer uma oferta que atenda essa necessidade, a qual o comprador não possa recusar). Churchill Jr. e Peter (2000, p.147) dizem que “O psicólogo Abraham Maslow afirmou que o que motiva as pessoas a agir são as necessidades não atendidas e que as pessoas satisfazem certas necessidades básicas antes de se sentir altamente motivadas a satisfazer outras.” 34 Figura 04 – Hierarquia das necessidades de Maslow Fonte: www.portaldaadministracao.org 2.4.3.2 Percepção Para Kotler (2000) a percepção é característica individual das pessoas, pois temos diferentes percepções de uma mesma situação, produto ou serviço que nos são expostos. O ambiente no qual se está inserido e o estado de espírito de cada um, é o que vão diferenciar percepções entre as pessoas. De acordo com Sandhusen (2003, p.198) “Percepção é o processo pelo qual as pessoas obtêm significado a partir da seleção, organização e interpretação de estímulos interiores (como um sentimento de frustração) ou do ambiente externo (como uma propaganda de sistemas de computador MP)”. 2.4.3.3 Aprendizagem Kotler (2000), afirma que através das experiências vivenciadas pelas pessoas, com relação a um produto ou serviço, é que os consumidores irão associar esta experiência a uma lembrança boa ou ruim. E quando deparado novamente com uma mesma marca que já se tenha um conhecimento a respeito, o comportamento diante desta marca irá ser de acordo com o impulso que se teve com a experiência já vivenciada. 35 Conforme Lamb et al. (2004), a aprendizagem cria no consumidor, através de experiências vividas, alterações no seu comportamento de compra. Esta aprendizagem pode ocorrer de duas formas distintas. Na maneira experimental, é quando uma experiência acerca de determinado produto ou serviço, muda a maneira de cada pessoa pensar. E na forma conceitual é quando já se está pré-disposto a algum impulso perante um novo produto ou serviço, por que absorveu-se de alguém uma idéia pré-concebida, mesmo sem ter experimentado. Kotler (2000, p.196) ressalta ainda que “A teoria da aprendizagem ensina aos profissionais de marketing que eles podem criar demanda para um produto associando-o a fortes impulsos, usando sinais motivadores e fornecendo reforço positivo.” 2.4.3.4 Crenças e Atitudes A crença é uma certeza que se tem a respeito de alguma coisa. Conforme Kotler (2000, p.196), “As crenças podem ter como base conhecimento, opinião ou fé. Elas podem ou não conter uma carga emocional. Naturalmente, os fabricantes se interessam muito pelas crenças que as pessoas têm a respeito de seus produtos e serviços.” Lamb et al. (2004, p.164) diz que “Uma crença é um padrão organizado de conhecimento em que o indivíduo se baseia para definir o que é verdadeiro sobre o mundo.” E atitude, conforme Churchill Jr. e Peter (2000), é um julgamento que o consumidor faz a respeito de determinado produto ou serviço. É uma forma de mensurar a satisfação demonstrada pelos consumidores com relação a um produto ou serviço. Lamb et al. (2004), a respeito de atitude, fala que é uma disposição que o indivíduo aprende para se portar diante de um objeto ou marca que lhe está sendo oferecido. E a maneira como cada pessoa responderá a essas marcas, está ligada aos conjuntos de valores que cada pessoa carrega consigo. Sandhusen (2003, p.198) afirma que: Atitudes são tendências relativamente estáveis para perceber ou agir de forma consistente diante de produtos ou tipos de produtos. Elas são formadas ou ajustadas pelo que se aprende com familiares, companheiros e 36 outros grupos sociais; pela informação recebida e pelo comportamento anterior. [...] 2.4.4 Fatores Externos de Influência na compra Como foi visto no capítulo anterior, além dos fatores influenciadores internos, que exercem um grande controle nas nossas decisões perante a aquisição de um produto ou serviço, existem também os fatores externos de influência. Lamb et al. (2004) diz que: Fatores culturais, que incluem cultura e valores, subcultura e classe social, exercem a mais ampla influência sobre o consumidor. Aos fatores sociais somam-se as interações sociais entre um consumidor e [...] grupos de referência, líderes de opinião e membros da família. 2.4.4.1 Família De acordo com Churchill Jr. e Peter (2000), a família é um dos maiores influenciadores dos consumidores, o que leva os profissionais de marketing, em algumas situações, a medir as famílias como residências e não o número de indivíduos para se medir o gasto com determinado produto. Tudo isto por causa da harmonia de comportamento de consumo que ocorre quando se vive em família. Kotler (2000, p.187), diz que “A família é a mais importante organização de compra de produtos de consumo na sociedade e tem sido exaustivamente estudada. Os membros da família constituem o grupo de referência primário mais influente.” Lamb et al. (2004, p.152) afirma ainda que: A família é a mais importante instituição social para muitos consumidores, influenciando fortemente os valores, o autoconceito – e o comportamento de compra. [...] Além disso, a família é responsável pelo processo de socialização, a transmissão de valores e normas culturais para as crianças. As crianças aprendem observando os padrões de consumo de seus pais e, dessa forma, tenderão a comprar em um padrão similar. 37 2.4.4.2 Classe social Para Kotler (2000), as classes sociais são divisões praticamente homogêneas da sociedade. Indivíduos que fazem parte de uma mesma classe social, não são apenas semelhantes com relação à renda dos integrantes. Pois também compõe características de classes sociais, o grau de instrução dos seus integrantes e também o local onde possui residência. De acordo com Churchill Jr e Peter (2000), a sociedade consumidora está dividida em diferentes classes sociais, na qual os cidadãos são distribuídos de acordo com o seu poder aquisitivo e também pela sua valorização perante a sociedade. E o modo mais seguro de distribuir os indivíduos por classes é através da ocupação de cada um. Eles ainda dissertam dizendo que essas diferenças entre as pessoas quanto as suas classes, reflete-se na maneira de suas preferências na hora da compra. Portanto, se os profissionais de marketing escolher trabalhar para uma classe específica, eles poderão desenvolver idéias ou produtos, levando em consideração as características desta. Lamb et al. (2004, p.147) diz que: Os profissionais de marketing estão interessados nas classes sociais por dois motivos principais. Primeiro, a classe social indica que mídia utilizar para a publicidade. [...] Segundo, saber que produtos atraem que classes sociais pode ajudar os profissionais de marketing a determinar onde é preferível distribuir seus produtos. 2.4.4.3 Grupos de referência Conforme Lamb et al. (2004), quando um indivíduo está com dúvidas sobre a aquisição de um produto ou serviço, ele procura ouvir as idéias de alguém com quem ele conviva, para consentir com a sua decisão. Grupos de referência são grandes influenciadores do comportamento de compra dos indivíduos. Pois muitas vezes as pessoas adquirem algo para se identificar ou fazer parte de um grupo. Kotler (2000) afirma que os consumidores sofrem influências dos grupos de referência, influências estas que podem ser diretas ou indiretas. As diretas se caracterizam por serem aqueles grupos mais próximos das pessoas, como a família, os amigos, vizinhos e colegas de trabalho. Já as influências indiretas são aqueles grupos que não têm a mesma gama de interação com esses indivíduos, como sindicatos, associações religiosas, comunitárias e outros grupos. 38 De acordo com Churchill Jr. e Peter (2000, p.161), “Os grupos de referência têm maior impacto quando os consumidores não estão familiarizados com um produto e acham o grupo de referência particularmente confiável ou atraente, como no caso de amigos.” 2.4.4.4 Cultura Para Kotler (2000), o mais importante fator que determinará o comportamento do consumidor é a cultura. Pois desde as primeiras fases da vida, se adquiri através da família, os valores e as características comportamentais que moldarão o comportamento das pessoas e a forma de se socializar. Lamb et al. (2004, p.138), afirma que: Os elementos subjacentes de cada cultura são os valores, idioma, mitos, costumes, rituais, e leis que moldam o comportamento da cultura, assim como os objetos ou produtos desse comportamento, à medida que eles são transmitidos de uma geração para outra. 2.5 PLANEJAMENTO DE MARKETING De acordo com Churchill Jr. e Peter (2000), para que o marketing tenha sucesso, é necessário que se tenha um planejamento adequado. Planejamento este que requer a elaboração de objetivos de longo prazo para que no final do processo, o cliente tenha o valor recebido e a organização o lucro que se esperava. O desenvolvimento de um planejamento de marketing é parte da administração mercadológica. Sendo que os responsáveis para a execução fazem uma análise de custo e benefício depois de uma análise do ambiente de marketing. Conforme Mcdonald (2008, p.18) sobre planejamento: [...] o planejamento de marketing é simplesmente uma sequência lógica e uma série de atividades que levam a determinação de objetivos de marketing e à formulação de planos para atingi-los. [...] Em termos conceituais, esse processo é muito simples e envolve uma revisão da situação, a formulação de algumas premissas básicas, determinar objetivos para o que está sendo vendido e para quem, decidir como os objetivos serão atingidos e programar e custear as ações necessárias para a implementação. Churchill Jr. e Peter (2000, p.87) dizem ainda que, “O planejamento estratégico começa quando a administração usa informações sobre o ambiente 39 externo e os pontos fortes e fracos da própria empresa para desenvolver uma visão de longo prazo dos rumos que a organização deve tomar – a missão.” 2.5.1 Importância de um planejamento de marketing Conforme Victoria Jones (2003 apud DIAS, 2003), os principais interessados em um plano de marketing são as pessoas que trabalham nas organizações, pois o trabalho delas será direcionado para que todos os departamentos ajam com sinergia com relação às estratégias a serem adotadas. Este plano deve fornecer as informações necessárias e as direções corretas a serem seguidas, para que a equipe de marketing consiga alcançar o que se propôs como objetivos. Hooley et al. (2005), diz que quando um plano de marketing é bem elaborado, ele ajudará os profissionais de marketing da organização a reconhecer onde concentrar o seu trabalho e ainda aproveitar melhor o que o mercado tem a oferecer. Com isso, será possível mensurar a performance que estes profissionais tiveram quando compara-se com os objetivos previamente propostos. Ainda sobre a importância de um planejamento, Dias (2003, p. 478): O plano de marketing é utilizado, juntamente com o plano de negócios, para atrair investidores para a empresa, para persuadir empresários importantes a se tornarem parceiros da empresa e para que o departamento de marketing consiga os recursos financeiros e pessoais necessários para alcançar os seus objetivos. Ele é também utilizado pelo gerente de marketing para conseguir cooperação e compromentimento da equipe de marketing (apesar de que o ideal é que os membros de sua equipe participem da criação do plano). De acordo com Las Casas (2006, p.20) “[...] O processo de planejamento toma forma no momento em que o administrador escreve o plano. Por isso mesmo, diz-se que um bom plano não valida uma idéia de marketing, mas uma boa idéia de marketing é validada com um bom plano.” 2.5.2 Análise de mercado (Swot) Para Kotler (2000), a análise Swot é uma avaliação das variáveis que incidem em um negócio. A palavra Swot é uma sigla em inglês para as palavras: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. 40 De acordo com Hooley et al. (2005), a análise SWOT identifica fatores externos e internos que acabam influenciando a organização e seus mercados de atuação. Com isso a concepção de uma estratégia de marketing pode ser auxiliada quando nós contrapomos as variáveis externas (oportunidades e ameaças), com as variáveis internas (forças e fraquezas). Em consequência disso, os pontos fortes podem ser melhores aproveitados e os pontos fracos, resguardados perante a ação do mercado ou da concorrência. Mcdonald (2008, p.34) diz que: Uma análise SWOT é um resumo da auditoria sob os títulos forças(strengths) e fraquezas (weaknesses) relacionadas às oportunidades (oppurtunities) e ameaças (threats) externas. Deve ser realizada uma análise SWOT para cada segmento considerado importante para o futuro da empresa. 2.5.2.1 Variáveis externas (oportunidades e ameaças) Conforme Las Casas (2006), qualquer organização só existe em virtude de seu ambiente externo, e têm de estar constantemente se adaptando às mudanças e enfrentando condições desfavoráveis para o seu desenvolvimento. Tudo o que está ao redor de uma organização e interage com ela, compõe o ambiente externo de mercado. Ainda segundo Las Casas (2006, p.58), as seguintes variáveis formam o ambiente empresarial: • econômicas; • demográficas; • sociais; • culturais; • tecnológicas; • políticas; • legais De acordo com Kotler (2000), quando as necessidades de um determinado segmento de clientes são atendidas pelas empresas, e estas fazendo isso de maneira rentável, estarão aproveitando as oportunidades. Oportunidades estas que podem ser medidas de acordo com a possibilidade de êxito e também com sua atração para determinado fenômeno. 41 Para Hooley et al. (2005, p.30): Oportunidades são criadas por mudanças fundamentais que estão ocorrendo (como, por exemplo, o aumento da conscientização com a saúde e seu impacto nos hábitos alimentares) no mercado ou pela incapacidade da concorrência em atender às necessidades existentes. Abaixo segue a figura 05 para exemplificar: Probabilidade de sucesso Alta Baixa 1 2 3 4 Alta Atratividade Baixa Matriz de Oportunidades 1- A empresa desenvolve um sistema de iluminação mais poderoso 2- A empresa desenvolve um dispositivo para medir a eficiência energética de qualquer sistema de iluminação. 3- A empresa desenvolve um dispositivo para medir níveis de iluminação. 4- 05: A empresa um software para ensinar fundamentos de iluminação para o pessoal Figura Matriz dedesenvolve Oportunidades Fonte: Kotler (2000).deAdaptado de estúdios televisãopor . Morais (2009). Figura 05: Matriz de oportunidades Fonte: Kotler (2000, p.99). Adaptado por Morais (2009) Conforme Hooley et al. (2005), as ameaças começam quando empresas não percebem as mudanças que os mercados passam, e desta forma, ela fica incapacitada de acompanhar e agir perante das circunstâncias da dinâmica de mercado. De outra maneira, quando o equilíbrio do mercado é alterado em favor da concorrência, e a organização fica incapaz de alterar este desequilíbrio. Kotler (2000, p.99) acerca de ameaças fala que, “Uma ameaça ambiental é um desafio imposto por uma tendência ou desenvolvimento desfavorável que levaria, na ausência de uma ação de marketing defensiva, à deterioração das vendas e dos lucros.” Já de acordo com Churchill Jr. e Peter (2000, p.92), “As ameaças podem incluir concorrentes novos ou mais fortes, novas leis limitando as atividades da 42 empresa ou uma mudança nos desejos e preferências dos clientes que o afaste dos produtos da empresa.” Abaixo segue a figura 06 para exemplificar: Probabilidade de ocorrência Alta Alta Baixa 1 2 3 4 Gravidade Baixa Matriz de Ameaças 1- Um concorrente desenvolve um sistema de iluminação superior. 2- Depressão econômica forte e prolongada. 3- Altos custos. 4- Legislação reduz o número de licenças para estúdios de televisão. Figura 06: Matriz de ameaças Fonte: Kotler (2000, p.99). Adaptado por Morais (2009) 2.5.2.2 Variáveis internas (forças e fraquezas) Conforme Hooley et al. (2005), quando a organização tem a consciência de seus pontos fortes, estes têm de ser usados para que o seu cliente receba um valor maior proporcionado por ela. Assim, será um diferencial perante os seus concorrentes diretos. As habilidades específicas de cada organização podem ser a sua capacidade de desenvolver estratégias de marketing bem elaboradas, sua marca ser bem lembrada no mercado, à facilidade do produto ser colocado para o consumidor e também a questão de relacionamento com o cliente. Para Las Casas (2006, p.67): Pontos fortes são todos os fatores que apresentam vantagem competitiva da empresa em relação aos concorrentes ou ao exercício de qualquer atividade. Um ponto forte pode ser capacidade administrativa diferenciada, muito recursos financeiros ou humanos, domínio da tecnologia etc. De acordo com Churchill Jr. e Peter (2000, p.91), “As forças incluem fatores como patentes, lealdade aos clientes, capacidade de produzir bens ou 43 serviços a um custo relativamente baixo e recursos financeiros disponíveis para perseguir novas oportunidades.” Com relação às fraquezas, Churchill Jr. e Peter (2005) dizem que elas podem ser com relação aos concorrentes e também fraquezas estruturais. As fraquezas diante dos concorrentes são mais facilmente contornadas quando a organização consegue desviar o foco da concorrência, fazendo que este fator não tenha tanta relevância para o êxito do negócio. Para Las Casas (2006), o ponto fraco é tudo que age de forma contrária a alguma vantagem que se tem diante de um concorrente, recursos financeiros escassos, ou ainda, uma capacidade administrativa precária e como outra qualquer. 2.5.3 Objetivos De acordo com Las Casas (2006), depois de realizado a análise do ambiente, os objetivos são determinados. Dessa maneira, um possível erro na condução do processo pode ser evitado, pois com a análise do ambiente já se pode ter uma idéia das forças que incidirão contrárias a alguma estratégia montada anteriormente. Os objetivos são o alvo, onde a organização planeja chegar. Dessa forma, primeiro se pensa nos objetivos, para depois as estratégias agirem a fim de atingir o que foi determinado. Para Lamb et al. (2004), os objetivos de marketing devem ser condizentes com os da organização. Além disso, eles têm que estar dentro de uma realidade possível de ser alcançada, e dentro de um prazo pré-estabelecido. Os objetivos, quando são tangíveis, acabam sendo um fator motivacional para aqueles que estão envolvidos no processo. Quando os objetivos estão previamente determinados, a estratégia de marketing terá uma evolução consistente até chegar ao objetivo. Conforme Churchill Jr. e Peter (2000), os objetivos têm que ser previamente definidos e registrados, sendo possíveis de serem alcançados e ao mesmo tempo inspirem nas pessoas da organização motivação necessária para vencer este desafio. Algumas características para o sucesso dos objetivos de marketing. •Objetivos previamente definidos e classificados conforme a sua importância. 44 •Tornar os objetivos possíveis de serem medidos, e pré-determinar um tempo necessário para alcançá-lo. •Esses objetivos para serem claros para todos os integrantes da organização, eles devem ser desenvolvidos em linguagem de fácil entendimento. •Determinar a parte de cada um dentro dos objetivos definidos. •Objetivos possíveis de serem alcançados acabam se tornando ótimos desafios para estimular os membros da organização. Las Casas (2006, p.51) diz que “Os objetivos são decisões de extrema importância. Apesar de sua aparente simplicidade na formulação, podem ser responsáveis por sucessos ou fracassos nas estratégias de marketing. Constituemse no marco inicial de qualquer planejamento.” Conforme Kotler (2000, p.101) “Poucos negócios perseguem apenas um objetivo. A maioria das unidades procura um conjunto de objetivos que inclui lucratividade, crescimento de vendas, aumento da participação de mercado, contenção de riscos, inovação e reputação.” Mcdonald (2005 apud BAKER, 2005, p.67) nos diz que: O ponto importante a lembrar sobre objetivos de marketing é que eles se preocupam exclusivamente com produtos e mercados. O bom senso confirmará que é somente vendendo algo bom para alguém que as metas financeiras da empresa podem ser alcançadas; preços e níveis de serviço são os meios pelos quais as metas são alcançadas. Por isso, objetivos de preço, de promoção de vendas e de propaganda não devem ser confundidos com objetivos de marketing. 2.5.4 Estratégias Conforme Jones (2003 apud DIAS, 2003) as estratégias de marketing são a maneira pela qual os objetivos traçados anteriormente serão alcançados. Através de ferramentas de marketing, é que a estratégia de marketing adequada aos objetivos será escolhida. A escolha da estratégia mais indicada ao tipo de ação que a organização se propõe a executar deverá ser feita com muita cautela, pois ela tem que estar adequada ao mercado-alvo da organização e ao posicionamento de mercado. De acordo com Churchill Jr. e Peter (2000, p.90), “As estratégias organizacionais envolvem planos centrados em alcançar objetivos. Elas podem 45 incluir quanto dinheiro deve ser alocado para várias linhas de negócios ou quais atividades requerem um parceiro com determinada competência.” Já para Hooley et al. (2005, p.33): A estratégia central da organização é uma declaração de como ela pretende atingir seus objetivos. Se, por exemplo, o objetivo de longo prazo é ser líder de mercado no mercado X, com uma participação de mercado de, no mínimo, duas vezes a participação dos concorrentes mais próximos, a estratégia central pode concentrar-se, para isso, no uso de uma tecnologia superior, em preços mais baixos ou em melhor serviço ou qualidade. A estratégia central se aproveitará das competências essenciais da empresa e as colocará em ação onde for possível nos FCS para atingir os objetivos corporativos da empresa. 2.5.5 Orçamento Conforme Las Casas (2006), a etapa orçamento em um planejamento de marketing, não foge à regra de um orçamento em outra área da administração. Onde de acordo com os objetivos que se espera alcançar, estabelece-se um planejamento financeiro compatível com estes objetivos. A primeira parte para se quantificar este orçamento, é projetar o que se espera vender. Pois as vendas são o que vão determinar a demanda por mais recursos financeiros, insumos ou um número maior de colaboradores. Las Casas (2006, p.126) diz ainda que os aspectos mais relevantes relacionados com vendas são: • orçamento de vendas; • receita projetada de vendas; • orçamento de despesas de vendas; • orçamento de lucros e perdas; • custos de vendas adicionais. De acordo com Jones (2003 apud DIAS, 2003, p.486): A parte do orçamento deve apresentar os custos e benefícios em termos financeiros. Cada atividade deve estar ligada ao seu custo estimado. Deve haver também um custo total estimado e uma previsão de vendas geral. Essa seção deve mostrar uma análise de ponto de equilíbrio, para os cenários otimista e pessimista, bem como as projeções de lucros e perdas . [...] Essa seção financeira é crucial para determinar se o plano se o plano é financeiramente possível e lucrativo. 46 2.5.6 Controle Conforme Jones (2003 apud DIAS, 2003), na seção referente ao controle, é onde será mensurado o desempenho alcançado no processo de implementação do plano de marketing. Este acompanhamento se dá na forma de pequenas averiguações no plano de marketing para que os objetivos sejam alcançados. Para Hooley et al. (2005, p.41): O desempenho pode ser monitorado de duas maneiras principais: com base no desempenho no mercado e com base no desempenho financeiro. O desempenho no mercado mede aspectos como vendas, participações de mercado, atitudes de clientes e fidelidade, e as mudanças nesses fatores ao longo do tempo podem ser comparadas com os objetivos originais da estratégia perseguida. No entanto, as medidas de desempenho devem incluir fatores além daqueles usados para estabelecer objetivos, para assegurar que a busca por aqueles objetivos não perca de vista as implicações mais amplas. 2.6 ESTRATÉGIA DE MARKETING Segundo Mcdonald (2008), é através da estratégia que a organização alcançara os objetivos de marketing. Na estratégia será descrito a forma como os objetivos específicos serão alcançados. Essa maneira de contemplar os objetivos específicos geralmente se dá na forma de como a organização trabalha a questão do mix de marketing (os 4ps). Conforme Churchill Jr. e Peter (2000, p.103): A estratégia para alcançar os objetivos de marketing é a escolha de mercados-alvo e de compostos de marketing para atendê-los. Devem ser tomadas decisões quanto a usar um único composto de marketing para servir todo o mercado ou adaptar partes dele [...]. De acordo com Mcdonald (2005 apud BAKER, 2005, p.67): Estratégias de marketing, os meios pelos quais os objetivos de marketing serão alcançados geralmente referem-se aos “quatro Ps”: 1. Produto: extinções, modificações, adições, design, embalagem etc. 2. Preço: políticas que devem ser seguidas por grupos de produtos em segmentos de mercado. 3. Praça: canais de distribuição e níveis de serviços aos clientes. 4. Promoção: comunicação com os clientes sob os títulos relevantes, isto é, propaganda, força de vendas, relações públicas, exposições, mala direta etc. 47 2.6.1 Posicionamento de mercado da empresa Conforme Limeira (2003 apud DIAS, 2003), o posicionamento é um tipo de estratégia que busca ocupar um lugar singular na preferência do consumidor. Mas para que isto ocorra, é preciso desenvolver uma proposição de valor, que nada mais é do que a enumeração de benefícios que as pessoas vão ter ao consumir determinado produto. Lembrando, para que as organizações saibam o que representa valor para os consumidores, pesquisas comportamentais são realizadas com esta finalidade. De acordo com Las Casas (2006), o posicionamento é de fundamental importância em uma estratégia de marketing. Sendo ele, a forma como os consumidores assimilam determinada marca ou produto, assim que são confrontadas com estas. Produtos reconhecidos como de alta qualidade, já carregam consigo, uma percepção empírica com relação à sua qualidade. Percepção esta que ocupa a mente do consumidor e será de fundamental importância na hora de decidir a compra. Utiliza-se com mais frequência o composto de marketing promoção, para que a organização possa forjar uma boa percepção que irá ser assimilada pelos consumidores. Limeira (2003 apud DIAS, p.273), sobre posicionamento, diz ainda que: “Para criar uma imagem diferenciada para a marca, que represente vantagem competitiva sustentável, a proposição de valor tem de ser única e exclusiva, isto é, não pode ser utilizada por nenhum outro produto.” 2.6.2 Estratégia com foco em custo Conforme Hooley et al. (2005), neste tipo de estratégia, a empresa busca ter uma condição de custos abaixo da concorrência. Dessa forma, apesar da forte concorrência, a empresa terá uma vantagem competitiva. Para obter estes custos reduzidos, algumas atitudes são tomadas: corte de despesas administrativas, redução no valor destinado a pesquisa e desenvolvimento, e produtos em que o know how para produzi-los já esteja em uma fase experiente. Outra forma de obter esta redução nos custos é conseguindo um acesso diferenciado às matérias-primas, que acaba por reduzir os custos da organização. Contudo, o autor ressalta que este 48 tipo de estratégia é mais indicada para commodities, produtos básicos e abrangentes, pois estes tipos de produtos, em sua essência, não se diferenciam muito um dos outros. O contrário se verifica nos produtos mais elaborados, onde diferenças entre eles ficam mais perceptíveis aos olhos dos consumidores. De acordo com Psillakis (2003 apud DIAS, 2003), para que este tipo de estratégia obtenha sucesso, toda a condição estrutural da empresa tem de permitir produções em alta escala para que os custos sejam reduzidos, porém sem abrir mão da qualidade. Contudo, uma empresa que deseja chegar a níveis de redução de custos, precisa investir em sua estrutura produtiva e ter paciência para se consolidar no mercado até que tenha retorno financeiro. Ainda sobre esta estratégia, Psillakis (2003 apud DIAS, 2003, p.462) afirma que: Nessa estratégia, a empresa objetiva atingir a liderança em custo total, produzindo retorno acima da média na indústria em que atua, apesar do alto nível de competitividade. Assim, tal empresa ainda pode obter retornos depois que seus concorrentes tenham consumidos seus lucros. Essa vantagem proporciona defesa contra compradores e fornecedores poderosos, além de dificultar a entrada de novos concorrentes. 2.6.3 Estratégia com foco em diferenciação Para Hooley et al. (2005), este tipo de estratégia visa elaborar algo que seja diferente de tudo que tenha disponível no mercado. Tudo que a empresa sabe possuir de vantagem em relação a um concorrente é colocado como uma opção para obter uma vantagem competitiva. A vantagem verificada ao se adotar uma estratégia de diferenciação é que ela cria no consumidor uma percepção de qualidade e uma fidelidade perante outras marcas oferecidas, independente até do preço da concorrência ser menor. Conforme Mcdonald (2005 apud BAKER, 2005), na estratégia com base na diferenciação, a empresa deve oferecer um produto com inovações e com uma qualidade melhor do que os já existentes, um produto ou serviço bem distinto do demais, um produto com uma marca impactante e que ofereça um conjunto de benefícios superior e que tenha uma ampla abrangência de distribuição. “A diferenciação pode ser alcançada a partir de uma variedade de bases, como o projeto, o estilo, os atributos do produto ou serviço, o preço, a imagem etc.” (HOOLEY et al. 2005, p.37) 49 De acordo com Dias (2003, p.462), sobre estratégia de diferenciação: Nessa estratégia, busca-se diferenciar um produto ou serviço oferecido pela empresa, tornando-o único em toda a indústria. A empresa possui diversas formas para realizar essa diferenciação: por meio de projeto, imagem da marca, tecnologia, redes de fornecedores ou de algumas peculiaridades do próprio produto ou serviço. Uma vez constatada essa diferenciação da empresa em relação aos seus concorrentes, os consumidores tornam-se leais à marca e menos sensíveis ao preço, firmando ainda mais a posição competitiva da empresa na indústria. 2.6.4 Estratégia com foco na segmentação Para Mcdonald (2005 apud BAKER, 2005), a estratégia com base na segmentação não é uma tarefa simples e se não é executada de maneira eficaz pode acarretar problemas de posicionamento de mercado. Os profissionais de marketing que utilizam a segmentação no marketing têm a uma grande chance de conseguirem êxito, pois a segmentação fornecerá as informações necessárias acerca das características e necessidades destes clientes. Contudo, é preciso sempre estar adequando às ofertas de acordo com as variações que possam ocorrer nos desejos e nas características dos clientes segmentados. De acordo com Psillakis (2003 apud DIAS, 2003), as estratégias focadas em segmentos de mercado são diferenciadas porque não será apenas um produto para atender todo o mercado, os segmentos serão considerados. A empresa desenvolverá produtos ou serviços para cada segmento específico, buscando atender as necessidades e desejos destes segmentos, e desta forma, os clientes receberão mais valor do que os concorrentes poderiam proporcionar. Mcdonald (2005 apud BAKER, 2005, p.75), sobre estratégia de segmentação diz que: 1 Entenda como o seu mercado funciona (estrutura de mercado) 2 Liste o que é comprado (incluindo onde, quando, como, aplicações) 3 Liste quem compra (demografia, psicografia) 4 Liste por que eles compram (necessidades, benefícios procurados) 5 Procure grupos com necessidades similares. 50 2.6.5 Estratégia com foco na concorrência Conforme Mcdonald (2005 apud BAKER, 2005), a estratégia com foco na concorrência requer um acompanhamento dos concorrentes por parte da empresa. A estratégia se baseia em entender toda a estrutura dos concorrentes, e com isso, manter-se à frente no mercado. Dessa forma uma série de estratégias tem de ser utilizadas para alcançar êxito. A empresa precisa ter o conhecimento de quem são os seus concorrentes mais próximos e também os concorrentes em potencial. Como também é de importância saber os pontos fortes e fracos destes adversários, com relação ao mercado. Outro ponto a destacar é a importância de saber o índice de lucratividade dos concorrentes para que a empresa tenha a informação necessária para comparar consigo mesma e definir se está seguindo o caminho certo com relação ao seu planejamento financeiro ou com as margens que estão sendo aplicadas. De acordo com Psillakis (2003 apud DIAS, 2003), as empresas que atuam em mercados estáveis adotam estratégias de marketing com foco na concorrência. Estratégias estas que são conhecidas como marketing de guerra. As estratégias de guerra podem ter a abordagem de ataque e defesa. A estratégia de ataque é aquela em que a organização estuda os seus concorrentes com a finalidade de conhecer as suas fraquezas, e assim, conquistar uma fatia maior do mercado. Isso se dá através da oferta de produtos ou serviços que não estão sendo ofertados por estes concorrentes. Já as estratégias de defesa são aquelas em que geralmente os líderes de mercado adotam, onde estes lançam produtos em substituição aos seus próprios produtos consagrados no mercado, com o propósito de assegurar-se sempre na liderança. 2.6.6 Estratégia com foco em desenvolvimento de produtos Conforme Las Casas (2006), as diferentes características que compõe um produto são de fundamental importância na hora de desenvolvê-lo ou aperfeiçoá-lo. Neste tipo de estratégia, algumas características deste tipo de produto são levadas em consideração para se buscar um diferencial perante a concorrência. Uma maneira de planejar esta idéia é fazer uma relação destas características, com os 51 benefícios que eles podem trazer aos consumidores. Pois, como é de conhecimento, a maioria dos consumidores não compra apenas produtos, mas buscam nestas compras, benefícios intrínsecos. De acordo com Psillakis (2003 apud DIAS, 2003, p.459), exemplos de estratégia de desenvolvimento de produtos: “pesquisar os atuais clientes e mercados, com o propósito de atendê-los melhor por meio do desenvolvimento e lançamento de novos produtos/linhas ou complementos. Essa estratégia deve ser utilizada quando a empresa pode desenvolver novos produtos, fazendo sinergia com os atuais”. Las Casas (2006, p.105) diz ainda que, “A determinação de diferenciais pode ser feita para todos os componentes do produto, como nas marcas, embalagens, garantias, assistência técnica etc. Em qualquer dos aspectos citados, os diferenciais deverão ser amplamente divulgados [...]” 2.7 MARKETING DE RELACIONAMENTO Conforme De Miguel (2003 apud DIAS, 2003), com o passar dos anos e a evolução da tecnologia, as empresas perceberam que não bastava apenas realizar as abordagens tradicionais de marketing para manter a relação com os seus clientes. Com o advento da tecnologia, os relacionamentos empresa-cliente, que antes não era vistos como prioridade, passaram a ser vistos de maneira positiva na busca para se atingir um diferencial perante o seu concorrente. Cada organização procurou buscar um diferencial das outras, pois apenas conhecer os hábitos de compra de seus clientes já não satisfazia a nova realidade vigente. Com o marketing de relacionamento, as empresas buscam entender o que os seus compradores realmente querem, encaram estes compradores como parceiros, garantem que todos na organização trabalhem em torno de atender às necessidades destes compradores e oferecem a estes clientes o que de melhor está disponível. De acordo com Azevedo e Pomeranz (2004), quando a empresa conhece o seu cliente, ela poderá utilizar uma forma de comunicação própria com ele, e por isso, à resposta deste consumidor será de fundamental importância para se construir uma conversação cujo feedback tenha impacto nas estratégias que a empresa pretende executar, de acordo com a relevância de cada cliente. Nesta realidade na 52 qual se está inserido, com o acirramento da competição e com a enxurrada de informações e formas de comunicação por parte das empresas, é preciso se utilizar do marketing de relacionamento com os consumidores foco da empresa, para que seja uma alternativa, para recuperar clientes em meio ao ambiente de alta competição no qual se está submetido. Segundo O’ Malley e Tynan (2005 apud BAKER, 2005), o marketing de relacionamento se dá quando parceiros com interesses econômicos se interagem a fim de estabelecer uma boa relação, para que ambos os lados alcancem os seus objetivos. Nesta relação, é de fundamental importância que as promessas estabelecidas anteriormente sejam cumpridas através da confiança que a empresa tem de passar aos seus clientes. De Miguel (2003 apud DIAS, 2003, p.313) fala ainda que: [...] marketing de relacionamento é um processo contínuo que exige da empresa: 1.comunicação freqüente com os compradores, para assegurar a realização dos objetivos comuns; 2.integração dos conceitos de marketing de relacionamento ao planejamento estratégico, delegando poderes a todos para melhor gerenciamento dos recursos e satisfação das necessidades dos compradores. Segundo Angelo e Giangrande (1999, p.16), “Adotar o marketing de relacionamento significa, para a empresa, que se dedique ao estabelecimento, manutenção e constante melhora de seus relacionamentos com os clientes – seja os internos ou externos - ,com uma finalidade de lucro mútuo [...]” Azevedo e Pomeranz (2004, p.10) dizem que: A nova era exige que a indústria e o varejo desloquem o eixo de suas ações de marketing, antes centralizadas na visão dos produtos e serviços oferecidos, para as questões relacionadas ao próprio consumidor, que passa a controlar o relacionamento com a empresa. O consumidor se tornou o início e o fim de cada produto e marca, definindo os canais mais convenientes de interação, a periodicidade com que deseja receber novos contatos e a velocidade esperada de resposta com relação às suas questões. 2.7.1 Os oito componentes do marketing de relacionamento Conforme Gordon e Pinheiro (2001), o marketing de relacionamento é composto por oito principais itens: 53 1. Cultura e Valores: Relacionamentos podem ser prejudicados quando as diferenças culturais são muito grandes entre as organizações. Estratégias que são estabelecidas com sucesso por algumas empresas, necessariamente podem não dar resultado, se implementado por uma empresa com uma cultura e valores totalmente distintos. 2. Liderança: A empresa e o cliente devem estabelecer uma preferência com relação a quem irá se relacionar, sendo que os dois lados devem estar preparados para se sacrificar diante de tipos específicos de clientes e também do resultado que isto iria gerar se os esforços fossem concentrados em outros tipos de relacionamento. 3. Estratégia: A empresa deve orientar os seus esforços para o cliente, entendendo o que este realmente deseja. Se a empresa quer realmente implantar um marketing de relacionamento eficiente, oferecendo aos clientes, os valores que estes realmente desejam, o foco das suas estratégias não devem ser o desenvolvimento de produtos e as pesquisas, mas sim estratégias direcionadas para estes clientes. 4. Estrutura: Uma empresa quando planeja uma reestruturação, deve fazê-la desde que seja de forma organizada e que tenha setores para criar relacionamentos com os clientes mais importantes e também conquistar clientes novos que tenham características semelhantes aos atuais mais importantes. 5. Pessoal: As pessoas da organização que efetivamente estarão mais próximas dos clientes-alvo, devem ter a habilidade de trabalhar bem estes clientes, através de uma comunicação eficiente e da proposição de soluções ou sugestões. 6. Tecnologia: As empresas têm de se utilizar da tecnologia, para que as informações necessárias sobre os clientes, estejam armazenadas de uma forma mais segura. Através da informática, as empresas poderão desenvolver opções de comunicação que os clientes necessitam e também levá-los a consumir outra vez. 7. Conhecimento e Percepção: Os conhecimentos e percepções advindo dos relacionamentos com os clientes, são maximizados através da tecnologia que as empresas tem disponível. Tecnologia esta, que pode ser a utilização de um software que forneça relatórios sobre os clientes. 54 8. Processos: Os processos produtivos, de comunicação e de vendas devem estar voltados para os atuais clientes, sempre oferecendo o valor desejado por cada um. 2.7.2 Comunicação de marketing no relacionamento de clientes Conforme Azevedo e Pomeranz (2004), quando a comunicação de marketing atua no sentido do marketing de relacionamento, as ferramentas que compõe esta comunicação têm de estar direcionadas para cada perfil específico de consumidor. Todos os veículos que são usados para transmitir uma mensagem de massa aos consumidores, devem ser melhores conduzidos para que a marca atinja um posicionamento consistente na mente dos consumidores. Isto será possível de ser realizado, quando o indivíduo, for encarado de maneira individualizada quando se pensa em estratégias de marketing. Dessa forma, quando as ferramentas que compõe a comunicação de marketing visualizar as características distintas de cada indivíduo, será empregada a forma de comunicação mais adequada. De acordo com Limeira (2003 apud DIAS, 2003), a finalidade da comunicação de marketing é que todas as ferramentas de comunicação estejam integradas a fim de posicionarem-se na mente do consumidor. Mas para que isso ocorra, as mensagens têm de ter um efeito único na mente dos consumidores que serão alvo dos produtos ou serviços da organização. Azevedo e Pomeranz (2004, p.59) dizem ainda que: A partir do instante que o indivíduo se identifica, é possível mapear o seu estágio de relacionamento com a marca e desenvolver programas explorando a comunicação direta por meio de outros canais. Quando se desperdiça a oportunidade de qualificar o sujeito da comunicação de massa, então, não se consegue diferenciar os prospects daqueles que não apresentaram nenhum interesse pela oferta. O resultado é a repetição da mensagem várias vezes para toda a base. 2.7.2.1 Promoção De acordo com Azevedo e Pomeranz (2004), quando estratégias de promoção estão em concordância com o marketing de relacionamento, ela acaba sendo uma grande aliada para se confirmar uma venda de um produto ou serviço. Através da exposição da marca ou do produto, o público-alvo será abordado, e 55 mesmo diante de uma negativa com relação à aquisição de um produto ou serviço, este consumidor poderá mudar sua opinião e quando isso acontecer ele já vai ter esta marca associada em sua mente e assim efetuar a compra quando estiver preparado. Para Churchill Jr. e Peter (2000, p.500): As promoções ao consumidor incluem os cupons, brindes e ofertas especiais, concursos e sorteios, amostras grátis, prazos para experimentar os produtos gratuitamente, displays de pontos de compra, abatimentos posteriores e programas de fidelização. Limeira (2003 apud DIAS, 2003, p.274), sobre promoção de vendas “A oferta de incentivos imediatos, de curto prazo, como brindes, descontos, prêmios e bonificações, por um patrocinador identificado, com ou sem o uso da propaganda, para estimular a experimentação, aquisição ou repetição de compra do produto.” 2.7.2.2 Propaganda Azevedo e Pomeranz (2004), dizem que a propaganda é o estágio inicial em uma comunicação de marketing, pois é através de sua força de convencimento, que as empresas e marcas alcançam uma abrangência grande na sociedade. Esta abrangência deve-se ao fato de ela possuir uma disseminação rápida e exposta a todos os tipos de pessoas de uma maneira popular e impactante. De acordo com Churchill Jr. e Peter (2000), as pessoas associam muito facilmente as idéias que o marketing quer transmitir com propagandas. As propagandas são as mensagens de convencimento que os meios de comunicação transmitem, com um tempo pré-determinado, e tendo seu custo bancado por indivíduos ou organizações. O conceito de propaganda para Limeira (2003 apud DIAS, 2003, p.272): É a forma paga e não pessoal de comunicação de marketing, com um patrocinador identificado, dirigida a um público definido e veiculada por mídia de massa, segmentada ou dirigida, visando criar imagem para a marca com base em seu posicionamento [...] 56 2.7.2.3 Promoção de eventos De acordo com Azevedo e Pomeranz (2004), os eventos são uma grande oportunidade para as organizações patrocinadoras manterem um estreitamento das relações com seus clientes que estiverem participando destes eventos. Fazendo uma relação com o marketing de relacionamento, se ao término destes eventos, forem coletados dados acerca das pessoas que estiveram presentes, estes dados serviram para uma qualificação destes contatos. Uma vez efetuados conexões com este público, depois da divulgação da marca, as informações servirão para uma contínua relação entre às partes. Conforme Limeira (2003 apud DIAS, 2003, p.274), sobre promoção de eventos, “Atividade de comunicação por meio da realização ou patrocínio de eventos como feiras, exposições, congressos, palestras, seminários, espetáculos, concursos, e torneios culturais ou esportivos, visando divulgar ou criar imagem.” 2.7.2.4 Mala-Direta Conforme Azevedo e Pomeranz (2004), a mala-direta é uma ferramenta que quando integrada para estabelecer relacionamento com os clientes, alcança considerável sucesso. Entretanto, quando ela é utilizada juntamente com outras formas de comunicação de marketing, os resultados esperados são melhores do que quando ela é usada de forma avulsa. Na atualidade, as grandes organizações se utilizam da mala direta, juntamente com outras ferramentas de comunicação de marketing. Nesta estratégia, os layouts são bem elaborados e incorporam as mensagens que a empresa deseja transmitir para os seus clientes. Limeira (2003 apud DIAS, 2003, p.295), sobre mala-direta: Mídia dirigida usada para atingir segmentos específicos de público. Em geral, utiliza matérias de comunicação impressa, enviada por correio para a residência do consumidor. Um anúncio por mala-direta pode conter mais informações do que um comercial na TV [...] Churchill Jr. e Peter (2000, p.482), com relação à mala-direta: Com a mala-direta, os profissionais de marketing podem direcionar a propaganda com precisão para o seu público. A propaganda por mala direta é um evento diário para muitos consumidores que recebem catálogos, 57 convites para associar-se a organizações sem fins lucrativos, circulares de empresas, boletins informativos e anúncios de tudo, desde cartões de crédito até ferramentas elétricas. [...] pode-se dizer que a mala-direta também apresenta vantagens na medida em que não há nenhum produto concorrente anunciado e sua eficácia pode ser medida mais facilmente pelos profissionais de marketing. Ademais, é difícil para os concorrentes monitorarem as atividades de uma mala direta. 2.7.2.5 Relações Públicas Conforme Azevedo e Pomeranz (2004), quando se quer atingir um público selecionado, uma boa estratégia de comunicação de marketing, são as relações públicas. Por elas terem características semelhantes com a imprensa, podem-se usar disto para obter vantagens com relação às possíveis influências que se deseja fazer sobre as preferências do público. Por ser uma ferramenta que tem o seu princípio nos contatos mais pessoais com os consumidores, e eventos para aumentar a rede de relacionamentos e influências, é complementado com a característica do marketing individualizado do marketing de relacionamento. Aliado ao marketing de relacionamento, as relações públicas ampliarão o contato com os clientes especiais através de integração de outras ferramentas de comunicação com o contato pessoal com estes clientes. De acordo com Limeira (2003 apud DIAS, 2003, p.274), relações públicas são: Atividades de comunicação com os públicos direta ou indiretamente interessados nas atividades da empresa, os chamados stakeholders, como órgãos públicos, representantes do governo, legisladores, ativistas políticos, organismos de representação social, líderes de opinião e a comunidade em geral, visando criar atitude favorável em relação à marca do produto e às atividades da empresa. 2.7.2.6 Internet Para Azevedo e Pomeranz (2004), pelo fato da internet ser uma poderosa ferramenta de comunicação com qualquer indivíduo, ela torna-se uma grande aliada nas estratégias de marketing de relacionamento. As empresas podem se interagir com esses clientes através do envio de mensagens e outras formas de comunicação, e também ter conhecimento à respeito do feedback por parte destes indivíduos. Contudo, a forma como se dá esta comunicação tem de ser dinâmica por 58 parte da empresa, pois uma demora no retorno pode significar um cliente perdido. Se esta ferramenta, que é a internet, for bem utilizada na questão de gerenciar relacionamentos com clientes, ela se torna uma opção a mais quando uma empresa desejar identificar, conquistar e também reter este cliente. Segundo Churchill Jr. e Peter (2000, p.484): A internet oferece muitos benefícios aos profissionais de marketing. Em primeiro lugar, as organizações, independentemente de seu porte, podem estabelecer um site básico acessível a qualquer momento por internautas do mundo inteiro. Para criar valor, as informações em um site podem ser personalizadas em função do histórico de compras e preferências declaradas do consumidor. De acordo com Limeira (2003 apud DIAS, 2003, p.274), sobre comunicação pela internet, “O conjunto de atividades de comunicação interativa com os clientes, canais de vendas e parceiros que se utiliza da rede mundial Internet, como e-mails, páginas da Web e anúncios na forma de banners. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Em todos os ramos do conhecimento humano, a busca por respostas às mais variadas perguntas e questões, pode ser solucionada através de métodos de pesquisa. Para Chizzotti (2001), os problemas que o homem enfrenta em seu ambiente podem ser investigados através de pesquisas, sendo que estas ocorrem através de observação e análise. Selecionando as melhores técnicas, aliado a sua capacidade, o homem encontrará explicações e trabalhará melhor as suas idéias a fim de encontrar as respostas que a pesquisa se propôs. Conforme Oliveira (1999, p.118), “A pesquisa, tanto para efeito científico como profissional, envolve a abertura de horizontes e a apresentação de diretrizes fundamentais, que podem contribuir para o desenvolvimento do conhecimento”. De acordo com Marconi e Lakatos (1996, p.16): A pesquisa sempre parte de um tipo de problema, de uma interrogação. Dessa maneira, ela vai responder às necessidades de conhecimento de certo problema ou fenômeno. Várias hipóteses são levantadas e a pesquisa pode invalidar ou confirmar as mesmas. 59 3.1 TIPOS DE PESQUISA 3.1.1 Pesquisa Bibliográfica Conforme Oliveira (1999), uma pesquisa bibliográfica utiliza-se de diversas obras científicas a cerca de determinado assunto. É a forma de pesquisa mais comum para pesquisadores por se tratar de ferramenta indispensável para a elaboração de uma fundamentação teórica. É através da Pesquisa Bibliográfica que se terá o conhecimento das contribuições científicas elaboradas por outros autores. Marconi e Lakatos (1996), afirma que todo conhecimento já estudado e divulgado nas mais diversas formas de publicação, é uma ferramenta para o pesquisador, isso que caracteriza uma pesquisa bibliográfica. O pesquisador entra em contato com o conteúdo já desenvolvido por outros autores. Porém não necessariamente se caracteriza como uma cópia do que já foi desenvolvido, pois o pesquisador chegará a novas conclusões fazendo a leitura com o seu ponto de vista pessoal. Uma pesquisa bibliográfica caracteriza-se como sendo de dados secundários. E de acordo com Mattar (2005, p.142), os dados secundários, “São aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e, às vezes, até analisados, com propósitos outros ao de atender às necessidades da pesquisa em andamento, e que estão catalogados à disposição dos interessados.” 3.1.2 Pesquisa Descritiva ou de Campo A pesquisa descritiva é um tipo de pesquisa em que o pesquisador não interfere no seu resultado. Ele busca através de registro e análise, saber a freqüência com que acontece determinado fenômeno. Sendo este tipo de pesquisa, caracterizada como pesquisa de dados primários. Para Oliveira (1999), os diferentes aspectos que compõe o contexto social, são contemplados por essa pesquisa. O pesquisador terá uma melhor clareza sobre as diversas variáveis que agem sobre determinado acontecimento, pois é um tipo de estudo que relaciona as diferentes variáveis com o aparecimento dos fenômenos. De acordo com Mattar (2005, p.90): 60 A maioria das pesquisas de marketing realizada é de pesquisa conclusiva descritiva (ou simplesmente chamada de pesquisa descritiva) [...] O pesquisador precisa saber exatamente o que pretende com a pesquisa, ou seja, quem e (ou) o que deseja medir, quando e onde o fará, como o fará e por que deverá fazê-lo. Conforme Marconi e Lakatos (1996, p.75): Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. Mattar (2005, p.141), sobre dados primários diz que, “São aqueles que não foram antes coletados, estando ainda em posse dos pesquisados, e que são coletados com o propósito de atender às necessidades específicas da pesquisa em andamento.” 3.2 ABORDAGEM DA PESQUISA Para que os objetivos do presente trabalho fossem alcançados, foi necessário o emprego de uma correta abordagem metodológica. Dessa forma, aliado à pesquisa bibliográfica necessária para desenvolver o trabalho, foi empregada também uma pesquisa de abordagem quantitativa. Este tipo de pesquisa é a mais utilizada nas ciências sociais, pois é uma abordagem objetiva que busca descrever significados que são próprios de determinado objeto ou ação. A análise dos dados coletados, parte do todo para o ponto específico. Marconi e Lakatos (1996, p.76), definem como abordagem quantitativa: [...] consistem em investigações de pesquisa empírica cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das características de fatos ou fenômenos, a avaliação de programas, ou o isolamento de variáveis principais ou chave. Qualquer um desses estudos pode utilizar métodos formais, que se aproximam dos projetos experimentais, caracterizados pela precisão e controle estatísticos, com a finalidade de fornecer dados para a verificação de hipóteses. 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA A definição de população conforme Barbetta (2004, p.25), “Definimos como população acessível, ou simplesmente população, o conjunto de elementos que queremos abranger em nosso estudo e que são passíveis de serem 61 observados, com respeito às características que queremos levantar.” Neste caso, a população considerada nesta pesquisa, foi de 899 acadêmicos, que corresponde ao número de acadêmicos que estão matriculados no curso de administração e administração com linha específica em comércio exterior no 2º semestre de 2009. Os acadêmicos estão assim divididos por cursos e períodos de aula: Curso/Período ADM – Matutino ADM – Noturno Com. Exterior Total Alunos 116 464 319 899 % 12,92 51,6 35,48 100% Tabela 01: Distribuição dos acadêmicos por cursos e período. Fonte: Departamento de Administração da UNESC, 2009. Conforme Mattar (2005), quando se quer conhecer as características de uma população, para que não precise pesquisar todos os seus componentes, pesquisa-se apenas uma amostra desta população. “Amostra é qualquer parte de uma população”. (MATTAR, 2005, p.264) Já de acordo com Barbetta (2004, p.41): Nas pesquisas científicas, em que se quer conhecer algumas características de uma população, também é muito comum observar-se apenas uma amostra de seus elementos e, a partir dos resultados dessa amostra, obter valores aproximados, ou estimativas, [...] Com relação a amostras, não podemos deixar de ressaltar que em se estabelecendo valores de amostras, ocorrem os erros amostrais. Segundo Barbetta (2004), estes erros amostrais são discrepâncias entre o valor encontrado como sendo de amostra, com o real valor das características da população que queremos estimar. Barbetta (2004, p.59) diz ainda que, “Para a determinação do tamanho da amostra, o pesquisador precisa especificar o erro amostral tolerável, ou seja, o quanto ele admite errar na avaliação dos parâmetros de interesse.” Para o presente trabalho foi empregado o cálculo de amostra adotando-se a técnica de Barbetta (2004, p.60): no 1 Eo 2 62 n N .no N no Sejam: N tamanho (número de elementos) da população; n tamanho (número de elementos) da amostra; no uma primeira aproximação para o tamanho da amostra Eo erro amostral tolerável Considerando que a população em questão é composta pelo número de acadêmicos matriculados nos cursos de administração e administração com linha específica em comércio exterior no 2º semestre de 2009, têm-se uma população de 899 acadêmicos. Juntando-se a isto, consideramos que o erro amostral não ultrapassasse 5%, tivemos o seguinte tamanho de amostra: no 1 0,05 2 no 400 n 899.400 899 400 n 276 pessoas a serem pesquisadas. Para melhor acuracidade das informações na presente pesquisa foi utilizado uma amostragem probabilística, com determinação das amostras por turma e fase, possibilitando uma maior abrangência dos dados coletados. Marconi e Lakatos (2002, p.42), sobre amostragem probabilística “Sua característica primordial é poderem ser submetidas a tratamento estatístico, que permite compensar erros amostrais e outros aspectos relevantes para a representatividade e significância da amostra.” Mattar (2004, p.271), a respeito de amostragem probabilística, “Aquela em que cada elemento da população tem uma chance conhecida e diferente de zero de ser selecionado para compor a amostra.” As amostras estão assim divididas por cursos e períodos: Curso/Período ADM – Matutino ADM – Noturno Com. Exterior Total % 12,92 51,60 35,48 100% Tabela 02: Distribuição das amostras da pesquisa. Fonte: Desenvolvido pelo pesquisador, 2009. Amostra/Alunos 36 alunos 142 alunos 98 alunos 276 alunos 63 3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Para a elaboração do presente trabalho, foi adotado como método de coleta de dados, um questionário. Este questionário contém 25 perguntas e foi aplicado entre os dias 14 e 16 de outubro de 2009 com os acadêmicos dos cursos de Administração e Comércio Exterior. Sendo que o mesmo foi distribuído entre os acadêmicos, e estes o preenchiam sem a necessidade de se identificarem. De acordo com Marconi e Lakatos (2002, p.98), “Questionário é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador.” Conforme Barbetta (2004, p.32): O questionário deve ser completo, no sentido de abranger as características necessárias para atingir os objetivos da pesquisa; ao mesmo tempo, não deve conter perguntas que fujam destes objetivos, pois, quanto mais longo o questionário, menor tende a ser a qualidade e a confiabilidade das respostas. 64 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA Depois de efetuado o levantamento dos dados através dos questionários que foram empregados como método de levantamento, as características dos acadêmicos abordados por esta pesquisa foram detalhadas abaixo. Características estas, que poderão nos mostrar a composição da segmentação de mercado dos acadêmicos dos cursos de Administração e Comércio Exterior da UNESC. 4.1.1 Idade dos Acadêmicos Pesquisados Na presente pesquisa se estabeleceu quatro faixas etárias na qual estão compreendidos os acadêmicos. Opções de escolha Respostas % 18 à 25 26 à 30 31 à 36 Acima de 36 Total 238 23 9 6 276 86,23 8,33 3,26 2,18 100 Tabela 03: Idade dos Acadêmicos Pesquisados Fonte: Dados do Pesquisador 100 90 86,23% 80 70 60 18 à 25 50 26 à 30 40 31 à 36 30 Acima de 36 20 8,33% 10 3,26% 2,18% 31 à 36 Acima de 36 0 18 à 25 26 à 30 Figura 07: Idade dos Acadêmicos Pesquisados Fonte: Dados do Pesquisador 65 Observa-se na pesquisa que os acadêmicos que cursam Administração ou Comércio Exterior são em sua maioria bem jovens, sendo que 86,23% estão compreendidos entre 18 e 25 anos. Observa-se também que o número de acadêmicos acima dos 30 anos é bem reduzido, não chegando a 6%. 4.1.2 Sexo dos Acadêmicos Segue abaixo a distribuição por sexo dos acadêmicos pesquisados: Opções de escolha Feminino Masculino Total Respostas 137 139 276 % 49,64 50,36 100 Tabela 04: Sexo dos Pesquisados Fonte: Dados do Pesquisador 50,36% 49,64% Feminino Maculino Figura 08: Sexo dos Pesquisados Fonte: Dados do Pesquisador Observa-se que da totalidade dos acadêmicos pesquisados, houve um quase empate entre o número de homens e mulheres consultados. Sendo que foram pesquisados 137 mulheres e 139 homens. 66 4.1.3 O estado civil dos acadêmicos Com o intuito de conhecer a distribuição dos acadêmicos quanto ao seu estado civil, esta pergunta fez parte do questionário respondido por eles. Opções de escolha Respostas % Solteiro(a) Casado(a) Separado(a) Divorciado(a) Total 238 38 0 0 276 86,23 13,77 0 0 100 Tabela 05: Estado civil dos acadêmicos Fonte: Dados do Pesquisador 100 90 86,23% 80 70 60 Solteiro(a) 50 Casado(a) 40 Separado(a) 30 Divorciado(a) 20 13,77% 10 0% 0% 0 Solteiro(a) Casado(a) Separado(a) Divorciado(a) Figura 09: Estado civil dos acadêmicos Fonte: Dados do Pesquisador Observa-se que 86,23% dos acadêmicos pesquisados são solteiros, esta condição civil, explica-se também pelo fato da composição destes acadêmicos serem em sua maioria, de pessoas bem jovens. O percentual de casado(a) ficou em 13,77%. Nenhum divorciado(a). acadêmico identificou-se como sendo separado(a) ou 67 4.1.4 Filhos ou dependentes? Opções de escolha Sim Não Total Respostas 30 246 276 % 10,87 89,13 100 Tabela 06: Filhos ou Dependentes? Fonte: Dados do Pesquisador 10,87% Sim Não 89,13% Figura 10: Filhos ou Dependentes? Fonte: Dados do Pesquisador Constatou-se que 89,13% dos acadêmicos pesquisados não possuem filhos ou dependentes. Este percentual é bem expressivo e pode-se dizer que é em decorrência da idade dos acadêmicos, pois em sua maioria é composta por pessoas bem jovens e que estão cursando o ensino superior. 68 4.1.5 Tipo de instituição de conclusão do Ensino Médio Opções de escolha Ensino Público Ensino Privado Total Respostas 136 140 276 % 49,28 50,72 100 Tabela 07: Tipo de Instituição de conclusão do Ensino Médio Fonte: Dados do Pesquisador 50,72% 49,28% Ensino Público Ensino Privado Figura 11: Tipo de instituição de conclusão do Ensino Médio Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa mostrou que 50,72% dos acadêmicos concluíram o Ensino Médio em uma instituição privada de ensino e que 49,28% concluíram em uma instituição pública. Este dado mostra um equilíbrio muito grande com relação a estes dois tipos de Instituições de Ensino. O que foi uma surpresa para o pesquisador, pois este esperava uma vantagem muito maior do ensino privado sobre o ensino público. 69 4.1.6 Curso superior cursado anteriormente? Opções de escolha Sim Não Total Respostas 12 264 276 % 4,35 95,65 100 Tabela 08: Curso superior cursado anteriormente? Fonte: Dados do Pesquisador 4,35% Sim Não 95,65% Figura 12: Curso superior cursado anteriormente? Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa mostra que apenas 4,35% dos acadêmicos consultados, já haviam cursado algum outro curso superior. Enquanto a grande maioria, 95,65% está cursando o seu primeiro curso de graduação. Esta grande quantidade de acadêmicos que estão cursando o seu primeiro curso, é em decorrência da faixa etária na qual estes se enquadram, sendo a maioria dos acadêmicos compostas por jovens entre 18 e 25 anos. Dentre os acadêmicos que mencionaram já cursar outro curso, alguns citaram quais cursos foram, dentre eles, destaca-se: Arquitetura e Urbanismo, Optometria, Pedagogia e Medicina. 70 4.1.7 Atual situação dos acadêmicos com relação a estar empregado Opções de escolha Sim Não Total Respostas 229 47 276 % 82,97 17,03 100 Tabela 09: Situação atual dos acadêmicos com relação a estar empregado Fonte: Dados do Pesquisador 17,03% Sim Não 82,97% Figura 13: Atual situação dos acadêmicos com relação a estar empregado. Fonte: Dados do Pesquisador Através deste gráfico pode-se constatar que 82,97% dos acadêmicos estão empregados e apenas 17,03% não estão trabalhando no momento. Estes números retratam a vida agitada que estes acadêmicos levam diariamente. Pois além de cumprirem com suas obrigações profissionais, deslocam-se diariamente para a Universidade para cumprir com os seus compromissos acadêmicos. 71 4.1.8 Os municípios nos quais residem os acadêmicos Opções de escolha Respostas % Criciúma Içara Forquilhinha Urussanga Siderópolis Araranguá Tubarão Sombrio Outro Município Total 159 16 21 11 10 6 0 3 50 276 57,61 5,8 7,61 3,98 3,62 2,17 0 1,09 18,12 100 Tabela 10: Municípios nos quais residem os acadêmicos Fonte: Dados do pesquisador 70 60 57,61 Criciúma 50 Içara 40 Forquilhinha 30 18,12 20 10 5,8 7,61 Urussanga Siderópolis 3,98 3,62 2,17 0 1,09 0 Araranguá Tubarão Sombrio Outro Município Figura 14: Municípios nos quais residem os acadêmicos Fonte: Dados do Pesquisador Através desta pesquisa constatou-se que o município de Criciúma abrange 57,61% dos acadêmicos dos cursos de Administração e Comércio Exterior. O município de Içara abrange 5,80 % dos acadêmicos; Forquilhinha 7,61%; Urussanga 3,98%; Siderópolis 3,62%; Araranguá 2,17%; Sombrio 1,09% e a soma dos outros municípios totalizaram 18,12%. Um dado curioso foi o município de Tubarão não ser citado uma única vez, entre os acadêmicos que preencheram o 72 questionário. Isto mostra a preferência na região de Tubarão pela Universidade que está localizada naquele município. Alguns acadêmicos não citaram qual o outro município, excluindo as opções dadas, que ele reside. Porém a maioria citou qual município reside, segue abaixo a relação dos municípios e a quantidade de vezes que ele foi citado. Municípios Bal. Gaivota Cocal do Sul Jacinto Machado Lauro Muller Maracajá Meleiro Morro da Fumaça Nova Veneza Sangão Torres - RS Treviso Turvo Nº de vezes 1 10 1 4 1 2 9 6 1 3 1 5 Quadro 01: Outros Municípios mencionados Fonte: Dados do Pesquisador Percentual % 0,36 3,62 0,36 1,45 0,36 0,72 3,26 2,17 0,36 1,09 0,36 1,81 73 4.1.9 O número de pessoas que residem com o acadêmico Opções de escolha Respostas % somente você 1à2 3à4 5à6 mais de 6 pessoas Total 7 81 158 28 2 276 2,54 29,35 57,24 10,14 0,73 100 Tabela 11: O número de pessoas que residem com o acadêmico Fonte: Dados do Pesquisador 70 57,24% 60 50 somente você 40 1à2 29,35% 30 3à4 20 5à6 10,14% 10 2,54% mais de 6 pessoas 0,73% 0 somente você 1à2 3à4 5à6 mais de 6 pessoas Figura 15: O número de pessoas que residem com o acadêmico Fonte: Dados do Pesquisador Observa-se que 57,24% dos acadêmicos residem em um ambiente que contém de 3 à 4 pessoas, e que 29,35% residem com 1 à 2 pessoas. Este dado retrata bem a composição familiar da atualidade, onde as famílias não possuem um tamanho grande. Constatou-se também que apenas 2,54% residem sozinhos e que apenas 0,73% residem em um domicílio com mais de 6 pessoas. 74 4.2 A distribuição étnica dos acadêmicos Opções de escolha Respostas % Italiana Alemã Portuguesa Polonesa Árabe Africana Japonesa Francesa Espanhola Outra Total 158 32 48 7 1 11 1 1 7 10 276 57,25 11,59 17,39 2,54 0,36 3,99 0,36 0,36 2,54 3,62 100 Tabela 12: A distribuição étnica dos acadêmicos Fonte: Dados do Pesquisador 70 60 Italiana 57,25 Alemã 50 Portuguesa 40 Polonesa 30 20 10 Árabe 17,39 Africana 11,59 2,54 0,36 3,99 0,36 0,36 2,54 3,62 0 Japonesa Francesa Espanhola Outra Figura 16: A distribuição étnica dos acadêmicos Fonte: Dados do Pesquisador Constata-se que 57,25% dos acadêmicos se consideram de descendência Italiana, o que é um número bem expressivo. Em seguida vem à etnia Portuguesa com 17,39%, e em terceiro lugar está à etnia Alemã com 11,59%. Estes números expressivos da etnia Italiana são explicados pelo histórico da colonização na região de Criciúma. 75 4.2.1 O aspecto religioso do acadêmico Opções de escolha Respostas % Católico Evangélico Judeu Muçulmano Ateu Budista Outra Total 210 39 1 1 12 0 13 276 76,09 14,13 0,36 0,36 4,35 0 4,71 100 Tabela 13: O aspecto religioso do acadêmico Fonte: Dados do Pesquisador 80 76,09% 70 60 Católico 50 Evangélico 40 Judeu 30 20 10 Muçulmano 14,13% 0,36% 0,36% 4,35% 0 0 4,71% Ateu Budista Outra Figura 17: O aspecto religioso do acadêmico Fonte: Dados do Pesquisador Através desta pesquisa constata-se que 76,09% dos acadêmicos se dizem católicos. Logo em seguida, os evangélicos aparecem com 14,13%, os judeus e muçulmanos apenas com 0,36% cada e 4,35% dos acadêmicos se dizem ateus, ou seja, não acreditam em Deus. A pesquisa contemplava também a opção “outra”, na qual o acadêmico marcaria qual a sua religião, se ela não fosse nenhuma das opções fornecidas. Algumas contribuições dos Acadêmicos: “Testemunha de Jeová”, “Espírita”, “Espiritualidade Independente” e “Adventista”. 76 4.2.2 A renda aproximada dos Acadêmicos Opções de escolha Respostas % até R$ 500,00 501,00 à 1000,00 1001,00 à 1500,00 1501,00 à 2000,00 2001,00 à 3000,00 acima de R$ 3000,00 Total 41 128 43 27 18 19 276 14,86 46,38 15,58 9,78 6,52 6,88 100 Tabela 14: A renda aproximada dos acadêmicos Fonte: Dados dos acadêmicos 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 46,38% até R$ 500,00 14,86% 15,58% 9,78% 501,00 à 1000,00 6,52% 6,88% 1001,00 à 1500,00 1501,00 à 2000,00 2001,00 à 3000,00 acima de R$ 3000,00 Figura 18: A renda aproximada dos acadêmicos Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa mostra que 46,38% dos acadêmicos se enquadram em uma faixa de renda compreendida entre R$ 501,00 e R$ 1000,00. Logo em seguida, 15,58% são aqueles que se enquadram entre R$ 1001,00 e R$ 1500,00. Aqueles que ganham até R$ 500,00 correspondem a 14,86% do total de acadêmicos pesquisados. 77 4.2.3 Como o acadêmico se desloca até a Universidade Opções de escolha Respostas % carro moto ônibus/vans bicicleta à pé carona Total 71 9 176 1 11 8 276 25,72 3,26 63,77 0,36 3,99 2,9 100 Tabela 15: Como o acadêmico se desloca até a Universidade Fonte: Dados do Pesquisador 70 63,77% 60 50 carro 40 30 moto 25,72% ônibus/vans 20 10 bicicleta 3,26% 0,36% 3,99% 2,9% 0 à pé carona Figura 19: Como o acadêmico se desloca até a Universidade Fonte: Dados do Pesquisador Através desta pesquisa constata-se que 63,77% dos acadêmicos pesquisados deslocam-se para a Universidade por meio dos ônibus e vans. Este dado expressivo se explica pelo fato de muitos acadêmicos residirem em outros municípios e também aqueles que residem em Criciúma, e se utilizam deste meio de condução para chegar até a Universidade. A pesquisa também explicitou que 25,72% se deslocam até a Universidade de carro. 78 4.2.4 Fator determinante no momento de escolha pelo curso Opções de escolha Respostas % vontade própria opinião dos amigos pressão familiar imposição profissional não sei Total 221 3 5 31 16 276 80,07 1,09 1,81 11,23 5,8 100 Tabela 16: Fator determinante no momento de escolha pelo curso Fonte: Dados do Pesquisador 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 80,07% vontade própria 11,23% 1,09% 1,81% opinião dos amigos 5,8% pressão f amiliar imposição prof issional não sei Figura 20: Fator determinante no momento da escolha pelo curso Fonte: Dados do Pesquisador Através da pesquisa constatou-se que 80,07% dos acadêmicos escolheram ingressar no curso por vontade própria. Logo em seguida, aparece com 11,23%, a imposição profissional como fator determinante para o acadêmico optar por este curso. As demais opções, como opinião dos amigos, pressão familiar e ainda a opção não sei responder, obtiveram um percentual muito pequeno se comparado as outras citadas anteriormente. 79 4.2.5 Existência de algum parente cursando ADM ou Comércio Exterior Opções de escolha Respostas % Sim, apenas 1 Sim, 2 parentes Sim, 3 parentes Sim, mais de 3 Não Total 49 10 1 9 207 276 17,75 3,62 0,36 3,26 75 100 Tabela 17: Existência de algum parente cursando ADM ou Comércio Exterior Fonte: Dados do Pesquisador 80 75% 70 60 50 Sim, apenas 1 40 Sim, 2 parentes 30 Sim, 3 parentes 20 Sim, mais de 3 17,75% Não 10 3,62% 0,36% 3,26% 0 Sim, apenas 1 Sim, 2 parentes Sim, 3 parentes Sim, mais de 3 Não Figura 21: Existência de algum parente cursando ADM ou Comércio Exterior Fonte: Dados do Pesquisador De acordo com a pesquisa, 75% dos acadêmicos não possuem nenhum parente cursando Administração ou Comércio Exterior. Aqueles que possuem ao menos um parente no curso foram 17,75%, e as opções que tratavam acima de 1 parente, somadas não chegaram a 7,5%. 80 4.2.6 Tipo de mídia na qual o acadêmico tem informações do curso Opções de escolha Respostas % rádio outdoor jornal televisão internet outra Total 13 15 16 40 181 11 276 4,71 5,43 5,8 14,49 65,58 3,99 100 Tabela 18: Tipo de Mídia na qual o acadêmico tem informações do curso Fonte: Dados do Pesquisador 70 65,58% 60 50 rádio outdoor 40 jornal 30 televisão 20 10 internet 14,49% 4,71% 5,43% 5,8% rádio outdoor jornal outra 3,99% 0 televisão internet outra Figura 22: Tipo de mídia na qual o acadêmico tem informações do curso Fonte: Dados do Pesquisador Observa-se nesta pesquisa que 65,58% obtêm notícias sobre o curso, através da internet. Este dado reforça a abrangência e a força deste poderoso meio de comunicação no século XXI. A televisão aparece em seguida com 14,49%, seguida do jornal com 5,8%, do outdoor com 5,43%, do rádio com 4,71% e de outras maneiras com 3,99%. Dentre estas outras mídias, alguns acadêmicos citaram folders e revistas da UNESC. Houve também quem citasse outras formas que não são mídias, como informações através de parentes, amigos, “boca a boca” e informações na própria Universidade. 81 4.2.7 O principal motivo em cursar este curso de graduação Opções de escolha Respostas % obtenção do diploma a busca pelo conhecimento ascensão profissional outra Total 16 106 5,8 38,4 151 3 276 54,71 1,09 100 Tabela 19: O principal motivo em cursar este curso de graduação Fonte: Dados do Pesquisador 54,71% 60 50 38,4% 40 30 obtenção do diploma 20 10 0 5,8% 1,09% a busca pelo conhecimento ascensão prof issional outra Figura 23: Principal motivo em cursar este curso de graduação Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa nos mostrou que 54,71% dos acadêmicos foram motivados a cursar a graduação, vislumbrando uma ascensão profissional. Logo em seguida, com 38,4%, a busca pelo conhecimento foi apontada como sendo a motivação destes acadêmicos. Obter o diploma foi à motivação para apenas 5,8% dos acadêmicos pesquisados. Os que mencionaram a opção “outra”, um acadêmico justificou escrevendo que foi “devido à carência no mercado de Araranguá”. 82 4.2.8 Consideração do acadêmico sobre o tempo de duração do curso Opções de escolha Respostas % insuficiente suficiente mais que o suficiente não sei o tempo Total 25 225 26 0 276 9,06 81,52 9,42 0 100 Tabela 20: Consideração do acadêmico sobre o tempo de duração do curso Fonte: Dados do Pesquisador 90 81,52% 80 70 60 50 insuf iciente 40 suf iciente 30 mais que o suf iciente 20 10 não sei o tempo 9,06% 9,42% 0% 0 insuf iciente suf iciente mais que o não sei o suf iciente tempo Figura 24: Consideração do acadêmico sobre o tempo de duração do curso Fonte: Dados do acadêmico Através da pesquisa constatou-se que 81,52% dos acadêmicos consideram suficiente o tempo de duração do curso. Apenas 9,06% consideram insuficiente o tempo e 9,42% pensam que o curso tem uma duração maior do que deveria ter. A pesquisa mostra que todos os acadêmicos sabem o tempo de duração do curso, pois não houve que marcasse a opção “não sei o tempo”. 83 4.2.9 Período de maior qualidade na aprendizagem, segundo os acadêmicos Opções de escolha Matutino Noturno Total Respostas 199 77 276 % 72,1 27,9 100 Tabela 21: Período de maior qualidade na aprendizagem, segundo os acadêmicos Fonte: Dados do Pesquisador 27,90% Matutino Noturno 72,10% Figura 25: Período de maior qualidade na aprendizagem, segundo os acadêmicos Fonte: Dados do Pesquisador Com esta pesquisa constatou-se que 72,10% dos acadêmicos consideram que período matutino resulta em uma melhor qualidade no ensinoaprendizagem. Com relação ao período noturno, 27,90% consideraram este período como sendo mais proveitoso para esta qualidade esperada. Abaixo segue algumas contribuições dos acadêmicos que escolheram à opção Matutino, como sendo aquela que resulta em uma melhor qualidade do ensino-aprendizagem: - “A mente não está saturada” - “Pois já inicia o dia descansado” - “à noite o cara está muito cansado” - “Estamos descansados e prontos para aprender” 84 - “Pois se absorve melhor o conteúdo no inicio do dia” - “O horário noturno não é respeitado” - “pela bagunça ser menor” Através das contribuições destes acadêmicos, foi explicitado a preferência com relação ao período matutino, como sendo aquele em que o acadêmico tem uma melhor qualidade do ensino-aprendizagem. A maioria deles pensam que no período matutino, o corpo e a mente estão mais descansados e isso propicia uma melhor qualidade de aula, por parte do acadêmico. Pois, como a maior parte dos acadêmicos, estudam no período noturno e trabalham de dia, eles sentem o cansaço da mente e do corpo depois de um dia atribulado somado ao deslocamento até a universidade. 85 4.3 A percepção do acadêmico com relação à qualidade do curso Opções de escolha Respostas % ruim regular bom ótimo não sei responder Total 3 58 163 51 1 276 1,09 21,01 59,06 18,48 0,36 100 Tabela 22: A percepção do acadêmico com relação à qualidade do curso Fonte: Dados do Pesquisador 70 59,06% 60 50 40 ruim 30 21,01% 20 10 18,48% regular bom 1,09% 0,36% 0 ótimo não sei responder Figura 26: A percepção do acadêmico com relação à qualidade do curso Fonte: Dados do pesquisador A pesquisa constatou que 59,06% dos acadêmicos consideram o curso bom. Logo em seguida, 21,01% dos acadêmicos pesquisados consideraram o curso regular e 18,48% consideram o curso ótimo. O percentual dos acadêmicos que consideraram o curso ruim ou que não souberam responder a este questionamento foi pequeno, 1,09% e 0,36% respectivamente. 86 4.3.1 A opinião do acadêmico com relação ao valor da mensalidade Opções de escolha Respostas % barato adequado caro muito caro nunca pensei à respeito Total 2 76 139 46 13 0,72 27,54 50,36 16,67 4,71 276 100 Tabela 23: A opinião do acadêmico com relação ao valor da mensalidade Fonte: Dados do Acadêmico 60 50,36% 50 40 27,54% 30 16,67% 20 10 0 0,72% barato 4,71% adequado caro muito caro nunca pensei à respeito Figura 27: A opinião do acadêmico com relação ao valor da mensalidade Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa mostra que 50,36% dos acadêmicos pesquisados consideram caro o valor da mensalidade. Já para 27,54% dos pesquisados, o valor da mensalidade está adequado. Para 16,67% dos acadêmicos o valor da mensalidade é muito caro. Aqueles acadêmicos que pensam ser barato e os que nunca pensaram a respeito do valor, foram 0,72% e 4,71% respectivamente. 87 4.3.2 Utilização de alguma forma de financiamento estudantil Opções de escolha Sim Não Não sabia da existência de algum Total Respostas 20 245 11 % 7,25 88,77 3,98 276 100 Tabela 24: Utilização de alguma forma de financiamento estudantil Fonte: Dados do Pesquisador 3,98% 7,25% Sim Não Não sabia da existência de algum 88,77% Figura 28: Utilização de alguma forma de financiamento estudantil Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa nos mostra que a grande maioria dos acadêmicos, 88,77%, não se utiliza de nenhuma forma de financiamento estudantil para cursar a graduação. Já aqueles que se utilizam de alguma forma de financiamento são 7,25% dos acadêmicos pesquisados. Dentre os poucos acadêmicos que citaram a forma de financiamento que eles utilizam, está o Artigo 170. A pesquisa ainda nos mostra que 3,98% dos pesquisados desconheciam alguma forma de financiamento estudantil. 88 4.3.3 Avaliação dos Acadêmicos com relação aos serviços/estrutura da UNESC. 4.3.3.1 Estacionamento Opções de escolha Respostas % Importante Indiferente Irrelevante Total 241 24 11 276 87,32 8,69 3,99 100 Tabela 25: Avaliação dos acadêmicos com relação ao estacionamento Fonte: Dados do Pesquisador 100 90 87,32% 80 70 60 Importante 50 Indif erente 40 Irrelevante 30 20 8,69% 10 3,99% 0 Importante Indif erente Irrelevante Figura 29: Avaliação dos acadêmicos com relação ao estacionamento Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa mostrou que o estacionamento é um item estrutural importante para 87,32% dos acadêmicos. O percentual dos pesquisados que pensam ser um item indiferente, foi de 8,69%. Já aqueles que pensam ser um item sem relevância nenhuma foi de 3,99% dos pesquisados. 89 4.3.3.2 Trânsito Opções de escolha Respostas % Importante Indiferente Irrelevante Total 234 26 16 276 84,78 9,42 5,8 100 Tabela 26: Avaliação dos acadêmicos com relação ao trânsito Fonte: Dados do Pesquisador 90 84,78% 80 70 60 50 Importante 40 Indif erente 30 Irrelevante 20 9,42% 10 5,8% 0 Importante Indif erente Irrelevante Figura 30: Avaliação dos acadêmicos com relação ao trânsito Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa mostrou que para 84,78% dos acadêmicos a questão do trânsito é muito importante. Este percentual pode ser explicado pela influência direta na questão do horário dos acadêmicos e também quanto à pontualidade dos mesmos em relação às aulas. O percentual dos pesquisados que são indiferentes a este item foi de 9,42%. Para aqueles que não vêem relevância alguma na questão do trânsito foi de 5,8%. 90 4.3.3.3 Segurança Opções de escolha Respostas % Importante Indiferente Irrelevante Total 269 7 0 276 97,46 2,54 0 100 Tabela 27: Avaliação dos acadêmicos com relação à segurança Fonte: Dados do Pesquisador 120 97,46% 100 80 Importante 60 Indif erente Irrelevante 40 20 2,54% 0% Indif erente Irrelevante 0 Importante Figura 31: Avaliação dos acadêmicos com relação à segurança Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa mostrou que 97,46% dos acadêmicos pesquisados pensam que a Segurança é uma questão de importância. Apenas 2,54% se disseram indiferentes à Segurança e nenhum dos pesquisados pensou ser um item irrelevante. 91 4.3.3.4 Localização Opções de escolha Respostas % Importante Indiferente Irrelevante Total 230 44 2 276 83,34 15,94 0,72 100 Tabela 28: Avaliação dos acadêmicos com relação à localização Fonte: Dados do Pesquisador 90 83,34% 80 70 60 50 Importante 40 Indiferente 30 Irrelevante 15,94% 20 10 0,72% 0 Importante Indiferente Irrelevante Figura 32: Avaliação dos acadêmicos com relação à localização Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa mostrou que 83,34% dos acadêmicos pesquisados consideram a localização um item importante. O percentual dos que se consideram indiferente com relação à localização, foi de 15,94%. Já aqueles que acham irrelevante este item foram apenas 0,72% do total de pesquisados. Com relação à localização percebe-se que o percentual dos que são indiferentes à ela, aumentou com relação aos três itens anteriores. 92 4.3.3.5 Biblioteca Opções de escolha Respostas % Importante Indiferente Irrelevante Total 258 16 2 276 93,48 5,8 0,72 100 Tabela 29: Avaliação dos acadêmicos com relação à biblioteca Fonte: Dados do Pesquisador 100 93,48% 90 80 70 60 Importante 50 Indif erente 40 Irrelevante 30 20 5,8% 10 0,72% 0 Importante Indif erente Irrelevante Figura 33: Avaliação dos acadêmicos com relação à biblioteca Fonte: Dados do Pesquisador Através da pesquisa constata-se que para 93,48% dos acadêmicos pesquisados, a biblioteca é um item importante na conjuntura estrutural de um curso/universidade. Sendo, que consideraram indiferente ou irrelevante, apenas 5,8% e 0,72% respectivamente. 93 4.3.3.6 Salas de Aula Opções de escolha Respostas % Importante Indiferente Irrelevante Total 264 8 4 276 95,65 2,9 1,45 100 Tabela 30: Avaliação dos acadêmicos com relação à sala de aula Fonte: Dados do Pesquisador 120 100 95,65% 80 Importante 60 Indif erente Irrelevante 40 20 2,9% 1,45% Indif erente Irrelevante 0 Importante Figura 34: Avaliação dos acadêmicos com relação à sala de aula Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa nos mostra que 95,65% dos acadêmicos consideram importante a estrutura de uma sala de aula. Este percentual elevado se explica pelo fato da sala de aula ser o ambiente da universidade onde ele fica a maior parte do tempo. Os acadêmicos pesquisados que se dizem indiferentes ou acham irrelevante a estrutura de uma sala de aula, somados não chegaram a 5%. 94 4.3.3.7 Laboratórios Opções de escolha Respostas % Importante Indiferente Irrelevante Total 257 17 2 276 93,12 6,16 0,72 100 Tabela 31: Avaliação dos acadêmicos com relação aos laboratórios Fonte: Dados do Pesquisador 100 93,12% 90 80 70 60 Importante 50 Indif erente 40 Irrelevante 30 20 6,16% 10 0,72% 0 Importante Indif erente Irrelevante Figura 35: Avaliação dos acadêmicos com relação aos laboratórios Fonte: Dados do Pesquisador Através da pesquisa constata-se que para 93,12% dos acadêmicos pesquisados, os laboratórios são itens importantes no contexto estrutural de um curso/universidade. Sendo que, consideram-se indiferentes 6,16% e pensam ser um item irrelevante 0,72% dos acadêmicos pesquisados. 95 4.3.3.8 Recursos Eletrônicos (Data Show e Computadores) Opções de escolha Respostas % Importante Indiferente Irrelevante Total 241 32 3 276 87,32 11,59 1,09 100 Tabela 32: Avaliação dos acadêmicos com relação aos recursos eletrônicos Fonte: Dados do Pesquisador 100 90 87,32% 80 70 60 Importante 50 Indif erente 40 Irrelevante 30 20 11,59% 10 1,09% 0 Importante Indif erente Irrelevante Figura 36: Avaliação dos acadêmicos com relação aos recursos eletrônicos Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa nos mostra que 87,32% dos acadêmicos pesquisados consideram importantes os recursos eletrônicos de um curso/universidade. Atualmente, os recursos eletrônicos exercem um papel muito importante na vida de todos, no ambiente acadêmico não seria diferente. Os acadêmicos pesquisados que se dizem indiferentes a estes recursos, foi de 11,59% e os que pensam ser irrelevantes foi de apenas 1,09%. 96 4.3.3.9 Serviços de Cantina Opções de escolha Respostas % Importante Indiferente Irrelevante Total 174 92 10 276 63,04 33,33 3,62 100 Tabela 33: Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços de cantina Fonte: Dados do Pesquisador 70 63,04% 60 50 40 33,33% Importante Indif erente 30 Irrelevante 20 10 3,62% 0 Importante Indif erente Irrelevante Figura 37: Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços de cantina Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa nos mostra que para 63,04% dos acadêmicos pesquisados, os serviços de cantina são importantes itens estruturais de uma Universidade. O percentual dos que são indiferentes foi de 33,33%, o que pode ser considerado um percentual relevante. Este número de pessoas indiferentes aos serviços de cantina, possivelmente deve-se ao fato de muitos acadêmicos não fazerem nenhum tipo de lanche ou refeição na universidade. O percentual dos que consideram irrelevante, foi de apenas 3,62%. 97 4.3.4 Serviços de Fotocópia Opções de escolha Respostas % Importante Indiferente Irrelevante Total 219 50 7 276 79,35 18,11 2,54 100 Tabela 34: Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços de fotocópia Fonte: Dados do Pesquisador 90 80 79,35% 70 60 50 Importante 40 Indiferente 30 Irrelevante 18,11% 20 10 2,54% 0 Importante Indiferente Irrelevante Figura 38: Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços de fotocópia Fonte: Dados do Pesquisador Através da pesquisa constata-se que para 79,35% dos acadêmicos pesquisados, os serviços de fotocópia são importantes dentro de uma instituição. Este percentual pode ser explicado, pelo fato da grande quantidade de fotocópias ou impressões de trabalhos, que é demandado pelas disciplinas do curso. Sendo assim, um serviço eficiente de fotocópia ajuda muito nos afazeres dos acadêmicos. O percentual dos que são indiferentes a esses serviços foi de 18,11%, e os que consideram irrelevante, foi de apenas 2,54%. 98 4.3.5 Serviços Bancários Opções de escolha Respostas % Importante Indiferente Irrelevante Total 177 83 16 276 64,13 30,07 5,8 100 Tabela 35: Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços bancários Fonte: Dados do Pesquisador 70 64,13% 60 50 40 Importante 30,07% Indif erente 30 Irrelevante 20 10 5,8% 0 Importante Indif erente Irrelevante Figura 39: Avaliação dos acadêmicos com relação aos serviços bancários Fonte: Dados do Pesquisador Através da pesquisa constata-se que para 64,13% dos acadêmicos pesquisados, os serviços bancários disponíveis dentro de uma Universidade são importantes. Esta importância pode ser explicada pelo fato dos acadêmicos serem pessoas ocupadas, pois a maioria concilia trabalho e estudo, e desta forma um serviço bancário disponível na universidade pode ser de valia para estas pessoas. A pesquisa também constatou que 30,07% dos pesquisados são indiferentes a este serviço e 5,8% o consideram irrelevante na Universidade. Abaixo segue o Quadro 02 com algumas contribuições dos acadêmicos com relação a outros serviços/estrutura, que eles consideram importante. 99 Contribuições dos Acadêmicos com relação a outros serviços/estrutura considerados de importância. A construção de uma passarela coberta entre o bloco XXI e o Bloco R. Melhorar o acesso e a saída da Universidade. A construção de teatro e cinema na Universidade. Colocar no campus da UNESC caixa eletrônico da Caixa Econômica Federal. Transporte gratuito mesmo para quem reside em Criciúma. Ampliar o estacionamento da UNESC. Toda a estrutura deve estar em perfeito estado para auxiliar o docente. Concluir o acesso sul da UNESC Ar condicionado em todas as salas de aula. Quadro 02: Contribuições dos acadêmicos com relação a outros serviços/estruturas importantes Fonte: Dados do Pesquisador Com as contribuições destes acadêmicos, pode-se perceber a preocupação destes com os acessos até a Universidade e também com os estacionamentos oferecidos. O trânsito, somado aos estacionamentos, são questões de grande relevância para a maioria dos acadêmicos, pois acabam por influenciar na pontualidade com relação ao início de uma aula e também na hora de ir embora para suas casas depois de mais um dia de estudo. Uma outra situação, e que foi citada por mais de um acadêmico, é a construção de uma passarela que faça a ligação entre os blocos XXI e o Bloco R. Pois como o departamento de Administração se encontra no bloco R, assim como a maioria das aulas que estes acadêmicos têm, há um grande trecho a ser percorrido e com os dias de chuva essa situação fica mais incômoda. As demais contribuições levantadas, dizem respeito a questões de estrutura das salas de aula e também da Universidade. 100 4.3.6 As possibilidades profissionais depois de concluído o curso, segundo o Acadêmico Opções de escolha continuarão as mesmas aumentarão não tenho opinião Total Respostas 23 % 8,33 232 21 276 84,06 7,61 100 Tabela 36: As possibilidades profissionais depois de concluído o curso, segundo o acadêmico Fonte: Dados do Pesquisador 90 84,06% 80 70 60 50 continuarão as mesmas 40 aumentarão 30 não tenho opinião 20 10 8,33% 7,61% 0 continuarão as mesmas aumentarão não tenho opinião Figura 40: As possibilidades profissionais depois de concluído o curso, segundo o acadêmico Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa nos mostra que para 84,06% dos acadêmicos, as possibilidades profissionais depois de concluído o curso, aumentarão. Este percentual nos mostra o otimismo dos acadêmicos pesquisados com relação a um futuro profissional próximo. O percentual dos que consideram que as possibilidades profissionais continuarão as mesmas do presente momento foi de 8,33%. Aqueles que não tiveram uma opinião a respeito foi de 7,61% dos pesquisados. 101 4.3.7 A pretensão do acadêmico quanto a cursar outro curso na UNESC Opções de escolha Sim Respostas 141 % 51,09 Não Não pensei ainda à respeito Total 37 98 13,4 35,51 276 100 Tabela 37: A pretensão do acadêmico quanto a cursar outro curso na UNESC Fonte: Dados do Pesquisador 35,51% Sim 51,09% Não Não pensei ainda à respeito 13,40% Figura 41: A pretensão do acadêmico quanto a cursar outro curso na UNESC Fonte: Dados do Pesquisador A pesquisa nos mostra que 51,09% dos acadêmicos têm a pretensão de cursar outro curso na UNESC. O percentual dos acadêmicos que não pretendem ficou em 13,40%. Houve ainda, um percentual expressivo daqueles que não tem uma opinião formada a respeito, os quais foram 35,51%. Dos 51,09% que tem a pretensão de cursar outro curso na UNESC, a grande maioria deles explicitou na pesquisa, que tem a intenção em fazer uma pós – graduação na Instituição. 102 4.4 PROPOSTAS DE ESTRATÉGIAS DE MARKETING A fundamentação teórica, na primeira parte deste trabalho, serviu como embasamento para se explicar as contribuições científicas a respeito dos assuntos que permeiam o tema. A pesquisa bibliográfica serviu como base para elaborar a fundamentação teórica, e depois possibilitar que o pesquisador fosse a campo para aplicar o seu instrumento de coleta dos dados. Através da pesquisa, se obteve as informações necessárias para poder se propor algumas estratégias. Pois tais estratégias devem ser elaboradas depois de uma análise do ambiente, no qual são identificados os seus pontos fortes e fracos e suas ameaças e oportunidades. Tais estratégias visam maximizar as oportunidades e minimizar as ameaças que este ambiente impõe a Instituição. 103 Análise do ambiente externo: Oportunidades e Ameaças Oportunidades: - O percentual de acadêmicos que se enquadram em uma faixa etária acima de 30 anos não chega a 6%. - 50,72% dos acadêmicos pesquisados concluíram o ensino médio em uma instituição privada de ensino e 49,28% concluíram em uma instituição pública. - Verificado um baixo percentual de acadêmicos que já cursaram outro curso superior, apenas 4,35%. - A internet foi apontada por 65,58% dos acadêmicos como sendo o meio de comunicação onde eles obtêm as informações do curso. - 54,71% dos acadêmicos disseram ter ingressado no curso com o intuito de uma ascensão profissional. - 51,09% dos acadêmicos pesquisados têm a pretensão de cursar outro curso depois de concluírem o que está em andamento. Ameaças: - A ausência de acadêmicos de Tubarão e a pouca participação daquela região no quadro de acadêmicos do curso. - O Valor da mensalidade é considerado caro para 50,36% dos acadêmicos e muito caro para 16,67%, dessa forma constata-se a insatisfação da maioria com relação ao dispêndio financeiro efetuado todo mês. - A maioria dos acadêmicos, 72,10% demonstrarem preferência pelo período matutino, como sendo aquele que propicia uma melhor qualidade no ensinoaprendizagem. Sendo que 87,08% do total de acadêmicos de ADM e Comércio Exterior estudam no período noturno. Quadro 03: Análise do ambiente externo Fonte: Dados do Pesquisador 104 Análise do ambiente interno: Pontos Fortes e Pontos Fracos Pontos Fortes: - O percentual dos que classificam o curso como bom e ótimo, somados chega a quase 78% dos acadêmicos. - A Segurança foi considerada importante para 97,43% dos acadêmicos pesquisados. Podemos perceber no dia a dia, um serviço de segurança eficiente e zeloso. - A localização foi considerada importante para 83,34% dos acadêmicos, e neste quesito, podemos realmente constatar que a localização da Universidade é privilegiada e permite o acesso fácil a diversas vias importantes. - A biblioteca foi considerada importante para 93,48% das pessoas pesquisadas. Sendo que ela pode ser considerada um ponto forte, pela sua informatização e agilidade nos serviços. - Os laboratórios de informática foram considerados importantes para 93,12% dos pesquisados. Sendo que pode ser considerado um ponto forte devido à quantidade de laboratórios de informática disponíveis e a recente renovação que se pode perceber no maquinário. - O tempo de duração do curso foi considerado suficiente por 81,52% dos acadêmicos pesquisados. Pontos Fracos: - O estacionamento que não comporta mais o volume de carros à noite, e este item foi considerado importante por 87,32% dos acadêmicos pesquisados. - O trânsito à noite no campus é caótico, e este item foi considerado importante para 84,78% dos acadêmicos. - Nem todas as salas de aula são dotadas de uma estrutura satisfatória, sendo que este item foi considerado importante para 95,65% dos acadêmicos. - O setor de estágios da UNESC mostra-se ineficiente, sendo que 54,71% dos entrevistados buscam uma ascensão profissional. Um setor de estágios eficiente, que encaminhasse os acadêmicos para bons estágios, colaboraria muito para o crescimento profissional do acadêmico. Quadro 04: Análise do ambiente interno Fonte: Dados do Pesquisador 105 Estratégias Objetivos -Realizar campanhas de marketing -Alavancar a demanda de com o foco nas pessoas com mais de matrículas de pessoas que se 30 anos de idade. encontram nesta faixa etária. -Realizar a divulgação do curso, principalmente no último ano do ensino-médio, nas escolas públicas e particulares da cidade e da região. - Continuar tendo a demanda por acadêmicos oriundos destes dois tipos de instituições de ensino. - Promover campanhas que sejam direcionadas para aquelas pessoas que já concluíram outro curso na graduação, ingressarem no curso de ADM ou Comercio Exterior. Para que sirva de complemento profissional a alguma graduação similar que já tenha sido cursada anteriormente. - Alavancar a demanda de acadêmicos que já tenham cursado outra graduação anteriormente, de preferência que já a tenham concluído. -Encaminhar os acadêmicos, aqueles que não estiverem trabalhando, ou aqueles que estiverem descontentes com o seu emprego, a estágios de qualidade. Estágios estes que ajudarão o acadêmico a um aperfeiçoamento gradativo que maximizará os seus conhecimentos e habilidades. -Ajudar na realização profissional destes acadêmicos, já que a maioria almeja uma ascensão profissional como objetivo de estarem cursando uma graduação. -O desenvolvimento por parte do departamento, de cursos suplementares de aprimoramento de algumas ferramentas que compõe o escopo do curso. -Absorver a parcela dos acadêmicos que têm a pretensão em cursar outro curso na instituição, depois de concluído o curso em andamento. -Aprimorar os métodos de divulgação das informações e continuar transmitindo as novidades do curso através da internet. -Para que este tipo de mídia, que é o mais comum para o acadêmico estar informado com relação ao curso, permaneça com essa relevância e abrangência entre os acadêmicos. Oportunidades 106 Ameaças -Realizar campanhas publicitárias sobre o curso no município de Tubarão e também na sua região. Anunciando nos jornais daquele município e também nas rádios, as notícias sobre o curso. -Aumentar a demanda de acadêmicos residentes no município de Tubarão e também naquela região. -O curso deve procurar diminuir o valor da mensalidade cobrada, através de parcerias corporativas. Parcerias estas que visem um acordo bilateral. -Diminuir a insatisfação dos acadêmicos com relação ao valor cobrado de mensalidade pelo curso. -Devido à ampla preferência pelo - Aumentar a demanda de período matutino, por parte dos acadêmicos no período acadêmicos, o curso deve buscar matutino. agregar um estágio de meio período para o período vespertino, para aqueles que estudam na manhã. Quadro 05: Estratégias e Objetivos para as Oportunidades e Ameaças Fonte: Morais, 2009 107 Pontos fortes Estratégias Objetivos - Sempre buscar implementar novas idéias, adequando as disciplinas à realidade, reformulando conceitos didáticos e ouvindo o que os acadêmicos têm a dizer com relação ao que estes julgam pertinente quanto à melhorias no curso. -Continuar tendo a aprovação de 78% dos acadêmicos que consideram o curso bom ou ótimo. E buscar aumentar este percentual de satisfeitos. -Com relação à biblioteca, sempre buscar renovar os livros relacionados às disciplinas do curso e também aqueles livros que tratam do curso em geral. -Fazer com que a ótima percepção que os acadêmicos têm com relação à biblioteca, aliado a um bom acervo de livros relacionados ao seu curso, continue sendo um ponto forte para estes acadêmicos. -Modificar a grade do curso, com relação a algumas disciplinas. Incluir disciplinas que tenham uma temática de oferecer situações vivenciadas na prática e excluir algumas disciplinas que possam ter suas partes alocadas para outras já existentes. - Melhorar a grade do curso com relação às disciplinas que compõe o curso, sem alterar o tempo de duração do mesmo. Já que a maioria dos acadêmicos considera suficiente o tempo de duração do curso. 108 -Buscar uma alternativa junto à UNESC para resolver a questão do estacionamento no Bloco R. Buscar uma maneira de ampliá-lo. -Reduzir a insatisfação do acadêmico que se desloca de carro para a Universidade. Porque o que se verifica é que depois de alguns minutos de iniciada a aula, não se encontra mais lugar para estacionar. -Melhorar os acessos até a Universidade, como forma de buscar uma alternativa, para o trânsito que se verifica principalmente no período noturno. -Diminuir a insatisfação dos acadêmicos com relação ao caótico trânsito verificado no período noturno na UNESC. -Melhorar a questão estrutural das salas de aulas. Pois nem todas são dotadas de uma condição satisfatória. Colocar ar-condicionado em todas as salas, cadeiras ergonômicas e sistema de áudio e vídeo. -Melhorar este ambiente é de fundamental importância para aumentar a satisfação dos acadêmicos, pois é onde este passa a maior parte do tempo quando está na Universidade. Além de ter sido considerado importante para a grande maioria dos acadêmicos. -Melhorar o setor de estágios da UNESC, promovendo parcerias mais eficazes e com grandes empresas da região. -Melhorando o setor de estágios, a grande parcela dos acadêmicos que disseram ter ingressado no curso com o objetivo de uma ascensão profissional, terão como aliado um estágio de boa qualidade e que permita ao acadêmico um crescimento profissional gradativo. Pontos Fracos Quadro 06: Estratégias e Objetivos para Pontos Fortes e Fracos. Fonte: Morais, 2009 109 5 CONCLUSÃO Pode-se concluir com a presente pesquisa, que quando uma organização conhece as características que compõe os seus clientes, fica mais fácil uma análise que leve a uma posterior proposição para que se mude o quadro atual. Pois a análise da composição de mercado de um grupo específico que se queira estudar, pode trazer para a organização que propôs o estudo, informações valiosas a respeito de quem influencia diretamente no sucesso do negócio, que são os próprios clientes. O presente estudo foi realizado com o objetivo de analisar a segmentação de mercado dos acadêmicos que compõe os cursos de Administração e Comércio Exterior da UNESC, sendo que foi possível através deste estudo, conhecer as diversas características que compõe a vida destes acadêmicos e como elas influenciam as opiniões e as vontades de mudança com relação a alguns itens que compõe o curso no qual eles estão inseridos. Com a aplicação do questionário entre os acadêmicos, e uma posterior análise das informações fornecidas por estes meios de coletas de dado, foi possível visualizar as características que compõe estes acadêmicos, e também a sua postura com relação ao curso no qual estes se encontram. Algumas perguntas que foram inseridas no questionário, depois de feita uma análise, levou ao próprio pesquisador resultados que este não esperava ou que julgava que não fosse dessa forma. Através da pesquisa se pode constatar, que com relação à maioria dos itens que foram levantados, pertinentes tanto ao curso como a Universidade, os acadêmicos estabeleceram bons conceitos e em apenas alguns poucos itens não há uma concordância em relação ao que vem sendo empregado. Dessa forma, o curso pode se valer das informações levantadas e com isso buscar aumentar a demanda de acadêmicos no curso se lhe aprouver no momento. Pode-se concluir que os objetivos do presente trabalho, foram alcançados, pois as características que compõe os acadêmicos foram levantadas e as proposições de marketing foram feitas com o intuito de melhorar o curso. 110 REFERÊNCIAS ANGELO, Claudio Felisoni de; GIANGRANDE, Vera (Coord.). Marketing de relacionamento no varejo. São Paulo: Atlas, 1999. 140 p. AZEVEDO, Abaetê de; POMERANZ, Ricardo. Marketing de resultados. São Paulo: M. Books do Brasil, 2004. 252 p. BAKER, Michael John. Administração de marketing. Tradução de Arlete Simille Marques. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 603 p. BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. 5. ed. rev Florianópolis: Ed. UFSC, 2004. 340 p. CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 5 ed. São Paulo: Ed. Cortez, 2001. 164 p. CHURCHILL JR., Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing : criando valor para os clientes. Tradução de Cecília C. Bartalotti e Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2000. 626 p. DIAS, Sergio Roberto. Gestão de marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. 539p. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed São Paulo: Atlas, 2002. 175 p. GIULIANI, Antonio Carlos. Marketing contemporâneo: novas práticas de gestão com estudo de casos brasileiros. São Paulo: Saraiva, 2006. 309p. GORDON, Ian; PINHEIRO,Mauro. 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Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 3 ed. rev. e ampl. São Paulo: Ed. Atlas, 1996. 231 p. _________ Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2002. 282 p. MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing: metodologia, planejamento. 6. ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Atlas, 2005. v. 1. 347p. MCDONALD, Malcolm. Planos de marketing. Tradução de Arlete Simille Marques. Rio de Janeiro: Campus, 2008. 442p. MENSHHEIN, Rafael M. Maslow e o Marketing. 1 gravura, color. Disponível em http://www.portaldaadministracao.org/search/maslow. Acesso em: 08 set. 2009. OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. 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Sua idade ( ) 18 à 25 2. Sexo ( ) Feminino ( ) 26 à 30 ( ) 31 à 36 ( ) acima de 36 ( ) Masculino 3. Qual o seu estado civil? ( ) solteiro(a) ( ) casado(a) ( ) viúvo(a) ( ) separado(a) ( )divorciado(a) 4. Possui filhos ou dependentes? ( ) Sim ( ) Não Comente sua resposta:______________________________________ 5. Concluiu o ensino médio em qual tipo de Instituição de Ensino? ( ) Ensino Público ( ) Ensino Privado 6. Já fez algum curso superior? ( ) Sim ( ) Não Em caso afirmativo, qual o curso?__________________ 7. Você está empregado no momento? ( ) Sim ( ) Não Comente sua resposta:_______________________________________ 8. Em qual município você reside? ( ) Criciúma ( ) Içara ( ) Forquilhinha ( ) Siderópolis ( ) Araranguá ( ) Tubarão ( ) outro município, qual?________ 9. Quantas pessoas residem com você? ( ) somente você ( )1 à 2 ()3à4 ()5à6 ( ) Urussanga ( ) Sombrio ( ) mais de 6 pessoas 114 10. Qual a sua etnia? ( ) Italiana ( ) Alemã ( ) Portuguesa ( ) Árabe ( ) Africana ( ) Japonesa ( ) Espanhola ( ) Outra, qual?________ 11. Qual a sua religião? ( ) Católico ( ) Evangélico ( ) Judeu ( ) Budista ( ) outra, qual?________ ( ) Polonesa ( ) Francesa ( ) Muçulmano ( ) Ateu 12. Qual a sua renda aproximada? ( ) até R$ 500,00 ( )R$501,00 à R$1.000,00 ( )R$ 1.001 à R$ 1500,00 ( ) R$ 1.501,00 à 2.000,00 ( ) R$ 2.001,00 à R$ 3.000,00 ( ) acima de R$ 3.000,00 13. Como você se desloca até a Universidade? ( ) carro ( ) moto ( ) ônibus/vans ( ) bicicleta ( ) à pé ( ) carona Comente a sua resposta:________________________________ 14. O que foi determinante na escolha por este curso de graduação? ( ) vontade própria ( ) opinião dos amigos ( ) pressão familiar ( ) imposição profissional ( ) não sei responder Comente sua resposta:____________________________________ 15. Você possui algum parente que é acadêmico do curso de administração ou comércio exterior da UNESC? ( ) Sim, apenas 1 ( ) Sim, 2 parentes ( ) Sim, 3 parentes ( ) Sim, mais de 3 ( ) Não 16. Por qual tipo de mídia você toma conhecimento sobre notícias do curso de Administração ou Comércio Exterior da UNESC? ( ) rádio ( ) outdoor ( ) jornal ( ) televisão ( ) internet ( ) outra, qual?_______ Comente sua resposta:______________________________________ 17. Qual o seu principal motivo em cursar esta graduação? ( ) obtenção do diploma ( ) a busca pelo conhecimento ( ) ascensão profissional ( ) outra, qual?_______ Comente sua resposta:_______________________________________ 18. Com relação ao tempo de duração do curso, você o considera: ( ) insuficiente ( ) suficiente ( ) mais que o suficiente não sei o tempo de duração Comente sua resposta:_______________________________________ () 19. Qual período, na sua opinião, resulta em uma melhor qualidade no ensino-aprendizagem? ( ) Matutino ( )Noturno Comente sua resposta:______________________________________ 115 20. Com relação ao curso escolhido, você o qualifica como: ( ) ruim ( ) regular ( ) bom ( ) ótimo ( ) não sei responder Comente sua resposta:______________________________________ 21. Com relação ao valor da mensalidade, você o considera: ( ) barato ( ) adequado ( ) caro ( ) muito caro ( ) nunca pensei à respeito Comente sua resposta:______________________________________ 22. Você utiliza alguma forma de financiamento estudantil para cursar esta graduação? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabia da existência de algum Comente sua resposta:______________________________________ 23. Com relação aos benefícios/importância que a estrutura física de um curso/universidade trás para os acadêmicos, como você avalia?: Atributo Estacionamento Trânsito Segurança Localização Biblioteca Salas de Aula Laboratórios Recursos Eletrônicos(Data Show, Computadores) Serviços Cantina Serviços Fotocópia Serviços Bancários Importante Indiferente Irrelevante Comente sua resposta em relação a outros serviços/estrutura que você considera importante:____________________________________________ 24. Com relação às possibilidades profissionais depois de concluído o curso, você pensa que: ( ) continuarão as mesmas ( ) aumentarão ( ) não tenho opinião Comente sua resposta:_____________________________________ 25. Depois de concluída esta graduação, você pretende cursar outro curso na UNESC? ( ) Sim ( ) Não ( ) não pensei à respeito ainda Comente sua resposta:____________________________________ 116