Citogenotoxidade e o ambiente aquático: a arte como instrumento

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59º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 59o Congresso Brasileiro de Genética • 16 a 19 de setembro de 2013
Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Citogenotoxidade e o ambiente aquático:
a arte como instrumento de ensino visando
à conscientização da população – uma
experiência do projeto biologia na praça
Macedo, ACS; Romão, BK; Vasconcelos, BSM; Ribeiro, FA; Ferreira, LV; Camargo, MFF; Moura, RAR; Santos, TM;
Brasil, F; Oliveira, DM; Almeida, LM; Pinho, K; Bueno, R
Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, CEUNSP, Itu, SP
[email protected]
Palavras-chave: citogenotoxidade, ambiente aquático, material didático, maquetes, cariótipos
Os ambientes aquáticos sofrem constantemente contaminação por agentes químicos resultantes de atividades industriais
e produção agrícola, no entanto o emprego de tais agentes químicos pode estar relacionado com o aumento observado
atualmente na prevalência de malformações congênitas, câncer e distúrbios neurológicos e comportamentais em seres
vivos, em consequência das alterações genéticas induzidas por tais agentes. O Curso de Ciências Biológicas do Centro
Universitário Nossa Senhora do Patrocínio de Itu – SP promove anualmente o projeto “Biologia na Praça” que surgiu
a partir da necessidade de discutir e aprofundar os conhecimentos de biologia adquiridos pelos acadêmicos do curso
de graduação em Ciências Biológicas e aplicá-los em exposições para a população em geral, utilizando instrumentos
construídos pelos mesmos. Como o tema desse ano foi ”Ambientes aquáticos: o que eu tenho a ver com isso?”, um
grupo de acadêmicos do terceiro semestre deste curso objetivou avaliar o conhecimento da população participante do
evento “Biologia na Praça” sobre o tema citogenotoxidade e o ambiente aquático além de desenvolver instrumentos
lúdicos que facilitassem a compreensão da importância de estabelecer melhorias no tratamento dos efluentes a fim
de reduzir os impactos ambientais e consequentemente os riscos à saúde da população. Diante desse contexto, os
acadêmicos, baseados em seus conhecimentos em genética, elaboraram um questionário contendo questões objetivas,
confeccionaram maquetes representando os ambientes urbano e rural sendo submetidos a contaminações químicas
e elaboraram cariótipos, utilizando canudos coloridos, para representar os cromossomos normais e as alterações
cromossômicas que podem surgir devido ao contato com tais contaminantes, visando correlacionar a genética com
o tema proposto e conscientizar as pessoas sobre a influência das alterações ambientais em seu material genético e
indiretamente à sua saúde. Todos os instrumentos foram utilizados no evento “Biologia na Praça” para proporcionar
esclarecimentos à população sobre o tema proposto. Os questionários foram aplicados aleatoriamente a um total de
70 pessoas que transitavam na praça no momento do evento a fim de verificar se as mesmas tinham conhecimento
sobre a relação entre contaminação ambiental e alteração em seus cromossomos, levando a doenças. Após essa etapa, as
pessoas visualizavam as maquetes e os cariótipos e recebiam as explicações dadas pelos próprios acadêmicos, sendo que
o questionamento de maior significância foi relacionado à transmissão das doenças causadas por agentes químicos aos
descendentes. De 70 questionários respondidos, 90% reconheceram os agentes químicos como poluentes ambientais,
mas não relacionaram com as alterações cromossômicas. Esse projeto permitiu uma maior interação entre os acadêmicos
e a visualização da importância prática da citogenética, despertando o interesse dos acadêmicos na área de genética,
facilitando a sua compreensão, além da valorização dos acadêmicos perante a população em geral, o que ficou evidente
nos relatos dos participantes do projeto.
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