O exame da pelve menor pode colocar em evidência as seguintes modificações : Ilíaco em abertura Pelos testes de alongamento e encurtamento : O membro inferior se alonga e o encurtamento é menor ou igual a 0. Explicação articular : o ilíaco está em abertura. Explicação das cadeias musculares: a cadeia de abertura está superprogramada ao nível do ilíaco. Esta pode estar correlacionada à uma congestão abdominal ou à uma tensão pélvica, ao lado, que parasita e impede o teste de encurtamento. Ilíaco em fechamento Pelos testes de alongamento e encurtamento : O membro inferior se encurta e o alongamento é menor ou igual a 0. Explicação articular : o ilíaco está em fechamento. Explicação das cadeias musculares: a cadeia de fechamento está superprogramada ao nível do ilíaco. Esta pode estar correlacionada à uma tensão abdominal ou à uma congestão pélvica, ao lado, que parasita e impede o teste de alongamento. Pelve em abertura Os membros inferiores pelos testes alongam-se mais que encurtam : isso significa que os dois ilíacos estão em abertura. Os membros inferiores são normalmente de igual comprimento. Será necessário posturar em excêntrico as cadeias de abertura do tronco C.C.P., e as cadeias de abertura dos membros inferiores que estão superprogramadas. Será ainda necessário adicionar o exame e tratamento da cadeia estática visceral ao nível abdomino-pelviano se existir uma relação contentor-conteúdo que geram este esquema. Pelve em fechamento Os membros inferiores pelos testes encurtam-se mais que alongam : isso significa que os dois ilíacos estão em fechamento. Os membros inferiores são normalmente de igual comprimento. Será necessário posturar em excêntrico as cadeias de fechamento do tronco C.C.A., e as cadeias de fechamento dos membros inferiores que estão superprogramadas. Será ainda necessário adicionar o exame e tratamento da cadeia estática visceral ao nível abdominopelviano se existir uma relação contentorconteúdo que geram este esquema. Pelve em torsão: metade fechamento e metade abertura Neste caso encontraremos : - 3 pontos altos no lado da abertura - 3 pontos baixos no lado do fechamento - Uma concavidade lombar L4-L5 – sacro do lado baixo Os testes de alongamento e encurtamento nos indicarão se existe um lado que compensa ou os dois. Nós trataremos segundo o lado concernente à abertura ou fechamento ilíaco. A eles adicionaremos o exame e tratamento da cadeia estática visceral ao nível abdomino-pelviano se existir uma relação contentor-conteúdo que gera este esquema. A abertura-fechamento utiliza uma modificação de comprimento dos membros. Isso é demonstrado no livro 4 das cadeias musculares. Faremos um resumo. Verdadeira perna curta e falsa perna curta Uma verdadeira perna cursta terá um ilíaco que utiliza todas as suas capacidades de alongamento : anterioridade + abertura Uma verdadeira perna longa terá um ilíaco que utiliza todas as suas capacidades de encurtamento : posterioridade ( + fechamento) Uma falsa perna curta terá um ilíaco que utiliza todas as suas capacidades de encurtamento : fechamento (+ posterioridade) Uma falsa perna longa terá um ilíaco que utiliza todas as suas capacidades de alongamento : abertura (+ anterioridade) Se os resultados dos testes forem inversos, ou seja, alongamento ao teste de fechamento e encurtamento ao teste de abertura, significará que existe uma perda de mobilidade vertebral do lado aonde o resultado dos testes é inversoem geral ao nível lombar. O paciente terá uma marcha bem típica: o tronco está flexionado à frente, com flexão de quadril, abdução bem marcante de coxa e valgo dos joelhos. Pelve em fechamento abdominal e fechamento pélvico. (cavidades) Os testes de alongamento e encurtamento = 0 Isto significa que o ou os ilíacos não se adaptam mais à abertura e ao fechamento. Existe uma compressão global sacro-ilíaco, com uma superprogramação das cadeias de fechamento e abertura ao nível da pelve. . Análise pelas cadeias musculares - Quando a cavidade abdominal possui tensões centrípetas, ela instala o fechamento abdominal = fechamento ilíaco. - Quando a cavidade pelviana possui tensões centrípetas, ela instala o fechamento pélvico = abertura ilíaca. Acima, o estreito superior da pelve estará em fechamento: fechamento abdominal. Abaixo, o estreito inferior da pelve estará em abertura: fechamento pélvico. A prioridade será garantir e equilibrar as tensões internas abdominais e pelvianas, para poder desprogramar as cadeias musculares. Esta adaptação da pelve ½ superior em fechamento + ½ inferior em abertura ilíaca é possível graças à plasticidade dos ossos (vivos) e à organização das cadeias musculares em relação ao plano visceral. O paciente sofrendo de compressões excessivas sobre as sacro-ilíacas, terá dores de tipo inflamatória (aquecimento mecânico) com um perímetro de marcha limitado. A imobilidade instalará rapidamente uma anquilose, com dores agudas à mudanças de posição. O sacro sofre : - Na sua parte superior uma influência em fechamento : horizontalização. - Na sua parte baixa uma influência em abertura : verticalização. O sacro aumenta a sua cifose, se densifica. O paciente poderá apresentar dores crônicas do cóccix pelas tensões ++ do períneo assim como o avanço do promontório sacral, pinçamento de L5S1, curvatura lombo-sacra ao exame com retificação lombar. Pelve em abertura abdominal e abertura pélvica. (cavidades) Os testes de alongamento e encurtamento estão perturbados, pouco fiéis. Existe uma descompressão ao nível das sacro-ilíacas, com limitações de mobilidade nos quadris. O individuo compensará por uma hipermobilidade ilíaca em anterioridade-posterioridade. Notamos esta instabilidade sacro-ilíaca em razão da hiperlaxidez lombo-sacral. Análise pelas Cadeias Musculares - A cavidade abdominal possui um aumento de volume e instala a abertura abdominal = abertura ilíaca (pontos fixos trocanterianos). - A cavidade pélvica possui um aumento de volume e instala a abertura pelviana = fechamento ilíaco (pontos fixos no fêmur). A parte de cima da pelve está em abertura: abertura abdominal. A parte de baixo da pelve está em fechamento: abertura pelviana. O ilíaco terá uma prioridade de gerenciar as plenitudes abdominais e pelvianas para poder desprogramar as cadeias musculares. Tal adaptação da pelve = ½ superior em abertura + ½ inferior em fechamento é possível graças a plasticidade dos ossos (vivos) e à organização das cadeias musculares em relação ao plano visceral. O paciente sofre de compressões excessivas sobre as coxo-femorais pelas tensões musculares ao nível do glúteo mássimo (dores ao nível trocanteriano, e crista ilíaca) e ao nível dos adutores. Por conta das sacro-ilíacas serem muito instáveis notamos uma hiperlaxidez lombar e sacral. Cada estática terá as repercussões sobre a estática visceral abdominal e pelviana. O plano pélvico estando relaxado favorecerá a descida dos órgãos. As congestões venosa, linfática perturbarão o conjunto da pelve e dos membros inferiores. O paciente apresenta uma marcha muito típica: ela está em uma estática posterior, com hiperlordose e coxas em abdução. Andará com os pés afastados com pouca mobilidade dos quadris. Se impulsiona para frente pelas sacro-ilíacas com uma lordose lombar baixa. Reflita : As teorias articulares não podem explicar as diferentes compensações de aberturafechamento das cavidades abdominais e pelvianas associadas. As cadeias musculares nos permitem ir mais adiante na análise, compreensão e tratamento dos nossos pacientes. Conclusão - 1 1 1 1 ilíaco ilíaco ilíaco ilíaco em em em em anterioridade posterioridade abertura fechamento As compensações podem ser bilaterais : - Anteversão da pelve Retroversão da pelve Abertura da pelve Fechamento da pelve As compensações podem estar cruzadas : - Torsão da pelve - ½ abertura – ½ fechamento: flexão-lateralrotação da pelve As compensações podem se sobrepor : - Anterioridade-posterioridade com aberturafechamento. As compensações podem se opor : - Fechamento abdominal – fechamento da pelve menor : ½ superior fechamento – ½ inferior abertura - Abertura abdominal-abertura da pelve menor : ½ superior abertura – ½ inferior fechamento As compensações podem modificar o alongamento dos membros inferiores. - Neste caso teremos falsas desigualdades. Os membros inferiores podem estar envolvido nas compensações da pelve. - Os membros inferiores podem modificar as compensações ilíacas. - Neste caso teremos verdadeiras desigualdades (volume 4) O falso membro curto = ilíaco posterior + fechamento O falso membro longo = ilíaco anterior + abertura O verdadeiro membro curto = ilíaco anterior + abertura O verdadeiro membro longo= ilíaco posterior + fechamento