Unidade 2: Psicofármacos

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Formas Farmacêuticas
Unidade 2: Psicofármacos
Farmacocinética e Farmacodinâmica
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Formas Farmacêuticas
• Maneira como as drogas se apresentam para
uso.
• De acordo com a forma farmacêutica, têm-se a
via de administração.
•
•
•
•
A escolha da melhor forma farmacêutica depende do paciente
Componentes de uma formulação:
Princípio ativo
Coadjuvante
Corretivo
Veículo e excipiente.
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COMPONENTES DE UMA FORMULAÇÃO
PRINCÍPIO ATIVO ⇒Representa o componente da formulação
responsável pelas ações farmacológicas
COADJUVANTE ⇒Toda substância que utilizamos juntamente
com o princípio ativo numa formulação com CARÁTER:
TERAPÊUTICO →Tem por função auxiliar o princípio ativo
por somação, potenciação ou sinergismo.
TÉCNICO → Substâncias que suas propriedades visam
estabilizar, conservar, espessar o meio e favorecer a
dissolução
CORRETIVO ⇒Todo ingrediente encontrado numa formulação
que visa corrigir o produto final em suas propriedades
organolépticas.
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VEÍCULO E EXCIPIENTE
Todo componente de uma formulação que serve para
dissolver, suspender ou misturar-se homogeneamente
com outros ingredientes para facilitar sua
administração ou tornar possível sua confecção.
•VEÍCULO : Diz respeito a parte líquida da formulação na qual
estão dissolvidos os demais componentes
•EXCIPIENTE : Ingredientes inertes que misturados ao princípio
ativo, servem para dar volume e peso ao medicamento.
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VANTAGENS DA FORMULAÇÃO
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CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS
PERMITEM A ADMINISTRAÇÃO DE QUANTIDADES EXATAS DO
PRINCÍPIO ATIVO;
PROTEÇÃO DO PRINCÍPIO ATIVO;
FORMA SÓLIDA:
MASCARAR ODOR E SABOR;
Pílulas
PROLONGAR AS AÇÕES DO PRINCÍPIO ATIVO A PARTIR DE
FORMULAÇÕES DE LIBERAÇÃO LENTA;
FACILITAR A ADMINISTRAÇÃO.
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• Pastilha
Pó
Supositório
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Formas Farmacêuticas
FORMAS LÍQUIDAS:
Soluções aquosas (PA + H2O)
Injeções
• Suspensões (H2O + sólido)
Xarope
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• Enemas
• Colírios
• Loção
Elixir (hidroalcóolicas)
Emulsões (H2O + óleo)
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Farmacocinética
DROGA
FARMACOCINÉTICA
• Vias de administração
• Absorção
• Distribuição
• Biotransformação
• Eliminação
• A cinética refere-se ao movimento;
• Trata das ações de um medicamento à medida que este
se move através do corpo;
• Por conseguinte, a farmacocinética analisa como uma
droga é:
- absorvida (assimilada no corpo);
- distribuída (move-se pelos vários tecidos);
- metabolizada (transformada numa forma passível de
ser excretada);
- excretada (removida do corpo).
• Trata também do início de ação, da concentração
máxima e da duração de ação de um medicamento.
ORGANISMO
FARMACODINÂMICA
• Local de ação
• Mecanismo de ação
• Efeitos
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Absorção
• Abrange sua progressão a partir do momento
em que são administrados;
passam, em seguida, pelos tecidos até se
tornarem biodisponíveis para o corpo.
• Em nível celular, eles são absorvidos de
diversas maneiras principalmente através de
transporte passivo ou ativo.
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Transporte passivo
Não necessita de nenhuma energia celular
+ []
-[]
Ocorre quando pequenas moléculas difundem-se
através das membranas.
A difusão +
-
É interrompida quando
O caminho do menor esforço!!
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Transporte ativo
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Pinocitose
• Necessita de energia celular para transportar o
medicamento de uma área de menor
concentração para outra de maior concentração.
• É utilizado na absorção de eletrólitos, como
sódio e potássio, e de alguns fármacos, como a
levodopa.
• É uma forma de transporte ativo que ocorre
quando uma célula ingere uma partícula de
fármaco.
• É geralmente empregada para o transporte de
vitaminas lipossolúveis (vitamina A, D, E e K).
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Fígado
Limite de velocidade
• Os medicamentos absorvidos pelo TGI são
transportados até o fígado antes de circularem pelo
resto do corpo;
• A absorção dos fármacos ocorre em poucos segundos
ou minutos quando administrados por via
sublingual, EV ou por inalação.
• O fígado pode metabolizar grande parte
medicamento antes de passar para a circulação;
• A absorção ocorre numa velocidade mais lenta quando
os medicamentos são administrados por via oral, IM
ou subcutânea, porque os complexos sistemas de
membranas da mucosa GI, do músculo e da pele
retardam a passagem dos fármacos.
• Esse mecanismo é conhecido como efeito de
primeira passagem: o metabolismo hepático pode
inativar o medicamento; se este for o caso, o efeito de
primeira passagem reduz a quantidade de liberação
ativa do fármaco para a circulação sistêmica. Em
conseqüência, devem-se administrar doses mais altas
do fármaco para se obter o efeito desejado.
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Quanto mais sangue, maior
absorção
do
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Gordura
Maior o fluxo sangüíneo
melhor a absorção do fármacos
mais rápida a absorção > início de ação da
droga
• O fluxo sangüíneo é mais rápido no músculo deltóide
(no braço) do que no músculo glúteo (nas nádegas). Por
outro lado, o músculo glúteo é capaz de acomodar um
maior volume de fármaco do que o músculo deltóide.
As refeições ricas em gordura e os alimentos
sólidos
DIMINUEM
a velocidade com que o conteúdo abandona
o estômago e penetra no intestino
RETARDANDO
a absorção intestinal de um fármaco.
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Distribuição
• É a passagem de um fármaco da corrente sangüínea para
os tecidos;
• A distribuição de um medicamento absorvido no corpo
depende de vários fatores:
- fluxo sangüíneo;
- solubilidade (pouco lipossolúveis, baixa capacidade de
atravessar membranas, muito lipossolúvel podem se
acumular em regiões de tecido adiposo);
- ligação às proteínas pode alterar a distribuição do
fármaco, pois pode limitar o acesso a locais de ação
intracelular.
• Órgãos grande suprimento sangue.
As interações
aumentam
ou diminuem
a absorção?
Fármaco-fármaco
Fármaco-alimento
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Metabolismo
Os medicamentos podem ser metabolizados de diversas
maneiras:
O metabolismo dos medicamentos ou
biotransformação refere-se
Mais comumente, são metabolizados em metabólitos
inativos (produtos do metabolismo que serão
excretados).
a capacidade do corpo transformar um fármaco em
determinada formulação
Convertidos em metabólitos que são ativos, isto é,
capazes de exercer sua própria ação farmacológica.
Os metabólitos também podem sofrer metabolismo ou
ser excretados pelo corpo de modo inalterado.
capaz de ser excretada.
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Onde ocorre o metabolismo
• Outros medicamentos ainda podem ser administrados
como inativos, denominados pró-fármacos, que só se
tornam ativos quando são metabolizados.
• Ex. Pivampicilina (pró-farmaco) X ampicilina (fármaco)
- devido à menor polaridade, a pivampicilina é mais
facilmente absorvida no intestino e, posteriormente
convertida em ampicilina, no sangue, pela enzima
esterase.
• Os fármacos são metabolizados, em sua
maioria, por enzimas presentes no
fígado; todavia, o metabolismo também
pode ocorrer no plasma, nos rins e nas
membranas dos intestinos.
• Por outro lado, alguns fármacos
competem
por
esse
metabolismo
enzimático ou até o inibem, podendo
levar ao acúmulo de fármacos quando
administrados concomitantemente. Esse
acúmulo aumenta o potencial de reações
adversas ou de toxicidade farmacológica.
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Idade
Considerações condicionais
• Certas
doenças
podem
reduzir
o
metabolismo.
• Destacam-se a cirrose (doença hepática) e a
insuficiência cardíaca, que diminui a
circulação para o fígado.
• As
mudanças
que
ocorrem
durante
desenvolvimento também podem afetar
metabolismo de medicamentos.
o
o
O lactente possui um fígado imaturo que reduz a
velocidade do metabolismo
ao passo que os idosos apresentam redução no
tamanho do fígado, no fluxo sangüíneo e na
produção de enzimas, o que também diminui a
velocidade do metabolismo.
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Excreção
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Meia-vida =metade do fármaco
• A meia-vida de um medicamento refere-se ao
tempo levado para que metade do fármaco
seja eliminado pelo corpo.
• A excreção de medicamentos refere-se
à sua eliminação do corpo.
• Os fatores que afetam a meia-vida incluem
velocidade de absorção, metabolismo e excreção.
• Eles são excretados, em sua maioria,
pelos rins e deixam o corpo através da
urina.
• É importante saber o tempo em que um
medicamento permanece no corpo para
determinar a freqüência com que deve ser
administrado.
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• Um medicamento administrado apenas uma vez é
eliminado quase totalmente do corpo depois de cinco
meias-vidas.
• Entretanto, um medicamento administrado a
intervalos regulares atinge uma concentração
uniforme (ou estado de equilíbrio dinâmico) depois
de cerca de cinco meias-vidas.
• O estado de equilíbrio dinâmico é alcançado quando
a velocidade de administração do fármaco é igual à
velocidade de sua excreção.
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Início, concentração máxima e
duração
• Além da absorção, da distribuição, do
metabolismo e da excreção, três outros fatores
podem ser importantes na farmacocinética de
um medicamento:
• início da ação;
• concentração máxima ou de pico;
• duração da ação.
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Desempenho máximo
O início de ação de um fármaco refere-se ao
intervalo de tempo que começa
quando é administrado
• À medida que o organismo vai absorvendo mais
o medicamento, os níveis sangüíneos aumentam.
e termina quando realmente começa seu
efeito terapêutico.
• A concentração máxima é alcançada quando a
taxa de absorção torna-se igual à taxa de
eliminação.
A velocidade de início varia, dependendo da
via de administração e de outras
propriedades farmacocinéticas.
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Drogas agonistas
Farmacodinâmica
A farmacodinâmica é o estudo dos mecanismos
relacionados às drogas, que produzem
alterações bioquímicas ou fisiológicas no organismo.
A interação, a nível celular, entre um medicamento
e certos componentes celulares — como as
proteínas complexas que compõem a membrana
celular, enzimas ou receptores-alvo — representa a
ação do fármaco.
A resposta decorrente dessa ação é o efeito do
medicamento.
Muitos
medicamentos atuam
ao
estimular ou ao bloquear os receptores
de fármacos.
O medicamento que é atraído para um
receptor tem afinidade (atração) por
esse receptor.
Quando um fármaco possui afinidade
por determinado receptor e o estimula,
atua como agonista.
A capacidade de o fármaco desencadear
uma resposta após sua ligação ao
receptor é descrita como atividade
intrínseca.
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Drogas antagonistas
Se um fármaco tem afinidade por
determinado receptor, mas não
exerce
nenhuma
atividade
intrínseca (se não estimular o
receptor),
é
denominado
antagonista.
O antagonista impede a ocorrência
de uma resposta.
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Reversível ou irreversível
Os antagonistas podem ser competitivos ou nãocompetitivos.
Um antagonista competitivo compete com o
agonista pelos sítios receptores. Como esse tipo de
antagonista liga-se reversivelmente ao sítio
receptor, a administração de doses maiores de um
agonista pode superar o efeito do antagonista.
Um antagonista não-competitivo liga-se aos
sítios receptores e bloqueia os efeitos do agonista. A
administração de doses maiores do agonista não
consegue reverter sua ação.
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Potência
A potência de um medicamento refere-se à quantidade
relativa necessária deste fármaco para produzir uma
resposta desejada.
Utilizada para comparar dois fármacos.
Se o fármaco X produz a mesma resposta que o fármaco
Y, porém numa dose menor, conclui-se que o fármaco X
é mais potente do que o fármaco Y.
Conforme sugere seu nome, a curva de dose-resposta é
utilizada para representar graficamente a relação entre a
dose de uma droga e a resposta que produz.
Baixo índice = perigo potencial
Efeito máximo
Os medicamentos com baixo índice terapêutico
possuem estreita margem de segurança.
Isso significa que existe estreita faixa de
segurança entre dose efetiva e dose letal.
Por outro lado, um medicamento com elevado
índice terapêutico possui grande margem de
segurança e menos risco de efeitos tóxicos.
• Na curva de dose-resposta, a administração de
dose baixa corresponde habitualmente à
resposta baixa.
• Com dose pequena, um aumento da dose só irá
produzir ligeiro aumento na resposta.
• Com aumentos adicionais na dose, ocorre
acentuada elevação na resposta.
• Depois de um certo ponto, qualquer aumento
adicional da dose produzirá pouco ou nenhum
aumento na resposta. Neste ponto, diz-se que a
droga atingiu sua eficácia máxima.
Relação entre efeitos terapêuticos
e os efeitos adversos (margem de segurança)
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Interações medicamentosas
• Podem ocorrer interações farmacológicas
entre medicamentos ou entre fármacos e
alimentos.
• Essas interações podem interferir nos
resultados de um exame laboratorial ou
produzir incompatibilidades físicas ou
químicas.
• Quanto maior o número maior a
probabilidade de ocorrer uma interação.
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Pode ocorrer um efeito aditivo
A administração conjunta de dois
fármacos como dois analgésicos tem
várias vantagens potenciais:
administração de doses menores de cada
medicamento,
menor probabilidade de reações adversas
e,
maior controle da dor do que aquele
obtido
com
um
medicamento
administrado
isoladamente
(provavelmente devido a diferentes
mecanismos de ação).
quando dois fármacos com ações semelhantes
são administrados a um paciente
os efeitos obtidos equivalem à soma dos efeitos
produzidos pela administração isolada de
cada fármaco em doses mais elevadas.
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Um problema "absorvente"
Ocorre um efeito sinérgico, também denominado
potencialização
• Dois medicamentos administrados
simultaneamente podem modificar a
absorção de um deles ou de ambos:
- Os fármacos que alteram a acidez do
estômago podem afetar a capacidade
de outro medicamento dissolver-se no
estômago.
- Alguns fármacos podem interagir e
formar um composto insolúvel que
não pode ser absorvido.
quando
dois medicamentos que produzem o mesmo efeito
são administrados concomitantemente e um deles
potencializa (isto é, aumenta o efeito) do outro.
eritromicina – carbamazepina
O resultado é a produção de efeitos mais
pronunciados do que os observados quando cada
um é administrado isoladamente.
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Resíduos tóxicos
Uma vez absorvido, o medicamento é
transportado pelo sangue, que o distribui por
todo o corpo na forma livre ou ligado às
proteínas plasmáticas.
• Podem ocorrer níveis tóxicos de um
medicamento quando seu metabolismo e
excreção são inibidos por outro fármaco.
Quando dois medicamentos são administrados
concomitantemente
eles podem competir pelos sítios de ligação das
proteínas, resultando em
aumento dos efeitos do fármaco, à medida que
separa-se da proteína, tornando-se livre.
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Planejando o horário das
medicações
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Reações adversas a drogas
• As interações entre medicamentos e alimentos
podem alterar os seus efeitos terapêuticos.
• O alimento também pode modificar a taxa e a
quantidade do medicamento absorvido pelo
trato GI, afetando a sua biodisponibilidade —
isto é, a quantidade da dose do fármaco
disponível na circulação sistêmica.
• Os
medicamentos
também
podem
comprometer a absorção de vitaminas e
minerais.
• O efeito desejado de um medicamento
denominado resposta terapêutica esperada.
é
• Por outro lado, uma reação adversa a determinado
fármaco (também denominado efeito adverso) é
um efeito diferente e indesejado daquele
considerado como principal do fármaco.
• As reações adversas aos medicamentos podem
incluir desde efeitos adversos leves que
desaparecem com a interrupção do fármaco, até
doenças debilitantes que se tornam crônicas.
Efeito colateral??
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Efeitos complementares
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Sensibilidade excessiva
• Quando um medicamento produz não apenas um
efeito terapêutico importante, como também
efeitos complementares secundários, que podem
ser benéficos ou adversos.
• Assim, por exemplo, a morfina utilizada para o
controle da dor pode produzir dois efeitos
secundários indesejáveis: constipação e depressão
respiratória.
• As reações adversas relacionadas à sensibilidade
do paciente não são tão comuns quanto aquelas
relacionadas à dose do fármaco.
• Relacionadas à sensibilidade resultam de uma
sensibilidade incomum e extrema do paciente ao
fármaco.
• A sensibilidade extrema de um paciente pode
ocorrer na forma de alergia ou, resposta
idiossincrática ao medicamento.
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Ocorre alergia a fármacos quando
o sistema imune do paciente identifica um
medicamento, um metabólito de um fármaco ou
um contaminante do medicamento como
substância estranhamente perigosa que
deve ser neutralizada ou destruída.
A exposição prévia ao fármaco ou a um
medicamento com características químicas
semelhantes sensibiliza o sistema imune do
paciente, de modo que uma exposição
subseqüente
irá
causar
reação
alérgica
(hipersensibilidade).
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Irrelevante... ou perigosa?
A reação alérgica pode variar quanto à sua
intensidade:
desde uma reação discreta, com erupção cutânea e
prurido
até uma reação anafilática imediata e
potencialmente fatal, com colapso circulatório e
edema da laringe e dos bronquíolos.
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