protocolo de intervenção para paciente borderline resistente a

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PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO PARA PACIENTE BORDERLINE RESISTENTE A MUDANÇAS: RELATO DE
CASO
Débora de Freitas Amandio* (Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa -PB)
Juliane Neves Silva da Costa* (Laboratório de Pesquisas em Comportamento e Cognição, Departamento de
Psicologia, Universidade Federal da Paraiba- João Pessoa –PB)
Layanne Vieira Linhares* (Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa- PB).
Melyssa Kellyane Cavalcanti Galdino (Laboratório de Pesquisas em Comportamento e Cognição, Departamento de
Psicologia, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB)
Introdução: O Transtorno da personalidade com instabilidade emocional caracteriza-se por uma tendência nítida a
agir de modo impulsivo sem consideração pelas consequências. Pessoas com esse transtorno possuem humor
imprevisível e caprichoso, tendência a acessos de cólera, incapacidade em controlar os comportamentos impulsivos,
tendência a adotar comportamentos briguentos e a entrar em conflito com os outros, particularmente quando os atos
impulsivos são contrariados ou censurados. Podem ser apontados dois tipos: o tipo impulsivo e o tipo “borderline”. O
transtorno representa um desafio no processo de intervenção, e a Terapia cognitivo-comportamental combinada à
terapia medicamentosa é a forma mais eficaz de tratamento. Entretanto, as idiossincrasias dos pacientes impedem a
utilização de um protocolo único. Objetivo: Este relato de caso objetivou apresentar uma proposta de tratamento a
partir da combinação da TCC de Beck, terapia dos esquemas e terapia dialética comportamental para uma paciente
do sexo feminino, 40 anos, casada, diagnosticada com transtorno de personalidade borderline. Sua queixa inicial foi
o estresse, a depressão e brigas excessivas com as pessoas. Na avaliação foi observado alto grau de agressividade,
problemas nas relações interpessoais decorrentes da impulsividade e raiva. Método: Tendo como base as queixas
apresentadas e a combinação das supracitadas terapias realizou-se um protocolo de tratamento, dividido em três
metas – curto, médio e longo prazo. Foram realizadas cinco sessões e os procedimentos iniciais
incluíram psicoeducação, questionamento socrático, busca de evidências, técnicas de relaxamento e distração,
controle da raiva e da ansiedade e ensaio comportamental envolvendo rolling play. A médio prazo será realizado
treinamento em habilidades comportamentais e sociais, auto validação, e fortalecimento da relação terapêutica. A
longo prazo será feito psicoeducação a respeito dos esquemas desadaptativos (EDs) e quais experiências, emoções
e consequências esses esquemas causam quando ativados. Resultados: As maiores dificuldade encontradas até
agora estão no controle da raiva e no déficit de habilidades sociais, inclusive na relação terapêutica. A paciente adota
papel de vítima pela manipulação, dramatização e choro frequente. O processo terapêutico está na fase inicial, mas
pretende-se dar continuidade pela combinação das TCC trabalhando pensamentos automáticos, modulação e
regulação da emotividade extrema, com o objetivo de reduzir os comportamentos desadaptativos dependentes do
estado de humor, trabalhar habilidades sociais, redução de comportamentos que interferem na qualidade de vida do
paciente, e esquemas desadaptativos. A partir dessa experiência, e diante das dificuldades apresentadas pretendese construir um protocolo alternativo pela combinação das TCCs que sirva de base para intervenções futuras.
Palavras chave: Borderline, transtorno de personalidade, relato de caso.
C749 Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas (10. : 2015 : Porto de Galinhas)
Programa e resumo do X Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas / Carmem Beatriz Neufeld, Aline Sardinha e Priscila de Camargo Palma
(organizadoras). – Porto de Galinhas: Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, 2015.
ISBN 978-85-66867-01-5
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