ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA - ELA APRESENTAÇÃO Letícia Welser 2007 – 2015 Graduada Bacharel em Educação Física UNISC (Cref 023340 G/RS) 29 de Fevereiro de 2012 Falecimento da minha mãe Lizete Teresinha Welser por ELA 2016-2017 Pós-Graduanda em Personal Training UNINTER ORIGEM ETIMOLÓGICA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA - ELA amiotrófica (grego): a = “não” mio = “músculo” trófica = “alimento” “Amiotrófica” significa, portanto, "ausência de nutrição muscular", o que descreve a característica atrófica do tecido muscular em desuso. O termo "lateral" se refere à topografia das lesões na medula espinhal (já citado), onde as células nervosas afetadas estão localizadas. Como essa área se degenera, forma-se cicatriz ou endurecimento (esclerose) na região. INTRODUÇÃO A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também designada por doença de Charcot, é uma doença relativamente rara, que atinge cerca de 1 em cada 100.000 pessoas, todos os anos em todo o mundo. É neurodegenerativa progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração dos neurônios motores, as células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos, e com a sensibilidade preservada. INTRODUÇÃO... É a forma mais comum das doenças do neurônio motor e o termo esclerose lateral refere-se ao "endurecimento" do corno anterior na substância cinzenta da medula espinhal e do fascículo piramidal no funículo lateral da substância branca da medula, no qual se localizam fibras nervosas oriundas de neurônios motores superiores, formando o trato córtico-espinhal lateral. INTRODUÇÃO... Os músculos necessitam de uma inervação patente para que mantenham sua funcionabilidade e trofismo, assim, com a degeneração progressiva dos neurônios motores (tanto superiores, corticais, quanto inferiores, do tronco cerebral e medula), ocorrerá atrofia por desnervação, observada, na clínica, como perda de massa muscular, com dificuldades progressivas de executar movimentos e perda de força muscular. INTRODUÇÃO... Entre as personalidades famosas afetadas por esta doença encontram-se: Lou Gehrig (jogador de baseball norte americano), David Niven (ator britânico), o físico Stephen Hawking e o músico norte americano Charles Mingus, o futebolista polonês Krzysztof Nowak (jogou no Brasil pelo Clube Atlético Paranaense), Mike Porcaro, Leadbelly e Jason Becker. O músico português José Afonso também morreu da doença. No Brasil, Washington (César Santos), ex-futebolista da Seleção Brasileira, do Clube Atlético Paranaense e do Fluminense Football Club também já faleceu da ELA. DEFINIÇÃO Trata-se de uma doença que acomete o sistema nervoso, até o momento irreversível, que incapacita o portador à medida que avança. A pessoa sente dificuldades de se locomover, comer, falar; perde habilidade dos movimentos, inclusive das próprias mãos, não consegue ficar de pé por muito tempo pois a doença acaba por afetar toda a musculatura. Geralmente atinge pessoas mais idosas, mas há casos de pessoas que apresentaram a doença na faixa dos 20 anos de idade (5 à 6% são pessoas com menos idade). DEFINIÇÃO... Geralmente, a inteligência, a memória, a capacidade de julgar e a percepção do mundo exterior pelos orgãos dos sentidos são preservadas. DEFINIÇÃO... Ainda não existe tratamento eficaz ou cura. Porém, o riluzol (nome comercial: Rilutek), um medicamento de alto custo, pode retardar a evolução da doença e aumentar a sobrevida em alguns meses (3 à 6 meses). DEFINIÇÃO... Os mais variados tratamentos já foram tentados, incluindo-se antioxidantes, bloqueadores do canal de cálcio, agentes antivirais, inibidores da excitotoxicidade, plasmaférese e imunossupressores, mas não houve uma mudança significativa na história natural da ELA. DEFINIÇÃO... A esperança de vida varia de indivíduo para indivíduo, mas, em termos estatisticos, mais de 60% dos doentes só sobrevivem entre 2 a 5 anos. HISTÓRICO DA DOENÇA 1830: indícios de um mal que causava paralisia progressiva dos membros e da língua, retratado por Sir Charles Bell, famoso anatomista e cirurgião britânico. 1848: François Aran, clínico e autor de textos médicos, descreveu uma nova síndrome (AMP – Atrofia Muscular Progressiva), caracterizada por fraqueza muscular progressiva de natureza neurológica. 1853: Primeiro caso reconhecível de ELA: o de Prosper Laconte, dono de um circo francês. 1869: as características essenciais para o reconhecimento da ELA foram determinadas, após uma série de estudos realizados por dois médicos franceses: Joffroy e Jean-Martin Charcot; este, primeiro professor de neurologia na Salpêtrière. HISTÓRICO DA DOENÇA... Dr. Charcot foi o primeiro a ligar os sintomas com um grupo de células especificamente afetados pela doença - os neurônios motores. 1933: Brain introduziu o termo doença do neurônio motor (DNM) para todas essas doenças, aparentemente distintas. E foi também Brain, junto com outro médico de nome Walton que, em 1939, consideraram DNM e ELA sinônimos. CAUSAS DA DOENÇA Até o momento, não se sabe a causa específica desta doença. Existe sim, a possibilidade de causas multifatoriais onde estariam envolvidos um componente genético, a idade e algumas substâncias do meio ambiente. Mas, a princípio, não se conhece nenhum fator que predisponha à ELA, nem como é possível prevenir o desenvolvimento da doença. ÚLTIMAS PESQUISAS Os últimos experimentos realizados com camundongos, alguns deles com quadro clínico semelhante ao de ELA nos humanos, têm permitido entender melhor o porquê da lesão da célula nervosa. Parece que a falta de uma proteína denominada parvalbumina é a chave essencial para este processo de morte celular. DIAGNÓSTICO Não há nenhum tipo de diagnóstico precoce que oriente os médicos quanto ao início da doença. A Ciência busca um "marcador" (que funcione como uma "pista" para o médico, dizendo se a pessoa pode ou não vir a desenvolver ELA), pois seria o ideal para combater a doença, iniciar o tratamento antes do primeiro neurônio morto. DIAGNÓSTICO... Atualmente, para se ter certeza se é ELA, levam-se de 10 a 11 meses, do primeiro sintoma à confirmação do diagnóstico. A falta de conhecimento faz com que o paciente procure primeiro um ortopedista. Para se ter uma idéia, nesse espaço de tempo (de 10 a 11 meses) o paciente passa, em média, por 4 médicos; dois deles, ortopedistas. Entre os outros, estão médicos fonoaudiólogos, e até mesmo as academias, pois o primeiro sintoma é a fraqueza muscular. SINTOMAS A fraqueza muscular é progressiva, seguida da deterioração dos músculos (amiotrófica), começando nas extremidades, usualmente em um lado do corpo (lateral). Dentro do corpo, as células nervosas envelhecem (esclerose) e os nervos envolvidos morrem, deixando o paciente cada vez mais limitado. Força muscular Fraqueza muscular SINTOMAS... Outros sintomas: Fasciculação (tremor do músculo) Reflexos exaltados Atrofia Espasticidade¹ Diminuição da sensibilidade. Cãibra. ¹ dificuldade de movimento. SINTOMAS... Existe uma forma ainda mais agressiva da doença, que é quando ocorre a paralisia bulbar progressiva (ataca a língua e a glote). Com isso, o paciente deixa de mastigar e falar, passando a diminuir rapidamente de peso. Principal Exame Neuro Eletro Miografia, que identifica o nível de eletro atividade muscular. (Número de impulsos elétricos enviados para o músculo.) FATORES DE RISCO Com efeito cumulativo, quanto mais características, maior a probabilidade. Pertencer ao sexo masculino; Desempenhar atividade física intensa; Ter sofrido algum tipo de trauma mecânico; e Ter sido vítima de choque elétrico. EQUIPE INTERDISCIPLINAR Neurologista; Fisioterapeuta; Pneumologista; Gastroenterologista; Psicólogo; Fonoaudióloga; ESTUDO DE CASO Lizete Teresinha Welser 63 anos Iniciou os sintomas de ELA por volta de 2009 , mas confirmado o diagnóstico em 2010. 03.11.1948 † 29.02.2012 ANEXOS Aparelho BiPAP emprestado do Estado; Acervo do autor. ANEXOS Equipo Utilizado para alimentação enteral (via sonda). ANEXOS Sonda Gastro Jejunal REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Site: Wikipédia (www.wikipedia.com.br) Site: ARELA – Associação Regional de Esclerose Lateral Amiotrófica. (www.arela.com.br) Site: www.tudosobreela.com.br Site: ABRELA – Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica. (www.abrela.org.br) Folheto: Manual de orientações para pacientes e cuidadores. Folheto:O uso de Riluzol na Esclerose Lateral Amiotrófica. Folheto: Perguntas e respostas – Nutrição na ELA. “ O homem nasceu para ser livre e feliz, amar e ser amado.” (São Tomás de Aquino: Suma teológica) OBRIGADA