CORES E CONSUMO NA PUBLICIDADE Maria Laura de

Propaganda
Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de
Cascavel
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CORES E CONSUMO NA PUBLICIDADE
Maria Laura de Oliveira Machado1, Murilo Alves de Almeida Ito2
Escrito para apresentação na XII JORNADA CIENTÍFICA DA UNIVEL
“Educomunicação e contemporaneidade”
20 e 21 de outubro de 2011 – Univel – CPE – Cascavel-PR
ISBN 978-85-98534-15-2
RESUMO: O presente trabalho tem como tema central a construção
sociológica e histórica da cor, a qual, em sua variedade de matizes, é uma das
maiores influências que a publicidade utiliza para atrair o público,
principalmente no quesito de chamar a atenção, uma vez que os seres
humanos possuem de 2 a 10 segundos para fixar o olhar sobre um objeto. Um
tempo curto para a imagem ser apreciada e processarmos a mensagem,
exigindo do publicitário através de um detalhe cromático motivador, original e
interessante, conseguir prolongar a atenção do consumidor. Nesta pesquisa
foram analisadas propagandas do fotógrafo David Lachapelle, com intuito de
compreender como a cor influencia a compra dos consumidores, na qual o
significado real que esta transmite, depende de cada cultura. Este trabalho
monográfico foi realizado através de pesquisa bibliográfica fundamentado com
autores que teorizaram sobre as cores na comunicação e na publicidade, entre
eles: Modesto Farina, Israel Pedrosa e Luciano Guimarães. Concluindo com
estudos sobre a sociedade do consumo por Collin Campbell, Gilles Lipovetsky
e Zygmunt Bauman de acordo com os dados analisados desde os primórdios
da humanidade, as cores estão presentes na vida do ser humano. O homem
preocupou-se em reproduzir o colorido da natureza em tudo o que o rodeia e
isso mostra o profundo sentido psicológico das cores. Nelas foram empregados
vários sentidos, significados e conceitos que são aplicados por muitos até hoje.
É perceptível que os consumidores ocupam um mundo preenchido de bens
carregados de mensagens, onde são cercados por objetos impregnados de
sentidos que só podem ser entendidos pelos que possuem um conhecimento
acerca do objeto. Desta forma, os consumidores numa atitude passiva, são
alvos frágeis da indústria midiática. A mídia exterior (outdoors, anúncios,
propaganda) se apropriou da cor para chamar a atenção do público, a sua ação
1
Acadêmica do Curso de Artes Licenciatura da UNIVEL – Faculdade de Ciências Sociais
Aplicadas de Cascavel.
2
Professor Mestre Murilo Alves de Almeida Ito do Curso de Artes e Comunicação Social
(Jornalismo) da Univel – Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel.
é de produzir o impacto, colocando em evidência o nome da “coisa” anunciada,
a marca de um produto, impondo aos olhos e a atenção de quem as vê. A cor é
amplamente explorada como instrumento de comunicação a fim de criarem
associações de marca valiosas e para comunicar de maneira eficaz com o
subconsciente de seus consumidores. A propaganda gera no consumidor uma
vontade, motiva-o, envolve-o, cria desejos artificiais, para que este adquira o
produto. Ao visualizá-la, percebemos como a cor é de grande influência e
composta por vários elementos, físicos, psicológicos e sociológicos. O poder de
atração que a cor exerce atua indiretamente na sensibilidade do ser, atingindo
a parte motivacional e emocional – conduzindo-o a reagir e realizar o seu
desejo despertado improvisadamente, por meio da aquisição do produto. A
base para o tão almejado desenvolvimento profissional é adquirido através
destes estudos, neste contexto, a publicidade se apresenta como um dos mais
eficazes métodos de transferência de sentido e significado, concretizando a
fusão de determinados bens de consumo com a construção e representação do
mundo culturalmente constituído em moldes de anúncios. Esta pesquisa
procura refletir sobre a sociedade passiva (senso comum) que estamos
inseridos, ou seja, com poucos questionamentos e análises sobre os
mecanismos do consumo por parte dos consumidores, que sobretudo
comunicam-se e identificam-se através dos bens que possuem. Talvez o
importante seja ser para ter e não apenas ter para ser.
PALAVRAS-CHAVE: Cores, Publicidade, Consumo.
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