Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel Av. Tito Muffato, 2317 – Bairro Santa Cruz 85806-080 – Cascavel – PR Fone: (45) 3036-3653 - Fax: (45) 3036-3638 http://www.univel.br CORES E CONSUMO NA PUBLICIDADE Maria Laura de Oliveira Machado1, Murilo Alves de Almeida Ito2 Escrito para apresentação na XII JORNADA CIENTÍFICA DA UNIVEL “Educomunicação e contemporaneidade” 20 e 21 de outubro de 2011 – Univel – CPE – Cascavel-PR ISBN 978-85-98534-15-2 RESUMO: O presente trabalho tem como tema central a construção sociológica e histórica da cor, a qual, em sua variedade de matizes, é uma das maiores influências que a publicidade utiliza para atrair o público, principalmente no quesito de chamar a atenção, uma vez que os seres humanos possuem de 2 a 10 segundos para fixar o olhar sobre um objeto. Um tempo curto para a imagem ser apreciada e processarmos a mensagem, exigindo do publicitário através de um detalhe cromático motivador, original e interessante, conseguir prolongar a atenção do consumidor. Nesta pesquisa foram analisadas propagandas do fotógrafo David Lachapelle, com intuito de compreender como a cor influencia a compra dos consumidores, na qual o significado real que esta transmite, depende de cada cultura. Este trabalho monográfico foi realizado através de pesquisa bibliográfica fundamentado com autores que teorizaram sobre as cores na comunicação e na publicidade, entre eles: Modesto Farina, Israel Pedrosa e Luciano Guimarães. Concluindo com estudos sobre a sociedade do consumo por Collin Campbell, Gilles Lipovetsky e Zygmunt Bauman de acordo com os dados analisados desde os primórdios da humanidade, as cores estão presentes na vida do ser humano. O homem preocupou-se em reproduzir o colorido da natureza em tudo o que o rodeia e isso mostra o profundo sentido psicológico das cores. Nelas foram empregados vários sentidos, significados e conceitos que são aplicados por muitos até hoje. É perceptível que os consumidores ocupam um mundo preenchido de bens carregados de mensagens, onde são cercados por objetos impregnados de sentidos que só podem ser entendidos pelos que possuem um conhecimento acerca do objeto. Desta forma, os consumidores numa atitude passiva, são alvos frágeis da indústria midiática. A mídia exterior (outdoors, anúncios, propaganda) se apropriou da cor para chamar a atenção do público, a sua ação 1 Acadêmica do Curso de Artes Licenciatura da UNIVEL – Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. 2 Professor Mestre Murilo Alves de Almeida Ito do Curso de Artes e Comunicação Social (Jornalismo) da Univel – Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel. é de produzir o impacto, colocando em evidência o nome da “coisa” anunciada, a marca de um produto, impondo aos olhos e a atenção de quem as vê. A cor é amplamente explorada como instrumento de comunicação a fim de criarem associações de marca valiosas e para comunicar de maneira eficaz com o subconsciente de seus consumidores. A propaganda gera no consumidor uma vontade, motiva-o, envolve-o, cria desejos artificiais, para que este adquira o produto. Ao visualizá-la, percebemos como a cor é de grande influência e composta por vários elementos, físicos, psicológicos e sociológicos. O poder de atração que a cor exerce atua indiretamente na sensibilidade do ser, atingindo a parte motivacional e emocional – conduzindo-o a reagir e realizar o seu desejo despertado improvisadamente, por meio da aquisição do produto. A base para o tão almejado desenvolvimento profissional é adquirido através destes estudos, neste contexto, a publicidade se apresenta como um dos mais eficazes métodos de transferência de sentido e significado, concretizando a fusão de determinados bens de consumo com a construção e representação do mundo culturalmente constituído em moldes de anúncios. Esta pesquisa procura refletir sobre a sociedade passiva (senso comum) que estamos inseridos, ou seja, com poucos questionamentos e análises sobre os mecanismos do consumo por parte dos consumidores, que sobretudo comunicam-se e identificam-se através dos bens que possuem. Talvez o importante seja ser para ter e não apenas ter para ser. PALAVRAS-CHAVE: Cores, Publicidade, Consumo.