Texto de apoio ao curso de Especialização

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Texto de apoio ao curso de Especialização
Atividade Física Adaptada e Saúde
Prof. Dr. Luzimar Teixeira
TOXOPLASMOSE
É uma doença de distribuição mundial causada por um protozoário toxoplasma Gondii que
acomete os animais domésticos, principalmente o gato e felídeos, que são os únicos
hospedeiros definitivos do protozoário; mas também são hospedeiros intermediários.
Outros animais também são hospedeiros da toxoplasmose, como por exemplo os anfíbios,
peixes, répteis, aves e mamíferos. O gato infecta-se pela ingestão de um hospedeiro
intermediário contaminado peloT. gondii.
SINTOMAS NOS ANIMAIS
A doença normalmente é assintomática, praticamente em todas asespécies. As
manifestações clínicas no animal podem estar associadas à idade muito jovem ou
imunossupressão. Os sinais clínicos são deficiência neurológica que depende da
localização
das
lesões
para
manifestar
uma
sintomatologia
(hiperexcitabilidade,
depressão, tremor, peresia, paralisia e convulsão), retinocoroidite, miosite, linfadenopatia,
abortamento, moléstia neonatal e podendo ainda manifestar diarréia, pneumonia e estado
febril. O dianóstico da toxoplasmose antes da morte do animal pode ser difícil, mas depois
da morte é realizado uma biópsia, que dá o diagnóstico definitivo pela presença de cistos
nos tecidos.
O diagnóstico também pode ser através do exame de fezes à procura de oocistos de
coccídios (mas nem sempre é realizado pois quando ocorre a eliminação de oocistos o
gato está sem sintomas). ou por sorologia pela demosntração de título de anticorpos antitoxoplasma.
SINTOMAS NOS HUMANOS
Em seres humanos ela pode causar morte fetal, aborto, deficiência neurológicas e visuais.
PROFILAXIA
Para evitar a contaminação do animal deve-se fornecer a ele carne cozida ou enlatada e
higiene do local onde dormem. Quanto ao ser humano, deve-se ter cuidado ao manusear a
caixa de areia do gato dando destino adequado às fezes fazendo limpeza e desinfecção
diária dessa caixa, lavando as mãos após manusear o animal e a carne crua; não comer
carne crua ou mal passada, tomar cuidado com tanque de areia onde as crianças brincam,
e se possível cobri-los quando não estiverem em uso(controlar moscas e baratas que
podem servir de hospedeiros).
As mulheres grávidas devem tomar medidas sérias para que seja evitado contato com
material fecal dos gatos (por exemplo uso de luvas).
Fonte: www.saudevidaonline.com.br
TOXOPLASMOSE
É uma doença infecciosa causada por um protozoário encontrado nas fezes secas dos
gatos chamado Toxoplasma.
A doença pode determinar quadros variados, desde ausência de sintomas até doença com
manifestações graves.
Agente Transmissor: Fezes do gato (fezes secas, geralmente após três dias da defecação
do gato), não existe um transmissor direto.
Transmissão
A Transmissão pode ser por três vias:
•
por ingestão de cistos do solo, areia, qualquer lugar onde possam existir fezes de
gatos;
•
por ingestão de cistos de carne crua ou mal-passada, principalmente de porco ou
carneiro;
•
por contaminação da gestante para seu feto.
A doença não é transmitida de uma pessoa para outra, com exceção de mulher grávida
para seu feto.
Sintomas
Os sintomas são muito variados, dependentes também da imunidade do paciente.
O início dos sintomas pode variar de cinco a 30 dias após a contaminação.
Podemos distinguir algumas manifestações mais chamativas:
Doença febril: febre e manchas pelo corpo como sarampo ou rubéola; podem haver
sintomas localizados nos pulmões, coração, fígado ou sistema nervoso. A evolução dos
sintomas tem curso benigno, isto é, autolimitado.
Linfadenite: são as famosas ínguas pelo corpo, mais localizadas na região do pescoço e
raras vezes disseminadas.
Doença ocular: é a doença mais comum no paciente com boa imunidade, inicia com
dificuldade para enxergar, inflamação, podendo até terminar em cegueira.
Toxoplasmose neonatal: infecção que ocorre no feto quando a gestante fica doente
durante a gravidez, podendo ser sem sintomas até fatal dependendo da idade da
gestação; quanto mais cedo se contaminar, pior a infecção. Por isso a importância do prénatal.
Toxoplasmose e AIDS/Câncer: como a imunidade do paciente está muito diminuída, a
doença se apresenta de forma muito grave, causando lesões no sistema nervoso,
pulmões, coração e retina.
Prevenção: Evitar comer carne mal-cozida, evitar contato com fezes de gato (higiene do
local de defecação do gato) e fazer higiene pessoal. Mulheres grávidas devem evitar
contato com gatos.
Tratamento: O tratamento só é indicado nos casos de doença em órgãos como coração,
olhos ou durante a gravidez. Em pacientes com AIDS o tratamento é obrigatório e por
tempo indeterminado para evitar a progressão da doença.
Fonte: www.brasilescola.com
TOXOPLASMOSE
A toxoplasmose é uma das doenças com índices de prevalência mais altos do mundo.
Normalmente as pessoas que ficam com toxoplasmose nem ficam sabendo que a tiveram,
confundindo seus sintomas com os de uma gripe. No entanto, a doença pode se
manifestar de forma mais severa também. Com a grande quantidade de pessoas afetadas
pelo vírus da AIDS, a questão da toxoplasmose tornou-se bem mais séria em termo de
saúde pública. Outro grupo que deve ser particularmente cuidadoso é o das mulheres
gestantes. É muito comum a dúvida sobre o que as mulheres grávidas devem fazer com
seus gatos. Aqui apresento informações sobre a toxoplasmose (que são resultado de
pesquisas sobre a doença) na forma de perguntas e respostas
A toxoplasmose é uma doença causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii.
Este protozoário pode infectar qualquer animal de sangue quente.
Como os humanos podem pegar Toxoplasmose?
As vias de transmissão possíveis são:
1.ingestão de cistos na carne crua ou mal cozida de animais portadores. É a forma mais
comum de contaminação em humanos.
2.ingestão de oocistos (forma resistente do T. gondii) provenientes de fezes de gatos, seja
pelo manuseio da caixa de areia, contato com solo ou verduras contaminados pelos
oocistos.
3.infecção transplacentária, quando o parasita ataca o feto antes do nascimento, através
da placenta, nos casos em que a gestante tem seu primeiro contato com o Toxoplasma.
Quando ela já tem anticorpos no início da gestação isso não ocorre, pois não desenvolverá
a doença.
Qual é o risco de pegar Toxoplasmose?
Quando um ser humano tem seu primeiro contato com agente causador da Toxoplasmose,
ele pode desenvolver sintomas semelhantes aos de uma gripe, como dores no corpo,
tosse, entre outros. As defesas do organismo costumam ser suficientes para conter o
processo, embora pessoas com deficiências imunológicas (portadores de AIDS, por
exemplo) possam desenvolver sintomas graves em função dessa infecção. O parasita
pode ainda retornar caso a imunidade seja afetada no futuro. Após esta primeira infecção
o indivíduo normal ganha imunidade contra a doença. O grande perigo da infecção ocorre
quando uma mulher gestante entra em contato com o Toxoplasma pela primeira vez em
sua vida e desenvolve a infecção. O feto poderá se infectar e apresentar mal-formações
como deficiência visual grave quando nascer, entre outros problemas graves de saúde.
Como a mulher gestante pode se prevenir?
Não comendo alimentos crus ou mal-cozidos, usando luvas ao fazer jardinagem (lavando
as mãos depois) e deixando de limpar a caixa de areia dos seus gatos. Deve-se limpar
cuidadosamente o material que irá entrar em contato com carne crua, como a tábua de
cortar carne. A caixa de areia dos gatos precisa ser limpa todos os dias. É bom que a
gestante possa saber se já tem ou não anticorpos contra a Toxoplasmose, até para poder
regular o grau de atenção para as medidas preventivas. Isso se consegue através de um
exame de sangue.
É preciso se desfazer dos gatos da casa?
Não, conviver e manusear gatos é seguro, seguindo as recomendações acima.
Qual é o papel dos gatos na transmissão da doença?
Como eles se contaminam?
Os felinos são os únicos hospedeiros definitivos do Toxoplasma. A reprodução sexuada do
se dá em seus intestinos. Após a infecção em um gato, por exemplo, ele irá eliminar cistos
(formas resistentes do parasita) nas fezes por um período máximo de quinze dias.
Acontece que esses cistos ficam no solo por até mais de um ano e podem contaminar
alimentos e ser transportados por moscas, baratas e até minhocas. Os gatos se
contaminam geralmente ingerindo carne contaminada, seja servida pelos donos ou
ingerindo suas presas, como ratos e pássaros.
Como evitar a infecção em gatos?
Evitando que possam caçar e não oferecendo leite cru (principalmente de cabra) nem
carne crua.
Mulheres grávidas devem evitar manipular gatos?
A manipulação é segura, porque mesmo que o gato esteja no período de eliminação dos
cistos (que dura apenas quinze dias e ocorre apenas uma vez na vida do gato), eles não
estarão em sua forma esporulada, ou seja, contaminante. Isso porque é preciso pelo
menos 24 horas para que isso aconteça, e os gatos possuem hábitos de higiene muito
desenvolvidos, não ficando em contato com suas próprias fezes e limpando-se boa parte
do dia.
Qual o papel dos gatos na transmissão da Toxoplasmose?
Os felinos são os únicos hospedeiros definitivos da toxoplasmose. Somente eles eliminam
cistos contaminantes nas fezes, que são resistentes no meio ambiente. Portanto são
responsáveis pela transmissão para os outros animais, que podem ingerir os cistos na
água, por exemplo. Os felinos, principalmente os gatos, são os reservatórios naturais da
doença e espalham o parasita para muitas outras espécies através dos cistos resistentes
eliminados nas fezes. São essas espécies que acabam contaminando outros felinos,
normalmente quando lhes servem de alimento. Se não houvessem felinos no mundo, não
haveria toxoplasmose.
Fonte: www.cachorrosegatos.com
TOXOPLASMOSE
Infecção x doença
É muito importante distinguir duas condições bastante diferentes mas que podem ser
chamadas do mesmo jeito: toxoplasmose.
A primeira, toxoplasmose infecção, significa a presença deste microorganismo vivo porém
quiescente, no organismo humano. Essa condição é muito freqüente, é, na verdade, uma
das infecções humanas mais comuns, podendo estar presente em cerca de até 90% de
uma população.
Nessa condição, a pessoa não sente absolutamente nada. Portar um microorganismo,
algumas vezes pode significar doença, mas na maioria das vezes não. Na verdade, não
existe uma superfície da terra livre de micróbios: não existe vazio ecológico na terra.
Na superfície do corpo humano, na pele e nas mucosas, existem muitos microorganismos
que convivem harmonicamente conosco, respeitados alguns limites. No intestino grosso
temos 106 a 108 microorganismos por cm3 de fezes. Na intimidade de alguns tecido&s
também podemos ter alguns microorganismos e conviver com eles sem perder a saúde.
O Toxoplasma gondii, agente causador, um protozoário de alta infecciosidade mas baixa
patogenicidade ocorre em todo o mundo. Isto pode ser verificado através da pesquisa de
anticorpos antitoxoplasma no soro de populações (enquete sorológico). A prevalência
humana mais baixa é encontrada em climas quentes e secos, tal como no Arizona. A
incidência aumenta com a idade. No Brasil, a prevalência de anticorpos varia de 54% no
Cento-Oeste a 75% no Norte; porém alguns municípios aleatoriamente podem Ter
prevalência mais alta. Cerca de 50% dos gatos apresentam anticorpos.
Na segunda condição, toxoplasmose doença, a pessoa tem sintomas porque,
intencionalmente redundante, está doente.
Adoescimento
Para adoecer de toxoplasmose são necessárias as seguintes condições (na primoinfecção
em adultos):
Contágio com o agente causador, o Toxoplasma gondii
O inóculo (quantidade) do micróbio deve ser grande
Deve haver uma resposta inflamatória da pessoa que adquire o micróbio: se a resposta
inflamatória é pequena, a pessoa tem poucos sintomas, podendo ser apenas leve mal
estar, pouco apetite, febrícula, algumas ínguas.
Para adoecer de uma forma grave de toxoplasmose (disseminada, encefalite) são
necessárias as seguintes condições:
Deficiência imunológica importante como em Doença do HIV/Aids, em câncer, em uso de
corticóides e quimioterápicos
Transmissão durante a gestação (em mãe que não havia tido contato ainda com o
parasita)
Manifestações clínicas
Se a resposta inflamatória é grande, os sintomas são mais importantes: febre alta, mal
estar, dor de garganta, náusea, vômito, dor de cabeça, inguas grandes, aumento do baço
e do fígado. Menos freqüentemente, pode comprometer outros órgãos. Sem dúvida, é
muito mais comum não ter nenhum sintoma ou ter muito poucos. Estas formas são
autolimitadas por causa da produção de anticorpos e da baixa virulência do toxoplasma.
A toxoplasmose ocular (retinite) pode fazer parte dos quadros crônicos; sua persistência
pode levar à perda progressiva da visão. No recém-nascido, incide em 3-5% ao ano
ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriram a infecção durante a gestação.
A infecção congênita geralmente é assintomática, com as seqüelas podendo tornar-se
aparentes anos depois, com alterações cerebrais e oculares. Mais agressiva quando
adquirida no 2º e 3º trimestre, pode ocasionar abortos de repetição, surdez, encefalites,
malformações e morte, bem como as manifestações da fase febril aguda. As seqüelas
incluem déficits de aprendizagem, retardo mental e comprometimento visual que pode
chegar à cegueira.
Exames laboratoriais
Os exames sorológicos são os principais meios diagnósticos complementares em quadro
clínico-evolutivo compatível pois detectam os anticorpos tanto da fase aguda quanto na
crônica.
Sugerimos consultar médico especialista e evitar interpretações que se iniciam por um
teste positivo para anticorpos, por exemplo IgG. Presença de anticorpos detecta resposta
imune específica e não faz diagnóstico de doença por si só.
Tratamento
O tratamento específico é feito com sulfadiazina e pirimetamina associados por cerca de
40 dias, sendo importante o acompanhamento com exames de sangue e urina.
A toxoplasmose congênita deve ser sempre tratada precocemente, mesmo quando
assintomática, na tentativa de impedir seqüelas oculares e no sistema nervoso central.
Na toxoplasmose ocular, deve-se associar corticóides para diminuir a resposta inflamatória
contra a infecção porque esta também pode ser nociva nessa forma de apresentação da
doença.
No pacientes com Aids, recomenda-se a manutenção das drogas por toda a vida, porém
em doses mais baixas, podendo ser substituídas se surgirem efeitos tóxicos.
A toxoplasmose ganglionar geralmente não necessita tratamento, em face da benignidade
do quadro e do caráter autolimitado. A transmissão se dá através de:
Ingestão de carnes cruas ou mal-cozidas n Ingestão de alimentos crus (saladas, frutas)
não devidamente lavados
Contaminação direta com oocistos das fezes dos gatos (solo, areia, latas de lixo, jardins,
etc.). Os vetores (moscas, insetos, vermes) podem disseminar o toxoplasma e levá-los aos
alimentos.
Infecção passando da placenta para o feto
Transfusões sangüíneas ou transplantes de órgãos
Portanto, as medidas profiláticas são as medidas gerais de higiene e incluem os cuidados
no trato ou afastamento dos gatos (pessoas que nunca tiveram contato com gatos também
podem se contaminar) e a não-ingestão de carnes cruas ou mal cozidas. Importantíssimos
são os cuidados e as consultas pré-natais da gestante, melhor ainda se antes da
gestação.
Fonte: www.drgate.com.br
A Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada pelo
protozoário Toxoplasma gondii. Ocorre em animais de estimação e produção incluindo
suínos, caprinos, aves, animais silvestres, cães, gatos e a maioria dos vertebrados
terrestres. Nos bovinos, suínos, cabras, etc. acarreta abortos, nascimento de fetos mal
formados causando perdas econômicas.
O gato está relacionado com a produção e eliminação dos oocistos (ovos) e perpetuação
da doença, uma vez que este é o hospedeiro definitivo. Ele ingere os cistos que estão nos
tecidos dos ratos, lagartixas, pássaros e baratas, e passa a eliminar nas fezes os ovos
(oocistos). Estes ovos tem que esporular no meio ambiente antes de se tornarem
infectantes; este processo demora de 1 a 5 dias após a excreção, dependendo da
temperatura e humidade do meio ambiente.
Transmissão
A toxoplasmose pode ser adquirida pela ingestão de alimentos contaminados - em
especial carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, e vegetais
que abriguem os cistos do Toxoplasma, por terem tido contato com as fezes de animais
hospedeiros ou material contaminado por elas mesmas.
A toxoplasmose pode ser transmitida congenitamente, ou seja, da mãe para o feto, mas
não se transmite de uma pessoa para outra. Seu diagnóstico é feito levando em conta
exames clínicos e exames laboratoriais de sangue.
Toxoplasma gondii
Parasitas Toxoplasma gondii
O T.gondi é um protozoário parasita intracelular do grupo dos Apicomplexa, como outros
parasitas como o Plasmodium. Há pouca variação entre os toxoplasmas presentes em
diferentes partes do globo, podendo-se dizer que só há praticamente uma estirpe. O
toxoplasma só pode realizar o seu propósito, que é reproduzir-se, se as formas excretadas
nas fezes dos gatos forem ingeridas por animais que os (outros) gatos caçam, podendo
assim infecta-los. Se for ingerido por seres humanos, a sua reprodução é inviavel, uma vez
que só no intestino do gato é que pode adoptar formas em que é excretado e dificilmente
células humanas infectadas vão parar ao intestino de gatos domésticos.
Ciclo de Vida
O T.gondii assume diferentes formas em diferentes estágios do seu ciclo.
O ciclo inicia-se pela ingestão de cistos presentes em carne (por exemplo de porco, rato
ou coelho) pelos animais. O parasita replica-se assexualmente nos enterócitos (células da
mucosa intestinal) do animal, diferenciando-se alguns em formas sexuais, os gâmetas, por
meiose. Os gâmetas masculino e feminino, descendentes do mesmo parasita ou de dois
diferentes, fundem-se dando origem ao oocisto. Este é uma forma dormente, resistente e
cística com cerca de 12 micrómetros. É composto de um zigoto resultante de
recombinação sexual que ocorre no intestino do animal, e uma parede celular grossa. É
expulso com as fezes dos animais após nove dias (cada gato expulsa mais de 500 milhões
de oocistos em cada defecação).
O gato é o hospedeiro do T.gondiiJá no exterior, sofre divisão meiótica (esporulação)
novamente após alguns dias, formando-se dois esporocistos cada um com quatro
esporozoitos: uma forma altamente resistente a desinfectante, pode durar cinco anos em
condições húmidas. Estes são activados em taquizoitos se forem ingeridos por outro
animal, chamado hospedeiro intermediário: por exemplo um rato ou coelho que coma erva
em que algum animal tenha defecado, ou uma criança ou adulto que mexa com os dedos
em material contaminado e depois leve à boca. Os taquizoitos multiplicam-se nas células
do hospedeiro intermediáio, onde algumas formas formam cistos nos tecidos. As formas
activas são destruidas pelo sistema imunitário mas os cistos permanecem. Se o animal for
caçado e devorado por um gato, os cistos libertam os parasitas dentro do seu intestino,
infectando o novo hóspede definitivo.
O Gato é o hospedeiro definitivo do T.gondii
Já no exterior, sofre divisão meiótica (esporulação) novamente após alguns dias,
formando-se dois esporocistos cada um com quatro esporozoitos: uma forma altamente
resistente a desinfectante, pode durar cinco anos em condições húmidas. Estes são
activados em taquizoitos se forem ingeridos por outro animal, chamado hospedeiro
intermediário: por exemplo um rato ou coelho que coma erva em que o gato tenha
defecado, ou uma criança ou adulto que mexa com os dedos em material contaminado e
depois leve à boca. Se for outro gato a ingerir os oocistos, eles reproduzem-se
assexualmente no seu intestino e são largados nas fezes desse gato. Os taquizoitos
multiplicam-se nas células do hospedeiro intermediáio, onde algumas formas formam
cistos nos tecidos. As formas activas são destruidas pelo sistema imunitário mas os cistos
permanecem. Se o animal for caçado e devorado por um gato, os cistos libertam os
parasitas dentro do seu intestino, infectando o novo hóspede definitivo.
Epidemiologia
Existe sempre que haja gatos, ou seja, em todo o mundo. Na Europa um em cada vinte
gatos excreta o parasita, e nos países menos desenvolvidos a percentagem será maior.
Mais de metade da população, mesmo em países desenvolvidos, tem anticorpos
especificos contra o parasita, o que significa que está ou já esteve infectada (o que não
significa que tenha tido a doença, pode ter tido infecção assimptomática). O ser humano é
infectado após ingerir oocistos expelidos com as fezes do gato infectado, ou ao comer
carne mal cozinhada de um animal que tenha ingerido o parasita de fezes de gato
(ovelhas, vacas e porcos, tal como os humanos são infectados por acidente).
Progressão e Sintomas
O Taquizóito é a forma activa no Homem e nos hospedeiros intermediários, com 5
micrómetros. Invade as células humanas e lá se reproduz por mitose, principalmente nos
macrófagos, células musculares e cerebrais. Após ruptura da célula, os parasitas
descendentes saiem para o exterior e invadem novas células. Na maioria dos casos o
sistema imunitário entra em acção e destroi todos os parasitas livres, contudo não detecta
aqueles poucos que enquistaram. Os individuos com sistemas imunitários saudáveis são
geralmente assimptomáticos. Em individuos com SIDA/AIDS a infecção é grave, com
toxoplasmose não controlada e cerebral. Se a infecção se der durante a gravidez (o que
ocorre em 0,5% das gravidezes), os parasitas podem atravessar a placenta e infectar o
feto, o que pode levar a malformações em um terço dos casos, mas se a infecção tiver
sido antes do inicio da gravidez não há qualquer perigo, mesmo que existam cistos.
Os cistos são aqueles parasitas que aleatóriamente assumiram a forma de bradizoito, e
em vez de se reproduzir rapidamente, formaram antes estruturas derivadas da célula que
infectou, forte e resistente, cheia de liquido e onde o parasita se reproduz lentamente. Os
cistos crescem e podem afectar negativamente as estruturas em que se situam, mais
frequentemente músculos, o cérebro, no coração ou na retina, podendo levar a alterações
neurológicas, problemas cardiacos ou cegueira, mas geralmente sem efeitos nefastos. Os
cistos permanecem viáveis por muitos anos, mas não se disseminam devido à imunidade
eficaz ganha pelo portador, inclusivé contra mais oocitos que possam ser ingeridos. Se o
individuo desenvolver ou for medicado para imunodeficiência, como após transplantes de
orgãos, doenças autoimunes ou na SIDA/AIDS, as formas activas podem ser reactivadas a
partir dos cistos, dando origem a problemas sérios, com sintomas como exantemas (pele
vermelha), pneumonia, meningoencefalite com danos no cérebro e miocardite, com
mortalidade alta.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é pela serologia, ou seja, detecção dos anticorpos especificos contra o
parasita (incluindo tipos de anticorpos, como IgM, que só existem nas fases agudas).
Na maioria dos casos não é necessário tratamento já que o sistema imunitário geralmente
resolve o problema. Na gravidez ou em imunodeprimidos usa-se espiramicina,
pirimetamina, sulfadiazina.
Prevenção
As mulheres grávidas devem evitar o contacto com gatos durante a gravidez, e comer
alimentos bem cozinhados apenas. As caixas dos gatos devem ser lavadas com água a
ferver frequentemente, e nunca tocadas por mãos sem luvas. Alimentar os gatos com
comida enlatada e não lhes permitir caçar animais selvagens reduz o risco também.
Fonte: pt.wikipedia.org
TOXOPLASMOSE
A toxoplasmose é uma doença causada por um parasita (o protozoário Toxoplasma
gondii). Ela geralmente se manifesta através de alterações cerebrais, mas também pode
infeccionar outras partes do corpo, inclusive os olhos. A toxoplasmose causa graves
lesões no cérebro. Existem bons tratamentos para a toxoplasmose mas ela é uma doença
muito perigosa e deve ser tratada rapidamente.
Como se contrai toxoplasmose?
Na maioria das pessoas essa infecção não causa nenhum mal porque o agente da
toxoplasmose permanece "adormecido". No entanto, se uma pessoa estiver ao mesmo
tempo infectada pelo toxoplasma e pelo HIV, o agente da toxoplasmose pode "despertar"
ou ser reativado e causar sérias doenças. Pessoas com HIV podem desenvolver a
toxoplasmose se: a) tiverem sido infectadas pelo agente da toxoplasmose; b) tiverem
sistemas
imunológicos
seriamente
enfraquecidos.
A
maioria
das
pessoas
que
desenvolvem toxoplasmose têm contagem de células CD4 inferior a 200 por mm3.
Muitas pessoas contraem o agente da toxoplasmose ao comer carne mal-passada (mal cozida) ou alimentos contaminados com fezes de gato. O contato com o gato infectado
também pode transmitir a toxoplasmose. Se você tem gato, deve lavar suas mãos muito
bem após tocá-lo ou os seus objetos.
Posso saber se fui infectado pelo agente da toxoplasmose?
Sim. Seu médico pode pedir um exame de sangue (uma sorologia para toxoplasmose)
para saber se você está infectado pelo agente da toxoplasmose. Se você foi infectado, não
significa que você tenha a doença. Porém, significa que você pode desenvolver a
toxoplasmose no futuro. Todas as pessoas portadoras do vírus HIV devem fazer a
sorologia para toxoplasmose para saber se correm risco de desenvolver a doença. É
melhor fazer esse exame quando você estiver forte e sua contagem de células CD4 estiver
acima de 200. Informe-se com seu médico sobre esse exame.
Quais são os sinais de toxoplasmose?
A toxoplasmose pode apresentar muitos sintomas brandos e graves, incluindo fraqueza ou
adormecimento de um lado do corpo, mudanças de humor e personalidade, alterações
visuais (visão dupla, sensibilidade acentuada à luz ou perda total da visão), espasmos
musculares, convulsões e dores de cabeça muito fortes, que não melhoram com
analgésicos. A menos que a doença seja tratada de forma apropriada, esses sintomas irão
piorar e progredir até atingir o estado de coma ou até mesmo a morte.
Como o médico pode saber se estou com toxoplasmose?
Diagnosticar a toxoplasmose pode ser difícil em alguns casos. Se você tiver sintomas de
uma infecção cerebral, seu médico poderá supor que é decorrente da toxoplasmose e irá
lhe receitar remédios para tratar dela. No entanto, em alguns casos pode ser necessário
um exame do cérebro (chamado tomografia computadorizada ou ressonância magnética)
ou então uma biópsia do cérebro. Para fazer a biópsia é necessário inserir uma agulha na
cabeça. Este procedimento é feito sob anestesia e, em geral, é seguro.
Toxoplasmose pode ser evitada?
Sim, muitos casos de toxoplasmose já podem ser evitados. O TM-SMZ (trimetoprima +
sulfametoxazol; possui vários nomes comerciais) que proporciona tratamento preventivo
para PPC (pneumonia por Pneumocystis carinii), também previne a toxoplasmose, na
maioria dos casos. Pergunte ao seu médico sobre a possibilidade de tomar TM-SMZ para
prevenir a toxoplasmose e a PPC. Muitas pessoas apresentam reações alérgicas ao TMSMZ, incluindo erupções cutâneas, coceiras e náuseas. Nestes casos, o médico irá decidir
se suspende o medicamento ou se acrescenta outros para controlar a alergia. Isso parece
ajudar muitas pessoas que pensavam que não podiam tomar TM-SMZ. Outra alternativa é
o medicamento dapsona, isoladamente ou associado com a pirimetamina.
Toxoplasmose pode ser tratada?
Sim, a toxoplasmose pode ser tratada. Se você desenvolver a doença, terá de ser
medicado para o resto da vida porque os medicamentos não matam o agente da
toxoplasmose, apenas o mantêm sob controle. Portanto, se você tem toxoplasmose,
precisa tomar o medicamento para sempre, para que a doença não volte a se manifestar.
A toxoplasmose pode ser tratada com diversos medicamentos. Porém, por ser uma
doença muito grave, normalmente são necessários pelo menos dois remédios. Seu médico
irá receitar os medicamentos apropriados para você.
Sulfadiazina e pirimetamina administradas conjuntamente são os medicamentos mais
comuns para o tratamento da toxoplasmose. Mas, em muitas pessoas, a sulfadiazina pode
causar sérias reações alérgicas, como erupções cutâneas, coceiras e náuseas. Se você
não puder tomar sulfadiazina, seu médico poderá lhe receitar clindamicina. A clindamicina
pode causar problemas estomacais em algumas pessoas. A pirimetamina pode causar
diminuição de glóbulos sangüíneos. Para neutralizar os possíveis efeitos colaterais da
pirimetamina na medula óssea, pode-se receitar ácido folínico associado com
pirimetamina.
Existem outros medicamentos utilizados com bastante freqüência no tratamento da
toxoplasmose. Entre elas: azitromicina, fansidar e mepron. Caso os tratamentos padrão
não estejam fazendo efeito ou estejam lhe fazendo mal, informe-se com seu médico sobre
esses outros tratamentos.
Fonte: www.soropositivo.org
TOXOPLASMOSE
Toxoplasmose pode ser prevenida?
A toxoplasmose é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma Gondii, liberado
nas fezes de filhotes felinos, como gatos e, também encontrado em pombos. A doença
acontece quando o ser humano ingere carnes cruas ou vegetais mal lavados que tenham
entrado em contato com as fezes dos animais hospedeiros. Apesar de não ser
transmissível, a toxoplasmose é passada da mãe para o feto, causando má formação
congênita ou até mesmo aborto. A contaminação pode ser detectada por meio de exames
pré-natal e do acompanhamento médico durante a gestação.
Sintomas
A toxoplasmose se manifesta de forma branda, e pode começar com febre, dor de
garganta, dores generalizadas, ínguas espalhadas pelo corpo, prostação e dificuldade de
enxergar, chegando a alteração na função hepática.
Diagnóstico
Na maioria dos casos a toxoplasmose é assintomática, ou seja, a pessoa não apresenta
indícios de que está contaminada pelo protozoário. A confirmação só acontece depois que
os médicos descartam alguns tipos de doenças, como gripe, e pedem a realização de
exames exames sangüíneos. Apenas um médico com experiência na área, geralmente um
epidemologista, pode diagnosticar com precisão a doença.
Tratamento
São utilizados medicamentos específicos para a doença. Normalmente o tratamento tem a
duração de 30 a 40 dias.
Fonte: saude.terra.com.br
TOXOPLASMOSE
Doença causada pelo Toxoplasma gondii, parasita que é eliminado sob a forma de ovos
nas fezes de felinos contaminados. Após ingestão, infectam o hospedeiro intermediário e
em seus tecidos formarão os cistos. A contaminação também pode se dar através de
alimentos como carnes cruas ou mal-cozidas, bovinas, de carneiro ou de porcos, animais
que ingeriram os ovos e em seus tecidos se formaram os cistos. A carne de frango,
principalmente o coração, contem altas concentrações de cistos e deve ser evitada. Ovos
crus ou mal-cozidos e leite de cabra também devem ser evitados.
A gestante deve ser orientada a não provar tempero de carne crua e lavar muito bem tudo
que entrou em contato com esta carne, antes de manipular outros alimentos.
O contato com gatos deve ser particularmente cuidadoso, para não haver contaminação
ao tratar de recipientes com areia para fezes e parques com areia, que podem estar
contaminadas.
Os sintomas mais freqüentes são fadiga e linfadenomegalia (gânglios ou ínguas), com
cefaléia (dor de cabeça), coriza (secreção nasal aumentada), dores nos músculos e febre.
São muito parecidos com uma gripe. Na grande maioria das vezes a infecção é
assintomática. A única maneira que temos para diagnóstico portanto, é o exame de
sangue.
Os exames que podem ser solicitados para diagnóstico e acompanhamento de uma
infecção por toxoplasmose são: hemaglutinação, imunofluorescência e fixação de
complemento. Ao iniciar o pré-natal deve ser solicitado o teste com pesquisa de IGG e
IGM em pacientes que não tenham feito este exame anteriormente ou que tenham feito
porem o IGG era negativo. Se o resultado de pré-natal anterior ou exame pré-nupcial tiver
IGG positivo, então sabemos que esta gestante é imune.
Em países desenvolvidos como França e Áustria, é obrigatório o rastreamento de infecção
em mulheres que tenham IGG e IGM negativos, numa freqüência de 2 em 2 meses,
podendo variar de acordo com o serviço e população.
Em casos em que o IGM está positivo e pelo rastreamento temos uma infecção aguda, o
tratamento deve ser instituído imediatamente, pois sabe-se que a transmissão é vertical,
na grande maioria dos casos. Isto é, a mãe, mesmo com imunidade boa, pode contaminar
o feto, e quanto mais cedo este feto for acometido, maior a chance de comprometimento.
O diagnóstico da infecção fetal, baseava-se na análise do sangue fetal e do líquido
amniótico, a partir de 20 semanas, mais os dados ultrassonográficos, que sugerem
hidrocefalia, calcificações intracranianas, hepato-esplenomegalia ( aumento de fígado e
baço do feto), ascite fetal (aumento da quantidade de líquido livre no abdomen do feto),
placenta espessada.
A análise do sangue fetal, pode ser definitivo quando temos IGM específica para
toxoplasmose positiva, presença do DNA do parasita, através da biologia molecular e
inoculação em camundongos com achado do parasita.
A análise do líquido amniótico também pode seguir esses mesmos preceitos.
Caso seja afastada a infecção fetal, ainda assim deve ser tratada a mãe, até o fim da
gravidez, com acompanhamento ultrassonográfico mês a mês.
Quando o feto está infectado, o tratamento é feito com uma associação medicamentosa, a
base de pirimetamina e sulfadiazida. O monitoramento do hemograma materno deve ser
rigoroso, a cada 2 semanas, devido a toxicidade desses medicamentos para a mãe. Para
o feto não foram descritos efeitos adversos.
Interromper ou não a gestação quando o comprometimento se da no 1º trimestre da
gestação, é muito polêmico e mesmo nos países onde o aborto é permitido, a maioria dos
médicos só indica em lesões graves do sistema nervoso central por hidrocefalia, dada no
seguimento ultrassonográfico.
Trabalhos nacionais e internacionais mostram que mesmo em infecções abaixo de 28
semanas, a evolução do recém-nascido é boa, mesmo em seguimentos após 2 anos. Este
resultado excelente só pode ser conseguido com seguimento adequado durante o pré
natal.
Assim, todas as pessoas que iniciam um pré-natal devem ser pesquisadas, no sentido de
se saber se são suscetíveis ou não. Se for IGG positiva, então temos uma mulher imune.
Se for IGG negativa, então deve ser rastreada de 2 em 2 meses, para detecção precoce
de uma soro conversão (é a passagem de IGM negativa para IGM positiva e, portanto,
doença atual, aguda).
A mulher que faz um pré-natal bem feito em serviços onde se respeite todos os critérios de
prevenção de doenças de transmissão congênita, estará bem assistida.
É o que desejamos; que todos os profissionais envolvidos com a área de saúde da mulher
saibam o quanto é importante a prevenção de doenças de transmissão congênita.
Fonte: guiadobebe.uol.com.
TOXOPLASMOSE
Toxoplasmose na gestação
A possibilidade de diagnóstico pré-natal das infecções congênitas trouxe uma melhora
fundamental ao prognóstico da toxoplasmose com seu devido tratamento, assim como
possibilitou uma melhor orientação e aconselhamento pré-natal às gestantes.
A toxoplasmose integra a rotina sorológica do pré-natal fazendo parte da clássica sigla
TORCH (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes) e é uma das poucas infecções
que possibilita diagnóstico, prevenção e tratamento antenatal.
Agente etiológico
É uma doença parasitária causada pelo Toxoplasma gondii, que se apresenta em três
formas: oocisto, taquizoíto e bradizoíto. O homem adquire o toxoplasma na forma de
oocisto. Os taquizoítas estão presentes na forma aguda da doença e se distribuem por
todos os tecidos do corpo, inclusive a placenta, formando cistos que contêm os bradizoítos
e que são os responsáveis pela infecção crônica ou latente.
Modo de transmissão
A transmissão transplacentária foi a primeira a ser conhecida, porém a forma mais comum
se dá através da ingestão dos oocistos presentes nas fezes de gatos, que contaminam
verduras, legumes e a própria terra e a ingestão de cistos presentes em carnes cruas ou
malcozidas, principalmente de porco e de carneiro.
Admite-se que em pacientes imunocompetentes a transmissão vertical só ocorre durante a
fase aguda da doença materna e varia conforme a idade gestacional no momento da
transmissão. Quanto mais cedo ocorrer a infecção materna, menor a chance de
transmissão vertical, porém se ela ocorrer, será mais grave o acometimento fetal. O risco
de transmissão aumenta conforme a idade gestacional, enquanto que a severidade do
acometimento vai diminuindo.
Incidência
A incidência difere entre as várias regiões. Nos EUA ela varia de 1:1.000 a 1:8.000
nascidos vivos, sendo que na França atinge níveis de 5:1.000, devido ao elevado número
de gatos no local. No nosso meio foi encontrada uma incidência de 2:1.000 nascidos vivos.
Diagnóstico clínico
A anamnese é pouco fidedigna porque os sintomas, quando referidos são semelhantes a
um quadro gripal. A linfadenomegalia e a febre são as queixas mais freqüentes. Podem
estar acompanhadas de cefaléia, coriza, mialgia e astenia. Cerca de 90% dos casos são
assintomáticos, o que torna o diagnóstico basicamente sorológico.
Diagnóstico laboratorial
Vários testes podem ser utilizados para diagnóstico sorológico: Sabin-Feldman, fixação do
complemento, aglutinação direta, hemaglutinação passiva, imunofluorescência indireta,
ELISA, ISAGA, immunoblot, antibody capture agglutination assay e polimerase chain
reaction (PCR).
Através da combinação dos resultados da imunofluorescência indireta e da
hemaglutinação pode-se traçar o perfil sorológico, diferenciando fase aguda de
crônica:
IgG
(+)
IgM
(-)
= infecção crônica / imunidade
IgG
(+)
IgM
(+)
= infecção recente ou aguda
IgG
(-)
IgM
(+)
= infecção aguda
IgG
(-)
IgM
(-)
= susceptível
A maior dificuldade no diagnóstico sorológico ocorre nos casos onde a IgM está positiva na
primeira consulta pré-natal. Como isto nem sempre indica infecção aguda recente, temos
que associar outros métodos para tentar estabelecer, retrospectivamente o momento da
soroconversão. Para isto, deve-se repetir a sorologia em 2 a 3 semanas; se houver
ascensão significativa dos títulos, define infecção aguda ou testar a avidez das IgG. No
início da infecção (aproximadamente 4 meses) são produzidas IgG de baixa afinidade, e
esta vai aumentando ao longo do tempo. Portanto, se encontramos IgG de baixa avidez
isto provavelmente indica uma infecção aguda (menor que 4 meses).
Uma anamnese retrospectiva detalhada, buscando um quadro clínico sugestivo, às vezes,
permite datar a infecção nos casos de IgM positiva. A presença de IgG positiva em prénatal anterior também ajuda nesses casos, sugerindo infecção anterior à gestação.
Pacientes que iniciam o pré-natal IgG positivas e IgM negativas são consideradas imunes
e sem riscos de toxoplasmose congênita. A exceção é feita para pacientes HIV-positivas
ou imunocomprometidas que podem apresentar reativação da doença crônica e
toxoplasmose congênita.
O diagnóstico da infecção fetal é baseado nos achados ultra-sonográficos, na análise do
sangue fetal por cordocentese e no estudo do líquido amniótico por amniocentese, ambos
colhidos após 20 semanas de gestação.
Os sinais na ultra-sonografia que podem aparecer em até 28% dos casos de fetos
considerados infectados são: hidrocefalia, microcefalia, calcificações intracranianas,
hepatoesplenomegalia, ascite fetal e placentomegalia.
Para o diagnóstico de certeza, pesquisa-se no sangue fetal IgM específica para
toxoplasmose ou identificação do DNA do parasita por PCR. No líquido amniótico, o sinal
mais sensível e específico também é feito por PCR. O PCR além de diminuir o falsonegativo, ainda reduz o tempo necessário para o diagnóstico final de 2 a 3 semanas para
menos de 1 semana. Além do que, os riscos de uma amniocentese são bem menores do
que os da cordocentese.
Tratamento
Após o diagnóstico da infecção aguda materna, independentemente da idade gestacional,
deve-se iniciar espiramicina (Rovamicina®) 3g/dia, divididos em 3 tomadas diárias, que
devem ser mantidas até a pesquisa da infecção fetal. A espiramicina é um macrolídeo cuja
função é bloquear o parasita na placenta, impedindo ou retardando a infecção congênita.
Porém, se o feto já estiver contaminado, sua ação parece não ser tão adequada.
Se após propedêutica for confirmada a infecção fetal deve-se iniciar o tratamento tríplice
com a pirimetamina 25mg de 12/12 horas, a sulfadiazina 1g de 8/8 horas e o ácido folínico
10mg/dia, por 3 semanas alternando com 3 semanas do esquema de espiramicina
isoladamente e assim sucessivamente até o termo.
A associação da pirimetamina com a sulfadiazina é tóxica para o feto e para a mãe,
apresentando um efeito quelante de folatos importante, podendo levar à aplasia de medula
e teratogenicidade se utilizada no primeiro trimestre da gestação, por isso é alternada a
cada 3 semanas com a espiramicina e sempre devem ser associadas ao ácido folínico.
O hemograma materno deve ser feito a cada 2 semanas, para monitorizar a anemia. A
ultra-sonografia deve ser realizada de 2 em 2 semanas. Não foram descritos efeitos
adversos da espiramicina no feto; na mãe podem surgir alterações gastrointestinais,
rubores, vertigem e calafrios.
Caso seja afastada a infecção fetal, após propedêutica invasiva, deve-se manter o uso da
espiramicina até o termo e controle ultra-sonográfico mensal.
Profilaxia
A prevenção é feita orientando as pacientes suscetíveis (IgG e IgM negativas) quanto às
formas de contágio. Deve-se evitar ingestão de carnes cruas, alimentos mal lavados e
contato com felinos. O rastreamento pré-natal de soroconversão durante o pré-natal pode
ser feito através da repetição da sorologia trimestral. A espiramicina é uma prevenção
secundária
após
infecção
e
Fonte: www.portaldeginecologia.com.br
TOXOPLASMOSE
não
pode
deixar
de
ser
feita.
O Toxoplasma gondii, agente etiológico da toxoplasmose, tem o gato como hospedeiro
definitivo, e o homem e outros animais como hospedeiros intermediirios. Os alimentos
vegetais contaminados com oocistos e os de origem animal, principalmente produtos
suknos e ovinos com cistos, sco os maiores responsiveis pela infececo humana e no cco.
Além destes alimentos, estco envolvidos, ainda, o solo contaminado e r
oedores infectados, ingeridos parcial ou totalmente, como conseqüzncia dos hibitos
carnivoros exercidos por estes animais. Esta doenea pode provocar graves lesões
sistémicas, variando de sinais neurológicos, ósteo-musculares, respiratórios a oculares,
dentre outros.
Introdução e etiologia
A toxoplasmose é uma coccidiose dos felkdeos, causada pelo Toxoplasma gondii. É uma
das mais comuns parasitoses, afectando praticamente todos os animais homeotérmicos,
em todo o mundo, inclusive o homem, constituindo-se em importante zoonose. Trata-se de
um sério problema para as criaeões de suknos e pequenos ruminantes, nas quais causa
prejukzos pelos abortos, infertilidade, além de diminuir a produeco dos animais infectados
pela via congénita. No homem, é a principal causa de encefalite nos indivkduos afectados
pela skndrome da imunodeficizncia imunológica adquirida (SIDA), causando também
lesões neurológicas e oftilmicas em crianeas expostas durante a vida intra-uterina, e em
indivkduos imunodeprimidos.
O Toxoplasma gondii apresenta trzs formas infectantes: os taquizoktos (taqui=ripido), que
sco as formas de proliferaeco ripida, e estco presentes em grande nsmero, nas infeceões
agudas. No animal afectado, o parasita pode estar no sangue, excreeões e secreeões.
Neste estigio sobrevive no meio ambiente ou na carcaea por poucas horas. Os bradizoktos
(bradi = lento) sco formas de reprodueco lenta do Toxoplasma gondii, e estco presentes
nas infeceões congénitas e crónicas. Organizam-se aos milhares particularmente em
mssculos e tecido nervoso. Neste estigio pode sobreviver em tecidos por alguns dias
depois da morte, mas é destrukdo pelo congelamento a –12oC por 24 horas ou coceco a
58oC por dez minutos. Os oocistos sco as formas resultantes do ciclo sexuado do parasita,
que ocorre apenas no trato gastrointestinal dos felkdeos. Os oocistos sco eliminados nas
fezes ainda nco esporulados, tornando-se infectantes após a esporulaeco no meioambiente, que ocorre entre trzs e cinco dias de acordo com as condieões ambientais. O
oocisto esporulado pode permanecer viivel no meio ambiente por até um ano e meio.
Epidemiologia
Os gatos infectam-se principalmente pela ingestco dos microrganismos encistados
presentes nos tecidos dos hospedeiros intermediirios, tais como os roedores, entre outros.
A parede dos cistos é digerida, liberando organismos infectantes na luz intestinal, que
penetram pela parede intestinal e rapidamente multiplicam-se, formando taquizoktos que
espalham-se por todos os órgcos do animal. Simultaneamente o parasito reproduz-se nas
células da parede intestinal, denominando-se ciclo entero-epitelial, culminando na
formaeco de oocistos, que sco excretados com as fezes.
Na medida que se produz a resposta imune no gato, a eliminaeco de oocistos é detida e
os taquizoktos reproduzem-se cada vez mais lentamente, modulando-se em bradizoktos
que se organizam em cistos teciduais, localizados nos mais diversos tecidos do corpo dos
animais.
Os gatos que nco se expuseram previamente comeeam a eliminar oocistos entre trzs e
dez dias após a ingestco de bradizoktos e continuam a eliminaeco por até dez a 14 dias,
produzindo virios milhões de oocistos. Após o estabelecimento da resposta imune, a
reexcreeco de oocistos é extremamente rara, podendo ocorrer com a utilizaeco de
imunossupressores, como os glicocorticóides em altas doses, por perkodos prolongados.
Os felkdeos sco o ponto-chave da epidemiologia da toxoplasmose, sendo os snicos
hospedeiros da forma sexuada do parasita e, por eliminarem oocistos nas fezes, sco a
snica fonte de infececo dos animais herbkvoros. Nestes animais como suknos, caprinos,
ovinos, roedores e outros mais, ocorre apenas o ciclo extraintestinal, com proliferaeco de
taquizoktos nos órgcos e, com a resposta imune, desenvolvem-se os cistos teciduais.
Estes permanecem viiveis e sco infectantes para os gatos e para os outros hospedeiros
intermediirios como o homem e o cco. Nestes sltimos, a infececo geralmente pode
acontecer pela ingestco de oocistos, presentes no solo ou alimentos de origem vegetal, ou
de carne com cistos tissulares.
A transmissco congznita do T. gondii pode ocorrer quando a infececo aguda coincide com
a prenhez, com conseqüzncias mais sérias aos fetos, no primeiro tereo ou metade da
gestaeco, embora quanto mais adiantada a gestaeco, maior é a probabilidade da infececo
fetal, porém com menos riscos de fetopatias graves. O Toxoplasma gondii multiplica-se na
placenta e, entco difundem-se para os tecidos fetais. Embora a infececo possa se
desenvolver durante qualquer estigio da gestaeco, o feto é afetado mais severamente
quando a fzmea gestante se infecta durante a primeira metade da gestaeco.
Sinais Clinicos
Os sinais clknicos da toxoplasmose muitas vezes sco inespeckficos, e podem confundir o
diagnóstico da enfermidade. Os sintomas mais freqüentes sco aqueles associados ao
sistema respiratório e digestivo, acompanhados de febre, anorexia, prostraeco e secreeco
ocular bilateral muco-purulenta. O comprometimento pulmonar é evidenciado pela tosse,
espirros, secreeco nasal catarro-purulenta e dispnéia. Podem ocorrer ainda hepatite,
linfoadenomegalia mesentérica, obstrueco intestinal pela formaeco de granulomas,
peritonite, miosite e miocardite. A toxoplasmose pode ser suspeitada em gatos com uvéite
anterior, retinocoroidite, febre, dispnéia, polipnéia, desconforto abdominal, icterkcia,
anorexia, apatia, ataxia e perda de peso.
A toxoplasmose aguda pós-natal pode desenvolver-se em indivkduos aparentemente
normais acompanhando a ingestco de grande nsmero de oocistos esporulados ou
bradizoktos, o que pode levar ao envolvimento de virios órgcos, o que é comum, incluindo
sinais como inapetzncia, dispnéia, tosse, vomito, diarréia, hematemese, aumento das
amkgdalas e linfonodos periféricos, esplenomegalia e algumas vezes hepatomegalia. A
inflamaeco hepitica pode estar associada a dor abdominal anterior e efusco peritoneal,
geralmente associada a vomito, diarréia e inapetzncia e os animais podem tornar-se
ictéricos devido a natureza difusa da necrose hepitica, enquanto a toxoplasmose pós-natal
cronica causa mais comumente sinais oculares e neurológicos, e raramente provoca
envolvimento hepitico primirio.
Lesões oculares por toxoplasmose sco muito comuns em gatos. A toxoplasmose é a causa
mais freqüente de uvekte nos gatos, mas é difkcil reconhecer o toxoplasma como a causa
da mesma. Apesar que nem todos os gatos com toxoplasmose apresentam uvekte, esta é
mais usual em gatos com toxoplasmose sistzmica.
A toxoplasmose esti freqüentemente associada a quadros de imunodepressco,
principalmente na espécie canina, havendo possibilidade de reativaeco de focos latentes
de toxoplasmose nos casos de cinomose, complicando ainda mais o quadro neurológico
dos animais afetados.
Diagnóstico
O diagnóstico da toxoplasmose em cces e gatos baseia-se em métodos directos, que
consistem na identificaeco do parasita em materiais dos animais infectados, e métodos
indiretos, baseados na identificaeco de anticorpos especkficos contra o Toxoplasma.
PROFILAXIA
O T. gondii, pela sua versatilidade, dependendo do hospedeiro e da via, pode ser
infectante em qualquer estigio evolutivo (taquizoktos, cistos e oocistos), fato que amplia
muito, em condieões naturais e laboratoriais, os riscos de infececo para os animais
domésticos e o homem.
A preveneco da infececo de cces e gatos baseia-se principalmente em cuidados com a
alimentaeco destes animais, nco permitindo o consumo de carne crua ou mal-cozida por
estes animais, prevenindo assim a exposieco a cistos teciduais. Os animais devem ser
mantidos domiciliados e bem alimentados, prevenindo que venham a caear roedores e
aves, que possam estar infectados.
A toxoplasmose no homem deve ser prevenida pela coceco adequada dos alimentos
cirneos, pela lavagem das frutas e verduras, assim como dos instrumentos e superfkcies
utilizadas na preparaeco dos mesmos.
Nem as pessoas que criam gatos, bem como os veterinirios possuem um risco significante
maior de adquirir a toxoplasmose do que a populaeco em geral, o mesmo valendo-se para
gestantes e pacientes imunodeprimidos.
Assim, esta populaeco nco deve ser afastada dos seus animais. Hi de se tomar
precaueões, removendo as fezes dos felinos diariamente, prevenindo a esporulaeco de
posskveis oocistos no convkvio humano, tarefa que nco deve ser realizada por gestantes e
pacientes com imunodepressco. Devem ser utilizadas luvas sempre que sejam
manipuladas as fezes dos gatos, assim como nos procedimentos de jardinagem.
Fonte: www.hospvetprincipal.pt
TOXOPLASMOSE
Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um
protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos.
Homens e outros animais também podem hospedar o parasita.
A toxoplasmose pode ser adquirida pela ingestão de alimentos contaminados - em
especial carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, e vegetais
que abriguem os cistos do Toxoplasma, por terem tido contato com as fezes de animais
hospedeiros ou material contaminado por elas mesmas.
A toxoplasmose pode ser transmitida congenitamente, ou seja, da mãe para o feto, mas
não se transmite de uma pessoa para outra.
Seu diagnóstico é feito levando em conta exames clínicos e exames laboratoriais de
sangue.
Sintomas
A toxoplasmose pode ser uma doença absolutamente assintomática ou provocar quadros
graves
no
miocárdio,
fígado,
músculos,
encefalite
e
exantema
máculo-papular
(vermelhidão pelo corpo em forma de pequenas manchas e pápulas).
No caso de ser sintomática, os principais sintomas são:
•
Febre
•
Manchas pelo corpo
•
Cansaço
•
Dores no corpo
•
Linfadenopatia, ou seja, ínguas espalhadas pelo corpo
•
Dificuldade para enxergar que pode evoluir para cegueira
•
Lesões na retina
Recomendações
Evite contato com fezes de animais, especialmente de gatos ou outros felinos;
Tenha cuidado com a higiene das mãos e dos utensílios de cozinha quando estiver lidando
com alimentos;
Não coma carne mal passada nem vegetais mal lavados;
Não se descuide do acompanhamento pré-natal, se você está grávida. Toxoplasmose é
uma enfermidade grave durante a gestação;
Gestantes precisam estar atentas, principalmente se tiverem contato com gatos. Medidas
especiais de higiene são fundamentais nesses casos.
Tratamento
Em caso de pacientes soropositivos, o tratamento é indispensável, pois a forma
disseminada da doença pode envolver retina, pulmões, cérebro, pele, músculos, fígado e
coração. Pacientes com Aids requerem tratamento e atenção especial para controlar a
progressão
da
depressão
imunológica
associada
à
doença.
Fonte: www.drauziovarella.com.br
TOXOPLASMOSE
Protozoário coccídeo causador da toxoplasmose, uma parasitose muito comum e
causadora de grave morbidade em fetos e pacientes imunodeficientes.
O hospedeiro intermediário (que pode ser um mamífero, ave ou, acidentalmente, o
homem) ingere oocistos (1), de 12 mm, que no tubo digestivo, liberam esporozoítos, de 4 a
8 mm, que infectam macrófagos; nessas células, denominam-se taquizoítos (2) e passam
a multiplicar-se em vários tecidos. Com o desenvolvimento de imunidade específica,
formam-se bradizoítos (3) intracelulares; os bradizoítos evoluem a cistos intracelulares de
20 a 200 mm. O hospedeiro definitivo (gato) ingere os tecidos infectados do hospedeiro
intermediário, propiciando que os bradizoítos encistados infectem o intestino do gato. Após
duas ou três gerações esquizogônicas, formam-se gametas que evoluirão a oocistos;
estes são liberados com as fezes, contaminando o ambiente.
A infecção aguda se manifesta por febre, mialgias, cefaléia, adenites, podendo curar ou
evoluir para a cronicidade, com infecção ocular (retinite) e cerebral (encefalite), sendo
grave em pacientes sidéticos. No feto, a toxoplasmose congênita se manifesta por
coriorretinite, calcificações cerebrais, retardo cerebral, microcefalia (Tétrade de Sabin). O
diagnóstico é feito por pesquisa de T. gondii no líquor, sangue e linfa; também são
rotineiras as provas imunológicas para a detecção de anticorpos.
A prevenção da toxoplasmose se faz pela lavagem e cozimento adequados dos alimentos,
cuidados com animais domésticos, controle de roedores, eliminação do controle de
roedores por gatos, controle dos bancos de sangue, restrição relativa da amamentação e
tratamento
da
toxoplasmose
na
gravidez.
Fonte: www.ufrgs.br
TOXOPLASMOSE
Descrição da doença
Geralmente assintomática, nos quadro agudos, simulando uma mononucleose, pode
apresentar febre, linfoadenopatia, linfocitose e dores musculares que persistem durante
dias a semanas. Ocorre transmissão transplacentária, em que o feto apresentará lesão
cerebral, deformidades físicas e convulsões desde do nascimento até um pouco depois.
Pacientes imunodeficientes são mais acometidos pela infecção, podendo apresentar
cerebrite, corioretinite, pneumonia, envolvimento músculo-esquelético generalizado,
miocardite, rash maculopapular e/ou morte. Toxoplasmose cerebral é um componente
freqüente da AIDS.
Agente etiológico
O agente causal, Toxoplasma gondii é um protozoário coccídio intracelular, próprio dos
gatos, e que pertencem à família Sarcocystidae, da classe Sporozoa.
Ciclo de vida
Após ingestão pelo gato de tecidos contendo oocistos ou cistos, estes são liberados no
organismo e penetram no epitélio intestinal onde sofrem reprodução assexuada seguida
de reprodução sexuada se transformando em oocistos, podendo ser excretados junto com
as fezes. Os oocistos não esporulados necessitam de 1 a 5 dias para se esporularem no
ambiente, tornado-se infectivos. Oocistos podem sobreviver durante meses no ambiente e
são resistentes a desinfetantes, congelamento e processo de secagem, mas destruídos
pelo aquecimento a 70ºC por 10 minutos. Estes oocistos podem infectar o homem de
diversas maneiras, como será visto no item modo de transmissão.
Ocorrência
Adistribuição da doença é mundial, e afeta os mamíferos e as aves. A infecção no homem
é comum. É mais comum em regiões de clima quente e de baixa altitude. Alta prevalência
(85%) de infecção foi relatada na França pelo consumo de carne crua ou mal cozida,
enquanto que na América Central a alta prevalência foi relacionada a presença de grande
quantidades de gatos abandonados em climas que favoreciam a sobrevivência de
oocistos.
Reservatório
Os hospedeiro definitivos de Toxoplasma gondii são os gatos e outros felinos que se
contaminam pela ingestão de mamíferos.
Modo de transmissão
O Toxoplasma gondii é transmitido ao homem por diversas maneiras: através da ingestão
de carne mal cozida contendo cistos de Toxoplasma; pela ingestão de oocistos
provenientes de mão contaminada por fezes ou alimento e água; transmissão
transplacentária; inoculação acidental de traquizoítos ou pela ingestão de oocistos
infectantes na água ou alimento contaminado com fezes de gato. Pode ocorrer
transmissão através da inalação de oocistos esporulados. As fezes de cabras e vacas
infectadas podem conter traquizoítos. A infecção por transfusão de sangue e transplante
de órgãos de um doador infectado é rara, porém pode ocorrer.
Período de incubação
Consiste de 10 a 23 dias quando a infecção provém da ingestão de carne mal cozida; de 5
a 20 dias em uma infecção associada a gatos.
Susceptibilidade e resistência
Todos estão susceptíveis à infecção, porém a imunidade é facilmente adquirida e muitas
infecções são assintomáticas. Os pacientes que são tratados por citotóxicos ou
imunossupressores são mais susceptíveis à infecção.
Conduta médica e diagnóstico
O diagnóstico se baseia nos sinais clínicos e pela confirmação através de estudos
sorológicos, pela demonstração do agente em tecidos ou líquidos corporais pela biópsia ou
necrópsia ou pela identificação do agente em animais ou através do cultivo de material.
Aumentos dos níveis de anticorpos apontam para infecção ativa. A presença de IgM
específico e/ou aumento dos títulos de IgG em soro seqüencial de crianças é evidencia
conclusiva de infecção congênita. Altos níveis de anticorpos IgG podem persistir por anos
não significando atividade da doença. Pode-se detectar material genético do parasita por
técnicas de biologia molecular, principalmente nas infecções congênitas no útero.
Tratamento
O tratamento não é necessário para pessoas saudáveis e que não estejam grávidas. Para
mulheres grávidas e pessoas com deficiência do sistema imunológico, o tratamento deve
ser feito com pirimetamina, sulfadiaziana e ácido fólico durante quatro semanas.
Clindamicina em adição a esses agentes é utilizada para tratamento da toxoplasmose
ocular. Espiramicina é usada em gestantes para prevenir a infecção placentária.
Fonte: www.cve.saude.sp.gov.br
TAXOPLASMOSE
Agente etiológico - Toxoplasma gondii, um protozoário coccídio intracelular “próprio” dos
gatos, e pertencente à família Soncocystidae, na classe Sporozoa.
Reservatório - Os hospedeiros definitivos de T. gondii são os gatos e outros felinos. Os
hospedeiros intermediários são os homens, mamíferos não felinos e outros animais.
Modo de transmissão - O homem adquire a infecção por três vias:
a) a ingestão de oocistos do solo, areia, latas de lixo e em qualquer local onde os gatos
defecam em torno das casas e jardins, disseminando-se através de hospedeiros
transportadores, tais como moscas, baratas e minhocas;
b) ingestão de cistos de carne crua e mal cozida, especialmente de porco e carneiro;
c) infecção transplacentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriram a
infecção durante a gravidez.
Período de incubação - De 10 a 23 dias, quando a fonte é a ingestão de carne; de 5 a 20
dias quando se relaciona com o contato com animais.
Período de transmissibilidade - Não se transmite diretamente de uma pessoa a outra, com
exceção das infecções intra-uterina.
Aspectos Clínicos
Descrição - A toxoplasmose é uma zoonose cosmopolita, causada por protozoário,
responsável
por
determinar
quadros
variados,
desde
infecção
assintomática
a
manifestações sistêmicas extremamente graves. Do ponto de vista prático, é importante
fazer uma distinção entre as manifestações da doença, quais sejam:
Toxoplasmose febril aguda: na maioria das vezes a infecção inicial é assintomática.
Porém, em muitos casos, a infecção pode generalizar-se e ser acompanhada de
exantema. As vezes, sintomas de acometimento pulmonar, miocárdico, hepático ou
cerebral são evidentes. As lesões resultam da proliferação rápida dos organismos nas
células hospedeiras e, quando há manifestações clínicas, essas têm evolução benigna. Há
casos em que ocorrem pneumonia difusa, miocardite, miosite, hepatite, encefalite e
exantema máculo-papular.
Linfadenite toxoplásmica: a linfadenite regional pode estar relacionada à porta de entrada,
durante a síndrome febril aguda. Geralmente, o quadro se caracteriza por linfadenopatia
localizada, especialmente em mulheres e, em geral, envolvendo os nódulos linfáticos
cervicais posteriores ou, mais raramente, linfadenopatia generalizada. Isso é capaz de
persistir por uma semana ou um mês e pode assemelhar-se à mononucleose infecciosa
acompanhada por linfócitos atípicos no sangue periférico.
Toxoplasmose ocular: a coriorretinite é a lesão mais freqüentemente associada à
toxoplasmose, e, em 30 a 60% dos pacientes com esta enfermidade, pode-se atribuir a
etiologia ao toxoplasma.
Dois tipos de lesões de retina podem ser observados:
a) retinite aguda, com intensa inflamação; e
b) retinite crônica com perda progressiva de visão, algumas vezes chegando à cegueira.
Toxoplasmose neonatal: resulta da infecção intra-uterina, variando de assintomática à
fatal, dependendo da idade fetal e de fatores não conhecidos.
Os achados comuns são prematuridade, baixo peso, coriorretinite pós-maturidade,
estrabismo, icterícia e hepatomegalia. Se a infecção ocorreu no último trimestre, o bebê
pode apresentar, principalmente, pneumonia, miocardite ou hepatite com icterícia, anemia,
plaquetopenia, coriorretinite, ausência de ganho de peso ou é assintomático. Se ocorreu
no segundo trimestre, o bebê pode nascer prematuramente, mostrando sinais de encefalite
com convulsões, pleocitose do líquor e calcificações cerebrais. Pode aparecer a Tétrade
de Sabin: microcefalia com hidrocefalia, coriorretinite, retardo mental e calcificações
intracranianas.
Toxoplasmose no paciente imunodeprimido: como os cistos do toxoplasma persistem
por um período indefinido, qualquer imunossupressão significativa pode ser seguida por
um recrudescimento da toxoplasmose. As lesões são focais e vistas com maior freqüência
no cérebro e, menos freqüentemente, na retina, miocárdio e pulmões. As condições mais
comumente associadas a essa forma são a aids, a doença de Hodgkin e o uso de
imunossupressores.
Toxoplasmose e gravidez: como já mencionado, o toxoplasma pode ser transmitido ao
feto se a paciente grávida contrair a infecção durante a gestação. Uma vez que a infecção
da mãe é usualmente assintomática, geralmente não é detectada. Por isso, tem-se
sugerido a realização de testes sorológicos na gestação, porém é uma medida
dispendiosa e com pouca aplicabilidade prática. Resta, assim, apenas a instituição da
quimioterapia adequada, quando o diagnóstico é realizado.
Sinonímia - Doença do gato
Características epidemiológicas - Doença universal, sem preferência de sexo ou raça,
estimando-se que de 70% a 95% da população estão infectados.
Vigilância Epidemiológica
Objetivo - Não é doença objeto de ações de Vigilância Epidemiológica, entretanto, tem,
hoje, grande importância para a saúde pública devido a sua associação com a aids e pela
gravidade dos casos congênitos.
Notificação - Não é doença de notificação compulsória.
Medidas de Controle
•
Evitar o uso de produtos animais crus ou mal cozidos (caprinos e bovinos);
•
incinerar as fezes dos gatos;
•
proteger as caixas de areia, para que os gatos lá não defequem;
•
lavar as mãos após manipular carne crua ou terra contaminada;
•
evitar contatos de grávidas com gatos.
Recomendação
Em virtude dos altos índices de infecção pelo toxoplasma gondii na população em geral,
onde geralmente os indivíduos imunocompetentes não desenvolvem a doença, é
imperativo que, na vigência da toxoplasmose doença, o paciente seja avaliado quanto a
possível associação de imunodeficiência. Com o surgimento da aids, tem aumentado o
número de casos de toxoplasmose, esses pacientes, após o tratamento específico e a
cura clínica, devem receber tratamento profilático pelo resto da vida.
Fonte: www.pgr.mpf.gov.br
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