Cuidados na alimentação e atividades físicas

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Cuidados na alimentação e atividades físicas
ajudam a tratar hipertensão
Segundo cardiologista, doença que atinge 35% da população brasileira acima dos 40
anos tem caráter genético, mas também é influenciada por sedentarismo e tabagismo
Você sabe quais são os sintomas da hipertensão? Essa doença atinge mais de 30
milhões de brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde, 35% da população acima dos 40
anos. Só em Pernambuco, a estimativa é de que existam 780 mil hipertensos nessa faixa de
idade.
Os sinais mais comuns são dores de cabeça, tonturas, palpitações e vista embaçada.
Mas pode também ser uma doença silenciosa que não apresenta sintomas e só é detectada
com exames.
Foi o que aconteceu com o gerente de banco Clésio Ferro, que descobriu que é
hipertenso há quatro anos num exame periódico com um médico cardiologista. O diagnóstico
marcou o início de uma nova etapa na vida do gerente de banco.
Ele, que estava acima do peso ideal começou uma dieta recomendada pelo médico. Na
cozinha, ele sabe qual é o maior perigo na hora de preparar a carne ou a salada. “Tenho que
ficar longe do sal”, afirma.
Além de evitar o tempero, Clésio Ferro faz uso de um medicamento para manter a
pressão sob controle: ele diz que gasta, em média, R$ 60 por mês com uma caixa de
comprimidos e consegue levar uma vida normal no trabalho e com a família.
“Não é porque você é hipertenso que sua vida vai mudar”, diz. “Tem que ser tocada
normalmente, só com os cuidados com a alimentação”.
CUIDADOS
O cardiologista Tomás Mesquita, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),
explica que a partir do nível 13 por oito de pressão o paciente já pode ser considerado
hipertenso. “Recomenda-se que a partir dos 18 anos de idade a pessoa passe a medir a
pressão arterial duas vezes por ano, para saber se está com índice normal ou não”.
De acordo com ele, a doença tem um caráter genético, mas também tem influências de
fatores como alimentação, estilo de vida, sobrepeso, sedentarismo, tabagismo e consumo
exagerado de sal. “Tudo isso predispõe a pessoa à hipertensão”, diz Tomás Mesquita. “A
ansiedade também ajuda: à medida que ela avança a tendência para hipertensão aumenta”.
A hipertensão pode desencadear complicações como Acidentes Vasculares Cerebrais
(AVCs). “A principal causa desse derrame no Brasil é hipertensão”, afirma o cardiologista.
“Outras decorrências podem ser o infarto ou a insuficiência renal. Mais de 50% desses
pacientes são portadores de hipertensão”.
O médico explica que, antigamente, predominava a crença de que quem sofria de
hipertensão arterial não poderia fazer exercícios físicos. “Hoje se sabe que os hipertensos
podem e devem praticar atividades físicas”.
A professora de educação física Viviane Gouveia lembra, porém, que há algumas
restrições. “O grupo de hipertensos não deve fazer exercícios com grande número de
repetições, por exemplo, nem alongamentos em que a cabeça fique baixa por muito tempo, por
que isso prejudica a circulação periférica”, explica.
Para Tomás Mesquita, nem sempre tomar remédio para pressão é a melhor opção. “O
primeiro cuidado é com a alimentação e com os exercícios físicos”, observa. “Se não resolver,
o paciente consulta o médico, que pode recomendar o uso de alguns medicamentos”.
O próximo domingo (26) é o dia Nacional de Combate à Hipertensão. Haverá uma
caminhada no Parque da Jaqueira, no Recife, a partir das 8h.
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