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Hipertensão atinge 30 milhões de brasileiros
Dados do Ministério da Saúde mostram que a hipertensão arterial afeta cerca de 25% da população brasileira.
Segundo o cardiologista Tomás Mesquita, do Hospital Jayme da Fonte, algumas pessoas têm predisposição à
hipertensão – ou possuem hábitos que podem provocar o aparecimento da doença ou acelerar seu surgimento.
“O histórico familiar de hipertensão arterial em vários membros da família sinaliza como um forte marcador
para o aparecimento dessa doença em seus descendentes”, esclarece o profissional. Mesquita ainda ressalta,
que no Brasil a primeira complicação da hipertensão é o AVC.
Além da genética, a hipertensão também pode ser provocada pela obesidade, consumo de bebidas alcoólicas,
estresse, grande consumo de sal, falta de atividade física, sono inadequado e uso de drogas ilícitas. “Uma dieta
rica em sal, gorduras e frituras; a falta de atividade física regular (sedentarismo), a obesidade e a utilização de
anti-inflamatórios de forma indiscriminada são fortes fatores favoráveis à provocação dessa doença”, ressalta.
“A hipertensão arterial é uma doença traiçoeira e 70% dos pacientes não apresentam sintomas”, afirma o
cardiologista.
Para prevenir o problema, a principal mudança deve ser no estilo de vida, pois essa atitude já consegue
controlar a pressão arterial em 60% dos casos. Mas reduzir a quantidade de sódio da alimentação, substância
que aumenta e mantém a pressão em níveis mais altos, também é de extrema importante. De acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é o consumo de 2 gramas de sódio (o equivalente a 5 gramas de
sal). Porém, os brasileiros consomem muito mais do que o recomendado.
O coração, o cérebro, os rins e as artérias dos membros inferiores são as grandes vitimas da hipertensão. Entre
as complicações causadas pela doença, podemos citar: enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral,
insuficiência cardíaca, insuficiência renal, angina de peito, claudicação dos membros inferiores (dor e cansaço
nas pernas aos esforços. Nos casos extremos, os sintomas dolorosos podem ocorrer mesmo em repouso),
esclarece Tomás.
A hipertensão tem cura (por meio de tratamento cirúrgico) apenas para os pacientes com a Hipertensão Arterial
Secundária, que representam apenas 5% da população hipertensa. “Os outros 95% dos hipertensos estão
classificados no grupo dos portadores de Hipertensão Arterial Primária. Nessa situação não há cura, e sim
controle dos níveis tensionais, o que é realizado através da administração de drogas especificas, mudanças no
estilo de vida, hábitos alimentares saudáveis, controle do peso e prática de exercícios regularmente”, explica o
cardiologista.
Serviço:
Hospital Jayme da Fonte
Endereço: Rua das Pernambucanas, 167, Graças.
Fone: (81) 3416.0000
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