Título: Hipertensão afeta um em cada cinco brasileiros Silenciosa, a pressão alta é uma doença perigosa e que vem crescendo entre os brasileiros. Foi de forma repentina, que o empreiteiro de obras, Silvio Andrade, 51, descobriu há 7 anos que era hipertenso. Com sintomas corriqueiros, dor de cabeça, zumbido no ouvido e cansaço. Após procurar um médico para fazer exames gerais, foi diagnosticado como hipertenso. A partir do diagnóstico, começou a fazer o tratamento. “Tomo remédio diariamente agora para controlar a pressão. Tenho uma dieta para fazer, mas não faço com tanto rigor”, disse Silvio. Segundo o cardiologista Gerson Cássio Lima, os sintomas mais comuns são: enjoo, dor de cabeça, dor na nunca, sonolência, zumbido no ouvido, dificuldade para respirar e também palpitações cardíacas. Mas também, a hipertensão pode não apresentar sintoma algum. “Como a doença é silenciosa, é necessário medir a pressão pelo menos três vezes ao ano para verificar se está tudo bem”, afirma o cardiologista. A pressão arterial de uma pessoa saudável é considerada: 12 (pressão arterial alta) por 8 (pressão arterial baixa). Existe também a pressão limítrofe: 13 (pressão arterial alta) por 9 (pressão arterial baixa), essa pressão arterial verifica-se nas pessoas propensas a serem hipertensas. Medindo a pressão Existem dois tipos de aparelhos: manuais e digitais. Ao contrário dos atuais aparelhos automáticos, que podem ser manuseados pelo próprio paciente, o clássico esfigmomanômetro manual requer que outra pessoa meça a pressão do paciente. Já os aparelhos digitais que ganharam popularidade no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, possuem a vantagem de permitir que o paciente possa medir a própria pressão arterial várias vezes ao dia sem necessitar da ajuda de outras pessoas. O cardiologista Gerson Cássio, afirma que os aparelhos digitais são confiáveis como o clássico aparelho manual, mas o paciente deve ter algumas precauções antes de aferir a pressão. “O local mais indicado para medir a pressão é o braço. Pode ser o braço esquerdo ou direito. Pode medir também pelo punho, mas deve estar apoiado em uma mesa na mesma altura do coração”, disse o especialista. Outras medidas são recomendáveis, como por exemplo, os pacientes devem estar sentados e calmos, por pelo menos cinco minutos antes da medição. Fumar ou ingerir cafeína 30 minutos antes, podem influenciar o resultado. E também não se deve medir a pressão arterial se o paciente estiver com vontade de urinar. A aposentada Laurinda Tomé, 65, não sofre de hipertensão, mas como tem diabetes, possui a tendência de ser hipertensa. Desta forma comprou o aparelho digital, pela internet e mede a pressão diariamente. “Com esse aparelho ficou fácil controlar a pressão, quando está um pouco alta, já sei o que fazer e evito esforço físico e comer alimentos com sal”, afirma a aposentada. Os hipertensos devem seguir uma dieta e evitar alguns hábitos como: fumar ou ingerir bebida alcoólica. “O hipertenso deve evitar o sal e temperos industrializados, deve evitar também bebidas com álcool e principalmente o cigarro que destrói os vasos sanguíneos e a consequência é o aumento da pressão do sangue dentro das artérias”, disse o cardiologista. A hipertensão é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento. Quando o paciente não cumpre o tratamento adequadamente ou se a doença não for tratada, a pressão alta pode provocar até a morte. Pois pode provocar o bloqueio e entupir as artérias do coração, levando à angina ou infarto; no cérebro, pode ocorrer o mesmo bloqueio, causando um AVC. Foi o que aconteceu com o empreiteiro Silvio que não cumpria a dieta e não ingeria os remédios diariamente. “Tive um AVC recentemente, minha pressão não estabilizava, esquecia devido a correria do dia a dia de tomar os medicamentos, fora a alimentação inadequada que estava fazendo”, declarou. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo IBGE e o pelo Ministério da Saúde, de 2013 e 2014, mostra que um em cada cinco brasileiros é hipertenso. A hipertensão atinge 2,8% das pessoas de 18 a 29 anos e 55% dos idosos com mais de 75 anos. A pesquisa aponta também que 40% da população adulta apresenta ao menos uma doença crônica não transmissível, como hipertensão e diabetes. Essas condições, juntas, causam 72% das mortes no país e são mais prevalentes entre o sexo feminino: afetam 44,5% das mulheres, ante 33,4% dos homens. Como é um problema de saúde grave, mas ao mesmo tempo muito comum, foi criada uma data para lembrá-lo: 26 de abril é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.