carga viral em camarões, litopenaeus vannamei

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XIV Encontro Brasileiro de Patologistas de Organismos Aquáticos (XIV ENBRAPOA) - 2016 - Florianópolis/SC
PO086 - CARGA VIRAL EM CAMARÕES, LITOPENAEUS VANNAMEI,
INFECTADOS COM O VÍRUS DA SÍNDROME DA MANCHA BRANCA (WSSV) E
MANTIDOS EM ÁGUA CLARA E EM BIOFLOCO
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Karla O. Ortiz; 2Cecília S. Valente; 3 Ana P. M. Fraga & 4Maria R. F. Marques
LABCAI/NEPAQ/CCA/UFSC & LCM/CCA/UFSC
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[email protected], [email protected],[email protected],
4
[email protected]
O vírus da síndrome da mancha branca (White Spot Syndrome Virus, WSSV) apresenta
alto grau de patogenicidade para camarões peneídeos, sendo considerado o agente etiológico
causador dos maiores prejuízos econômicos registrados na carcinicultura mundial. Frente à
vulnerabilidade a agentes patogênicos e visando reduzir a taxa de renovação de água e tornar os
cultivos mais biosseguros, o sistema de cultivo de camarões marinhos com bioflocos microbianos
tem sido considerado como uma boa alternativa, podendo melhorar o consumo e a absorção da
dieta, o equilíbrio da microbiota intestinal e do meio aquático e estimular o sistema de defesa do
hospedeiro. Neste trabalho foi comparada a carga viral em camarões Litopenaeus vannamei,
infectados experimentalmente com o WSSV e, mantidos em duas condições distintas de cultivo
experimental: água clara (n=84) e biofloco maduro (n=84). A aclimatação foi realizada por 15
dias, com fornecimento de ração comercial três vezes ao dia e monitoramento diário da qualidade
de água. Ao final deste período, os animais foram desafiados experimentalmente com WSSV
(5,3x104 partículas virais/µl; 100 µl de inóculo). Paralelamente, um grupo controle (n=8) para
cada condição de cultivo experimental foi inoculado com solução salina autoclavada. O
comportamento dos animais e a mortalidade foram monitorados diariamente. Sinais clínicos, tais
como letargia, menor consumo de ração e cor avermelhada, além de registro de mortalidade,
foram observados após 48 h da infecção experimental (p.i.), quando foram realizadas as coletas
de tecidos. Amostras de DNA genômico foram co-extraídas a partir dos pleópodes por método
convencional e utilizadas para a determinação da carga viral por PCR em tempo real (qPCR). A
quantificação da carga viral nos camarões mantidos em água clara registrou valores entre 1.0 x107
e 1.2x107 vírus.μl-1, enquanto os valores determinados para os camarões mantidos em biofloco
mostraram-se na faixa entre 1.2 x 108 e 1.8 x 108μl-1. Apesar de a carga viral mostrar-se
comparativamente mais elevada nos camarões mantidos no biofloco, a diferença não foi
significativa. Ademais, no mesmo período (48h), não foi observada diferença em relação à
mortalidade entre as duas condições de cultivo experimental. Os parâmetros analisados parecem
indicar que a manutenção dos camarões em biofloco não pode ser associada a uma resposta de
defesa mais eficiente frente ao agente viral. No entanto, esta análise preliminar dever ser ampliada
com a determinação da carga viral em outros tecidos e células, como, por exemplo, na hemolinfa.
Esta e outras análises já em andamento, as quais envolvem a análise de respostas bioquímicas e
de defesa do hospedeiro, bem como análises microbianas, poderão contribuir para melhor avaliar
o possível efeito do sistema com biofloco na homeostase e nas respostas moleculares de
L.vannamei.
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