Psicologia

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Psicologia da Educação
Psicologia
Definição:
O termo Psicologia vem do grego: psyqué significa alma e logos significa razão ou
conhecimento. Portando psicologia significa estudo da alma. A alma era concebida como parte
imaterial do ser humano, compreendendo o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a
irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.
Histórico:
A história da psicologia no ocidente começa entre os gregos, frente a insaciável necessidade do
homem de compreender a si mesmo, originando uma ciência que desse conta do funcionamento
da alma do ser humano.
Sócrates é quem passa a dar consistência a psicologia, preocupando-se com o limites que
separa o homem dos animais. A razão era concebida como a principal característica humana,
permitindo o homem a sobrepor-se aos instintos.
Em seguida Platão dizia que a alma era imortal. Acreditava que a vida psíquica independia do
corpo, que um funcionava separadamente do outro, a medula representava a ligação entre
mente e corpo.
Já Aristóteles dizia que alma e corpo não podiam ser dissociados. Acredita que a psyqué é
organizada em uma escala evolutiva. Os vegetais teriam a alma vegetativa, possuindo funções
de alimentação e reprodução; os animais teriam essa alma e a alma sensitiva, que tem as
funções de percepção e movimento; o homem, então, teria os dois níveis anteriores e a alma
racional, que tem função pensante.
Com o Império Romano que possibilitou o aparecimento e desenvolvimento do cristianismo a
psicologia estava relacionada ao conhecimento religioso, já que a Igreja Católica detinha o
monopólio do saber.
Na época do renascimento (época de transformações radicais na Europa) René Descartes
contribui para a criação de métodos e regras, a serviço da sistematização do conhecimento
científico. Descartes também falava da separação entre a mente e o corpo, porém percebia
alguma interação entre eles = dualismo interativo.
No século XIX passou a ser estudada não somente pelos filósofos, mas também pela fisiologia e
pela neurologia. O Sistema Nervoso Central passa a ser explorado em vários estudos, que
evidenciam o papel deste na produção de pensamentos, percepções e sentimentos.
A Psicologia foi alcançando o status de ciência, na medida em que se liberta da Filosofia e da
fisiologia e neurologia passando a definir seu objeto de estudo, delimitar seu campo de estudo,
formular métodos de estudo deste objeto e formular teorias.
Escolas Teóricas da Psicologia
Estruturalismo
O fundador do Estruturalismo foi Edward Bradford Titchener(1867-1927). O objeto de estudo da
Psicologia para o Estruturalismo era a Consciência, constituída por unidades básicas como as
sensações, as imagens e os afetos. Para estuda-la, Titchener propôs o método da observação e
experimentação. Esta observação se daria sob forma de auto observação ou introspecção, onde
os sujeitos experimentais seriam treinados a observar atentamente e descrever com total
objetividade suas experiências subjetivas em situações controladas em laboratório. O objetivo
principal era analisar a estrutura da mente para elucidar os processos elementares da
consciência. Titchner destacava que não se poderia compreender nenhuma das funções da
mente se antes não fosse revelada sua estrutura.
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Funcionalismo
O Funcionalismo nasceu nos EUA e seu principal pesquisador foi Wiliam James(1842-1910). Os
psicólogos funcionalistas definiam a Psicologia como uma ciência biológica, interessada em
estudar os processos, operações e atos mentais como formas de interação adaptativa, no
sentido de descobrir sua função.
O objeto de estudo era a Consciência, que representa as experiências ou fenômenos da vida
mental, enquanto o organismo (sistema nervoso) representa as condições da vida mental. Toda
modificação mental é acompanhada de uma mudança corporal.
O funcionalismo tendia para uma Psicologia aplicada, preocupada com sua função, com as
operações e processos, buscando resultados práticos, utilitários a atividades adaptativas.
Associacionismo
O principal representante do Associacionismo dói Edward L. Thorndike (1874-1949), discípulo de
Wiliam James. Thorndike desenvolveu uma teoria da conduta baseada nos estudos sobre a
aprendizagem, pois que acreditava que a vida significa adaptação e que esta é alcançada
através da aprendizagem.
Leio do efeito: as atitudes que tomamos e que obtivemos êxito são lembradas e aquelas em que
fracassamos são eliminadas ou esquecidas.
Behaviorismo
O Behaviorismo tem origem no Inglês – behavior que signifca comportamento, também
conhecido como Comportamentalismo tem como fundador John B. Watson (1878-1958). Tem
como objeto de estudo o comportamento, sendo este especificamente observável e embasado
nas ciências naturais da época. Watson acreditava que o controle do ambiente de um indivíduo
permitia desencadear qualquer tipo de comportamento desejável. Desconsiderava os estudos
dos fenômenos mentais, das sensações e da introspecção, pois afirmava que tanto a vida
psíquica quanto a consciência não passavam de suposições, visto não serem passíveis de
observação e mensuração diretas.
Outro grande nome da Teoria Behaviorista foi B.F.Skinner, que enfatiza que um organismo
aprende quando seu comportamento é fortalecido por um reforço ou diminuido por uma punição.
O Behaviorismo visa a aprendizagem.
Conceitos desenvolvidos por Skinner:
Reforçamento: proceesso no qual há a apresentação de uma conseqüência desejada
quando o comportamento ocorre, de modo a aumentar as chances deste comportamento
acontecer.
 Reforçamento positivo: processo no qual aumentam as chances da ocorrência do
comportamento em razão da apresentação de um estímulo agradável (recompensa).
Ex.: a criança que por ser caprichosa com seu cadernos, recebe elogios da professora.
Esta criança manterá o capricho em seus cadernos para não deixar de ser elogiada pela
professora.
 Reforçamento negativo: processo no qual aumentam as chances da ocorrência do
comportamento em razão da retirada de um estímulo desagradável. Ex.: quando
desligamos de manhã o despertador, pois assim deixamos de escutar o som indesejado
de sua campainha.
Punição: operação pela qual o comportamento emitido se torna menos provável em razão
das conseqüências obtidas. Tem efeito oposto ao efeito do reforço.
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
Punição positiva: processo pelo qual diminuem as chances da ocorrência do
comportamento em razão da apresentação de um estímulo desagradável. Ex.: somos
multados ao dirigirmos em velocidade acima da permitida.
 Punição negativa: processo pelo qual diminuem as chances da ocorrência do
comportamento em razão da retirada de um estímulo agradável. Ex.: o fato de uma mãe
proibir a filha de ir a uma festa, em razão de a menina ter desconsiderado o horário
combinado de chagada na semana anterior.
Extinção: quando uma resposta é reforçada sua probabilidade aumenta, porém este
aumento não é permanente. A operação de suspender o reforço é chamada de extinção.
Ex.: se as reuniões da empresa em que você trabalha sempre começam atrazadas, seu
comportamento de chegar no horário marcado, com o tempo, será extinto.
Modelagem: trata-se da modificação gradual de uma resposta por outra que seja mais
apropriada ao sujeito através do reforçamento de outros padrões de comportamento que vão
sendo sucessivamente adquiridos e aprimorados pelo indivíduo a partir da aprendizagem
obtida, como andar, falar, dirigir, dançar, atravessar a rua, etc.
Generalização: relaciona-se a tendência de apresentarmos comportamentos semelhantes
sempre que percebemos os estímulos como semelhantes. Ex.: uma criança que aprende em
casa que consegue o que quiser chorando e fazendo birra, é possível que ela venha a
generalizar seu comportamento de birra em outros contextos, como na escola.
Discriminação: diz respeito a nossa capacidade de perceber as diferenças existentes entre
os estímulos e responder de maneira diferenciada cada um deles. Ex.: as expressões faciais
de alguém podem servir como um estímulo discriminativo para eu me aproximar desta
pessoa ou evita-la; nossos comportamentos são diferenciados dependendo do grupo com o
qual estejamos.
Gestalt
A Gestalt, inicialmente formulada no final do século XIX, na Alemanha, corresponde a uma
determinada organização de partes que constitui um todo específico, apesar de também ser
traduzido como forma, estrutura ou organização. Mais conhecida como psicologia da percepção.
Wertheimer (1880-1943), Kurt Koffka (1886-1941) e Wolfgang Köhler (1887-1976) são os
pioneiros desta teoria. Wertheimer constatou a partir de experimentos que a percepção depende
das características relativas aos estímulos bem como da organização neural e perceptiva num
único campo.
Princípios da organização perceptual:
a. Proximidade: quanto mais próximos os itens estiverem uns dos outros, maior
será a tendência a que sejam percebidos como um todo.
b. Similaridade: quanto mais semelhantes forem os itens entre si, maior a
tendência a que sejam percebidos como unidades.
c. Simetria: os itens que formam unidades simétricas tendem a ser agrupados de
forma conjunta.
d. Fechamento: os itens são percebidos como formando uma unidade completa,
ainda que sejam interrompidos por lacunas;
e. Continuação: itens com interrupções mínimas são percebidos como unidades.
Kurt Lewin buscava compreender o indivíduo a partir da maneira como este via a si próprio,
quanto ao seu espaço vital, suas facilidades e dificuldades, gostos e aversões referentes a
objetos, pessoas e atividades. A partir destas referências Lewin desenvolveu a Teoria de
Campo. Um dos pontos fundamentais da Teoria de Campo consiste no espaço vital, espaço em
que vivemos, o qual adquire seu significado a partir da representação psicológica que atribuímos
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a ele. Assim, ele é antes psicológico de que físico, apesar de estar condicionados ser
influenciado pelo meio social, físico e conceptual.
Principais conceitos da psicoterapia com enfoque gestáltico
1. O organismo como um todo – o organismo é unificado, não havendo diferença entre
a atividade física e mental.
2. Ênfase no aqui e agora – não investiga o passado com a finalidades de procurar
traumas, mas visa possibilitar ao paciente a conscientização de sua experiência
atual, pressupondo que os resquícios de situações anteriormente vividas surgirão
como parte da experiência atual.
3. Preponderância do como sobre o porquê – a importância atribuída ao porquê é
desnecessária para o processo que envolve a compreensão da situação, uma vez
que em todas as situações encontramos mais do que uma causa e as explicações
destas, ao contrário do que se possa esperar, afastam-nos da compreensão que
desejamos ao invés de delas nos aproximar.
Psicanálise
A psicanálise caracteriza-se por ser um método de investigação da vida psíquica do indivíduo,
uma teoria sobre o funcionamento do psiquismo e uma prática clinica. Sigmund Freud, ao longo
de sua vida e através de sua obra, formulou leis gerais sobre a estrutura e o funcionamento da
psique humana.
A hipnose foi o primeiro método utilizado de acesso ao inconsciente do paciente, pois de trata de
um estado de consciência modificado, transitório e artificial, provocado pela sugestão do
hipnotizador. O método catártico, adotado por Freud adotado na seqüência do método hipnótico,
consiste na re-vivência da situação traumática liberando o afeto esquecido e, desta forma,
restituindo ao sujeito sua condição anterior ao trauma.
Ao elaborar o conceito de transferência, abandona a hipnose e a catarse passando a adotar o
método da associação livre, método constitutivo da técnica psicanalítica, segundo o qual o
paciente deve falar tudo que lhe vem à mente, sem nenhuma discriminação.
Em 1900 Freud escreve “A Interpretação dos Sonhos” sendo este considerado o marco de início
da Psicanálise. A análise de seus sonhos, atos falhos e lapsos foi o caminho que o levou a
descoberta do inconsciente. Este livro aborda o funcionamento do psiquismo inconsciente, desde
o descobrimento do sentido dos sonhos até o Complexo de Édipo.
Freud veio a falecer devido a um câncer na boca em setembro de 1939 na Inglaterra, deixando
obra de grande valor. A partir destas outros psicanalistas desenvolvem novos conceitos,
especialmente em relação ao tratamento com crianças. Dentre eles podemos citar Melanie Klein,
Bion e Winnicott, Anna Freud e Jacques Lacan.
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