Saiba como ler os rótulos de alimentos industrializados

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MANTIQUEIRA-POÇOS DE CALDAS, DOMINGO, 24 DE JUlHO DE 2016
SAÚDE
Saiba como ler os rótulos de
alimentos industrializados
Um estudo divulgado pelo Ministério da
Saúde mostra que 18,9%
da população brasileira
está acima do peso e a
má-alimentação é uma
das causas desse quadro,
que pode provocar outras
complicações, como hipertensão e diabetes.
Estar atento, principalmente, à quantidade de
sódio e açúcares presentes nos alimentos industrializados é uma forma
de garantir uma alimentação mais saudável. Para
isso, é preciso saber interpretar as informações
nos rótulos dos produtos
e identificar os mais nutritivos e com menor adição
desses componentes.
Pesquisadora da Universidade de Brasília
(UnB), a nutricionista
Fabiana Nalon explica
que “é muito importante
observar a lista de ingredientes. O primeiro
ingrediente é sempre
aquele que vem em maior
quantidade”. Isso para verificar a composição real
dos alimentos e evitar os
que privilegiam açúcares,
extrato de glicose e sal na
receita.
“Vale a pena comparar
o total de carboidratos
nos alimentos de categoria doce. Nos salgados, é
interessante observar a
gordura e o sódio. O ideal
é sempre buscar o que tem
menos sódio e gordura”,
ressaltou.
A Organização Mundial
de Saúde (OMS) recomenda que o consumo de sal
para adultos seja de até
cinco gramas de sal e de
quase 50 gramas por dia
no caso dos açúcares. No
entanto, um estudo do Ministério da Saúde mostra
que 70% dos brasileiros
estão extrapolando esses
limites e consomem cerca
de 12 gramas de sal, mais
do que o dobro do recomendado.
A especialista ainda
destaca que os alimentos
processados (receberam
sal e açúcar para durar
mais) e ultraprocessados
(refeições prontas, feitas
de extratos dos produtos
partir de um acordo com
a Associação de Indústrias
de Alimentação (Abia).
Assim, a adição de sódio
a itens como margarinas,
temperos e cerais tiveram queda de até 16%. A
previsão é de que, até o
ano que vem, um acordo
semelhante seja firmado
para reduzir a contração
de açúcares.
Os esforços para promover uma alimentação
mais saudável visam ainda controlar e diminuir
os índices de diabetes e
hipertensão, esta última
responsável por 66% dos
casos de AVC e metade dos
de infarto no País. Segundo o ministério, 24,9% da
população é hipertensa
e 7,4% dos adultos são
diabéticos
MEDIDAS
DE INCENTIVO
naturais), devem ser evitados pela alta concentração de conservantes.
“[O ideal é] fugir dos
industrializados e aumentar o consumo dos
alimentos no seu estado
natural. O industrializado precisa ter um prazo
de validade que permita
a embalagem, o tempo de
prateleira. O sódio é um
conservante, e o açúcar é
o aditivo de sabor e textura. O industrializado tem
de ter esses aditivos para
ter um sabor agradável e
um tempo de prateleira
prolongado que o alimento in natura não precisa
ter”, ponderou.
ACORDO
Com o intuito de reduzir os riscos à saúde
pelo excesso de sódio nos
alimentos, desde 2011,
o Ministério da Saúde
retirou 14.893 toneladas
desse nutriente dos produtos industrializados a
O Ministério da Saúde
ainda estabeleceu uma
série de medidas na tentativa de melhorar os
hábitos alimentares dos
brasileiros.
-Política Nacional de
Alimentação e Nutrição
(Pnan): o documento foi
lançado em 1999 e reformulado em 2011 e
estabelece nove diretrizes
gerais para guiar as ações
do Ministério da Saúde.
O Pnan tem como foco a
segurança alimentar de
famílias e da comunidade,
de modo a suprir falta
de nutrientes, além de
estimular a alimentação
saudável.
-Guia Alimentar da População Brasileira: traz
informações acerca de
valores nutricionais, além
de indicar quais as proporções ideais devem ser
ingeridas diariamente e
sugere combinações mais
saudáveis para as refeições.
A publicação ainda enumera dez passos para que
os cidadãos tenham uma
dieta balanceada, como
evitar alimentos ultraprocessados, dar preferência
a alimentos frescos e reduzir o consumo de sal e
açúcares.
Rouquidão, tosse seca e dor de garganta
podem indicar disfunções no aparelho vocal
Segundo uma estimativa da Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico
Facial, um terço da população mundial poderá sofrer de distúrbios na voz
em alguma época da vida.
As alterações vocais podem ser consideradas um
problema quando comprometem a qualidade
de vida do indivíduo. De
acordo com o otorrinolaringologista do Hospital
Cema Cícero Matsuyama, as modificações que
ocorrem na voz são, principalmente, da qualidade do som emitido pelas
cordas vocais, que pode
variar desde uma simples
rouquidão até a afonia,
que é a ausência da voz.
As causas podem estar
relacionadas a doenças
inflamatórias, infecciosas,
tensionais (emocional) ou
neuromotoras (degeneração neural e acidente
vascular cerebral).
O uso inadequado do
aparelho vocal, seja gritando, cantando ou falando demasiadamente,
também pode ser prejudicial. Tanto do ponto de
vista de intensidade vocal
quanto no uso da voz por
períodos prolongados. Os
excessos devem ser monitorados por profissionais
especializados. “Tomamos
como exemplo um maratonista não habituado a
percorrer trajetos longos,
DIVULGAÇÃO
O USO inadequado do aparelho vocal, seja gritando, cantando
ou falando demasiadamente, também pode ser prejudicial
certamente ele encontrará
dificuldade para correr 42
km de uma hora para outra. Essa pessoa precisará
de um médico especialista
em medicina esportiva
e de um fisioterapeuta.
Assim também funciona
com a voz”, compara o
especialista. Todo profissional da voz necessita de
acompanhamento com um
otorrinolaringologista
e, eventualmente, de um
fonoaudiólogo para tratar
os transtornos funcionais.
Entre outras causas que
influenciam a voz estão o
tabagismo, a alimentação,
a ingestão de líquidos e a
poluição. Além de causar
o aumento na frequência
do surgimento de lesões
tumorais, o fumo causa
problemas inflamatórios
graves que deixam a voz
rude e áspera e, mesmo
após deixar de fumar,
os sintomas podem permanecer por um período prolongado. Pessoas
com predisposição para
inflamações devem evitar alimentos e líquidos
gelados, pois a ingestão
pode gerar um processo
inflamatório no aparelho
vocal, causando rouqui-
dão e dor ao deglutir. O
médico esclarece que o
tempo seco e os agentes
presentes na poluição
das grandes cidades podem causar inflamações e,
como consequência, rouquidão, dor de garganta
e tosse seca. No inverno,
o fato das pessoas ficarem em ambientes mais
fechados, sem ventilação
adequada e utilizarem
roupas que facilitam a
disseminação das doenças
sazonais, afetando o sistema respiratório, podendo
ocasionar problemas relacionados à voz.
Ministro agora diz
que Mais Médicos
é permanente
NATÁLIA CANCIAN
Folhapress
BRASÍLIA, DF (FO LHAPRESS) - Após afirmar em entrevista à Folha
de S.Paulo que o programa Mais Médicos é “provisório”, o ministro da
Saúde, Ricardo Barros,
minimizou o tom nesta
sexta-feira (22) durante
uma apresentação a novos
médicos cubanos e brasileiros formados no exterior que devem participar
da iniciativa. Agora, o ministro diz que o programa
“tem efeitos permanentes,
mas bolsistas transitórios”, em referência aos
médicos estrangeiros que
participam do programa.
“Os efeitos do programa são permanentes. Ele
tem três eixos: a atenção
inicial com os bolsistas,
criação de novos cursos
de medicina e ampliação
de residências médicos.
Os novos cursos e a ampliação da residência são
permanentes. Os bolsistas
são transitórios até que
os médicos formados pelo
programa possam ocupar
esses postos”, afirmou.
Questionado sobre o
termo “permanente” usado em discurso para qualificar o programa, completou: “Se você cria uma
faculdade de medicina, ela
vai existir para sempre.”
Segundo Barros, a presença dos bolsistas, contratados para atuar por
três anos, ocorrerá até
que todas as vagas sejam
preenchidas por médicos
brasileiros.
“Transitório é o programa de bolsistas, tanto
que a medida provisória é
por três anos. Se em três
anos tivermos todos os
brasileiros aqui, não se
renovará o convênio [com
os médicos cubanos]”,
afirmou Barros.
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