Servidores compram alimentos e pacientes adquirem

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Servidores compram alimentos e pacientes
adquirem medicamentos para manter hospital
do Cone Sul funcionando
21 de Fevereiro de 2017
Hospital está sem diretor.
O Hospital de Corumbiara enfrenta uma grave crise com falta de alimentos e medicamentos. A
unidade possui 12 leitos.
Por telefone, uma moradora da cidade do Cone Sul do estado, conversou com a reportagem e
narrou o caos que se instalou na principal unidade hospitalar do município.
Para preservar a identidade da denunciante, o site usará o codinome 'Paula' para descrever o caso.
Segundo a denunciante, os servidores da unidade estão fazendo coleta de dinheiro entre si, a
chamada 'vaquinha', para comprarem alguns alimentos que são usados no café da manhã, almoço e
jantar da equipe platonista do hospital.
“Ontem mesmo, nós nos reunimos para comprar carne para o almoço, pois a prefeitura não está
enviando. No hospital um pacote de feijão precisa dar para dois dias, essa é a ordem do secretário
de saúde”, comentou 'Paula'.
A denunciante ainda conta, que alimentos básicos como pó de café também está sendo adquirido
pelos servidores municipais. “Não temos nem café puro para tomar. Muitos, fazem plantão de 24h00,
mas sem alimentação como conseguem aguentar”, criticou ela.
Outro problema grave enfrentado no hospital, é a falta de medicamentos. De acordo com a
denunciante, a unidade não dispõe de materiais básicos para curativos, como gazes e soro
fisiológico para limpeza de ferimentos. “Os pacientes estão tendo que comprar o soro que vai usar,
pois o hospital não tem, sem contar diversos outros medicamentos que faltam no hospital”, disparou
'Paula'.
Ela ainda conta que pacientes que poderiam receber atendimento lá, estão sendo encaminhados
para outras cidades, como Vilhena e Cacoal por falta de medicamentos básicos.
As ambulâncias também são motivos de preocupação da população, segundo informou a autora da
denúncia: “A cidade tem duas ambulâncias. Uma está sem os faróis [queimados] e só pode andar
durante o dia. A outra funciona os faróis, mas está com o disco de embreagem com problemas e não
pode ser usada para viagem fora da cidade. O abandono é total e a população está a mercê da
sorte”, disparou 'Paula'.
Os problemas não são recentes. De acordo com a denunciante, o secretário de saúde Pedro Célio,
foi comunicado pela primeiras vez há 50 dias, mas até o momento não apresentou soluções para
amenizar a grave crise enfrentada pela unidade.
“O hospital está sem diretor há tempos, e os servidores não sabem a quem recorrer”, finalizou a
denunciante.
Secretaria de Saúde
Por telefone a reportagem conversou com Pedro Célio, secretário municipal de saúde do município.
Ele disse ter conhecimento dos problemas expostos na denúncia, mas que medidas já estão sendo
tomadas para solucionar.
“Temos em curso o processo de licitação para uma grande compra de insumos para o hospital.
Sabemos dos problemas, mas estamos buscando meios para resolvê-los”, disse Pedro Célio.
Em relação as ambulâncias, o secretário confirmou que uma está com os faróis queimados e a outra
apresenta problemas no disco de embreagem o que impede viagens de longas distâncias. “Esse
problema das ambulâncias nós já estamos resolvendo, acredito que essa semana estará
solucionado”, confirmou Pedro.
Sobre a falta de diretor no hospital, Pedro disse que a contratação está prevista para o dia 1º de
março.
http://ondasulderondonia.com.br/noticia_pdf/5481
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