Hepatite crônica tratada com ozônio Estudo da Hepatite Crônica e a Terapia por Ozônio Prof. Horst Kief, MD Editado por Scientific Advisory Board of Ozontechnik In: Sexta Conferencia Mundial de Ozonio- USA - 1983 O têrmo hepatite crônica foi empregado pela primeira vez por Kalk em 1947. Em 1968, De Grote classificou as hepatites crônicas morfologicamente, isto é pelo anatomopatologico. A hepatite crônica persistente é caracterizada por um curso assintomático ou um estado de cansaço com leve aumento da s transaminases, no máximo, 50 um/l. Um resultado positivo do HbsAg se obtém em 80% dos casos. Estão ausentes os fenomenos auto imunes. A hepatite crônica agressiva apresenta um curso gradualmente progressivo. Os sintomas dependem da atividade da doença. Se em atividade podemos encontrar: fadiga, astenia, dores abdominais, artralgias e prurido. As transaminases atingem as 100 mU/ml ou mais. Em 1960, Ehrlich demonstrou a ação esterelizante do ozônio sobre o vírus da hepatite B. Wehrli wem 1957 já havia escrito que em 10.000 transfusões de sangue ozonizado , não se observou nenhum caso de transmissão de hepatite viral. No presente trabalho , iremos descrever o emprego do ozônio em 12 casos de hepatite crônica, incluindo 10 casos da forma crônica agressiva, todas elas confirmadas por biopsia hepática. Relato de Casos Clínicos de Ozonio e Hepatite Caso 1 Um paciente de 43 anos de idade sofria de hepatite HBsAg - positiva em 1977. Ele foi tratado a principio sob o ponto de vista clinico geral. Após a conversão à fase crônica seu tratamento foi feito, como de costume, com cortisona e Imurek, mas abandonado devido aos efeitos colaterais e intolerância. Ele passou aos cuidados do Dr. Kief com valores de SGOT e SGPT de 460 e 1.100 respectivamente. Exercia um cargo de liderança que resultava em estresse considerável e, de acordo com suas próprias declarações, ele necessitava viajar ao exterior novamente dentro de poucas semanas. Então o Dr. Kieff decidiu iniciar o tratamento com a terapia de ozônio em dias alternados. Os resultados podem ser vistos nas curvas, com a queda de SGOT a valores normais e uma diminuição de SGPT e gama - GT em 14 dias. Houve então um aumento desses valores após cerca de dois meses. Um novo tratamento levou à normalização dos valores em 45 dias. Após cerca de seis meses, ele sentiu-se mal repentinamente e testes de transaminase revelaram valores muito altos que inicialmente foram atribuídos a uma recaída subseqüente. Contudo, os testes HBsAg não revelaram mais quaisquer títulos de vírus B, mas uma presença elevada de títulos de vírus A que antes não havia sido detectada. Novamente, houve uma rápida diminuição dos valores testados ate o próximo do normal em 30 dias, seguidos por um aumento reativo após 45 dias e um retorno a próximo do normal. O paciente então viajou para Teerã e relatava seus valores lá determinados por telefone, de tempos em tempos. Desde então ele não havia mais sido tratado e seus valores sorológicos enzimáticos estavam normais. O paciente se apresentou novamente dois anos após o tratamento. Nesse período, ele não teve nenhuma recaída. Seus valores laboratoriais eram normais e lê estava completamente livre dos sintomas subjetivos. Caso 2 Um paciente, de 40 anos, sofria de hepatite B com títulos de HBsAg positivo em 1973. Em 1978, uma biopsia realizada em Wildhirt revelou hepatite crônica agressiva. O tratamento compreendeu cinco sessões de terapia com ozônio durante um período de três meses. Obtevese a normalização completa dos valores laboratoriais. Os títulos HBsAg caíram durante esse período de 82 a 45 unidades. Ao mesmo tempo, o valor da fosfatase alcalina caiu de 102 para 58 unidades como expressão de melhora na função hepática de excreção. Caso 3 Uma mulher de 32 anos que, após cinco transfusões, desenvolveu hepatite HBsAg - negativa com conversão para a forma crônica agressiva confirmada por biopsia. O tratamento com médicos e em hospital de acordo com os métodos convencionais não deu resultado e foi seguido por quatro meses de tratamento homeopático, que também falhou. Oito dias após o inicio da terapia com ozônio, houve uma nítida redução dos valores laboratoriais. Os valores normais foram alcançados após trinta dias, com um aumento reativo após oito dias. Após dois meses, o tratamento com ozônio continuou em intervalos mais longos de três a quatro semanas. Após cerca de cinco meses manteve-se apenas a terapia neural. Os valores normais foram obtidos após 18 meses e se mantêm desde então. Atualmente, ela não está mais sob tratamento. Caso 4 Um fotógrafo de 32 anos ainda estava sendo tratado na Clinica da Universidade de Mannheim Heidelberg no inicio do tratamento com o Dr. Kief. Quando este tratamento teve inicio, o Imurek e a cortisona foram gradualmente interrompidos. Neste caso também houve a curva típica da transaminase, com uma queda inicial ate próximo ao normal após quatro semanas, um aumento reativo após 90 dias e normalização com completa remissão dos sintomas após seis meses. O paciente fez diversas viagens ao exterior imediatamente após o tratamento e retornou sem apresentar quais quer sintomas. Os valores laboratoriais estavam normais em dois controles posteriores. Nenhum tratamento posterior foi administrado. Caso 5 Um homem com 52 anos sofria de hepatite em 1971. Sucessivos testes de controle nos anos seguintes revelaram uma leve elevação constante dos valores de transaminases. Após um episodio de gripe no dia 3/10/1980, ele apresentou valores muito altos de SGOT a 532 e SGPT a aproximadamente 1.300. Estudos de biópsias durante o curso do tratamento clinico a que ele foi então submetido revelaram "hepatite aguda com curso prolongado, possivelmente já com conversão à forma crônica". Imunologicamente, ele era positivo para HBsAg e HbeAg, embora mais tarde tenha apresentado resultados negativos para HbeAg. Tipicamente, no inicio do tratamento houve uma redução inicial dos valores de transaminase até próximo ao normal em cerca de três semanas, seguido de um aumento reativo após 90 dias que continuou durante mais quatro semanas de forma que o quadro clinico foi progressivamente se tornando de hepatite aguda, com valores SGPT próximos a 1.000. O paciente naturalmente ficou preocupado e concordou em internar-se em hospital. Em seguida, houve um declínio rápido dos valores laboratoriais até próximo ao normal. Caso 6 Um homem de 42 anos sofria de hepatite em 1979, com nove semanas de hospitalização após a conversão à forma crônica. A biópsia de 5/5/1979 revelou hepatite crônica agressiva HBsAg positiva com cirrose incipiente. O tratamento com corticóide foi interrompido devido aos efeitos colaterais e seguido de tratamento homeopático. Após o inicio do tratamento em fevereiro de 1981 com duas sessões de terapia com ozônio e subseqüentes sessões duas vezes por semana, mais terapia neural na região abdominal superior de acordo com Varro, os valores diminuíram. Todo o tratamento durou cerca de dois meses. Após esse período, o paciente interrompeu as sessões por questões pessoais, pois estava sofrendo muita pressão para fazer um treinamento profissional. Enquanto isso, ele não recebeu nenhum outro tratamento. Ele foi ao consultório do Dr. Kief somente no dia 15/3/1982 para um check-up dos valores laboratoriais, que estavam nos limites normais. Caso 7 Um homem de 74 anos de idade, apresentou por alguns anos hepatite crônica agressiva ( HbsAg-positivo) confirmada por biopsia. Os valores do pre tratamento foram obtidos durande o uso de cortisona. Ele recebeu 6 sessões de terapia com ozônio hiperbárico e várias retransfusões menores. Após uma diminuição dos níveis de transaminases em 70 dias de tratamento, as transaminases sofreram leve aumento e consideramos os resultados insatifatorios. Ressaltamos que este paciente recebeu por mais de 10 anos tratamento com imunosupressores, uma possivel razão da não eficacia do nosso procedimento. Caso 8 Um homem de 34 anos de idade com consideravel estresse ocupacional, teve hapatite crônica agressiva HbsAg-negativa por 7 anos. No começo da ozonioterapia foi gradualmente reduzindo a ingestão de cortisona, experimentou um leve aumento das transaminases que voltou aos níveis normais em 70 dias de tratamento com o ozônio. As sessões não foram seguidas com disciplina e foi muito irregular devido ao estresse do trabalho. Após 2 anos ele teve uma recaída e respondeu muito favoravelmente às sessões de O3, com melhoria subjetiva dos sintomas e queda dos valores das transaminases. Caso 9 Uma mulher de 59 anos sofria de hepatite em 1974. Por cerca de 10 anos teve hepatite crônica agressiva HBaAg - positivo com conversão à cirrose de acordo com estudo histológicos. Antes do tratamento, ela arbitrária e abruptamente interrompeu seu tratamento com cortisona e Imurek e seus valores de transaminase rapidamente aumentaram para 1.000. Imediatamente após o inicio do tratamento com ozônio, os valores caíram abaixo de 100 e demonstraram um aumento reativo após cerca de 70 dias. Após cerca de 130 dias, os valores estavam dentro dos limites normais. O curto intervalo até o próximo check-up se deu pelo fato de ela estar convencida de que estes valores não poderiam estar corretos e necessitavam ser verificados imediatamente. Após cerca de 200 dias, a paciente sofreu uma leve recaída que pôde ser reconduzida ao normal durante as quatro semanas seguintes. O tratamento da recaída foi empreendido com sucesso com ozônio e terapia neural. A paciente sofreu mais uma recaída após cerca de três anos, com valores máximos de SGPT em torno de 70.Teve inicio um novo curso de tratamento e o primeiro check-up revelou uma melhora imediata em seus valores. Um teste HBsAg feito em 20/4/1982 deu negativo. Caso 10 Um homem de 40 anos de idade, com HBsAg- positivo, hepatite crônica agressiva desde 1976, confirmada com biopsia. O tratamento prévio envolvia 10mg de Decortin e Imurek. A interrupção do trAtamento imunossupressivo levou ao aumento de SGOT para 320 e SGPT para 645. Estudos histológicos diagnosticaram hepatite crônica com progressão considerável. Esse caso é de natureza particularmente instrutiva, para naturopatas, desde que este homem, antes do tratamento atual, submeteu-se ao tratamento de retransfusões ozonizadas extensivas, de acordo com Wolff, em dez sessões sucessivas envolvendo 9,5mg de O3 em 50ml de seu próprio sangue, aplicada por um medico renomado, mas sem apresentar resultados ideais. O tratamento atual foi então com 450ml do sangue do próprio paciente. Kief chama a atenção ao fato pois ele apóia a sua tese anterior de que não apenas a quantidade de ozônio que compreende a dose, mas também a quantidade de sangue que deve ser usada precisa ser avaliada. Sendo dentista, o paciente estava exposto a estresse profissional considerável, mas, após o tratamento, permaneceeu completamente assintomático. Caso 11 Este caso refere-se a uma mulher de 59 anos que sofria de hepatite crônica persistente desde 1977. Ela não era capaz de consentir uma laparoscopia para o controle histológico de forma que não podia ser confirmado com segurança que esta era uma forma agressiva crônica mesmo embora os valores de transaminase tivessem chegado a 278 a TGO e 262 a TGP, seis meses antes do inicio da terapia de ozonização. Ela foi enviada ao Dr. Kief por um colega seu que conseguiu reduzir os valores de transaminases para 47 a TGO e 41 TGP com revitorgan uma espécie de tratamento celular. Já que a paciente estava satisfeita com a ação do tratamento celular, ela recebeu tratamento com células da placenta, ovário e pâncreas ao mesmo tempo das transfusões ozonizadas. As células eram administradas em intervalos de 14 dias, após o tratamento de ozônio. Com esse tratamento, os valores de controle foram normalizados em 40 dias. Após o tratamento com ozônio, ela se manteve HBsAg -negativa. Caso 12 Um homem de 55 anos de idade sofreu por alguns anos de hepatite crônica persistente com pancreatite concomitante e HbsAg- positivo. Também apresentava depressão em surtos. Houve uma gradual diminuição das transaminases. O paciente interrompeu o tratamento antes de completar 120 dias, porém as transaminases atigiram valores normais. Os estudos histologicos revelaram reversão da cirrose. Após o exame dos 12 casos de hepatite crônica tratada pelo Dr. Kief, incluindo 10 pacientes com forma crônica agressiva, os resultados do tratamento com ozônio podem ser resumidos da seguinte forma: 1- Com apenas um tratamento sem resultados e ausência de efeitos colaterais da terapia com ozônio, o tratamento da hepatite crônica com ozônio pode ser considerada como bastante eficaz, com melhora ou cura em 92% dos casos ( 11 em 12 ) 2- Com base nestes resultados preliminares, o seguinte esquema de tratamento pode ser recomendado. A terapia com ozônio uma vez por semana com 220ml de sangue do próprio paciente e uma quantidade igual de 40 mcg da mistura O2/O3 por mililitro ou seja 8800 mcg de ozônio. Após cerca de três ou quatro semanas, este intervalo deve ser aumentado para 14 dias ou mais, a fim de dar tempo ao organismo de desenvolver uma reação imunológica. A terapia neural é recomendada em todos os casos que apresentam síndrome abdominal superior póshepática com distensão, pressão etc. O Dr. Kief procede a terapia neural sob forma de vesicante abdominal superior, de acordo com Varro, se possível com uma injeção paravertebral alta direita de procaína a 1%. 3- Segundo o Dr. Kief, após cerca de 75 a 90 dias, pode haver um aumento nos valores das transaminases o que indica um processo imunológico ativo. A ação imunoindutiva do ozônio, que foi discutida anteriormente, pode ser considerada confirmada por essas descoberta. A observação de que o HBsAg não era mais detectável em alguns casos após a terapia com ozônio e a redução em 50% nos títulos em outro caso parece também apoiar esta hipótese. Espera-se mais evidencias uma vez que o estudo ainda não está concluído. 4- Com uma media de tratamento de 106 dias e um nível relativamente baixo de esforço com somente um a dois tratamentos ambulatoriais por semana e um resultado supreendentemente positivo após 145 dias, sem quaisquer efeitos colaterais nem recaídas, a terapia com ozônio com as misturas O2 / O3 pode ser considerada como um tratamento de grande benefício. 5- Após uma redução inicial nos valores das transaminases a um nível mínimo em media em 31 dias, aproximadamente 50% dos pacientes demonstraram um aumento reativo com pico após em media 78 dias, provavelmente como o resultado de fatores imunológicos. Após este pico, há uma normalização definitiva das atividades enzimáticas. Aconselhamos informar aos pacientes esta resposta reativa antes de iniciar o tratamento. Doze casos de hepatite crônica tratadas com ozônio: 10 casos de hepatite crônica agressiva e 2 casos de hepatite crônica persistente Média e Erro padrão da TGO - TGP - GamaGT Hepatite crônica persistente Média 144.4 317 91 24 41 29 Erro padrão 111 258 63 20 40 19 Hepatite crônica agressiva Média 133.5 263 103 15.7 25.2 22 Erro padrão 116.4 234 64 6 15.7 10 Calcula-se que as concentrações de ozônio na mistura ozônio - oxigênio que vão matar o HIV e outro vírus extracelulares devem ser de 45 microgramas por mililitro ( Carpendale, S.F., Centro Médico de V.A.) e as concentrações que matam vírus intracelulares ( células infectadas com HIV ) são de 55 microgramas por mililitro .